Análise astrológica das eleições 2006.
Enviado: 24 Mar 2006, 07:31
http://horoscopo.uol.com.br/eleicoes_2006.jhtm
Veja a análise astrológica das eleições 2006
por Barbara Abramo
Em 2006, podemos esperar por um ano de campanhas apaixonadas e polarizadoras. Vencerá quem tiver o perfil mais familiar e conservador. A análise abaixo toma como provável a recandidatura de Lula à presidência. Mas dois eclipses em curso durante o ano e bem próximos da eleição podem significar surpresas neste sentido. Pode ser que Lula lance outro candidato.
Esta seria uma iniciativa de Lula, não do PT. O partido enfrentará um processo de garimpagem, amadurecimento e mudança, devido aos trânsitos importantes e graves de Saturno. Tomo por base que Lula reeleito não significa uma eleição do PT, porque oficialmente o presidente se esforçou para mostrar sua independência em relação ao partido.
Se Lula de fato se recandidatar, as chances de que vença são grandes, confirmando os resultados das atuais pesquisas de preferência da população. No entanto, há muitos sinais de que haverá algo nessa campanha que pode afetar as eleições no futuro. O mapa do Brasil está muito ativado este ano, o que pode significar problemas com outros países, inclusive em função da epidemia que vem vindo, ou de recrudescimento do terrorismo, que pode criar problemas nas fronteiras do sul do país.
Tanto Lula quanto Alckmin nasceram com o Sol em Escorpião. O estrago que um rival de Escorpião pode provocar em outro rival de Escorpião é digno de antologias políticas futuras. Incapazes de deixar a contenda política longe dos personalismos, ambos correm o risco de entrarem no âmbito pessoal e doméstico. Escorpião é um signo de gente vingativa e persistente, e não perdoará nada. Mesmo assim, a interferência de outras candidaturas - especialmente femininas - pode abalar a vitória de Lula.
O quadro geral
O lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin aconteceu horas antes de um eclipse lunar, o que reveste esse fato de importância simbólica. O eclipse no dia do lançamento da campanha mostra o caráter surpreendente, inusitado e oscilante que marca essa candidatura.
Um eclipse, de modo geral, marca um momento de crise, quando estruturas, decisões e percepções que estavam frágeis ou ultrapassadas se tornam insustentáveis. O eclipse lunar fala do enfraquecimento de figuras populares, conectadas com a massa. A Lua representa as massas, as mulheres e a ordem primitiva e familiar.
O mapa do eclipse do dia 14 de março mostra seu ascendente Escorpião com Júpiter em trígono a Mercúrio e o Sol na casa 5. Este aspecto identifica um período de expansão, crescimento e fortalecimento de idéias. O mapa também mostra Saturno bastante elevado no zênite, identificando a emergência de cristalizações. Ou seja: este eclipse aponta para a crise de forças de base popular, que fortalecem estruturas conservadoras - representadas por Saturno.
O mapa do lançamento da candidatura de Alckmin foi feito levando em conta o horário das 16h, segundo informou Antonio Harres em comunicação pessoal à lista Zigurat, no dia 14/3. A Lua quase cheia identifica processos que crescem e se expandem. Dá para afirmar que o Sol, posicionado na casa 8 dos recursos alheios e próximo de Mercúrio, recebe bons aspectos de Júpiter. Sol e Mercúrio na casa 8 de um mapa identificam algo que nasce para provocar crises. Mercúrio, que simboliza a imprensa, e o Sol em Peixes, que simboliza a religião, na casa dos recursos compartilhados fala de uma campanha rica e poderosa em termos financeiros.
Harres também chamou a atenção para o fato do lançamento da candidatura ter ocorrido num contexto de Lua cheia e de como isso significa crescimento rápido de popularidade. Reza um dogma astrológico que tudo que é feito nessa fase lunar tende a crescer e se expandir. Com Júpiter envolvido, essa tendência é duplicada.
Apesar das aparências, o lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin tende a se expandir, abalando a confiança no governo e provocando crises e rupturas. O caráter beligerante e agressivo da campanha de Alckmin será ampliado em breve.
O que vem por aí
A entrada do Sol em Áries marca o início do outono brasileiro no dia 20/3.
O Sol em Áries é preocupante para o Brasil, por causa da posição de Saturno no ascendente, característica de anos difíceis que estão por vir. Estes tempos exigirão muita disciplina e coordenação racional de recursos para superar as dificuldades, demoras, impedimentos, cortes, perdas e derrotas que se abaterão sobre o espírito da população.
Nesse mapa, a prudência e a cautela (Saturno) e sua faceta mais obscura, do medo e da avareza, serão fortes elementos de apoio nas decisões populares. Isso ocorre pelo fato da Lua, representante do povo, estar em trígono a Saturno e com o nodo lunar ascendente colocado na casa 8 - das dívidas, perdas e mudanças. Trata-se de uma população temerosa, que passa por dificuldades e se mobiliza em torno de causas conservacionistas e conservadoras.
Júpiter, planeta da sorte e da expansão, está colocado na casa 4 (ou Fundo do Céu), que representa a oposição ao governo federal (este representado pela casa 10, ou Meio-Céu) e em trígono com Mercúrio, que entra na casa 8 dos recursos compartilhados, e com Urano, das surpresas. Este aspecto mostra que a oposição ao governo central tende a crescer, favorecida por golpes de sorte inesperados, que irão fortalecer seu poder dentro da sociedade. E mais: setores da mídia, intelectuais, professores, negociantes e comerciantes, representados por Mercúrio, se encarregarão de fortalecer ainda mais a oposição ao governo central ao longo do ano.
Vênus, na casa 7 em conjunção a Netuno, representa o governo de Lula - curiosamente, é a mesma conjunção que Lula tem no seu mapa astral. Vênus é o planeta da diplomacia, da hesitação e dos sorrisinhos, enquanto Netuno simboliza os enganos e os escândalos que envolvem dinheiro e poder. Vênus acidentalmente fortalecida e angular denota a emergência de novos acordos internacionais que visam trazer tecnologia e informação para o Brasil, por volta de setembro de 2006. Mas o caráter nebuloso do perfil governista se mantém por causa de Vênus em conjunção com Netuno. A oposição aumenta seus ataques e sua bancada nas câmaras, e depois da eleição pode formalizar acordos com a base governista. Tudo isso definirá o jogo político em 2007.
Haverá escândalos envolvendo o financiamento de campanha entre as fileiras do PSDB. Este aspecto também está ligado à confiança de Lula num segundo reinado. Isto é identificado pela posição de Mercúrio em quadratura com Marte. Este último agita as câmaras, enquanto o primeiro movimenta o setor de recursos financeiros. Dívidas, juros e taxas podem abalar a candidatura de Lula. Medidas e leis do governo podem desagradar comerciantes, professores e negociante. A mídia pode descobrir e revelar o envolvimento de políticos em negócios que envolvem dinheiro escuso. O que não dá para entender é a ligação entre o governo (Vênus) e essa bancada de não-governistas (Marte), ambos relacionados a assuntos de casa 8 (perdas, mortes e acordos financeiros).
No mapa do Ano Novo solar em Áries, vemos a Lua em quadratura a Urano: o povo não quer surpresas. Isso favorece Lula, que já é bem conhecido da população. Mas se Lula estiver identificado com forças renovadoras, isso se torna um impedimento à sua reeleição.
Lua, Saturno e nodo lunar ascendente em trígono neste mapa identificam a ascensão de forças femininas independentes e aguerridas, com forte apelo popular. Heloisa Helena deve crescer ao longo do ano, assim como Marta Suplicy em termos de exposição política e pública, bem como outras mulheres.
Semanas que antecedem às eleições
Nessa ocasião haverá dois eclipses. O primeiro é lunar e acontece no aniversário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro, marcando um período de reviravoltas e mudanças. Este eclipse traz oscilações financeiras e problemas com acordos internacionais, ao mesmo tempo que aumenta o prestígio do governo, por causa da Lua e do Sol em ótimos aspectos condizentes com apoios e popularidade. Será um período excelente para Lula e seu governo tomarem decisões ousadas e que favoreçam a população, pois serão amparados por ela e por outras categorias mais influentes economicamente.
O segundo eclipse é e mostra uma reversão nessa dinâmica. Na época o governo estará em destaque, mas envolvido com problemas de difícil explicação devido à quadratura de Netuno, posicionado no setor de oposições, que estarão ativas, mostrando força para ampliar seu poder. Aspectos de Marte e Mercúrio a Saturno identificam, nesse mapa, o advento de manobras e medidas por baixo do pano (Mercúrio e Marte estão posicionados na casa 12)
É importante notar também que os efeitos destes dois eclipses, cujo simbolismo complexo vai além dessa breve exposição, se estendem para o período das eleições do dia 1º de outubro.
Ambos ocorrem no período de uma longa tensão entre Júpiter e Netuno. O primeiro sinalizou, desde 2004, a franca popularidade e proteção ao Governo Lula. Netuno identifica escândalos e jogos de cena. Júpiter amplifica tudo, e quando está em aspecto com Netuno pode-se esperar a ampliação de boatos, enganos, ilusões e modismos. Netuno tem a ver com campanhas que mexem com crenças vagas sobre as quais se assentam as preferências coletivas. Teremos mais uma eleição que será um caldeirão de experiências mercadológicas, contribuindo para a deseducação política da população.
Se um candidato novo for lançado pelo PT e a coalizão que levou Lula à presidência, as chances de que ele venha a perder são grandes, já que a população não quer saber de novidades. Logo, toda essa análise se reduz a saber se Alckmin conseguirá ou não tirar o poder político de Lula.
O mapa da eleição pode ser usado para aplicar a técnica do sitiamento do castelo, que foi sistematizada por Guido Bonatti no século 13. Isso ocorre quando um dos competidores detém o troféu que é representado pela chefia do poder político. Por esta técnica, vemos a vitória de Lula em destaque - não sem alguns percalços e perdas de apoios estratégicos.
O mapa apresenta ascendente nos últimos graus de Libra, que representa o atacante, ou seja, o PSDB, representado pela figura de Alckmin. O Fundo do Céu representa o castelo sitiado por Alckmin, ou seja, Brasília - onde está Lula. Vênus em Libra representa Alckmin e Saturno representa Lula. Saturno tem mais força numa batalha e esta é uma técnica de astrologia de guerra. A Lua em Capricórnio na casa 4 significa a força da popularidade de Lula. A Lua rege a honra de Lula, porque rege o Meio-Céu. Ela está na casa 4 e representa a força de seu exército. Vênus, porém, está domiciliada na casa 12, enfraquecida acidentalmente - há um Sol mais forte do que ela. Há alguém mais poderoso e dominante dando as cartas na disputa eleitoral no lado do PSDB e isso enfraquece as chances de vitória do oponente a Lula.
O exército de Lula é representado por Marte em Libra, enfraquecido na casa 12. Alguém estratégico ou alguma força ligada a Lula estará refém do poder de Alckmin. Mas a guerra entre as forças de Lula e Alckmin será longa, ultrapassando os limites das eleições.
José Serra se mantém a salvo de desgastes, podendo se preservar para cargos de sucesso mais garantido, como o governo paulista.
Um olhar sobre o mapa de Alckmin
O governador de SP nasceu com o ascendente em Leão, signo onde também se encontra Plutão e por onde passará Saturno na ocasião da eleição, o que anuncia a perda de liberdade de movimento, má saúde e pouca popularidade.
Se a eleição ocorresse em dezembro, o governador já contaria com um positivo trânsito de Júpiter por Mercúrio, que adicionaria mais popularidade, prestígio e chance de vitória à sua candidatura. Em outubro, nada disso acontece.
Alckmin detém alguns sinais astrológicos de que pode vir a ser uma força política de representatividade no país, cujo signo regente do poder político é Escorpião. Sua eleição para governador de São Paulo se deu neste cenário de ampliação de poder dentro do PSDB. Alckmin possui um mapa astral de quem sabe ter bons aliados. E eles trabalharão muito bem a seu favor até a eleição, pavimentando outras honrarias políticas nos meses seguintes.
Dados de trabalho
- Geraldo Alckmin nasceu em 7 de novembro de 1952 em Pindamonhangaba, às 0h53. Os dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da campanha dele e publicados na Folha Online de 12 de setembro de 2000.
- O lançamento da candidatura de Alckmin à presidência se deu por volta das 16h de 15 de março de 2006, de acordo com dados fornecidos por Antonio Harres na lista Zigurat.
- O Brasil se torna um país politicamente independente em 7 de setembro de 1822, entre 16h30 e 17h. Utilizo o horário de 16h28 para o mapa astral.
- Luis Inácio da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945, em Garanhuns, "entre as 4h e as 6h30 da manhã" (sic Lula). Tenho utilizado o horário das 6h26. No entanto, de acordo com o comportamento que o presidente tem tido desde a crise política de 2005, tenho repensado esse horário, estando mais inclinada para um ascendente em Libra, próximo da conjunção de Vênus e Netuno de seu mapa natal.
Veja a análise astrológica das eleições 2006
por Barbara Abramo
Em 2006, podemos esperar por um ano de campanhas apaixonadas e polarizadoras. Vencerá quem tiver o perfil mais familiar e conservador. A análise abaixo toma como provável a recandidatura de Lula à presidência. Mas dois eclipses em curso durante o ano e bem próximos da eleição podem significar surpresas neste sentido. Pode ser que Lula lance outro candidato.
Esta seria uma iniciativa de Lula, não do PT. O partido enfrentará um processo de garimpagem, amadurecimento e mudança, devido aos trânsitos importantes e graves de Saturno. Tomo por base que Lula reeleito não significa uma eleição do PT, porque oficialmente o presidente se esforçou para mostrar sua independência em relação ao partido.
Se Lula de fato se recandidatar, as chances de que vença são grandes, confirmando os resultados das atuais pesquisas de preferência da população. No entanto, há muitos sinais de que haverá algo nessa campanha que pode afetar as eleições no futuro. O mapa do Brasil está muito ativado este ano, o que pode significar problemas com outros países, inclusive em função da epidemia que vem vindo, ou de recrudescimento do terrorismo, que pode criar problemas nas fronteiras do sul do país.
Tanto Lula quanto Alckmin nasceram com o Sol em Escorpião. O estrago que um rival de Escorpião pode provocar em outro rival de Escorpião é digno de antologias políticas futuras. Incapazes de deixar a contenda política longe dos personalismos, ambos correm o risco de entrarem no âmbito pessoal e doméstico. Escorpião é um signo de gente vingativa e persistente, e não perdoará nada. Mesmo assim, a interferência de outras candidaturas - especialmente femininas - pode abalar a vitória de Lula.
O quadro geral
O lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin aconteceu horas antes de um eclipse lunar, o que reveste esse fato de importância simbólica. O eclipse no dia do lançamento da campanha mostra o caráter surpreendente, inusitado e oscilante que marca essa candidatura.
Um eclipse, de modo geral, marca um momento de crise, quando estruturas, decisões e percepções que estavam frágeis ou ultrapassadas se tornam insustentáveis. O eclipse lunar fala do enfraquecimento de figuras populares, conectadas com a massa. A Lua representa as massas, as mulheres e a ordem primitiva e familiar.
O mapa do eclipse do dia 14 de março mostra seu ascendente Escorpião com Júpiter em trígono a Mercúrio e o Sol na casa 5. Este aspecto identifica um período de expansão, crescimento e fortalecimento de idéias. O mapa também mostra Saturno bastante elevado no zênite, identificando a emergência de cristalizações. Ou seja: este eclipse aponta para a crise de forças de base popular, que fortalecem estruturas conservadoras - representadas por Saturno.
O mapa do lançamento da candidatura de Alckmin foi feito levando em conta o horário das 16h, segundo informou Antonio Harres em comunicação pessoal à lista Zigurat, no dia 14/3. A Lua quase cheia identifica processos que crescem e se expandem. Dá para afirmar que o Sol, posicionado na casa 8 dos recursos alheios e próximo de Mercúrio, recebe bons aspectos de Júpiter. Sol e Mercúrio na casa 8 de um mapa identificam algo que nasce para provocar crises. Mercúrio, que simboliza a imprensa, e o Sol em Peixes, que simboliza a religião, na casa dos recursos compartilhados fala de uma campanha rica e poderosa em termos financeiros.
Harres também chamou a atenção para o fato do lançamento da candidatura ter ocorrido num contexto de Lua cheia e de como isso significa crescimento rápido de popularidade. Reza um dogma astrológico que tudo que é feito nessa fase lunar tende a crescer e se expandir. Com Júpiter envolvido, essa tendência é duplicada.
Apesar das aparências, o lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin tende a se expandir, abalando a confiança no governo e provocando crises e rupturas. O caráter beligerante e agressivo da campanha de Alckmin será ampliado em breve.
O que vem por aí
A entrada do Sol em Áries marca o início do outono brasileiro no dia 20/3.
O Sol em Áries é preocupante para o Brasil, por causa da posição de Saturno no ascendente, característica de anos difíceis que estão por vir. Estes tempos exigirão muita disciplina e coordenação racional de recursos para superar as dificuldades, demoras, impedimentos, cortes, perdas e derrotas que se abaterão sobre o espírito da população.
Nesse mapa, a prudência e a cautela (Saturno) e sua faceta mais obscura, do medo e da avareza, serão fortes elementos de apoio nas decisões populares. Isso ocorre pelo fato da Lua, representante do povo, estar em trígono a Saturno e com o nodo lunar ascendente colocado na casa 8 - das dívidas, perdas e mudanças. Trata-se de uma população temerosa, que passa por dificuldades e se mobiliza em torno de causas conservacionistas e conservadoras.
Júpiter, planeta da sorte e da expansão, está colocado na casa 4 (ou Fundo do Céu), que representa a oposição ao governo federal (este representado pela casa 10, ou Meio-Céu) e em trígono com Mercúrio, que entra na casa 8 dos recursos compartilhados, e com Urano, das surpresas. Este aspecto mostra que a oposição ao governo central tende a crescer, favorecida por golpes de sorte inesperados, que irão fortalecer seu poder dentro da sociedade. E mais: setores da mídia, intelectuais, professores, negociantes e comerciantes, representados por Mercúrio, se encarregarão de fortalecer ainda mais a oposição ao governo central ao longo do ano.
Vênus, na casa 7 em conjunção a Netuno, representa o governo de Lula - curiosamente, é a mesma conjunção que Lula tem no seu mapa astral. Vênus é o planeta da diplomacia, da hesitação e dos sorrisinhos, enquanto Netuno simboliza os enganos e os escândalos que envolvem dinheiro e poder. Vênus acidentalmente fortalecida e angular denota a emergência de novos acordos internacionais que visam trazer tecnologia e informação para o Brasil, por volta de setembro de 2006. Mas o caráter nebuloso do perfil governista se mantém por causa de Vênus em conjunção com Netuno. A oposição aumenta seus ataques e sua bancada nas câmaras, e depois da eleição pode formalizar acordos com a base governista. Tudo isso definirá o jogo político em 2007.
Haverá escândalos envolvendo o financiamento de campanha entre as fileiras do PSDB. Este aspecto também está ligado à confiança de Lula num segundo reinado. Isto é identificado pela posição de Mercúrio em quadratura com Marte. Este último agita as câmaras, enquanto o primeiro movimenta o setor de recursos financeiros. Dívidas, juros e taxas podem abalar a candidatura de Lula. Medidas e leis do governo podem desagradar comerciantes, professores e negociante. A mídia pode descobrir e revelar o envolvimento de políticos em negócios que envolvem dinheiro escuso. O que não dá para entender é a ligação entre o governo (Vênus) e essa bancada de não-governistas (Marte), ambos relacionados a assuntos de casa 8 (perdas, mortes e acordos financeiros).
No mapa do Ano Novo solar em Áries, vemos a Lua em quadratura a Urano: o povo não quer surpresas. Isso favorece Lula, que já é bem conhecido da população. Mas se Lula estiver identificado com forças renovadoras, isso se torna um impedimento à sua reeleição.
Lua, Saturno e nodo lunar ascendente em trígono neste mapa identificam a ascensão de forças femininas independentes e aguerridas, com forte apelo popular. Heloisa Helena deve crescer ao longo do ano, assim como Marta Suplicy em termos de exposição política e pública, bem como outras mulheres.
Semanas que antecedem às eleições
Nessa ocasião haverá dois eclipses. O primeiro é lunar e acontece no aniversário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro, marcando um período de reviravoltas e mudanças. Este eclipse traz oscilações financeiras e problemas com acordos internacionais, ao mesmo tempo que aumenta o prestígio do governo, por causa da Lua e do Sol em ótimos aspectos condizentes com apoios e popularidade. Será um período excelente para Lula e seu governo tomarem decisões ousadas e que favoreçam a população, pois serão amparados por ela e por outras categorias mais influentes economicamente.
O segundo eclipse é e mostra uma reversão nessa dinâmica. Na época o governo estará em destaque, mas envolvido com problemas de difícil explicação devido à quadratura de Netuno, posicionado no setor de oposições, que estarão ativas, mostrando força para ampliar seu poder. Aspectos de Marte e Mercúrio a Saturno identificam, nesse mapa, o advento de manobras e medidas por baixo do pano (Mercúrio e Marte estão posicionados na casa 12)
É importante notar também que os efeitos destes dois eclipses, cujo simbolismo complexo vai além dessa breve exposição, se estendem para o período das eleições do dia 1º de outubro.
Ambos ocorrem no período de uma longa tensão entre Júpiter e Netuno. O primeiro sinalizou, desde 2004, a franca popularidade e proteção ao Governo Lula. Netuno identifica escândalos e jogos de cena. Júpiter amplifica tudo, e quando está em aspecto com Netuno pode-se esperar a ampliação de boatos, enganos, ilusões e modismos. Netuno tem a ver com campanhas que mexem com crenças vagas sobre as quais se assentam as preferências coletivas. Teremos mais uma eleição que será um caldeirão de experiências mercadológicas, contribuindo para a deseducação política da população.
Se um candidato novo for lançado pelo PT e a coalizão que levou Lula à presidência, as chances de que ele venha a perder são grandes, já que a população não quer saber de novidades. Logo, toda essa análise se reduz a saber se Alckmin conseguirá ou não tirar o poder político de Lula.
O mapa da eleição pode ser usado para aplicar a técnica do sitiamento do castelo, que foi sistematizada por Guido Bonatti no século 13. Isso ocorre quando um dos competidores detém o troféu que é representado pela chefia do poder político. Por esta técnica, vemos a vitória de Lula em destaque - não sem alguns percalços e perdas de apoios estratégicos.
O mapa apresenta ascendente nos últimos graus de Libra, que representa o atacante, ou seja, o PSDB, representado pela figura de Alckmin. O Fundo do Céu representa o castelo sitiado por Alckmin, ou seja, Brasília - onde está Lula. Vênus em Libra representa Alckmin e Saturno representa Lula. Saturno tem mais força numa batalha e esta é uma técnica de astrologia de guerra. A Lua em Capricórnio na casa 4 significa a força da popularidade de Lula. A Lua rege a honra de Lula, porque rege o Meio-Céu. Ela está na casa 4 e representa a força de seu exército. Vênus, porém, está domiciliada na casa 12, enfraquecida acidentalmente - há um Sol mais forte do que ela. Há alguém mais poderoso e dominante dando as cartas na disputa eleitoral no lado do PSDB e isso enfraquece as chances de vitória do oponente a Lula.
O exército de Lula é representado por Marte em Libra, enfraquecido na casa 12. Alguém estratégico ou alguma força ligada a Lula estará refém do poder de Alckmin. Mas a guerra entre as forças de Lula e Alckmin será longa, ultrapassando os limites das eleições.
José Serra se mantém a salvo de desgastes, podendo se preservar para cargos de sucesso mais garantido, como o governo paulista.
Um olhar sobre o mapa de Alckmin
O governador de SP nasceu com o ascendente em Leão, signo onde também se encontra Plutão e por onde passará Saturno na ocasião da eleição, o que anuncia a perda de liberdade de movimento, má saúde e pouca popularidade.
Se a eleição ocorresse em dezembro, o governador já contaria com um positivo trânsito de Júpiter por Mercúrio, que adicionaria mais popularidade, prestígio e chance de vitória à sua candidatura. Em outubro, nada disso acontece.
Alckmin detém alguns sinais astrológicos de que pode vir a ser uma força política de representatividade no país, cujo signo regente do poder político é Escorpião. Sua eleição para governador de São Paulo se deu neste cenário de ampliação de poder dentro do PSDB. Alckmin possui um mapa astral de quem sabe ter bons aliados. E eles trabalharão muito bem a seu favor até a eleição, pavimentando outras honrarias políticas nos meses seguintes.
Dados de trabalho
- Geraldo Alckmin nasceu em 7 de novembro de 1952 em Pindamonhangaba, às 0h53. Os dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da campanha dele e publicados na Folha Online de 12 de setembro de 2000.
- O lançamento da candidatura de Alckmin à presidência se deu por volta das 16h de 15 de março de 2006, de acordo com dados fornecidos por Antonio Harres na lista Zigurat.
- O Brasil se torna um país politicamente independente em 7 de setembro de 1822, entre 16h30 e 17h. Utilizo o horário de 16h28 para o mapa astral.
- Luis Inácio da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945, em Garanhuns, "entre as 4h e as 6h30 da manhã" (sic Lula). Tenho utilizado o horário das 6h26. No entanto, de acordo com o comportamento que o presidente tem tido desde a crise política de 2005, tenho repensado esse horário, estando mais inclinada para um ascendente em Libra, próximo da conjunção de Vênus e Netuno de seu mapa natal.
