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Colisões cósmicas marcaram e marcam a evolução da vida

Enviado: 19 Mar 2006, 19:57
por Johnny
Por Alberto Masegosa Nova York, 18 mar (EFE).- Robert Redford narra a fundamental, porém pouco conhecida importância das "colisões cósmicas" no processo de evolução da vida em um curta-metragem produzido pela Nasa que estréia hoje no Museu de História Natural de Nova York.

"Sem as colisões cósmicas, é certo que não existiríamos", disse o astro de Hollywood no filme, do qual participaram 30 cientistas de todo o mundo.

Com a voz do ator e o título "Colisões Cósmicas", o curta-metragem de 20 minutos foi realizado em vídeo digital e será projetado na cúpula hemisférica do planetário da instituição.

De acordo com o diretor do Departamento de Astrofísica do museu, Michael Shara, a intenção é mostrar que "as colisões cósmicas marcaram e marcam a evolução da vida".

"As colisões de meteoritos, estrelas e planetas marcam a evolução da mesma maneira que as colisões de partículas com DNA conduziram e conduzem o processo da evolução das espécies", afirmou o cientista.

Da infinitesimal à gigantesca, Robert Redford explica como a contínua colisão de trilhões de prótons no interior do Sol gera a energia solar, "da qual só uma bilionésima parte chega à Terra ".

Com imagens baseadas em relatórios científicos e obtidas através do computador, o curta-metragem transporta o espectador para 4,5 bilhões de anos atrás, quando um planeta do tamanho de Marte se chocou contra a Terra, que era jovem e estéril.

Os astrofísicos acreditam que os destroços desse planeta que ficaram na órbita da Terra se uniram para formar a Lua.

O processo foi muito rápido, durou apenas um mês. Os primeiros restos que se uniram exerceram uma rápida e irresistível força de atração sobre os demais. A criação da Lua é considerada crucial para o surgimento da vida porque estabeleceu o ângulo oblíquo do eixo do planeta e, portanto, as estações. O satélite da Terra também determinou o ciclo de marés nos oceanos, berço dos primeiros seres vivos.

Como em uma máquina do tempo, o espectador é levado em seguida a 65 milhões de anos atrás, quando outro impacto, neste caso de um grande meteorito, fez os dinossauros desaparecerem da face da Terra.

Os analistas acreditam que a chuva de asteróides que provocou a colisão levou à extinção dos grandes animais e de três quartos do resto da vida no planeta, mas permitiu o surgimento dos mamíferos.

O filme simula ainda a possibilidade de um impacto no futuro, que seria altamente improvável e pode ser evitado pelo homem.

Caso seja detectada a ameaça de que um asteróide com diâmetro superior a 1 km se choque com a Terra, uma chance em um milhão a cada ano, os cientistas da Nasa defendem que seja desviado em vez de ser destruído.

Para fazê-lo, seria enviada uma nave para se aproximar do corpo astral e, por meio da energia nuclear, tirá-lo de sua trajetória.

A idéia substitui o projeto de enviar uma equipe de astronautas para explodir o asteróide com uma carga explosiva. Essa opção era a mais provável e inspirou em romances e filmes de ficção científica.

A fita também informa que a Via Láctea, onde fica o Sistema Solar, está se aproximando da galáxia mais próxima, Andrômeda. O astro de Hollywood conta que o mais provável é que as galáxias acabem colidindo para criar uma nova e enorme, embora isso não deva ocorrer em "menos de dois bilhões de anos". EFE amg tm/ca

http://br.news.yahoo.com//060318/40/12v9n.html