Mais casos de reencarnação
Enviado: 29 Mar 2006, 10:23
Introdução do livro de Jim Tucker, Life Before Life
Algumas jovens crianças dizem que já estiveram aqui antes. Elas dão vários detalhes sobre vidas anteriores, freqüentemente descrevendo o modo pelo qual morreram. Naturalmente, crianças jovens dizem um monte de coisas, e podemos simplesmente pensar que elas estão fantasiando como as crianças freqüentemente fazem. Mas e se, em um número de exemplos, as pessoas ouvirem as crianças e então tentarem descobrir se os eventos que elas descreveram de fato ocorreram? E se, quando essas pessoas forem aos lugares que as crianças disseram, descobrirem que o que as crianças disseram sobre os acontecimentos passados era de fato verdade? E então?
O Caso de Kemal Atasoy
Dr. Jürgen Keil, um psicólogo da Austrália, ouviu a Kemal Atasoy, um garoto de seis anos da Turquia, contando confidencialmente detalhes de uma vida prévia que ele alegava se lembrar. Eles se encontraram no lar do garoto, uma confortável casa em um bairro de classe média alta, e com eles estavam o intérprete do Dr. Keil e os pais de Kemal, um bem-educado casal que parecia contagiar-se às vezes pelo entusiasmo que garotinho mostrava em descrever suas experiências. Ele disse ter vivido em Istambul, a 500 milhas de distância. Afirmou que o nome de sua família tinha sido Karakas e que ele tinha sido um rico armênio cristão que viveu numa grande casa de três andares. A casa, ele disse, era próxima da casa de uma mulher chamada Aysegul, uma personalidade bem conhecida na Turquia, que tinha deixado o país por causa de problemas legais. Kemal disse que sua casa estava sobre a água, onde barcos eram amarrados, e que havia uma igreja atrás dela. Ele disse que sua esposa e filhos tinham primeiros nomes gregos. Também disse que freqüentemente carregava uma grande mochila de couro e que somente vivia na casa uma época do ano.
Ninguém sabia se a história de Kemal era verdadeira quando ele encontrou Dr. Keil em 1997. Seus pais não conheciam ninguém em Istambul. De fato, Kemal e sua mãe jamais haviam estado lá, e seu pai somente havia visitado a cidade duas vezes a negócios. Adicionalmente, a família não conhecia nenhum armênio. Seus pais eram muçulmanos Alevi, um grupo com crença na reencarnação, mas eles não pareciam pensar que as afirmações de Kemal, que ele já vinha fazendo desde a época em que era apenas um bebê de dois anos de idade, fossem particularmente importantes.
O Dr. Keil tratou de determinar se as afirmações que Kemal tinha dado se encaixavam com alguém que de fato tivesse vivido. O trabalho que o Dr. Keil teve que realizar para descobrir se tal pessoa existiu mesmo demonstra que Kemal não poderia ter descoberto os detalhes da vida do homem por acidente.
Quando Dr.Keil e seu intérprete foram a Istambul, eles encontraram a casa de Aysegul, a mulher que Kemal tinha dito. Próximo à casa havia uma residência vazia de três andares que combinou precisamente com a descrição de Kemal – ficava na borda da água, onde os barcos atracavam, com uma igreja atrás dela. Então Dr. Keil teve problemas em encontrar qualquer evidência que uma pessoa como aquela que Kemal tinha descrito tivesse vivido ali. Nenhum armênio estava vivendo naquela parte de Istambul por então, e o Dr. Keil não pôde encontrar ninguém que se lembrasse de quaisquer armênios que sequer tivessem vivido lá. Quando ele retornou a Istambul no final daquele ano, ele falou com oficiais da igreja Armênia, que lhe disseram que eles não sabiam se um armênio tinha vivido naquela casa. Nenhum registro da igreja indicava um, mas um incêndio tinha destruído muitos dos registros. Dr. Keil falou com um homem muito idoso na vizinhança que disse que um armênio tinha definitivamente vivido ali muitos anos antes e que os oficiais da igreja eram simplesmente jovem demais para se lembrar daquela época.
Munido daquele relato, Dr. Keil decidiu continuar sua busca por informação. No ano seguinte, ele fez uma terceira viagem ao local e entrevistou um bem respeitado historiador local. Durante a entrevista, Dr. Keil se assegurou de que ele não deu qualquer resposta pronta ou fez qualquer sugestão. O historiador contou uma história bastante similar àquela que Kemal tinha dito. O historiador disse que um rico armênio cristão tinha, de fato, vivido naquela casa. Ele tinha sido o único armênio no local, e o nome de sua família era Karakas. Sua esposa era grega ortodoxa, e a família dela não aprovava o casamento. O casal teve três filhos, mas o historiador não conhecia seus nomes. Ele disse que o clã Karakas viveu em outra parte de Istambul, que eles lidavam com artigos de couro, e que o morto em questão freqüentemente carregava uma grande mochila de couro. Ele também disse que o morto viveu na casa somente durante os meses de verão do ano. Ele havia morrido em 1940 ou 1941.
Apesar do Dr. Keil não ter sido capaz de verificar a afirmação de Kemal que a esposa e crianças tinham primeiros nomes gregos, a esposa veio de uma família grega. O primeiro nome que Kemal tinha dado para o homem revelou-se um termo armênio que significava “ótimo homem”.
O Dr. Keil não pôde confirmar que aquela pessoa de fato se chamava Karakas, mas ele era apoiado pelo fato de que, mesmo que ninguém envolta dele conhecesse a expressão, Kemal tinha dado um nome que facilmente tinha sido usado para descrever o Sr. Karakas.
Como este garotinho, vivendo numa cidade a 500 milhas de distância, sabia tantas coisas sobre um homem que tinha morrido em Istambul cinqüenta anos antes dele ter nascido? Ele não poderia ter ouvido falar acerca do homem que o Dr. Keil teve que trabalhar com tanto afinco para saber alguma coisa. Que possível explicação poderia haver? Kemal tinha uma resposta muito simples: disse que ele tinha sido o homem na vida prévia.
Kemal não está sozinho em suas alegações. Crianças por todo o mundo têm descrito memórias de vidas prévias. Por mais de quarenta anos, pesquisadores tem investigado seus relatos. Mais de 2,500 casos estão registrados nos arquivos da Divisão dos Estudos da Personalidade na Universidade de Virgínia. Algumas das crianças disseram que elas eram membros mortos da família, e outras descreveram vidas prévias como estranhos. Em um caso típico, uma criança muito jovem começa a descrever memórias de outra vida. A criança é persistente sobre isto e freqüentemente pede para ser levada até sua outra família em outro local. Quando a criança dá nomes ou detalhes suficientes sobre o outro local, a família freqüentemente vai até lá para descobrir se as afirmações da criança se encaixam na vida da pessoa que morreu num passado recente.
Estariam Kemal e as outras 2,500 crianças lembrando o que elas pensavam estar lembrando – eventos de outras vidas que elas tinham experimentado anteriormente? Essa questão ocupou os pesquisadores por anos, e este livro vai tentar respondê-la. Anteriormente, nós somente escrevemos para uma audiência científica, mas agora que já se passaram quarenta anos desde essa data, o público geral merece a oportunidade de avaliar a evidência também. Eu vou tentar apresentá-la do modo mais justo possível para que você possa julgar por você mesmo. O fenômeno de crianças jovens relatando memórias de vidas passadas é fascinante dentro e fora de si mesmo, e enquanto você aprende sobre ele, você pode gradualmente formar uma opinião sobre o que significa. Você pode eventualmente decidir se você pensa que crianças como Kemal realmente voltaram depois de ter uma vida anterior – e se o resto de nós pode ser capaz de voltar, também.
Fim da Introdução
Algumas jovens crianças dizem que já estiveram aqui antes. Elas dão vários detalhes sobre vidas anteriores, freqüentemente descrevendo o modo pelo qual morreram. Naturalmente, crianças jovens dizem um monte de coisas, e podemos simplesmente pensar que elas estão fantasiando como as crianças freqüentemente fazem. Mas e se, em um número de exemplos, as pessoas ouvirem as crianças e então tentarem descobrir se os eventos que elas descreveram de fato ocorreram? E se, quando essas pessoas forem aos lugares que as crianças disseram, descobrirem que o que as crianças disseram sobre os acontecimentos passados era de fato verdade? E então?
O Caso de Kemal Atasoy
Dr. Jürgen Keil, um psicólogo da Austrália, ouviu a Kemal Atasoy, um garoto de seis anos da Turquia, contando confidencialmente detalhes de uma vida prévia que ele alegava se lembrar. Eles se encontraram no lar do garoto, uma confortável casa em um bairro de classe média alta, e com eles estavam o intérprete do Dr. Keil e os pais de Kemal, um bem-educado casal que parecia contagiar-se às vezes pelo entusiasmo que garotinho mostrava em descrever suas experiências. Ele disse ter vivido em Istambul, a 500 milhas de distância. Afirmou que o nome de sua família tinha sido Karakas e que ele tinha sido um rico armênio cristão que viveu numa grande casa de três andares. A casa, ele disse, era próxima da casa de uma mulher chamada Aysegul, uma personalidade bem conhecida na Turquia, que tinha deixado o país por causa de problemas legais. Kemal disse que sua casa estava sobre a água, onde barcos eram amarrados, e que havia uma igreja atrás dela. Ele disse que sua esposa e filhos tinham primeiros nomes gregos. Também disse que freqüentemente carregava uma grande mochila de couro e que somente vivia na casa uma época do ano.
Ninguém sabia se a história de Kemal era verdadeira quando ele encontrou Dr. Keil em 1997. Seus pais não conheciam ninguém em Istambul. De fato, Kemal e sua mãe jamais haviam estado lá, e seu pai somente havia visitado a cidade duas vezes a negócios. Adicionalmente, a família não conhecia nenhum armênio. Seus pais eram muçulmanos Alevi, um grupo com crença na reencarnação, mas eles não pareciam pensar que as afirmações de Kemal, que ele já vinha fazendo desde a época em que era apenas um bebê de dois anos de idade, fossem particularmente importantes.
O Dr. Keil tratou de determinar se as afirmações que Kemal tinha dado se encaixavam com alguém que de fato tivesse vivido. O trabalho que o Dr. Keil teve que realizar para descobrir se tal pessoa existiu mesmo demonstra que Kemal não poderia ter descoberto os detalhes da vida do homem por acidente.
Quando Dr.Keil e seu intérprete foram a Istambul, eles encontraram a casa de Aysegul, a mulher que Kemal tinha dito. Próximo à casa havia uma residência vazia de três andares que combinou precisamente com a descrição de Kemal – ficava na borda da água, onde os barcos atracavam, com uma igreja atrás dela. Então Dr. Keil teve problemas em encontrar qualquer evidência que uma pessoa como aquela que Kemal tinha descrito tivesse vivido ali. Nenhum armênio estava vivendo naquela parte de Istambul por então, e o Dr. Keil não pôde encontrar ninguém que se lembrasse de quaisquer armênios que sequer tivessem vivido lá. Quando ele retornou a Istambul no final daquele ano, ele falou com oficiais da igreja Armênia, que lhe disseram que eles não sabiam se um armênio tinha vivido naquela casa. Nenhum registro da igreja indicava um, mas um incêndio tinha destruído muitos dos registros. Dr. Keil falou com um homem muito idoso na vizinhança que disse que um armênio tinha definitivamente vivido ali muitos anos antes e que os oficiais da igreja eram simplesmente jovem demais para se lembrar daquela época.
Munido daquele relato, Dr. Keil decidiu continuar sua busca por informação. No ano seguinte, ele fez uma terceira viagem ao local e entrevistou um bem respeitado historiador local. Durante a entrevista, Dr. Keil se assegurou de que ele não deu qualquer resposta pronta ou fez qualquer sugestão. O historiador contou uma história bastante similar àquela que Kemal tinha dito. O historiador disse que um rico armênio cristão tinha, de fato, vivido naquela casa. Ele tinha sido o único armênio no local, e o nome de sua família era Karakas. Sua esposa era grega ortodoxa, e a família dela não aprovava o casamento. O casal teve três filhos, mas o historiador não conhecia seus nomes. Ele disse que o clã Karakas viveu em outra parte de Istambul, que eles lidavam com artigos de couro, e que o morto em questão freqüentemente carregava uma grande mochila de couro. Ele também disse que o morto viveu na casa somente durante os meses de verão do ano. Ele havia morrido em 1940 ou 1941.
Apesar do Dr. Keil não ter sido capaz de verificar a afirmação de Kemal que a esposa e crianças tinham primeiros nomes gregos, a esposa veio de uma família grega. O primeiro nome que Kemal tinha dado para o homem revelou-se um termo armênio que significava “ótimo homem”.
O Dr. Keil não pôde confirmar que aquela pessoa de fato se chamava Karakas, mas ele era apoiado pelo fato de que, mesmo que ninguém envolta dele conhecesse a expressão, Kemal tinha dado um nome que facilmente tinha sido usado para descrever o Sr. Karakas.
Como este garotinho, vivendo numa cidade a 500 milhas de distância, sabia tantas coisas sobre um homem que tinha morrido em Istambul cinqüenta anos antes dele ter nascido? Ele não poderia ter ouvido falar acerca do homem que o Dr. Keil teve que trabalhar com tanto afinco para saber alguma coisa. Que possível explicação poderia haver? Kemal tinha uma resposta muito simples: disse que ele tinha sido o homem na vida prévia.
Kemal não está sozinho em suas alegações. Crianças por todo o mundo têm descrito memórias de vidas prévias. Por mais de quarenta anos, pesquisadores tem investigado seus relatos. Mais de 2,500 casos estão registrados nos arquivos da Divisão dos Estudos da Personalidade na Universidade de Virgínia. Algumas das crianças disseram que elas eram membros mortos da família, e outras descreveram vidas prévias como estranhos. Em um caso típico, uma criança muito jovem começa a descrever memórias de outra vida. A criança é persistente sobre isto e freqüentemente pede para ser levada até sua outra família em outro local. Quando a criança dá nomes ou detalhes suficientes sobre o outro local, a família freqüentemente vai até lá para descobrir se as afirmações da criança se encaixam na vida da pessoa que morreu num passado recente.
Estariam Kemal e as outras 2,500 crianças lembrando o que elas pensavam estar lembrando – eventos de outras vidas que elas tinham experimentado anteriormente? Essa questão ocupou os pesquisadores por anos, e este livro vai tentar respondê-la. Anteriormente, nós somente escrevemos para uma audiência científica, mas agora que já se passaram quarenta anos desde essa data, o público geral merece a oportunidade de avaliar a evidência também. Eu vou tentar apresentá-la do modo mais justo possível para que você possa julgar por você mesmo. O fenômeno de crianças jovens relatando memórias de vidas passadas é fascinante dentro e fora de si mesmo, e enquanto você aprende sobre ele, você pode gradualmente formar uma opinião sobre o que significa. Você pode eventualmente decidir se você pensa que crianças como Kemal realmente voltaram depois de ter uma vida anterior – e se o resto de nós pode ser capaz de voltar, também.
Fim da Introdução