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HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 29 Mar 2006, 16:36
por O ENCOSTO
HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO


PÊSAMES


É preciso registrar os devidos pêsames pela passagem de ano do Mercosul. É neste clima de infelicidade que este falecido Mercado Comum está completando 15 anos. No período, o que mais se colheu foram crises entre seus associados. Todas, diga-se de passagem, por exclusiva vontade dos governos dos países associados. Ou seja, as regras de impedimento ao crescimento sustentado sempre foram mantidas intactas. E todos os países que não fazem o Mercosul também não querem a ALCA. Isto vale para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.


BRASIL


O Brasil, por sua vez, sempre fez questão de ser conhecido por um país-crise, confirmado através da farta estupidez Constitucional que há muitos anos impede o seu crescimento sustentado. Esta providência legal garantiu ao Brasil, no último século, o título de eterno país do futuro. Pelas condições e restrições impostas, no entanto, nunca conseguimos compreender quando chegará o tal futuro promissor.



ARGENTINA


A Argentina é confusa também, por natureza. A exemplo da palavra Brasil, Argentina quer dizer: encrenca e excesso de problemas. E, pelo que se tem notícia, é também portadora de doenças incuráveis. Principalmente se depender de seus governantes. Em pleno século 21 a Argentina ainda adota princípios ultra-intervencionistas com zero de liberdade. Além do sistema de cotas de importação de produtos está adotando também o congelamento de preços. Pode? Pois é. Este é o sócio mais importante junto com o nosso no tal de Mercosul.


AINDA A ARGENTINA


E mais: como não tem indústrias, a Argentina precisa desesperadamente de investidores que montem seus parques industriais por lá. Mas, por tratarem muito mal o capital, com políticas que tiram as perspectivas de retorno dos investimentos, vão continuar chupando os dedos por muito tempo. E fazem isto com gosto invulgar a ponto de seu presidente gozar de alta aprovação popular.



URUGUAI


O Uruguai não fica por menos. Nunca se definiu por um programa de sustentação fora do ambiente financeiro. Mais conhecido como paraíso fiscal latino-americano, depois que passou por uma séria crise bancária, nos últimos anos, não conseguiu se recuperar e o seu povo entendeu que um socialista resolveria o problema.



PARAGUAI



O Paraguai, apesar de algumas mudanças experimentadas no âmbito governamental, ainda é visto no Brasil como destino de veículos aqui roubados. Mas o que lhe mais dá notoriedade é o fato de ser sede de produtos chineses que são oferecidos aos sacoleiros brasileiros. Nada do que se produz no Paraguai é vendido no Brasil. Só o que não é produzido lá.


VENEZUELA

O último sócio, recém contratado pelos demais aliados ao Mercosul, é a Venezuela. Tudo porque seu presidente, Hugo Chávez, é o maluco-mor da América do Sul. Bolivariano revolucionário a ponto de querer transformar os países latinos em Eixo do Mal. E já tem inúmeros simpatizantes que não deixam de incluí-lo nas orações diárias. Com certeza será ungido presidente o Mercosul. Viva.


http://www.pontocritico.com

Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 29 Mar 2006, 16:43
por spink
Poi é. Quinze anos realmente é bastante tempo para essa integração estar engatinhando. Isso sem contar o fato que poderíamos ter queimado algumas etapas com a experiência da UE. Por outro lado, negociações bilaterais no mundo de hoje são complicadas. :emoticon8:

Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 29 Mar 2006, 18:52
por spink
Já que estamos tratando de blocos econômicos:

Está na internet, no site http://www.ciep.org, um extraordinário trabalho, capaz de iluminar as discussões sobre os efeitos da futura Alca no Brasil. Feito no Ceip (Carnegie Endowment for International Peace), um conceituado instituto de Washington, o estudo mostra o que mudou na economia do México depois de quase dez anos de vigência do acordo de livre comércio da América do Norte, o Nafta.

No espaço diário que dispõe aqui na Folha, Clóvis Rossi já dedicou uma brilhante coluna ao assunto. Mas o trabalho, de 61 páginas, é denso em informações e merece ser lido na íntegra por quem se interessa pelo livre comércio.

Ao citar os efeitos do Nafta, os especialistas costumam enumerar dados econômicos gerais: as exportações (exceto petróleo) do México triplicaram desde o início do Nafta, em 1994, e atingem hoje US$ 150 bilhões por ano; o PIB cresceu 27% e já supera o do Brasil, com US$ 600 bilhões. O estudo do Ceip é diferente. Procura mostrar os efeitos da liberalização do comércio naquilo que interessa diretamente às pessoas, como o emprego, o nível salarial, a produção de alimentos, o ambiente e os ganhos sociais.

As conclusões do trabalho são preocupantes. Primeira e principal constatação: o Nafta praticamente não ajudou o México a aumentar sua oferta de empregos.

Nas maquiladoras, empresas que importam produtos americanos sem tarifas para processamento e reexportação, o ganho líquido foi de 550 mil postos de trabalho de 1994 a 2002. Cerca de 30% dos empregos criados nessas empresas desapareceram nos últimos dois anos por causa da recessão americana e da transferência de muitas fábricas para países que pagam baixos salários, especialmente a China.

Nas não-maquiladoras, havia 1,3 milhão de mexicanos empregados em 2002, cerca de 100 mil a menos que em 1994. Na agricultura, prejudicada por maciças importações de produtos americanos que entram no país sem taxação, o número de empregos caiu de 7,2 milhões para 6,8 milhões de 1994 a 2002. As importações de trigo americano cresceram 180% e as de milho foram multiplicadas por seis.

O México tem hoje, quase dez anos depois do início do Nafta, os mesmos problemas que tinha no início dos anos 90 em matéria de oferta de emprego. Cerca de 47% da força de trabalho permanece desempregada ou subempregada.

No início do Nafta, as previsões dos idealizadores eram que os salários médios dos mexicanos convergiriam naturalmente para o nível de remuneração dos americanos. Isso não ocorreu. O salário real, muito prejudicado pela crise do peso (1994-1995), não teve nenhum ganho nesse período de livre comércio.

Por isso, contra todas as previsões das autoridades, aumentou de forma assustadora a migração ilegal de mexicanos para os Estados Unidos, agravando um problema histórico nas relações entre os dois países. Em 2001, houve 1,3 milhão de apreensões na fronteira sudoeste, número que representa quase o dobro do de 1994.

Os anos do Nafta também não levaram nenhum progresso ao México em matéria de proteção ao ambiente. O governo mexicano estima que os problemas causados pela poluição na década passada tenham custado US$ 36 bilhões por ano. Ecologistas sustentam que esses prejuízos são maiores do que os ganhos obtidos com o crescimento do comércio e da economia em geral.

A despeito de todos esses problemas, os autores do estudo do Ceip concluem que o Nafta não foi para o México nem o desastre previsto pelos seus opositores nem a salvação imaginada pelos seus idealizadores. O acordo serviu para acelerar a transição para uma economia liberalizada, mas não criou as condições para que o México se aproximasse do nível de seus dois parceiros no acordo, os EUA e o Canadá.

Mas os entusiastas do Nafta acham que a experiência valeu a pena. E resumem sua defesa do acordo com uma pergunta: o que teria acontecido no México se estivesse fora do Nafta? Certamente, os números da economia do país seriam hoje muito piores, respondem. Uma pergunta semelhante devem fazer os brasileiros, neste momento em que se discute o lançamento da Alca. O que ocorrerá no Brasil se o país ficar fora do Acordo de Livre Comércio das Américas?

Parece, portanto, muito sensato o caminho seguido pela diplomacia brasileira na reunião de Miami, em meados de novembro. Caminha-se para um acordo inicial cauteloso, que não prejudique demasiadamente a economia brasileira, mas que permita um avanço gradual em direção ao livre comércio no continente.

A Alca para o Brasil, a exemplo do que foi o Nafta para o México, não é o demônio destruidor da economia nem a tábua de salvação para levar o país rapidamente para o Primeiro Mundo. Há muito a fazer além da Alca em matéria de relações globais: acordos com China, Índia e outros países de médio desenvolvimento, aproximação da União Européia e aprofundamento do Mercosul.

Em todos os casos, deve ser colocado em primeiro lugar o interesse principal do país, que é a criação de empregos e do bem-estar dos brasileiros.

Benjamin Steinbruch, 50, empresário, é diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional e presidente do conselho de administração da empresa.

Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 30 Mar 2006, 09:16
por Claudio Loredo


Tudo bem que o Mercosul está passando por problemas e não tem se desenvolvido tanto quanto deveria se desenvolver, mas dai a falar em falecimento, isto já é demais, não?!?

Eu não entendo o porquê desta resistência contra a integração de países vizinhos, que possuem história, idioma e cultura em comum.

Nestes quinze anos de existência o Mercosul conseguiu mais do que quadruplicar o comercio entre os países membros. Possivelmente nos próximos anos a integração entre os países deve aumentar, mas para isto são necessários maiores esforços para a harmonização das legislações nacionais, para o fortalecimentos dos organismos comunitarios e principalmente estabelecer logo a livre circulação de bens, pessoas e capitais, sem qualquer tipo de barreira alfandegária.

Estudos econômicos tem demostrado que o comercio multilateral com vários países ao redor do globo é o caminho mais lucrativo para o Brasil. Só que isto não significa que o Brasil deve deixar de lado o projeto do Mercosul. Antes de se integrar com outras economias, o Brasil deve começar a se integrar com seus vizinhos.

Para o Brasil, o Mercosul é um aprendizado de integração, um caminho para se fortalecer diante do comércio internacional. Como se integrar com outras econômias ao redor do globo se não conseguimos nos integrar nem mesmo com nossos vizinhos? Vamos aprender a nos integrar com nossos vizinhos para aprender também a nos integrar com outras economias do planeta.

O texto cita vários problemas particulares dos países membros, mas eu digo que o Mercosul é um remédio para esses países superarem seus problemas, pois ao buscar a harmonização com outros países, cada país vê o seu defeito e o corrige a partir de comparações com o que dá certo nos outros e principalmente a partir da perseguição de metas comuns.


Re: Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 30 Mar 2006, 09:57
por O ENCOSTO
Claudio Loredo escreveu:
Eu não entendo o porquê desta resistência contra a integração de países vizinhos, que possuem história, idioma e cultura em comum.



Nem você, nem EU e muito menos o autor do texto.

Por quê tanta resistência?

Vou arriscar: na minha opinião, nenhum governo deste bloco está interessado em escutar o CONSUMIDOR FINAL. Estão mais interessados é em impor barreiras para que o cidadão brasileiro não consiga comprar MAIS BARATO. Isso ocorre nos outros paises do bloco, evidentemente.

É basicamente isso.

Outro dias, vimos o governador Germano Rigoto propor que o IMPOSTO Argentino sobre os sapatos fabricados lá deveriam subir um pouco para não afetar mais ainda a industria de calçados do RS, que já está prá lá de bagdad por causa da competência da China.

Pergunte se Rigoto em algum momento pensou em diminuir a carga tributária.

(PS: Nesse ano, ele diminuiu um pouco, já que estamos em período eleitoral).



Nestes quinze anos de existência o Mercosul conseguiu mais do que quadruplicar o comercio entre os países membros. Possivelmente nos próximos anos a integração entre os países deve aumentar, mas para isto são necessários maiores esforços para a harmonização das legislações nacionais, para o fortalecimentos dos organismos comunitarios e principalmente estabelecer logo a livre circulação de bens, pessoas e capitais, sem qualquer tipo de barreira alfandegária.



Isso só reflete um aumento no consumo e não integração ou queda de barreiras tributárias.




Estudos econômicos tem demostrado que o comercio multilateral com vários países ao redor do globo é o caminho mais lucrativo para o Brasil. Só que isto não significa que o Brasil deve deixar de lado o projeto do Mercosul. Antes de se integrar com outras economias, o Brasil deve começar a se integrar com seus vizinhos.



Pela sua lógica, a republica dominicana deve se integrar com o Haiti, já que é o seu vizinho. Por quê? Ora! Porque são vizinhos.


Para o Brasil, o Mercosul é um aprendizado de integração, um caminho para se fortalecer diante do comércio internacional. Como se integrar com outras econômias ao redor do globo se não conseguimos nos integrar nem mesmo com nossos vizinhos? Vamos aprender a nos integrar com nossos vizinhos para aprender também a nos integrar com outras economias do planeta.



Deve ser por isso que Austrália e japão estão na merda. Eles não podem fazer comércio com o Oceano pacifico ou Indico e vivem na miséria. Eles são isolados. Coitados.

Claudio, a sua argumentação não tem o menor fundamento.

O texto cita vários problemas particulares dos países membros, mas eu digo que o Mercosul é um remédio para esses países superarem seus problemas, pois ao buscar a harmonização com outros países, cada país vê o seu defeito e o corrige a partir de comparações com o que dá certo nos outros e principalmente a partir da perseguição de metas comuns.


O Mercosul é uma palhaçada.

Enviado: 30 Mar 2006, 10:10
por Pug
Idioma comum :emoticon5:


Adiante, Mercosul 15 anos apenas :emoticon16:


UE é um projecto iniciado á mais de 50 anos.

Lá diz o ditado, Roma não se fez num dia.

Uma maior integração dos países membros a concretização de um real mercado comum. Não é fácil conciliar interesses, mas a UE são hoje 25 países com ou sem crise lá se vai avançando. Mercosul meia dúzia de gatos-pingados que não se entendem.

Enviado: 30 Mar 2006, 10:29
por Clauss
A proposta inicial ERA uma união, comercialmente falando. Mas isso só seria realmente sido executado se houvesse, além do interesse, a NECESSIDADE. Como cada país apenas busca proveito próprio sem levar em consideração o crescimento entre os irmãos vizinhos, aí está a resposta: estagnação. Não empolguem-se por algo mais neste juízo.

Enviado: 30 Mar 2006, 13:28
por O ENCOSTO
Pug escreveu:Idioma comum :emoticon5:


Adiante, Mercosul 15 anos apenas :emoticon16:


UE é um projecto iniciado á mais de 50 anos.

Lá diz o ditado, Roma não se fez num dia.

Uma maior integração dos países membros a concretização de um real mercado comum. Não é fácil conciliar interesses, mas a UE são hoje 25 países com ou sem crise lá se vai avançando. Mercosul meia dúzia de gatos-pingados que não se entendem.




Duvido que a Inglaterra esteja doidinha para fazer uma parceria comercial com o Haiti.

Duvido que a França fique implorando para ter o gabão como parceiro.

No nosso pais tem gente implorando para o Brasil se juntar ao Paraguai, Uruguai, Bolivia e qualquer outra porcaria do 10000° mundo apenas por ROMANTISMO, já que estas porcarias de paises não tem absolutamente nada (além de produtos agriculas) para nos oferecer. E de agricultura o Brasil até que entende um pouco.

SE eles não estão a fim, pra quê diabos continuar nutrindo essas idéias já que não precisamos deles?

Enviado: 30 Mar 2006, 13:51
por Pug
O ENCOSTO escreveu:
Pug escreveu:Idioma comum :emoticon5:


Adiante, Mercosul 15 anos apenas :emoticon16:


UE é um projecto iniciado á mais de 50 anos.

Lá diz o ditado, Roma não se fez num dia.

Uma maior integração dos países membros a concretização de um real mercado comum. Não é fácil conciliar interesses, mas a UE são hoje 25 países com ou sem crise lá se vai avançando. Mercosul meia dúzia de gatos-pingados que não se entendem.




Duvido que a Inglaterra esteja doidinha para fazer uma parceria comercial com o Haiti.

Duvido que a França fique implorando para ter o gabão como parceiro.

No nosso pais tem gente implorando para o Brasil se juntar ao Paraguai, Uruguai, Bolivia e qualquer outra porcaria do 10000° mundo apenas por ROMANTISMO, já que estas porcarias de paises não tem absolutamente nada (além de produtos agriculas) para nos oferecer. E de agricultura o Brasil até que entende um pouco.

SE eles não estão a fim, pra quê diabos continuar nutrindo essas idéias já que não precisamos deles?



Como o Clauss afirmou, falta a necessidade.

Re: Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 30 Mar 2006, 14:24
por Claudio Loredo
O ENCOSTO escreveu:Vou arriscar: na minha opinião, nenhum governo deste bloco está interessado em escutar o CONSUMIDOR FINAL. Estão mais interessados é em impor barreiras para que o cidadão brasileiro não consiga comprar MAIS BARATO. Isso ocorre nos outros paises do bloco, evidentemente.

É basicamente isso.

Outro dias, vimos o governador Germano Rigoto propor que o IMPOSTO Argentino sobre os sapatos fabricados lá deveriam subir um pouco para não afetar mais ainda a industria de calçados do RS, que já está prá lá de bagdad por causa da competência da China.

Pergunte se Rigoto em algum momento pensou em diminuir a carga tributária.




Mesmo que o Estado brasileiro elimine todos os impostos incidentes sobre a produção e o consumo, mesmo assim os produtos brasileiros não terão como competir com os Chineses e sabe porque? Por que pelo menos pelos próximos anos os chineses irão trabalhar bem mais que os brasileiros e receber bem menos.

Os Chineses são mais produtivos que os brasileiros, onde se exige mão-de-obra intensiva, pelos mesmos motivos que fizeram os negros serem bem mais produtivos que os indios durante o período colonial brasileiro.

Os portugueses quiseram escravizar os indios, mas os indios que bem conheciam a floresta, sempre davam um jeito de fugir e sobreviver. Já os negros tinham mais dificuldades na fuga. Bem assim são os brasileiros em relação aos chineses. Não dá para você colocar brasileiros para trabalharem 12 horas por dia, em troca de um salário de fome e debaixo de muita pressão, pois o brasileiro acabará fugindo. O que não falta é rio e mata neste país para alguém sobreviver, mesmo que como selvagem. Antes trabalhar no cabo da enxada do que trabalhar de forma indigna.

Assim como o Brasil, nenhum país do mundo tem condições de competir com a China em qualquer setor que exija muita mão-de-obra barata. Por isso, todos os países do mundo impõe barreiras comerciais para impedir a concorrência esmagadora dos chineses. O Brasil ao dificultar a entrada de produtos chineses, ele faz o que os outros países também fazem.



Re: Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 30 Mar 2006, 14:43
por O ENCOSTO
Claudio Loredo escreveu:
O ENCOSTO escreveu:Vou arriscar: na minha opinião, nenhum governo deste bloco está interessado em escutar o CONSUMIDOR FINAL. Estão mais interessados é em impor barreiras para que o cidadão brasileiro não consiga comprar MAIS BARATO. Isso ocorre nos outros paises do bloco, evidentemente.

É basicamente isso.

Outro dias, vimos o governador Germano Rigoto propor que o IMPOSTO Argentino sobre os sapatos fabricados lá deveriam subir um pouco para não afetar mais ainda a industria de calçados do RS, que já está prá lá de bagdad por causa da competência da China.

Pergunte se Rigoto em algum momento pensou em diminuir a carga tributária.


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Mesmo que o Estado brasileiro elimine todos os impostos incidentes sobre a produção e o consumo, mesmo assim os produtos brasileiros não terão como competir com os Chineses e sabe porque? Por que pelo menos pelos próximos anos os chineses irão trabalhar bem mais que os brasileiros e receber bem menos.



Errado Claudio.

O custo de um produto não é calculado exclusivamente com base no preço da mão de obra. Você sabe perfeitamente isso. A mão de obra pode ser insignificante para o preço final de um produto. Vou dar um exemplo bem grosseiro para você entender: Em quando o custo da mão de obra influencia no preço final de diamante?

ALÉM DISSO: Não é só o custo final do produto que está em jogo. O consumidor nem sempre compra pelo preço e sim por inúmeros outros fatores em conjunto, como qualidade.

Se não fosse assim, não existiriam mais shoppings e os produtos piratas já teriam dominado totalmente o mercado.

Os Chineses são mais produtivos que os brasileiros, onde se exige mão-de-obra intensiva, pelos mesmos motivos que fizeram os negros serem bem mais produtivos que os indios durante o período colonial brasileiro.



Qual o conceito de produtividade, Claudio? E desde quando raça influencia em produtividade?

Se eles são mais produtivos, cabe a nós brasileiros tornar nossos processos mais e mais produtivos.



Os portugueses quiseram escravizar os indios, mas os indios que bem conheciam a floresta, sempre davam um jeito de fugir e sobreviver. Já os negros tinham mais dificuldades na fuga.



Por questões culturais, os Indios apresentaram uma maior resistencia ao dominio do homem branco. E só.

A Africa já era fornecedora de escravos há séculos antes do descobrimento da america. Os negros (não só negros, mas brancos também eram escravos) já estavam mais adaptados ao trabalho do que os Indios.


Bem assim são os brasileiros em relação aos chineses. Não dá para você colocar brasileiros para trabalharem 12 horas por dia, em troca de um salário de fome e debaixo de muita pressão, pois o brasileiro acabará fugindo. O que não falta é rio e mata neste país para alguém sobreviver, mesmo que como selvagem. Antes trabalhar no cabo da enxada do que trabalhar de forma indigna.



Mais uma vez, Claudio: Qual o conceito de produtividade?

Com certeza não é colocar 100 funcionários publicos para fazer em 6 horas diárias oque 10 pessoas da iniciativa privada fazem em 8.



Assim como o Brasil, nenhum país do mundo tem condições de competir com a China em qualquer setor que exija muita mão-de-obra barata. Por isso, todos os países do mundo impõe barreiras comerciais para impedir a concorrência esmagadora dos chineses. O Brasil ao dificultar a entrada de produtos chineses, ele faz o que os outros países também fazem.




Claudio, leia alguma coisa sobre sistema Toyota de produção e as diversas idéias que sairam desta filosofia, como Lean, etc.

Enviado: 30 Mar 2006, 15:06
por Claudio Loredo
Pug escreveu:Idioma comum :emoticon5:




Aqui na América Latina falamos majoritariamente dois idiomas: o português e o espanhol. Só que o português conforme pronunciado no Brasil é bem mais parecido com o Espanhol do que o português falado em Portugal. Isto porque pronunciamos as vogais de forma aberta, igual a lingua espanhola, tornando bem mais fácil para eles nos entenderem. É muito fácil um argentino, por exemplo, conversar com um brasileiro. Tudo isto facilita os intercâmbios entre esses países.


Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 30 Mar 2006, 15:14
por Aranha
- Os únicos países que valem algum intercâmbio aqui na América do Sul são a Argentina e o Chile, de resto só nos resta explorar o petróleo da Venezuela e o Gás da Bolívia, somos grandes demais para ficar negociando em conjunto com esses nanicos, temos que procurar acordos bilaterais com gdes blocos e potências econômicas e exercer uma hegemonia exploratória aqui como qualquer potência faz, e olhe que estaríamos fazendo um gde favor a eles...

Abraços,

Enviado: 30 Mar 2006, 15:21
por Flavio Costa
Claudio Loredo escreveu:
Aqui na América Latina falamos majoritariamente dois idiomas: o português e o espanhol. Só que o português conforme pronunciado no Brasil é bem mais parecido com o Espanhol do que o português falado em Portugal. Isto porque pronunciamos as vogais de forma aberta, igual a lingua espanhola, tornando bem mais fácil para eles nos entenderem. É muito fácil um argentino, por exemplo, conversar com um brasileiro. Tudo isto facilita os intercâmbios entre esses países.

As pessoas que costumam viajar pela América Latina me dizem que eles não entendem p*rr* nenhuma quando falamos em português.

Enviado: 30 Mar 2006, 15:47
por Luis Dantas
Flavio Costa escreveu:As pessoas que costumam viajar pela América Latina me dizem que eles não entendem p*rr* nenhuma quando falamos em português.


Éramos quatro brasileiros na casa em que eu morava em 1982, quando passei quatro meses em Santiago do Chile. Eu e minha irmã havíamos tido aulas de Espanhol pouco antes da viagem.

Ainda assim, só um de nós (não, não era eu) conseguia algum grau de sucesso em se fazer entender pelos chilenos... os brasileiros são muito mais tolerantes a variações de pronúncia do que os demais sul-americanos.

Enviado: 30 Mar 2006, 16:27
por Flavio Costa
Luis Dantas escreveu:Ainda assim, só um de nós (não, não era eu) conseguia algum grau de sucesso em se fazer entender pelos chilenos... os brasileiros são muito mais tolerantes a variações de pronúncia do que os demais sul-americanos.

O português é uma língua foneticamente mais rica que o espanhol.

Enviado: 30 Mar 2006, 17:02
por O ENCOSTO
Flavio Costa escreveu:
Luis Dantas escreveu:Ainda assim, só um de nós (não, não era eu) conseguia algum grau de sucesso em se fazer entender pelos chilenos... os brasileiros são muito mais tolerantes a variações de pronúncia do que os demais sul-americanos.

O português é uma língua foneticamente mais rica que o espanhol.




Acho que é apenas mania de brasileiro de achar que fala "Portunhol".

Tá ai o Vanderley Luxemburgo pagando mico direto e não me deixando mentir.

Enviado: 30 Mar 2006, 17:09
por Hugo
O ENCOSTO escreveu:
Flavio Costa escreveu:
Luis Dantas escreveu:Ainda assim, só um de nós (não, não era eu) conseguia algum grau de sucesso em se fazer entender pelos chilenos... os brasileiros são muito mais tolerantes a variações de pronúncia do que os demais sul-americanos.

O português é uma língua foneticamente mais rica que o espanhol.




Acho que é apenas mania de brasileiro de achar que fala "Portunhol".

Tá ai o Vanderley Luxemburgo pagando mico direto e não me deixando mentir.


Nessas férias estava almoçando em um restaurante perto de Angra quando apareceu um pessoal falando em espanhol.Minhas convicções de que saber português me dava algumas noções de espanhol caíram por terra, pois não conseguia entender absolutamente nada do que diziam!

Enviado: 31 Mar 2006, 08:04
por Claudio Loredo
O ENCOSTO escreveu:No nosso pais tem gente implorando para o Brasil se juntar ao Paraguai, Uruguai, Bolivia e qualquer outra porcaria do 10000° mundo apenas por ROMANTISMO, já que estas porcarias de paises não tem absolutamente nada (além de produtos agriculas) para nos oferecer. E de agricultura o Brasil até que entende um pouco.



A integração dos países da América Latina não é questão de romantismo, é questão de bom senso.

Como compartilhamos o mesmo meio ambiente com eles, temos que ter legislações em comum para proteger a fauna, a flora e todos nossos recursos naturais. Temos que pelo menos entrar em acordo com eles para a proteção desses recursos.

Há também o fato de que a proximidade geográfica nos leva a comercializar bastante com esses países. Por exemplo, é mais fácil para o Brasil comprar produtos agricolas de clima temperado da Argentina do que comprar de outros países. Daí, a necessidade de acordos comerciais com a Argentina.

A Harmonização do mercado de trabalho, amplia as oportunidades profissionais dos trabalhadores desses países.

Como estamos perto um do outro, fica mais fácil compartilhar recursos humanos, recursos naturais e recursos tecnológicos o que implica na formação de um bloco econômico para regularizar essas trocas comerciais e a cooperação entre os países. O mundo inteiro está fazendo isto. Cada país com seus vizinhos. Por que é que o Brasil não pode fazer o mesmo?



Enviado: 31 Mar 2006, 08:22
por Luis Dantas
Claudio Loredo escreveu:A Harmonização do mercado de trabalho, amplia as oportunidades profissionais dos trabalhadores desses países.


No papel está perfeito, mas esbarramos na dura realidade de que ninguém está realmente querendo criar essa harmonização, nem mesmo internamente no Brasil.

Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 31 Mar 2006, 08:23
por Claudio Loredo


A medida que as economias nacionais tendem a se integrar cada vez mais num espaço econômico planetário, faz-se necessário uma grande mudança na legislação nacional para se adaptar a essa nova realidade. O Mercosul é parte deste esforço brasileiro para se adaptar a um mundo sem fronteiras, interconectado em rede e com distâncias cada vez menores e mais fáceis de serem vencidas. A integração brasileira com seus vizinhos representa também a integração brasileira com o mundo. Muitas vezes o Brasil tem mais vantagens em fazer trocas comerciais com outros países de outros continentes, e deve fazé-las, mas as pontes com seus vizinhos devem continuar a serem construidas, pois nosso pensamento não deve se limitar ao aqui e agora, ele deve visar um futuro de vários anos adiante.


Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 31 Mar 2006, 08:26
por Luis Dantas
Mudamos a legislação, mas não renunciamos à mentalidade feudal que grassa nestas bandas desde que os portugueses aqui aportaram.

E vivemos sob um regime de Direito Romano, que ao contrário do Direito Comum dos países de língua inglesa, tem a pretensão de mudar a mentalidade da sociedade pela força da lei em vez de vice-versa.

O resultado é que a lei torna-se inócua, quando não vira mais uma ferramenta que as elites sabem usar e contornar para preservar e aumentar seus privilégios.

Re.: HOMENAGEM PELOS 15 ANOS DE FALECIMENTO

Enviado: 31 Mar 2006, 09:13
por Claudio Loredo

O ENCOSTO escreveu:Errado Claudio.

O custo de um produto não é calculado exclusivamente com base no preço da mão de obra. Você sabe perfeitamente isso. A mão de obra pode ser insignificante para o preço final de um produto. Vou dar um exemplo bem grosseiro para você entender: Em quando o custo da mão de obra influencia no preço final de diamante?

ALÉM DISSO: Não é só o custo final do produto que está em jogo. O consumidor nem sempre compra pelo preço e sim por inúmeros outros fatores em conjunto, como qualidade.

Se não fosse assim, não existiriam mais shoppings e os produtos piratas já teriam dominado totalmente o mercado.



Eu deixei claro no meu texto que estava me referindo as industrias que exigem mão-de-obra intensiva como é o caso das indústrias de calçados, roupas e brinquedos. Atualmente os chineses produzem esses produtos com alta qualidade e com mão-de-obra barata. Eles podem fazer isto porque possuem milhões de pessoas dispostas a trabalharem de baixo das piores condições porque não possuem outra alternativa na vida.

Os chineses deixaram sua população crescer desordenadamente e agora estão pagando o preço por isto. Deixar nosso mercado ser inundado por produtos chineses significa ou dar emprego aos chineses ou forçar os trabalhadores brasileiros a trabalharem nas mesmas condições que os chineses trabalham. O povo brasileiro não precisa pagar pelos erros dos chineses.


O ENCOSTO escreveu:Qual o conceito de produtividade, Claudio? E desde quando raça influencia em produtividade?

Se eles são mais produtivos, cabe a nós brasileiros tornar nossos processos mais e mais produtivos.


Eu não me referi a raça para justificar produtividade. Eu me referi ao fato de que os chineses ganham salário miseráveis para trabalharem como escravos porque eles não possuem outra alternativa. Os brasileiros e os norte americanos, por exemplo, possuem mais alternativas de trabalho, por isso, não precisam se submeter a trabalhos degradantes.

É óbvio que existem outros fatores que influenciam no preço final dos produtos produzidos num país, tais como infra-estrutura, nivel educacional da população e gastos governamentais eficientes. O que estou querendo colocar, como já coloquei, é que mesmo que o Brasil melhore esses fatores, ainda assim, não há como competir com os chineses nas industrias que exigem mão-de-obra intensiva.

O ENCOSTO escreveu:Mais uma vez, Claudio: Qual o conceito de produtividade?

Com certeza não é colocar 100 funcionários publicos para fazer em 6 horas diárias oque 10 pessoas da iniciativa privada fazem em 8.


Você insiste em falar mal de funcionário público injustamente. A ameaça de demissão e a pressão por produtividade não são os únicos fatores que dão eficiência a um trabalhador. Um trabalhador qualificado sempre será produtivo. Desde 1988, com a vigência da nova constituição e da obrigatoriedade do concurso público para ingresso nos cargos governamentais, o nível das pessoas que ocupam os serviços públicos é altissimo e essas pessoas tem feito o serviço público ser cada vez mais eficiênte.

Existe um idealismo muito grande nos funcionários públicos que executam serviços que não podem ser executados pela iniciativa privada, tais como a manutenção da justiça e a assistência social. Há uma demanda muito grande da população por estes serviços o que leva os funcionários públicos a terem que trabalhar bastante.

É claro que os governantes atrapalham muitas vezes a eficiência do funcionalismo. Durante os 8 anos do governo FHC ninguém teve aumento salarial. A máquina pública foi bastante sucateada. Felizmente, esta realidade tem mudado e o funcionalismo público tem sido valorizado. O que tem feito sua eficiência aumentar numa proporção muito maior do que esta valorização.

Muita coisa boa tem acontecido no funcionalismo público nos ultimos anos que tem aumentado imensamente sua eficiência. Para aumentar ainda mais é necessário diminuir o número de municipios, simplificar a legislação pública e reestruturar a administração. Tudo isto são problemas políticos, cuja resolução não depende somente dos servidores públicos concursados. Eles não tem culpa da nossa legislação ser ultrapassada.