O Espírito e a Parapsicologia
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
O Espírito e a Parapsicologia
O Espírito e a Ciência
http://www.terraespiritual.locaweb.com. ... o2327.html
A tese do espírito, no nosso entendimento, é o que está faltando na parapsicologia para que novos desenvolvimentos e áreas de pesquisas sejam a ela incorporados
Ney Pietro Peres
Pela Associação Médico-Espírita do Brasil
Em pouco mais de um século foram realizados diversos trabalhos férteis no que se refere às investigações dos fenômenos ligados ao espírito. Nesse período, eles foram amplamente enriquecidos com a dedicação de homens que se projetaram no campo científico através do valor de suas contribuições. Nomes como Camille Flammarion, Gabriel Dellane, Charles Richet, Albert de Rochas, Gustave Geley, Léon Denis, entre outros, emolduraram o despertar da doutrina consoladora visualizada na França luminosa pelo mestre Hippolite Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec.
Também pelo mundo existiram grandes colaboradores. Na Inglaterra, tivemos a dedicação dos vários integrantes da Sociedade de Pesquisa Psíquica, com figuras ilustres do porte de Fredrich Myers, William Crookes, Oliver Lodge, William Barrett e Staiton Moses. Destacamos ainda o russo Alexander Aksakof e os italianos Ernesto Bozzano e Cesar Lombroso.
Com o progresso da tecnologia e os recursos de importantes universidades, espalhadas tanto no Ocidente como no Oriente, chegamos a uma incontestável lista de personagens de respeito que têm desenvolvido trabalhos significativos, somando evidências à tese do espírito. Para não nos alongarmos muito, a relação é formada por nomes como Hans Bender, Leonid Vasiliev, Hans Driesch, Pascual Jordan, Emile Tizané, William Roll, Gerard Croiset, Joseph Banks Rhine, Hermut Smith, Stanley Krippner, Ian Stevenson, Hemendra Nath Banerjee, Elizabeth Rauscher, Douglas Dean e George Meek, entre outros. Também podemos incluir nessa lista o brasileiro Hernani Guimarães Andrade. No entanto, apesar de um gigantesco acervo de evidências, o espírito ainda não conquistou a aceitação de sua existência dentro dos exigentes requisitos científicos.
Considerações da ciência
Em quase todas as áreas do conhecimento, os homens que respondem pela ciência relutam, de algum modo, em ceder caminho para que o espírito entre em suas cogitações. Porém, embora consistentes, as estruturas pragmáticas e o cristalizado conservadorismo na resistência do dogmatismo científico estão para implodir. Por incrível que pareça, é a física, a mais rigorosa das ciências, que, em uma visão mais ampla, já passou a considerar o espírito como algo inseparável dos fenômenos da natureza.
No livro O Espírito, este desconhecido, Jean Charon, ganhador de um Prêmio Nobel de Física, aborda o assunto. "Os novos gnósticos de Princeton e Pasadena guardaram, da antiga filosofia, a idéia de que aquilo que chamamos de espírito é indissociável de todos os fenômenos que vemos no universo, sejam físicos ou psíquicos. Portanto, ao menos em princípio, devemos ser capazes de ter um conhecimento ‘científico’ do espírito, isto é, de fornecer uma descrição em termos científicos, com o risco de, se necessário, renovar a própria linguagem", afirma.
Dentro dessa atual visão da física, o codificador Allan Kardec já asseverava, em meados do século passado, no livro A Gênese, que a revelação espírita se caracterizava pela sua origem divina, sua iniciativa pertencente aos espíritos e sua elaboração resultante do trabalho do homem. "Portanto, é rigorosamente exato dizer que o Espiritismo é uma ciência da observação, não o produto da imaginação. As ciências não fizeram progressos sérios senão depois que seus estudos se basearam no método experimental, mas se acreditava que esse método não poderia ser aplicado senão à matéria, ao passo que o é igualmente às coisas metafísicas", acrescentou.
No desenvolvimento deste estudo, procuraremos elucidar o modelo do espírito segundo a doutrina espírita, relacionando-o com alguns dos problemas humanos com base em enormes contribuições bem elaboradas. Preocupa-nos demonstrar que o homem não é, única e exclusivamente, esse ser biológico constituído de aparelhos e sistemas articulados por mecanismos e reações fisioquímicas. Defenderemos a tese do espírito, que, no nosso entendimento, é o que está faltando na parapsicologia para que novos desenvolvimentos e áreas de pesquisas sejam incorporados a ela, provocando a revisão de seus conceitos sobre a natureza do homem.
De O Livro dos Espíritos, resumiremos a concepção da origem, natureza e forma do espírito comunicada a Allan Kardec, por via mediúnica, pelos próprios espíritos que trouxeram ao mundo a doutrina espírita. Originado do princípio inteligente do universo, embora de natureza não palpável, o espírito é algo que existe como individualização desse princípio. É incorpóreo. Mesmo sendo de um outro tipo de matéria quintessenciada, não pode ser percebido por nossos sentidos físicos. Ele pode existir independentemente do corpo que anima e, em sua forma, seria comparado a uma chama, um clarão, uma centelha luminosa cuja cor pode variar do escuro ao brilho do rubi. Pode penetrar e atravessar a matéria, deslocando-se ao espaço tão rapidamente quanto o pensamento. Mesmo não se dividindo, irradia-se para diferentes lados, como o sol envia seus raios para muitos lugares distantes, parecendo estar neles simultaneamente.
Nesse modelo, pelo fato do espírito ter se originado do princípio inteligente do universo e existir como uma emanação dele, fica implícita a existência dessa fonte geradora inteligente, causa primeira que o concebeu. Essa busca natural pela fonte de nossa origem também levou o físico Carlo Rubbia a considerá-la quando se referiu às suas descobertas sobre as subpartículas atômicas no projeto CERN (Organização Européia para a Pesquisa Nuclear). "As descobertas que estão sendo feitas na ciência põem em evidência o fato de que a natureza é o resultado de uma concepção única, enorme e magnífica. (...) O certo é que, quando descobrimos que todas as forças são controladas por um mesmo princípio, quando vemos que há uma ordem absolutamente infinita em tudo o que se passa na natureza, o passo é muito curto para imaginar que houve uma ‘inteligência’ que fez tudo isso", comentou o físico em 1983.
Quando o mestre Kardec pergunta sobre o que é Deus na primeira questão de O Livro dos Espíritos, recebeu como resposta que Ele "é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". Depreendemos daí uma considerável aproximação com as idéias dos físicos modernos.
Entendemos que o espírito, em sua origem como princípio inteligente do universo concebido pelo Criador e fruto de sua obra, poderia guardar em seu arcabouço, sob forma embrionária, as potencialidades que seriam progressivamente desenvolvidas no transcorrer dos tempos. Dos laboratórios da natureza cósmica, da formação das galáxias ao aparecimento das constelações atômicas sobre a crosta terrestre, passando da evolução química para a biológica e atingindo o reino hominal, o espírito percorreu milênios e milênios, polarizando os princípios sutis da matéria em seus estados difusos, animando-a em um enriquecimento contínuo de valores e dela registrando as experiências que propriamente lhe estruturaram a individualidade.
Mesmo o espírito podendo existir independentemente do corpo que anima e que lhe serve de instrumento, postula-se que interage com ele em nível molecular, exercendo mútuas e importantes trocas de experiências, impulsionadas por diretrizes programadas em um sentido crescente, evolutivo e ascencional. A exemplo de uma semente que encerra, em sua pequenez física, o modelo de árvore condensado em domínios informacionais de natureza etérea, o espírito reúne, em seus campos intrínsecos de ação, mecanismos de forças desconhecidas, agrupadas de forma inteligente e capazes de presidir a formação dos incontáveis contingentes celulares, organizando-os e agrupando-os para o exercício das diversificadas funções, em um conjunto harmônico, complexo e de perfeita interação.
Caso o leitor amigo deseje se aprofundar nos estudos que evidenciam a natureza espiritual na dinâmica evolutiva dos reinos da natureza, sugiro que recorra às obras de Hernani Guimarães Andrade, como Morte, Renascimento e Evolução, Espírito, Perispírito e Alma e Psi Quântico – uma extensão dos conceitos quânticos e atômicos à idéia do espírito.
O espírito
Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec explica que a natureza íntima do espírito propriamente dito é inteiramente desconhecida para nós. "Ele se revela a nós por seus atos e estes só podem tocar nossos sentidos por um intermediário material".
Visualizando o espírito como uma forma luminosa não percebida por nossa visão orgânica, encontramos semelhantes referências nos conceitos do físico Isaac Newton, como bem elucida Jean Charon no primeiro capítulo de O Espírito, este desconhecido. "Observemos um instante os conceitos de Newton, cujos escritos, caso sejam analisados sem se buscar ‘ver somente o que queremos’, são a comprovação de que o pai da teoria da gravidade sempre defendeu conceitos de essência espiritualista, bem longe das idéias puramente mecanicistas e positivistas que quiseram lhe atribuir. Uma aproximação surpreendente é a que Newton faz entre espírito e luz. Escreve ele em sua ótica que ‘não seria possível que os corpos e a luz se transformem uns nos outros? E não seria possível que os corpos recebam a maior parte de seus princípios ativos das partículas de luz que entram em sua composição?’", afirma o Prêmio Nobel de Física.
Ainda em sua obra, Charon prossegue afirmando que Newton distinguia dois tipos de luz: uma fenomênica, que seria a que se entende pelo sentido comum do termo (a que vemos), e uma numênica, que seria uma luz virtual intervindo mais particularmente nos mecanismos do ser vivo e que portaria aquilo que chamamos de espírito. "Assim, durante toda a sua vida, Newton considerou o espírito como de natureza diretamente acessível à experiência e, portanto, do domínio das investigações da física", diz.
Charon enfatiza que Deus está sempre presente na obra de Newton, para quem Ele intervinha na natureza por intermédio do espírito. "Essa natureza age sempre sem trégua, até o último termo, e depois cessa, pois, desde o começo, era para ele coisa certa que ela poderia se aperfeiçoar em seu curso e que chegaria, enfim, a um repouso sólido e total, ao qual ela tendia, com todo o seu poder, para este efeito", teria escrito Newton segundo Charon, esclarecendo a convicção do pai da lei da gravidade em um sentido definido da evolução do universo.
No segundo capítulo de O Espírito, este desconhecido, Jean Charon fala sobre seu trabalho. "Em resumo, meu trabalho sobre as partículas elementares em física me mostrou que algumas dessas partículas encerram um espaço e um tempo do espírito, coexistindo com o espaço e o tempo no qual toda a física, desde Aristóteles, tem se esforçado para descrever a matéria e sua evolução", explica.
Essa conclusão vem de encontro ao que responderam os espíritos nas questões 91 e 141 de O Livro dos Espíritos, considerando-se o fato de que a matéria não oferece obstáculo para os espíritos, podendo ser penetrada por eles. Além disso, a alma se irradia e se manifesta externamente ao corpo, não se encontrando nele encerrada, o que vale relacionar em seu próprio espaço e tempo, que, por sua vez, pode ser entendido como a coexistência com o espaço e o tempo das partículas atômicas que constituem este nosso corpo físico.
É bastante salutar também apresentarmos as considerações a seguir, feitas pelo codificador em O Livro dos Médiuns, que consideramos bastante úteis ao nosso estudo: "O espírito, no entanto, está sempre revestido por um invólucro ou perispírito, cuja natureza se eteriza à medida que ele purifica e se eleva na hierarquia. (...) O perispírito, portanto, é parte integrante do espírito".
No final de seu livro Morte, Renascimento e Evolução, Hernani Guimarães Andrade faz uma colocação com a qual compartilho. Diz ele que "você é uma partícula da grande consciência cósmica, que iniciou seus primeiros passos na senda da vida no primitivo e tépido seio das águas do Arqueozóico, talvez sob a forma de uma núcleo-proteína, de um vírus ou de um simples co-acervado". Mais adiante, ele afirma que não há morte. "O nascer e o morrer são os pontos de inflexão da gigantesca senóide biológica que se desenvolve em alternâncias, às quais chamamos ora de vida, ora de morte. Viver e morrer são dois aspectos de um mesmo fenômeno: a vida", explica.
Essência divina
Sendo assim, entendemos que trouxemos em nós mesmos, de forma latente e dinâmica, todas as potencialidades a serem desenvolvidas e, em um futuro à nossa frente, alcançaremos a condição luminosa através de nosso próprio esforço. De acordo com o que disse Emmanuel no livro Roteiro, isso acontecerá na medida em que, "durante séculos e séculos nos demorarmos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando nossa indumentária e a embelezando, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino".
Fonte: Revista Cristã de Espiritismo ed. 30 – julho/2005
http://www.terraespiritual.locaweb.com. ... o2327.html
A tese do espírito, no nosso entendimento, é o que está faltando na parapsicologia para que novos desenvolvimentos e áreas de pesquisas sejam a ela incorporados
Ney Pietro Peres
Pela Associação Médico-Espírita do Brasil
Em pouco mais de um século foram realizados diversos trabalhos férteis no que se refere às investigações dos fenômenos ligados ao espírito. Nesse período, eles foram amplamente enriquecidos com a dedicação de homens que se projetaram no campo científico através do valor de suas contribuições. Nomes como Camille Flammarion, Gabriel Dellane, Charles Richet, Albert de Rochas, Gustave Geley, Léon Denis, entre outros, emolduraram o despertar da doutrina consoladora visualizada na França luminosa pelo mestre Hippolite Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec.
Também pelo mundo existiram grandes colaboradores. Na Inglaterra, tivemos a dedicação dos vários integrantes da Sociedade de Pesquisa Psíquica, com figuras ilustres do porte de Fredrich Myers, William Crookes, Oliver Lodge, William Barrett e Staiton Moses. Destacamos ainda o russo Alexander Aksakof e os italianos Ernesto Bozzano e Cesar Lombroso.
Com o progresso da tecnologia e os recursos de importantes universidades, espalhadas tanto no Ocidente como no Oriente, chegamos a uma incontestável lista de personagens de respeito que têm desenvolvido trabalhos significativos, somando evidências à tese do espírito. Para não nos alongarmos muito, a relação é formada por nomes como Hans Bender, Leonid Vasiliev, Hans Driesch, Pascual Jordan, Emile Tizané, William Roll, Gerard Croiset, Joseph Banks Rhine, Hermut Smith, Stanley Krippner, Ian Stevenson, Hemendra Nath Banerjee, Elizabeth Rauscher, Douglas Dean e George Meek, entre outros. Também podemos incluir nessa lista o brasileiro Hernani Guimarães Andrade. No entanto, apesar de um gigantesco acervo de evidências, o espírito ainda não conquistou a aceitação de sua existência dentro dos exigentes requisitos científicos.
Considerações da ciência
Em quase todas as áreas do conhecimento, os homens que respondem pela ciência relutam, de algum modo, em ceder caminho para que o espírito entre em suas cogitações. Porém, embora consistentes, as estruturas pragmáticas e o cristalizado conservadorismo na resistência do dogmatismo científico estão para implodir. Por incrível que pareça, é a física, a mais rigorosa das ciências, que, em uma visão mais ampla, já passou a considerar o espírito como algo inseparável dos fenômenos da natureza.
No livro O Espírito, este desconhecido, Jean Charon, ganhador de um Prêmio Nobel de Física, aborda o assunto. "Os novos gnósticos de Princeton e Pasadena guardaram, da antiga filosofia, a idéia de que aquilo que chamamos de espírito é indissociável de todos os fenômenos que vemos no universo, sejam físicos ou psíquicos. Portanto, ao menos em princípio, devemos ser capazes de ter um conhecimento ‘científico’ do espírito, isto é, de fornecer uma descrição em termos científicos, com o risco de, se necessário, renovar a própria linguagem", afirma.
Dentro dessa atual visão da física, o codificador Allan Kardec já asseverava, em meados do século passado, no livro A Gênese, que a revelação espírita se caracterizava pela sua origem divina, sua iniciativa pertencente aos espíritos e sua elaboração resultante do trabalho do homem. "Portanto, é rigorosamente exato dizer que o Espiritismo é uma ciência da observação, não o produto da imaginação. As ciências não fizeram progressos sérios senão depois que seus estudos se basearam no método experimental, mas se acreditava que esse método não poderia ser aplicado senão à matéria, ao passo que o é igualmente às coisas metafísicas", acrescentou.
No desenvolvimento deste estudo, procuraremos elucidar o modelo do espírito segundo a doutrina espírita, relacionando-o com alguns dos problemas humanos com base em enormes contribuições bem elaboradas. Preocupa-nos demonstrar que o homem não é, única e exclusivamente, esse ser biológico constituído de aparelhos e sistemas articulados por mecanismos e reações fisioquímicas. Defenderemos a tese do espírito, que, no nosso entendimento, é o que está faltando na parapsicologia para que novos desenvolvimentos e áreas de pesquisas sejam incorporados a ela, provocando a revisão de seus conceitos sobre a natureza do homem.
De O Livro dos Espíritos, resumiremos a concepção da origem, natureza e forma do espírito comunicada a Allan Kardec, por via mediúnica, pelos próprios espíritos que trouxeram ao mundo a doutrina espírita. Originado do princípio inteligente do universo, embora de natureza não palpável, o espírito é algo que existe como individualização desse princípio. É incorpóreo. Mesmo sendo de um outro tipo de matéria quintessenciada, não pode ser percebido por nossos sentidos físicos. Ele pode existir independentemente do corpo que anima e, em sua forma, seria comparado a uma chama, um clarão, uma centelha luminosa cuja cor pode variar do escuro ao brilho do rubi. Pode penetrar e atravessar a matéria, deslocando-se ao espaço tão rapidamente quanto o pensamento. Mesmo não se dividindo, irradia-se para diferentes lados, como o sol envia seus raios para muitos lugares distantes, parecendo estar neles simultaneamente.
Nesse modelo, pelo fato do espírito ter se originado do princípio inteligente do universo e existir como uma emanação dele, fica implícita a existência dessa fonte geradora inteligente, causa primeira que o concebeu. Essa busca natural pela fonte de nossa origem também levou o físico Carlo Rubbia a considerá-la quando se referiu às suas descobertas sobre as subpartículas atômicas no projeto CERN (Organização Européia para a Pesquisa Nuclear). "As descobertas que estão sendo feitas na ciência põem em evidência o fato de que a natureza é o resultado de uma concepção única, enorme e magnífica. (...) O certo é que, quando descobrimos que todas as forças são controladas por um mesmo princípio, quando vemos que há uma ordem absolutamente infinita em tudo o que se passa na natureza, o passo é muito curto para imaginar que houve uma ‘inteligência’ que fez tudo isso", comentou o físico em 1983.
Quando o mestre Kardec pergunta sobre o que é Deus na primeira questão de O Livro dos Espíritos, recebeu como resposta que Ele "é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". Depreendemos daí uma considerável aproximação com as idéias dos físicos modernos.
Entendemos que o espírito, em sua origem como princípio inteligente do universo concebido pelo Criador e fruto de sua obra, poderia guardar em seu arcabouço, sob forma embrionária, as potencialidades que seriam progressivamente desenvolvidas no transcorrer dos tempos. Dos laboratórios da natureza cósmica, da formação das galáxias ao aparecimento das constelações atômicas sobre a crosta terrestre, passando da evolução química para a biológica e atingindo o reino hominal, o espírito percorreu milênios e milênios, polarizando os princípios sutis da matéria em seus estados difusos, animando-a em um enriquecimento contínuo de valores e dela registrando as experiências que propriamente lhe estruturaram a individualidade.
Mesmo o espírito podendo existir independentemente do corpo que anima e que lhe serve de instrumento, postula-se que interage com ele em nível molecular, exercendo mútuas e importantes trocas de experiências, impulsionadas por diretrizes programadas em um sentido crescente, evolutivo e ascencional. A exemplo de uma semente que encerra, em sua pequenez física, o modelo de árvore condensado em domínios informacionais de natureza etérea, o espírito reúne, em seus campos intrínsecos de ação, mecanismos de forças desconhecidas, agrupadas de forma inteligente e capazes de presidir a formação dos incontáveis contingentes celulares, organizando-os e agrupando-os para o exercício das diversificadas funções, em um conjunto harmônico, complexo e de perfeita interação.
Caso o leitor amigo deseje se aprofundar nos estudos que evidenciam a natureza espiritual na dinâmica evolutiva dos reinos da natureza, sugiro que recorra às obras de Hernani Guimarães Andrade, como Morte, Renascimento e Evolução, Espírito, Perispírito e Alma e Psi Quântico – uma extensão dos conceitos quânticos e atômicos à idéia do espírito.
O espírito
Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec explica que a natureza íntima do espírito propriamente dito é inteiramente desconhecida para nós. "Ele se revela a nós por seus atos e estes só podem tocar nossos sentidos por um intermediário material".
Visualizando o espírito como uma forma luminosa não percebida por nossa visão orgânica, encontramos semelhantes referências nos conceitos do físico Isaac Newton, como bem elucida Jean Charon no primeiro capítulo de O Espírito, este desconhecido. "Observemos um instante os conceitos de Newton, cujos escritos, caso sejam analisados sem se buscar ‘ver somente o que queremos’, são a comprovação de que o pai da teoria da gravidade sempre defendeu conceitos de essência espiritualista, bem longe das idéias puramente mecanicistas e positivistas que quiseram lhe atribuir. Uma aproximação surpreendente é a que Newton faz entre espírito e luz. Escreve ele em sua ótica que ‘não seria possível que os corpos e a luz se transformem uns nos outros? E não seria possível que os corpos recebam a maior parte de seus princípios ativos das partículas de luz que entram em sua composição?’", afirma o Prêmio Nobel de Física.
Ainda em sua obra, Charon prossegue afirmando que Newton distinguia dois tipos de luz: uma fenomênica, que seria a que se entende pelo sentido comum do termo (a que vemos), e uma numênica, que seria uma luz virtual intervindo mais particularmente nos mecanismos do ser vivo e que portaria aquilo que chamamos de espírito. "Assim, durante toda a sua vida, Newton considerou o espírito como de natureza diretamente acessível à experiência e, portanto, do domínio das investigações da física", diz.
Charon enfatiza que Deus está sempre presente na obra de Newton, para quem Ele intervinha na natureza por intermédio do espírito. "Essa natureza age sempre sem trégua, até o último termo, e depois cessa, pois, desde o começo, era para ele coisa certa que ela poderia se aperfeiçoar em seu curso e que chegaria, enfim, a um repouso sólido e total, ao qual ela tendia, com todo o seu poder, para este efeito", teria escrito Newton segundo Charon, esclarecendo a convicção do pai da lei da gravidade em um sentido definido da evolução do universo.
No segundo capítulo de O Espírito, este desconhecido, Jean Charon fala sobre seu trabalho. "Em resumo, meu trabalho sobre as partículas elementares em física me mostrou que algumas dessas partículas encerram um espaço e um tempo do espírito, coexistindo com o espaço e o tempo no qual toda a física, desde Aristóteles, tem se esforçado para descrever a matéria e sua evolução", explica.
Essa conclusão vem de encontro ao que responderam os espíritos nas questões 91 e 141 de O Livro dos Espíritos, considerando-se o fato de que a matéria não oferece obstáculo para os espíritos, podendo ser penetrada por eles. Além disso, a alma se irradia e se manifesta externamente ao corpo, não se encontrando nele encerrada, o que vale relacionar em seu próprio espaço e tempo, que, por sua vez, pode ser entendido como a coexistência com o espaço e o tempo das partículas atômicas que constituem este nosso corpo físico.
É bastante salutar também apresentarmos as considerações a seguir, feitas pelo codificador em O Livro dos Médiuns, que consideramos bastante úteis ao nosso estudo: "O espírito, no entanto, está sempre revestido por um invólucro ou perispírito, cuja natureza se eteriza à medida que ele purifica e se eleva na hierarquia. (...) O perispírito, portanto, é parte integrante do espírito".
No final de seu livro Morte, Renascimento e Evolução, Hernani Guimarães Andrade faz uma colocação com a qual compartilho. Diz ele que "você é uma partícula da grande consciência cósmica, que iniciou seus primeiros passos na senda da vida no primitivo e tépido seio das águas do Arqueozóico, talvez sob a forma de uma núcleo-proteína, de um vírus ou de um simples co-acervado". Mais adiante, ele afirma que não há morte. "O nascer e o morrer são os pontos de inflexão da gigantesca senóide biológica que se desenvolve em alternâncias, às quais chamamos ora de vida, ora de morte. Viver e morrer são dois aspectos de um mesmo fenômeno: a vida", explica.
Essência divina
Sendo assim, entendemos que trouxemos em nós mesmos, de forma latente e dinâmica, todas as potencialidades a serem desenvolvidas e, em um futuro à nossa frente, alcançaremos a condição luminosa através de nosso próprio esforço. De acordo com o que disse Emmanuel no livro Roteiro, isso acontecerá na medida em que, "durante séculos e séculos nos demorarmos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando nossa indumentária e a embelezando, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino".
Fonte: Revista Cristã de Espiritismo ed. 30 – julho/2005
- Flavio Costa
- Mensagens: 4307
- Registrado em: 25 Out 2005, 07:32
- Localização: Brasilia, DF
- Contato:
Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Você é animado, hein Vitor?
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
Re: Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Flavio Costa escreveu:Você é animado, hein Vitor?
Isso é um elogio?

um abraço,
Vitor
- Luis Dantas
- Mensagens: 3284
- Registrado em: 24 Out 2005, 22:55
- Contato:
Eu fico pasmo com o dogmatismo mal assumido do Espiritismo...
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
- Flavio Costa
- Mensagens: 4307
- Registrado em: 25 Out 2005, 07:32
- Localização: Brasilia, DF
- Contato:
Re: Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Vitor Moura escreveu:Flavio Costa escreveu:Você é animado, hein Vitor?
Isso é um elogio?![]()
É apenas uma constatação, se é uma qualidade que lhe agrada, parabéns!
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
Re: Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Flavio Costa escreveu:Vitor Moura escreveu:Flavio Costa escreveu:Você é animado, hein Vitor?
Isso é um elogio?![]()
É apenas uma constatação, se é uma qualidade que lhe agrada, parabéns!
Lógico que me agrada! Desanimado é que não sou!

Um abraço,
Vitor
- Luis Dantas
- Mensagens: 3284
- Registrado em: 24 Out 2005, 22:55
- Contato:
Vitor Moura escreveu:Luis Dantas escreveu:Eu fico pasmo com o dogmatismo mal assumido do Espiritismo...
Eu achei o texto legal por lembrar do físico ganhador do nobel , que fez um livro sobre o espírito. Não é interessante?
Um abraço,
Vitor
Sinceramente? Tão interessante quanto exumação de cadáveres... o tempo passa e o Espiritismo continua dependendo do Apelo à Autoridade nos seus momentos mais inspirados.
Lamento, mas é triste.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
Concordo com o Dantas.
Ao invés de mais 150 anos de evidências anedotas na suposta tentativa de se mostrar através de alegações mediunicas, os espíritos poderiam apontar como detectar este "ponto de contato" entre espirito/matéria permitindo que o constatassemos através de experimentos replicáveis.
Seria um bom começo para começarmos a enxergar este outro universo mágico que os espíritas dizem existir.
Mas estou certo que a tal suposição do autor do texto é apenas mais uma alegação especial.
[ ]´s
Mesmo o espírito podendo existir independentemente do corpo que anima e que lhe serve de instrumento, postula-se que interage com ele em nível molecular,...
Ao invés de mais 150 anos de evidências anedotas na suposta tentativa de se mostrar através de alegações mediunicas, os espíritos poderiam apontar como detectar este "ponto de contato" entre espirito/matéria permitindo que o constatassemos através de experimentos replicáveis.
Seria um bom começo para começarmos a enxergar este outro universo mágico que os espíritas dizem existir.
Mas estou certo que a tal suposição do autor do texto é apenas mais uma alegação especial.
[ ]´s
You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend!
Tony Montana
Mantra diário dos Criacionistas:
"Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria."
Martinho Lutero
-----//-----

Tony Montana
Mantra diário dos Criacionistas:
"Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria."
Martinho Lutero
-----//-----

- Flavio Costa
- Mensagens: 4307
- Registrado em: 25 Out 2005, 07:32
- Localização: Brasilia, DF
- Contato:
Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Isso é verdade. Pensemos bem:
1) Como está no sabor de toda DE, a contribuição mais importante dela é mostrar a continuidade da vida após a morte.
2) Por causa de 1), há vários espíritos interessados em darem prova de sua existência. Claro que os chorões podem alegar que "não há provas que convençam um cético", mas isso não é verdade, já que muitos dos espíritas atuais se consideravam céticos antes.
3) Supostamente existe o perispírito que liga o espírito ao corpo. Quando o assunto é o espírito, dizem que ele tem constituição tão sutil que nossos instrumentos atuais não são capazes de detectá-los. Porém, se é pelo perispírito que existe interação com a matéria, ao ponto de controlar o nosso cérebro, algum tipo de atividade elétrica seria possível detectar.
4) Como os espíritos são imortais, e supostamente já existem alguns avançadíssimos, certamente existe o conhecimento que nos poderia dizer no mínimo como detectar "algo estranho", ainda que não fosse possível determinar que seja uma causa inteligente.
5) Como a hipótese de não quererem realmente demonstrar que existem foi descartada, só sobram duas:
5.1) Os fenômenos mediúnicos são criados unicamente pela mente.
5.2) Não existem espíritos "superiores" e a vida extra-corpórea é inerte, não permite qualquer desenvolvimento intelectual.
1) Como está no sabor de toda DE, a contribuição mais importante dela é mostrar a continuidade da vida após a morte.
2) Por causa de 1), há vários espíritos interessados em darem prova de sua existência. Claro que os chorões podem alegar que "não há provas que convençam um cético", mas isso não é verdade, já que muitos dos espíritas atuais se consideravam céticos antes.
3) Supostamente existe o perispírito que liga o espírito ao corpo. Quando o assunto é o espírito, dizem que ele tem constituição tão sutil que nossos instrumentos atuais não são capazes de detectá-los. Porém, se é pelo perispírito que existe interação com a matéria, ao ponto de controlar o nosso cérebro, algum tipo de atividade elétrica seria possível detectar.
4) Como os espíritos são imortais, e supostamente já existem alguns avançadíssimos, certamente existe o conhecimento que nos poderia dizer no mínimo como detectar "algo estranho", ainda que não fosse possível determinar que seja uma causa inteligente.
5) Como a hipótese de não quererem realmente demonstrar que existem foi descartada, só sobram duas:
5.1) Os fenômenos mediúnicos são criados unicamente pela mente.
5.2) Não existem espíritos "superiores" e a vida extra-corpórea é inerte, não permite qualquer desenvolvimento intelectual.
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
- Localização: São José dos Campos, S.P
- Contato:
A Parapsicologia não é um instrumento para a defesa ou ataque de credos religiosos, apesar de ter sido ostensivamente utilizada para tal finalidade no Brasil. Nem tem, a Parapsicologia, condições de dar a última palavra em questões religiosas, como a diferenciação entre “verdadeiros e falsos milagres”, o que também tem sido divulgado com certa freqüência entre alguns setores religiosos brasileiros. À Parapsicologia, como ciência, cabe analisar fatos e procurar, mediante a aplicação da metodologia científica de pesquisa, compreendê-los desde o ponto de vista das teorias científicas. Se um fenômeno não pode ser compreendido desde esse ponto de vista, a Parapsicologia não pode descartá-lo, tampouco pode atribuir-lhe uma interpretação sobrenaturalista.
http://www.pesquisapsi.com/wiki/Faq/NaoParapsicologia
"Mesmo quando escreve assinando seu próprio nome, Andrade tenta claramente provar que o que diz tem fundamentos científicos e pode ser comprovado, utilizando, no entanto, palavras brandas, sem acusar diretamente ninguém que pense o contrário. Arma todo um discurso ao redor da Física e da Biologia, constrói aparelhos, é um operário do conhecimento. Diz não ser espírita, apesar de sua evidente crença nos espíritos. Talvez essa sua negação se deva a resquícios da época em que havia uma perseguição legal ao Espiritismo, momentos em que os espíritas se viram obrigados a dissimular seu interesse religioso e o fizeram sob a camuflagem da Pesquisa Psíquica, Metapsíquica ou Parapsicologia. A idéia de que se dizer espírita era assumir uma posição marginal na sociedade parece ter permanecido. Por isso, pode ser que, quando adotava pseudônimos, Andrade se sentisse mais à vontade para defender o Espiritismo abertamente. O fato de não se apresentar oficialmente como espírita emprestaria maior credibilidade às suas pesquisas, uma vez que isto supostamente não lhe daria um ar tendencioso. Desta forma, Andrade não desdiz o que os espíritas anunciam, apenas diz o mesmo, criando ou utilizando termos diferentes. "
Andrade, por sua vez, dizia adotar a política de não debater. Como ele disse na entrevista realizada em 1996: “Cada um tem o direito de sair com o seu nariz, mas não pode esmurrar o nariz das pessoas que não têm um nariz igual ao seu”. Porém, classificava a abordagem dos pesquisadores da comunidade internacional que realizam pesquisas de laboratório e de campo como reducionistas e materialistas devido ao fato de não atestarem a existência dos espíritos ou do ectossoma, como ele propõe. A comunidade parapsicológica internacional discute temas como as alegações de ação dos espíritos e da sobrevivência após a morte, porém, não há uma posição tomada em consenso que rejeite ou aceite, a priori, tais hipóteses. Elas estão sendo investigadas, e julga-se ainda prematuro assumir uma determinada posição quanto a elas no momento. As evidências, entretanto, são favoráveis à hipótese da ação dos seres vivos.
Os latino-americanos e ibéricos, de forma geral, não são abertos a críticas, talvez porque elas soem como um ataque a quem está sendo criticado. No entanto, saber criticar é saber avaliar da forma mais neutra possível alguma questão, apontando aspectos dignos de nota, sejam eles positivos ou negativos. Os latino-americanos e ibéricos, talvez por uma questão cultural, geralmente não sabem receber críticas como também não sabem criticar. Isto se reflete no comportamento de Quevedo e Andrade. Por questões políticas, provavelmente, elogiam os trabalhos um do outro, mas não deixam de criticar negativamente o “adversário”: sempre se consideraram reciprocamente tendenciosos e fanáticos.
As atitudes de Quevedo e Andrade descritas neste artigo são o principal motivo de seu afastamento da Parapsicologia secular. Seus conceitos de Parapsicologia e seus anseios em relação a ela não correspondem ao que ela realmente é. A Parapsicologia ou Pesquisa Psi, na verdade, prima pela investigação científica de experiências humanas aparentemente anômalas, que desafiariam as leis científicas estabelecidas. A busca de respostas por meios científicos de investigação exige um abrir-se às experiências e, cumprindo os protocolos de pesquisa, tentar compreendê-las. Como bem diz Marilena Chauí:
A obscuridade de uma experiência nada mais é senão seu caráter necessariamente indeterminado e o saber nada mais é senão o trabalho para determinar essa indeterminação, isto é, para torná-la inteligível. Só há saber quando a reflexão aceita o risco da indeterminação que a faz nascer, quando aceita o risco de não contar com garantias prévias e exteriores à própria experiência e à própria reflexão que a trabalha. (Chaui, 1990, p. 5)
À luz do que foi aqui exposto, fica evidente a utilização da Parapsicologia para a defesa da fé católica e da fé espírita no Brasil. Como já foi dito, isto contribuiu e ainda contribui em muito para a geração de preconceitos em relação à Pesquisa Psi propriamente dita. Esse cenário está começando a mudar graças ao esforço de pessoas comprometidas seriamente com a pesquisa científica de psi. Trabalhos acadêmicos têm sido realizados e há um grande empenho para a divulgação e atualização de informações sobre pesquisas e seus resultados. Um futuro mais promissor parece estar se desenhando para a Pesquisa Psi em terras brasileiras, muito além da cruz e da mesa branca.
http://www.pesquisapsi.com/content/view/2320/41/
[color=#40ff00]
www.pesquisapsi.com/videos
http://www.pesquisapsi.com/revista
http://www.pesquisapsi.com/boletim
http://www.pesquisapsi.com
http://www.pesquisapsi.com/wiki/Faq/NaoParapsicologia
"Mesmo quando escreve assinando seu próprio nome, Andrade tenta claramente provar que o que diz tem fundamentos científicos e pode ser comprovado, utilizando, no entanto, palavras brandas, sem acusar diretamente ninguém que pense o contrário. Arma todo um discurso ao redor da Física e da Biologia, constrói aparelhos, é um operário do conhecimento. Diz não ser espírita, apesar de sua evidente crença nos espíritos. Talvez essa sua negação se deva a resquícios da época em que havia uma perseguição legal ao Espiritismo, momentos em que os espíritas se viram obrigados a dissimular seu interesse religioso e o fizeram sob a camuflagem da Pesquisa Psíquica, Metapsíquica ou Parapsicologia. A idéia de que se dizer espírita era assumir uma posição marginal na sociedade parece ter permanecido. Por isso, pode ser que, quando adotava pseudônimos, Andrade se sentisse mais à vontade para defender o Espiritismo abertamente. O fato de não se apresentar oficialmente como espírita emprestaria maior credibilidade às suas pesquisas, uma vez que isto supostamente não lhe daria um ar tendencioso. Desta forma, Andrade não desdiz o que os espíritas anunciam, apenas diz o mesmo, criando ou utilizando termos diferentes. "
Andrade, por sua vez, dizia adotar a política de não debater. Como ele disse na entrevista realizada em 1996: “Cada um tem o direito de sair com o seu nariz, mas não pode esmurrar o nariz das pessoas que não têm um nariz igual ao seu”. Porém, classificava a abordagem dos pesquisadores da comunidade internacional que realizam pesquisas de laboratório e de campo como reducionistas e materialistas devido ao fato de não atestarem a existência dos espíritos ou do ectossoma, como ele propõe. A comunidade parapsicológica internacional discute temas como as alegações de ação dos espíritos e da sobrevivência após a morte, porém, não há uma posição tomada em consenso que rejeite ou aceite, a priori, tais hipóteses. Elas estão sendo investigadas, e julga-se ainda prematuro assumir uma determinada posição quanto a elas no momento. As evidências, entretanto, são favoráveis à hipótese da ação dos seres vivos.
Os latino-americanos e ibéricos, de forma geral, não são abertos a críticas, talvez porque elas soem como um ataque a quem está sendo criticado. No entanto, saber criticar é saber avaliar da forma mais neutra possível alguma questão, apontando aspectos dignos de nota, sejam eles positivos ou negativos. Os latino-americanos e ibéricos, talvez por uma questão cultural, geralmente não sabem receber críticas como também não sabem criticar. Isto se reflete no comportamento de Quevedo e Andrade. Por questões políticas, provavelmente, elogiam os trabalhos um do outro, mas não deixam de criticar negativamente o “adversário”: sempre se consideraram reciprocamente tendenciosos e fanáticos.
As atitudes de Quevedo e Andrade descritas neste artigo são o principal motivo de seu afastamento da Parapsicologia secular. Seus conceitos de Parapsicologia e seus anseios em relação a ela não correspondem ao que ela realmente é. A Parapsicologia ou Pesquisa Psi, na verdade, prima pela investigação científica de experiências humanas aparentemente anômalas, que desafiariam as leis científicas estabelecidas. A busca de respostas por meios científicos de investigação exige um abrir-se às experiências e, cumprindo os protocolos de pesquisa, tentar compreendê-las. Como bem diz Marilena Chauí:
A obscuridade de uma experiência nada mais é senão seu caráter necessariamente indeterminado e o saber nada mais é senão o trabalho para determinar essa indeterminação, isto é, para torná-la inteligível. Só há saber quando a reflexão aceita o risco da indeterminação que a faz nascer, quando aceita o risco de não contar com garantias prévias e exteriores à própria experiência e à própria reflexão que a trabalha. (Chaui, 1990, p. 5)
À luz do que foi aqui exposto, fica evidente a utilização da Parapsicologia para a defesa da fé católica e da fé espírita no Brasil. Como já foi dito, isto contribuiu e ainda contribui em muito para a geração de preconceitos em relação à Pesquisa Psi propriamente dita. Esse cenário está começando a mudar graças ao esforço de pessoas comprometidas seriamente com a pesquisa científica de psi. Trabalhos acadêmicos têm sido realizados e há um grande empenho para a divulgação e atualização de informações sobre pesquisas e seus resultados. Um futuro mais promissor parece estar se desenhando para a Pesquisa Psi em terras brasileiras, muito além da cruz e da mesa branca.
http://www.pesquisapsi.com/content/view/2320/41/
[color=#40ff00]
www.pesquisapsi.com/videos
http://www.pesquisapsi.com/revista
http://www.pesquisapsi.com/boletim
http://www.pesquisapsi.com
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
o tempo passa e o Espiritismo continua dependendo do Apelo à Autoridade ... color][/quote]
Pronto ! , um classico exemplo do esqueminha Ateu !
Se vc cita alguem que tem o conhecimento , ai não pode , e uso do APELO A AUTORIDADE !
Isso é simplismente absurdo como argumento !
Pronto ! , um classico exemplo do esqueminha Ateu !
Se vc cita alguem que tem o conhecimento , ai não pode , e uso do APELO A AUTORIDADE !
Isso é simplismente absurdo como argumento !

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Mr.Hammond escreveu:A Parapsicologia não é um instrumento para a defesa ou ataque de credos religiosos, apesar de ter sido ostensivamente utilizada para tal finalidade no Brasil. Nem tem, a Parapsicologia, condições de dar a última palavra em questões religiosas, como a diferenciação entre “verdadeiros e falsos milagres”, o que também tem sido divulgado com certa freqüência entre alguns setores religiosos brasileiros. À Parapsicologia, como ciência, cabe analisar fatos e procurar, mediante a aplicação da metodologia científica de pesquisa, compreendê-los desde o ponto de vista das teorias científicas. Se um fenômeno não pode ser compreendido desde esse ponto de vista, a Parapsicologia não pode descartá-lo, tampouco pode atribuir-lhe uma interpretação sobrenaturalista.
http://www.pesquisapsi.com/wiki/Faq/NaoParapsicologia
"Mesmo quando escreve assinando seu próprio nome, Andrade tenta claramente provar que o que diz tem fundamentos científicos e pode ser comprovado, utilizando, no entanto, palavras brandas, sem acusar diretamente ninguém que pense o contrário. Arma todo um discurso ao redor da Física e da Biologia, constrói aparelhos, é um operário do conhecimento. Diz não ser espírita, apesar de sua evidente crença nos espíritos. Talvez essa sua negação se deva a resquícios da época em que havia uma perseguição legal ao Espiritismo, momentos em que os espíritas se viram obrigados a dissimular seu interesse religioso e o fizeram sob a camuflagem da Pesquisa Psíquica, Metapsíquica ou Parapsicologia. A idéia de que se dizer espírita era assumir uma posição marginal na sociedade parece ter permanecido. Por isso, pode ser que, quando adotava pseudônimos, Andrade se sentisse mais à vontade para defender o Espiritismo abertamente. O fato de não se apresentar oficialmente como espírita emprestaria maior credibilidade às suas pesquisas, uma vez que isto supostamente não lhe daria um ar tendencioso. Desta forma, Andrade não desdiz o que os espíritas anunciam, apenas diz o mesmo, criando ou utilizando termos diferentes. "
Andrade, por sua vez, dizia adotar a política de não debater. Como ele disse na entrevista realizada em 1996: “Cada um tem o direito de sair com o seu nariz, mas não pode esmurrar o nariz das pessoas que não têm um nariz igual ao seu”. Porém, classificava a abordagem dos pesquisadores da comunidade internacional que realizam pesquisas de laboratório e de campo como reducionistas e materialistas devido ao fato de não atestarem a existência dos espíritos ou do ectossoma, como ele propõe. A comunidade parapsicológica internacional discute temas como as alegações de ação dos espíritos e da sobrevivência após a morte, porém, não há uma posição tomada em consenso que rejeite ou aceite, a priori, tais hipóteses. Elas estão sendo investigadas, e julga-se ainda prematuro assumir uma determinada posição quanto a elas no momento. As evidências, entretanto, são favoráveis à hipótese da ação dos seres vivos.
Os latino-americanos e ibéricos, de forma geral, não são abertos a críticas, talvez porque elas soem como um ataque a quem está sendo criticado. No entanto, saber criticar é saber avaliar da forma mais neutra possível alguma questão, apontando aspectos dignos de nota, sejam eles positivos ou negativos. Os latino-americanos e ibéricos, talvez por uma questão cultural, geralmente não sabem receber críticas como também não sabem criticar. Isto se reflete no comportamento de Quevedo e Andrade. Por questões políticas, provavelmente, elogiam os trabalhos um do outro, mas não deixam de criticar negativamente o “adversário”: sempre se consideraram reciprocamente tendenciosos e fanáticos.
As atitudes de Quevedo e Andrade descritas neste artigo são o principal motivo de seu afastamento da Parapsicologia secular. Seus conceitos de Parapsicologia e seus anseios em relação a ela não correspondem ao que ela realmente é. A Parapsicologia ou Pesquisa Psi, na verdade, prima pela investigação científica de experiências humanas aparentemente anômalas, que desafiariam as leis científicas estabelecidas. A busca de respostas por meios científicos de investigação exige um abrir-se às experiências e, cumprindo os protocolos de pesquisa, tentar compreendê-las. Como bem diz Marilena Chauí:
A obscuridade de uma experiência nada mais é senão seu caráter necessariamente indeterminado e o saber nada mais é senão o trabalho para determinar essa indeterminação, isto é, para torná-la inteligível. Só há saber quando a reflexão aceita o risco da indeterminação que a faz nascer, quando aceita o risco de não contar com garantias prévias e exteriores à própria experiência e à própria reflexão que a trabalha. (Chaui, 1990, p. 5)
À luz do que foi aqui exposto, fica evidente a utilização da Parapsicologia para a defesa da fé católica e da fé espírita no Brasil. Como já foi dito, isto contribuiu e ainda contribui em muito para a geração de preconceitos em relação à Pesquisa Psi propriamente dita. Esse cenário está começando a mudar graças ao esforço de pessoas comprometidas seriamente com a pesquisa científica de psi. Trabalhos acadêmicos têm sido realizados e há um grande empenho para a divulgação e atualização de informações sobre pesquisas e seus resultados. Um futuro mais promissor parece estar se desenhando para a Pesquisa Psi em terras brasileiras, muito além da cruz e da mesa branca.
http://www.pesquisapsi.com/content/view/2320/41/
[color=#40ff00]
www.pesquisapsi.com/videos
http://www.pesquisapsi.com/revista
http://www.pesquisapsi.com/boletim
http://www.pesquisapsi.com
Informações que povoam o eterio ! ... nãoooooooooooo
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
APODman escreveu:Ao invés de mais 150 anos de evidências anedotas na suposta tentativa de se mostrar através de alegações mediunicas,
Vc não refutou meus argumentos sobre as evidências anedotas. Vc parece o Turatti que não refuta nada, sórepete a mesma ladainha.
APODman escreveu:os espíritos poderiam apontar como detectar este "ponto de contato" entre espirito/matéria permitindo que o constatassemos através de experimentos replicáveis.
Isso já foi feito. Benjamin Libet, no artigo 'Uma Teoria de Campo Testável da Interação Mente-Cérebro ', mostra justamente como conseguir isso. Vc está desatualizado, hein?
Um abraço,
Vitor
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
Mr.Hammond escreveu:A Parapsicologia não é um instrumento para a defesa ou ataque de credos religiosos, apesar de ter sido ostensivamente utilizada para tal finalidade no Brasil. Nem tem, a Parapsicologia, condições de dar a última palavra em questões religiosas, como a diferenciação entre “verdadeiros e falsos milagres”, o que também tem sido divulgado com certa freqüência entre alguns setores religiosos brasileiros. À Parapsicologia, como ciência, cabe analisar fatos e procurar, mediante a aplicação da metodologia científica de pesquisa, compreendê-los desde o ponto de vista das teorias científicas. Se um fenômeno não pode ser compreendido desde esse ponto de vista, a Parapsicologia não pode descartá-lo, tampouco pode atribuir-lhe uma interpretação sobrenaturalista.
Se espíritos existem, não são sobrenaturais, fazem parte do mundo natural, tanto quanto um neutrino, um peixe ou qualquer outra coisa existente.
Um abraço,
Vitor
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Vc não refutou meus argumentos sobre as evidências anedotas. Vc parece o Turatti que não refuta nada, sórepete a mesma ladainha.
Não espere nada mais do que ele te deu !
Evidencia Anedota , é a grande tabua de salvação dos argumentos ceticos !
Isso já foi feito. Benjamin Libet, no artigo 'Uma Teoria de Campo Testável da Interação Mente-Cérebro ', mostra justamente como conseguir isso. Vc está desatualizado, hein?
Ele vai dizer que não estava lá , logo não tem validade !
Pode esperar ...
Não espere nada mais do que ele te deu !
Evidencia Anedota , é a grande tabua de salvação dos argumentos ceticos !
Isso já foi feito. Benjamin Libet, no artigo 'Uma Teoria de Campo Testável da Interação Mente-Cérebro ', mostra justamente como conseguir isso. Vc está desatualizado, hein?
Ele vai dizer que não estava lá , logo não tem validade !
Pode esperar ...
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Vitor Moura escreveu:Mr.Hammond escreveu:A Parapsicologia não é um instrumento para a defesa ou ataque de credos religiosos, apesar de ter sido ostensivamente utilizada para tal finalidade no Brasil. Nem tem, a Parapsicologia, condições de dar a última palavra em questões religiosas, como a diferenciação entre “verdadeiros e falsos milagres”, o que também tem sido divulgado com certa freqüência entre alguns setores religiosos brasileiros. À Parapsicologia, como ciência, cabe analisar fatos e procurar, mediante a aplicação da metodologia científica de pesquisa, compreendê-los desde o ponto de vista das teorias científicas. Se um fenômeno não pode ser compreendido desde esse ponto de vista, a Parapsicologia não pode descartá-lo, tampouco pode atribuir-lhe uma interpretação sobrenaturalista.
Se espíritos existem, não são sobrenaturais, fazem parte do mundo natural, tanto quanto um neutrino, um peixe ou qualquer outra coisa existente.
Um abraço,
Vitor
E isso é tão simples , mais acho que ele não vai entender !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- Flavio Costa
- Mensagens: 4307
- Registrado em: 25 Out 2005, 07:32
- Localização: Brasilia, DF
- Contato:
Vitor Moura escreveu:Isso já foi feito. Benjamin Libet, no artigo 'Uma Teoria de Campo Testável da Interação Mente-Cérebro ', mostra justamente como conseguir isso. Vc está desatualizado, hein?
Vitor, esse artigo não aparece nenhuma vez no Google, pelo menos não em português. Como achá-lo?
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
- Localização: São José dos Campos, S.P
- Contato:
Re.: O Espírito e a Parapsicologia
A PP atualmente não pode afirmar nem que espíritos não existem, nem que existem.
Isso é muito simples.
Isso é muito simples.
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Mr.Hammond escreveu:A PP atualmente não pode afirmar nem que espíritos não existem, nem que existem.
Isso é muito simples.
Comodo , muito comodo !

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
- Localização: São José dos Campos, S.P
- Contato:
Re.: O Espírito e a Parapsicologia
A ciência não tem verdades absolutas como a sua crença religiosa no espiritismo, videomaker.
Ciência não é estática nem apriorística.
A pesquisa parapsicológica internacional não corroba crenças apriorísticas de nenhum tipo.
Se isso te incomoda, te irrita e se você deseja por fé que a PP seja instrumento para validar a sua fé religiosa, eu nada posso fazer.
Como já disse, fique com a sua crença religiosa, sem nenhum problema.
A PP não pode validar crenças de fé, como a sua crença na religião do espiritismo ou tampouco na crença católica do Quevedo.
Você, como alguns espíritas, parecem desejar a qualquer custo que a ciência " comprove" ou " prove" que a crença de vocês é "incontestável" , "provadíssima" e "verdadeira". Exatamente como católicos chegam a afirmar que a ciência "prova" a fé deles.
Ciência não é estática nem apriorística.
A pesquisa parapsicológica internacional não corroba crenças apriorísticas de nenhum tipo.
Se isso te incomoda, te irrita e se você deseja por fé que a PP seja instrumento para validar a sua fé religiosa, eu nada posso fazer.
Como já disse, fique com a sua crença religiosa, sem nenhum problema.
A PP não pode validar crenças de fé, como a sua crença na religião do espiritismo ou tampouco na crença católica do Quevedo.
Você, como alguns espíritas, parecem desejar a qualquer custo que a ciência " comprove" ou " prove" que a crença de vocês é "incontestável" , "provadíssima" e "verdadeira". Exatamente como católicos chegam a afirmar que a ciência "prova" a fé deles.
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
Flavio Costa escreveu:Vitor Moura escreveu:Isso já foi feito. Benjamin Libet, no artigo 'Uma Teoria de Campo Testável da Interação Mente-Cérebro ', mostra justamente como conseguir isso. Vc está desatualizado, hein?
Vitor, esse artigo não aparece nenhuma vez no Google, pelo menos não em português. Como achá-lo?
Flavio, o nome dpo artigo em ingles é
A TESTABLE FIELD THEORY OF MIND-BRAIN INTERACTION
Segue abaixo:
Abstract: The paper begins by contrasting the unitary nature of conscious experience with the demonstrable localization of neural events. Philosophers and neuroscientists have developed models to account for this paradox, but they have yet to be tested empirically. The author proposes a 'Conscious Mental Field', which is produced by, but is phenomenologically distinct from, brain activity. The hypothesis is, in principle, open to experimental verification. The paper suggests appropriate surgical procedures and some of the difficulties that would need to be overcome in such an experiment.
One of the most mysterious and seemingly intractable problems in the mind-brain relationship is that of the unitary and integrated nature of conscious experience. We have a brain with an estimated 100 billion neurons, each of which may have thousands of interconnections with other neurons. It is increasingly evident that many functions of cerebral cortex are localized. This is not merely true of the primary sensory areas for each sensory modality, of the motor areas which command movement, and of the speech and language areas — all of which have been known for some time. Many other functions now find other localized representations, including visual interpretations of colour, shape and velocity of images, recognition of human faces, preparation for motor actions, etc. Localized function appears to extend even to the microscopic level within any given area. The cortex appears to be organized into functional and anatomical vertical columns of cells, with discrete interconnections within the column and with other columns near and far, as well as with selective subcortical structures. This columnar view began with findings by Mountcastle (1957) and has been greatly extended by him and others; for example, there are the columnar localizations of visual shapes and motions and of binocular vision as discovered by Hubel and Wiesel (1962).
In spite of the enormously complex array of localized functions and representations, the conscious experiences related to or elicited by these neuronal features have an integrated and unified nature. Whatever does reach awareness is not experienced as an infinitely detailed array of widely individual events. It may be argued that this amazing discrepancy between particularized neuronal representations and unitary integrated conscious experiences should simply be accepted as part of a general lack of isomorphism between mental and neural events. But that would not exclude the possibility that some unifying process or phenomenon may mediate the profound transformation in question.
The general problem had been recognized by many others, going back at least to Sherrington (1940) and probably earlier. Eccles (in, Popper and Eccles, 1977, p. 362) specifically proposed that 'the experienced unity comes not from a neurophysiological synthesis but from the proposed integrating character of the self-conscious mind'. This was proposed in conjunction with a dualist-interactionist view in which a separate non-material mind could detect and integrate the neuronal activities. Some more monis-tically inclined neuroscientists have also been arriving at related views (e.g. Sperry, 1952. 1980; Doty, 1984), i.e. that integration seems to be best accountable for in the mental sphere even if one views subjective experience as an inner quality of the brain 'substrate'
1- This paper was originally published in a collection of the author's own work, B. Libet, Neuro-physiology of Consciousness (Boston: Birkhauser, 1993).
120 B. LIBET
(as in 'Identity theory') or as an emergent property of it. There has been a growing consensus that no single cell or group of cells is likely to be the site of a conscious experience, but rather that conscious experience is an attribute of a more global or distributed function of the brain. Recent discovery of a widespread synchronization of oscillatory neuronal responses to certain visual configurations (Gray and Singer, 1989; Singer, 1991) has led to some speculation that a 'correlation' model might represent the neural coding for recognizing a unified image in an otherwise chaotic background. This speculation is still to be tested.
A second apparently intractable problem in the mind-brain relationship involves the reverse direction. There is no doubt that cerebral events or processes can influence, control and presumably 'produce' mental events, including conscious ones. The reverse of this, that mental processes can influence or control neuronal ones, has been generally unacceptable to many scientists on (often unexpressed) philosophical grounds. Yet, our own feelings of conscious control of at least some of our behavioural actions and mental operations would seem to provide prima facie evidence for such a reverse interaction, unless one assumes that these feelings are illusory. Eccles (1990; Popper and Eccles, 1977) proposed a dualistic solution, in which separable mental units (called psychons) can affect the probability of presynaptic release of transmitters. Sperry (1952, 1985. 1980) proposed a monistic solution, in which mental activity is an emergent property of cerebral function; although the mental is restrained within a macro-deterministic framework, it can 'supervene', though not 'intervene', in neuronal activity. However, both views remain philosophical theories, with explanatory power but without experimentally testable formats.
As one possible experimentally testable solution to both features of the mind-brain relationship, I would propose that we may view conscious subjective experience as if it were a field, produced by appropriate though multifarious neuronal activities of the brain.
The Conscious Mental Field (CMF)
A chief quality or attribute of the conscious mental field (CMF) would be that of a unified or unitary subjective experience. A second attribute would be a causal ability to affect or alter neuronal function. The additional meaning or explanatory power of describing subjective experience in terms of a CMF will become more evident with the proposed experimental testing of the theory. That is, the CMF is proposed as more than just another term for referring to 'unified subjective experience'.
The putative CMF would not be in any category of known physical fields, such as electromagnetic, gravitational, etc. The conscious mental field would be in a phenomenologically independent category; it is not describable in terms of any externally observable physical events or of any known physical theory as presently constituted. In the same sense as for all subjective events, the CMF would be detectable only in terms of the subjective experience, accessible only to the individual who has the experience. An external observer could only gain valid direct evidence about the conscious mental field from an introspective report by the individual subject. In this respect the conscious mental field would differ from all known physical fields, whose existence and characteristics are derived from physical observations.
On the other hand, the proposed CMF should be viewed as an operational phenomenon, i.e. as a working and testable feature of brain function. It is not proposed as a view of the metaphysical origin and nature of the mind; indeed, it could be shown to be potentially compatible with virtually any philosophical mind-brain theory. The CMF may be viewed
A TESTABLE MIND-BRAIN FIELD THEORY 121
as somewhat analogous to known physical fields. For example, a magnetic field is produced by electric current flowing in a conductor, but it can in turn influence the flow of the current. However, as indicated, the CMF cannot be observed directly by external physical means.
The proposed Interaction between brain and CMF differs from the 'unitary hypothesis of mind-brain interaction' proposed by Eccles (1990). Eccles postulates that each putative unit of mental function (a 'psychon') is associated with a specific neural aggregate (a 'dendron'); the present theory does not postulate such a specific and fixed relationship. In Eccles' theory, the question of how neural activation is translated into a mental event is dealt with by hypothesizing a specific synaptic-psychon interaction. He proposes that when the synaptic input to a dendrite makes it possible for a 'psychon (to) successfully select a (presynaptic) vesicle for exocytosis (that is for release), the 'micro-success' is registered in the psychon for transmission through the mental world'. In the present theory the appropriate (presently unspecified) neural activity directly contributes some alteration in the overall CMF; the contribution does not depend upon an action by the mental phase (the psychon, in Eccles' theory) on synaptic function.
How is the CMF attribute of unified subjective experience related to its production by contributions from local neuronal areas? Local alterations in the CMF would be reflected in a changed overall field, but there would not be a separately-required mechanism for transmission and integration of such local contributions. To think in terms of a transmission and integrative process would be to continue thinking in terms of the externally observable neural events. To do so would be a misunderstanding of the nature of the proposed CMF, which is in a phenomenological category not reducible to (although intimately related with) neuronal processes. There are no doubt rules for (at least much of) the relationship between the CMF and the physically (externally) observable neural processes. But the rules are not describable a priori, i.e. before they are discovered by studying both phenomena simultaneously (e.g. Libet, 1987, 1989).
It seems evident, from the 'split-brain' studies ofSperry et al. (1969; Sperry, 1985), that transaction of the main communicating commissures between the two cerebral hemispheres can result in simultaneously different contents of experience for the two sides. I shall avoid here the argument about whether the isolated non-speaking right hemisphere does or does not actually 'have' conscious experience. What is clear, however, is that the contents of conscious mental events in the right hemisphere are not available to the left hemisphere in this condition. This would imply that any contributions of right hemisphere activity to a mental field cannot directly alter the CMF of the left hemisphere. That is, unity of the CMF would, in these circumstances, be restricted to a given hemisphere. It would also imply that contributions of local neural areas to the overall CMF of a hemisphere are effective only when contiguous with those of other areas; i.e. the contributions would not be effective across substantial gaps of space or of non-neural barriers.
Experimental Design to Test Theory
The theory of a CMF makes crucial predictions that can, at least in principle, be tested experimentally. If local areas of cerebral cortex could independently contribute to or alter the larger, unitary CMF, it should be possible to demonstrate such contributions when (a) that cortical area is completely isolated or cut off from neuronal communication with the rest of the brain, but (b) the area remains in situ, alive and kept functioning in some suitable manner that sufficiently resembles its normal behaviour. The experimental prediction to be tested would be as follows: Suitable electrical and/or chemical activation
122 B. LIBET
of the isolated tissue should produce or affect a conscious experience, even though the tissue has no neural connections to the rest of the brain. Possibilities of spread of influences from the isolated block via physical non-neural paths (e.g. electric current flow) would have to be controlled for. If a subjective experience is induced and reportable within a second or so, that would tend to exclude spread by chemical diffusion or by changes in vascular circulation or in contents of circulating blood as a cause (see Ingvar, 1955b).
Suitable neuronal isolation could be achieved either (a) by surgically cutting all connections to the rest of the brain, but leaving sufficient vascular connections and circulation intact, or (b) by temporarily blocking all nerve conduction into and out of an area. Surgical isolation (a) will be discussed further below. Functional isolation (b) might be achievable by injecting blocking agents in small amounts so as to form a ring of blockade around and under a selected block of cerebral cortex. A local anaesthetic agent might be used, such as procaine suitably buffered to pH 7.4 in Ringer's solution. Or, the selective blocker of sodium-conducted action potentials, tetrodotoxin, could be combined with a calcium-channel blocker like verapamil (to ensure that calcium-mediated action potentials would not escape blockade; see Garcia Ramos and Ibarra, 1973). The advantage of pharmacological method (b) for isolation is its reversibility; this would permit its use on areas of cortex not scheduled for surgical excision, thus greatly enlarging the potential pool of subjects (if risk factors are suitably met). The disadvantages of method (b) are (i) the difficulty of limiting the blockade to a narrow band around the slab, because of diffusibility, (ii) the need to prove that complete blockade has been achieved; (iii) a reduced ability to introduce neural inputs into the isolated slab by the excitation of ascending nerve fibres within the slab but near its lower borders.
Surgically Isolated Slab of Cortex, In Situ
A slab of cerebral cortex can be neurally isolated surgically, remaining in place but viable by retaining its blood supply as the only connection with the rest of the brain. This is accomplished by making all of the cuts subpially. Studies of the electrophysiological activity of such isolated cortex in situ have been reported (Kristiansen and Courtois, 1949; Burns, 1951, 1954; Echlin et al., 1952; Ingvar, 1955a, 1955b; Goldring et al., 1961). The basic method involved introducing a narrow curved blade through an opening in an avascular area of the pia-arachnoid membrane. This could undercut a block or slab of cortex and, by bringing its tip up to meet the pia at some distance away, also cut the connections to adjacent cortex. In an earlier study (of how vertical cuts in cortico-cortical connections might affect the integrated, organized function of the sensorimotor cortex in monkeys) Sperry (1947) had used a somewhat different technique. The cutting instrument was an extremely thin double-edged blade made from a fine wire or sewing needle. The sharpened end of this wire was bent to a right angle; this terminal portion of the blade could be sunk vertically into the cortex so that its horizontal arm lay just below the pia. When the vertical knife is pushed forward it cuts through the cortex while its horizontal carrying arm slides just below the pia. This technique could easily be arranged to produce undercutting of the cortex as well. The potential advantage to Sperry's method lies in the very thin line of tissue damage created by this knife, capable of producing chronic scars less that 100 um thick. That would be particularly desirable if the isolated slab were to remain in situ for therapeutic reasons.
Isolation of a cortical slab has also been performed in human subjects, by Echlin et al. (1952), with both general and local anaesthesia (patient awake). They reported an
A TESTABLE MIND-BRAIN FIELD THEORY 123
immediate reduction but not complete abolition of rhythmic electrical activity (EEG) in the area. After 20 min., paroxysmal bursts of high voltage activity appeared. This land of seizure pattern in normal brain is usually associated with disruption or distortion of normal functions and, in the motor area, convulsive motor actions. There was no spread of activity from the isolated slab to surrounding areas. With only undercutting of a cortical area inhuman subjects under local anaesthesia, Henry and Scoville (1952) also reported autogenous spontaneous activity but of a markedly decreased amount. In addition, bursts of fast and slow waves alternated with quiet periods; these were confined to the undercut areas even though there was superficial neural continuity with adjacent areas. In one case a prolonged period of high-voltage electrical activity followed probing for the sphenoid ridge below frontal cortex; this indicates that stimulation (in this case mechanical) of already cut input fibres can induce further activity in acutely isolated cortex.
The physiological properties of the isolated slab are obviously immediately altered because of the sudden loss of all inputs. For example, it is well known that destruction of the reticular activating system in the brain stem results in a coma; this afferent input would have to be properly excited so as to 'wake up' the isolated slab of cortex. Some procedures to restore some levels of sufficiently normal activity would be necessary. These could involve local electrical stimulation (e.g. Libet etal., 1964) or the application of exciting chemical agents. Chemical stimulation of isolated cortex has already been studied (Kristiansen and Courtois, 1949; Echlin et al, 1952; Rech and Domino, 1960). With longer term chronic isolation, the nerve fibre inputs and their synaptic contacts with cells in the slab would degenerate and no longer provide these normal structural contacts. The studies proposed in this paper would be better carried out in the acute phase, during the initial period after isolation. Indeed, with the afferent cut axons still viable and potentially functional, they could be utilized to restore some degree of neural inputs by electrically stimulating them within the slab in a highly localized and controlled fashion.
With surgical isolation the irretrievable loss of normal neural function for a cortical slab would limit studies to cases in which a slab of tissue has been designated for therapeutic surgical removal from the brain. The study would then be carried out in the operating room before the actual excision of the tissue, if other conditions are also met. These include — the patient being awake and responsive; using local rather than general anaesthesia; informed consent and ready cooperativeness by the patient; approval of any risk assessments by all concerned, particularly the hospital/university committee for protection of human subjects. Actually, many patients have been found to tolerate brain surgery under local anaesthesia and to participate fruitfully in many past studies (e.g. Penfield, 1958; Libet et al., 1964; Libet, 1973).
A further special requirement of the experiment is that the cortical slab to be isolated should be one for which, when that cortical tissue is still intact before isolation, local electrical stimulation can elicit a conscious subjective experience that is introspectively reportable. The obvious candidates are any of the primary sensory areas — somatic, auditory or visual, for which suitable surface electrical stimulation is known to elicit a primitive sensory experience (e.g. Libet, 1973, 1982). However, stimulation of some other cortical areas, particularly in temporal lobe, have been reported to elicit more complex conscious experiences (e.g. Penfield, 1958). In every case, it would be desirable that a bit of fairly normal responding tissue be included within the slab scheduled for excision; but neurosurgeons almost always include such normal bits in order to achieve an adequately therapeutic removal of pathological tissue.
124 B. LIBET
The test of the existence of a CMF that can unify subjective experience would be to see whether electrical or chemical stimulation of a suitably 'normalized' isolated cortical slab can elicit an introspective report of an experience. The cortical site of the slab would have to be one at which suitable electrical stimulation does elicit a reportable experience when the brain is intact. There is the possibility that such a cortical site must secondarily activate certain other additional areas in order to produce the conscious experience. In that case these other areas may have to be identified, and multiple isolated slabs that include such areas be included in the experimental stimulation test. In the event of a positive result, possible sources of physical spread of the stimulus to the rest of the brain would have to be excluded, as noted above.
A test of the causal ability of the putative CMF to affect neuronal functions is already implicit in the test just described for the existence of the CMF. If stimulation of the isolated cortical slab can elicit an introspective report by the subject, that could only come about if the CMF could activate the appropriate cerebral areas required to produce the verbal report. However, other specific tests are also possible with cortical areas that have been found specifically to increase their activity when a subject with an intact brain imagines making some movements or imagines some sensory experience. For example, neural activity (as indicated by measurements of regional blood flow or metabolic rate) has been shown to increase selectively in the supplementary motor area (SMA) when the subject is asked to imagine moving his fingers without actually moving them (Ingvar and Phillipson, 1977; Roland and Friberg, 1985). Eccles has taken this to be a demonstration of a mental action affecting neural activities. But there are difficulties with such a conclusion from that experiment: a) There is the technical limitation of temporal resolution by the blood flow. Metabolism measurement is not fine enough to permit a definite conclusion about which came first — the mental imaging or the increase in SMA activity, b) If it were shown that the mental event did come first here, that would certainly be suggestive of Eccles' kind of interpretation; but there is always the possibility that the whole process was initiated by some neural events elsewhere in the brain too small or so oriented as to be not recorded by a given recording method. Unless the mental event (of imaging or command) could be shown to precede any possible neural event specifically related to the process studied, there could always be doubt about the nature of the causal interaction. With the neurally isolated cortical slab, there are no such difficulties of interpretation. On the other hand, any indirect 'extraneuronal' influences from elsewhere in the brain would have to be evaluated and excluded. For example, Ingvar (1955b) had reported that stimulation of the reticular activating system in the brain stem could influence electrophysiological activity in completely isolated cortex. This effect appeared to be mediated by a change in blood circulation but had a long latency of 10 to 70 sec.
If, for example, one had available a neurally isolated cortical slab in the SMA, one could repeat the above described experiment, of asking the subject to imagine moving his fingers. Recordings of electrophysiological responses could be added to those of blood flow and metabolism. Isolation of an SMA slab is one of the more impractical possibilities, but an experiment similar in principle could be designed for certain other cortical areas more accessible to therapeutic isolation.
General Conclusions
Suppose that the experimental results prove to be positive, i.e. suitable stimulation of the neurally isolated cortex elicits some reportable subjective response that is not attributable to stimulation of adjacent non-isolated cortex or of other cerebral structures. That would
A TESTABLE MIND-BRAIN FIELD THEORY 125
mean that activation of a cortical area can contribute to overall unified conscious experience by some mode other than by neural messages delivered via nerve conduction etc. This would provide crucial support of the proposed field theory, in which a cortical area can contribute to or affect the larger conscious field. It would provide an experimental basis for a unified field of subjective experience and for mental intervention in neuronal functions.
With such a finding one may ask, what would be the role for all the massive and complex neural interconnections, cortico-cortical, cortical-subcortical and hemisphere to hemisphere? An answer might be — to subserve all the cerebral functions other than that directly related to the appearance of the conscious subjective experience and its role in conscious will. It should be noted that all cognitive functions (receipt, analysis, recognition of signals etc), information storage, learning and memory, processes of arousal and attention and of states of affect and mood, etc, are not proposed as functions to be organized or mediated by the postulated CMF (conscious mental field). In short, it is only the phenomenon of conscious subjective experience, associated with all the complex cerebral functions, that is modelled in the CMF, in an admittedly speculative manner.
It may be easy to dismiss the prospect of obtaining 'positive' results in the proposed experimental tests, since such results would be completely unexpected from prevalent views of brain functions based on physical connectivities and interactions. But the improbability of positive results is strictly a function of existing views which do not deal successfully with the problems of unity of subjective experience and of apparent mental controls of brain processes. The potential implications of the CMF theory and of the positive results it predicts are clearly profound in nature. On those grounds, and because the proposed experiments are in principle workable although difficult, the proposed experimental design should merit a serious place in investigations of the mind-brain problem.
References
Burns, B.D. (1951), 'Some properties of isolated cerebral cortex in the unanesthetized cat', J Physiol
(Lond.), 112, pp. 156-75. Burns, B.D. (1954), 'The production of after-bursts in isolated unanesthetized cerebral cortex', J
Physiol (Lond.), 125, pp. 427-46. Doty, R.W. (1984), 'Some thoughts and some experiments on memory', in Neuropsychology of
memory, ed. L.R. Squire andN. Butters (New York: Guilford), pp. 330-9. Eccles, J.C. (1990), 'A unitary hypothesis of mind-brain interaction in cerebral cortex', Proc Roy
SocLondB, 240, pp. 433-51. Echlin. F.A., Arnett, V. and Zoll, J. (1952), 'Paroxysmal high voltage discharges from isolated and
partially isolated human and animal cerebral cortex', Electroenceph & Clin Neurophysiol, 4,
pp. 147-64. Garcia Ramos, J. and Ibarra, B.H. (1973), 'Studies on the mechanisms of learning, II, on the ionic
nature of the dendritic action potentials and mescaline spikes', Acta Physiol Latino Amer, 23,
pp. 202-12. Goldring, S., O'Leary, J.L., Holmes, T.G. and Jerva, M.J. (1961), 'Direct response of isolated
cerebral cortex of cat', J Neurophysiol, 24, pp. 633-50. Gray, CM., and Singer, W. (1989), 'Stimulus-specific neuronal oscillations in orientation columns
of cat visual cortex', Proc NatlAcadSci USA, 86, pp. 1698-702. Henry, C.E. and Scoville, W.B. (1952), 'Suppression-burst activity from isolated cerebral cortex in
man', Electroenceph & Clin Neurophysiol, 4, pp. 1-22. Hubel, D.H. and Wiesel, T.N. (1962), 'Receptive fields, binocular interaction and functional
architecture in the cat's visual cortex', J. Physiol (Lond.), 160, pp. 106-54. Ingvar, D. (1955a), 'Electrical activity of isolated cortex in the unanesthetized cat with intact brain
stem', Acta Physiol Scand, 33, pp. 151-68.
126 B. LIBET
Ingvar, D. (1955b), 'Extraneuronal influences upon the electrical activity of isolated cortex
following stimulation of the reticular activating system', Acta Physiol Scand, 33, pp. 169-93. Ingvar, D. and Phillipson, L. (1977), 'Distribution of cerebral blood flow in the dominant
hemisphere during motor ideation and motor performance', Ann Neural, 2, pp. 230-7. Kristiansen, K. and Courtois, G. (1949), 'Rhythmic electrical activity from isolated cerebral cortex',
Electroenceph & Clin Neurophysiol, 1, pp. 265-72. Libet, B. (1973), 'Electrical stimulation of cortex in human subjects and conscious sensory aspects',
in Handbook of Sensory Physiol, Vol. II: Somatosensory System, ed. A. Iggo (Berlin:
Springer-Verlag). Libet, B. (1982), 'Brain stimulation in the study ofneuronal functions for conscious sensory
experiences', Human Neurobiol, 1, pp. 235-42. Libet, B. (1987), 'Consciousness: Conscious, subjective experience', in Encyclopedia, of
Neuroscience, ed. G. Adelman (Boston: Birkhauser). Libet, B. (1989), 'Conscious subjective experience vs. unconscious mental functions: A theory of
the cerebral processes involved', in Models of Brain Function, ed. R.M.J. Cotterill (New York:
Cambridge University Press). Libet, B., Alberts. W.W., Wright, E.W., Delattre, L.D., Levin, G. and Feinstein, B. (1964),
'Production of threshold levels of conscious sensation by electrical stimulation of human
somatosensory cortex', J Neurophysiol, 27, pp. 546-78. Mountcastle, V.B. (1957), 'Modality and topographic properties of single neurons of cat's somatic
sensory cortex', J Neurophysiol, 29, pp. 408-34
Penfield, W. (1958), The excitable cortex in conscious man (Liverpool: Liverpool University Press). Popper, K.R. and Eccles, J.C. (1977), The Self and its Brain (Heidelberg: Springer). Rech, R.H. and Domino, E.F. (1960), 'Effects of various drags on activity ofthe neuronally isolated
cerbral cortex', ExperNeurol, 2, pp. 364-78. Roland, P.E. and Friberg, L. (1985), 'Localization of cortical areas activated by thinking',
J. Neurophysiol, 53, pp. 1219-43.
Sherrington, C.S. (1940),Man on his nature (Cambridge: Cambridge University Press). Singer, W. (1991), 'Response synchronization of cortical neurons: an epiphenomenon or a solution
to the binding problem', IBRONews, 19, pp. 6-7 (New York: Pergamon). Sperry, R.W. (1947), 'Cerebral regulation of motor coordination in monkeys following multiple
transections of sensonmotor cortex', J Neurophysiol, 10, pp. 275-94. Sperry, R.W. (1952), 'Neurology and the mind-brain problem', American Scientist, 40,
pp. 291-312. Sperry, R.W. (1980), 'Mind-brain interaction: mentalism yes; dualism no', Neuroscience, 5,
pp. 195-206.
Sperry, R.W. (1985), Science and moral priority (Westport, Conn: Praeger). Sperry, R.W., Gazzamga, M.S. and Bogen, IE. (1969), 'Interhemispheric relationships: The
neocortical commissures: Syndromes of hemisphere disconnection', in Handbook of Clinical
Neurology, Vol. 4, ed. P.J. Vinken and G.W. Bruyn (Amsterdam: North Holland), pp. 273-90.
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
Re: Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Mr.Hammond escreveu:A PP atualmente não pode afirmar nem que espíritos não existem, nem que existem.
Isso é muito simples.
O problema não é esse, nunca foi. O problema é dizer que a hipótese de sobrevivência não é científica. Isso é uma posição dogmática e infundada.
Um abraço,
Vitor
Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Eu li o artigo, e o que ele propõe é que a consciência pode ser um campo físico fenomenologicamente distinto da atividade cerebral tradicional e mostra de que forma essa hipótese poderia ser testada; como é invasiva cirurgicamente ainda não foi feita.
Em nenhum lugar é dito que esse hipotético campo pode existir sem o aparato neurofisiológico por trás, então não sei de que forma isso o ajuda. A dualidade mente-cérebro que ele propõe alega que fenômenos da consciência e estados cerebrais são qualitativamente distintos, só isso.
Em nenhum lugar é dito que esse hipotético campo pode existir sem o aparato neurofisiológico por trás, então não sei de que forma isso o ajuda. A dualidade mente-cérebro que ele propõe alega que fenômenos da consciência e estados cerebrais são qualitativamente distintos, só isso.
- Vitor Moura
- Mensagens: 2130
- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
Re: Re.: O Espírito e a Parapsicologia
Azathoth escreveu:Eu li o artigo, e o que ele propõe é que a consciência pode ser um campo físico fenomenologicamente distinto da atividade cerebral tradicional e mostra de que forma essa hipótese poderia ser testada; como é invasiva cirurgicamente ainda não foi feita.
Em nenhum lugar é dito que esse hipotético campo pode existir sem o aparato neurofisiológico por trás, então não sei de que forma isso o ajuda. A dualidade mente-cérebro que ele propõe alega que fenômenos da consciência e estados cerebrais são qualitativamente distintos, só isso.
E vc acha pouco? Isso é o mesmo que dizer que a mente não está no cérebro. Pode ser produzida por ele, mas não etá nele.
Ele também não garante que essa consciência sobreviva após a morte, mas a idéia que a consciência não está no cérebro certamente é um passo, ainda que 'pequeno', à interpretação espiritualista.
Um abraço,
Vitor