Uma solução para barrar a corrupção na política
- Claudio Loredo
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Uma solução para barrar a corrupção na política
UMA SOLUÇÃO PARA BARRAR A CORRUPÇÃO NA POLÍTICA
Por Cláudio Loredo
INTRODUÇÃO
Este texto propõe uma solução simples para impedir a corrupção por parte dos políticos. Se eles não tiverem acesso ao patrimônio público, eles não terão como se corromper. O patrimônio público deve ficar nas mãos do povo e ser administrado somente por funcionários públicos concursados.
Boas idéias para aperfeiçoar o funcionamento do governo não faltam, mas falta aos cidadãos a vontade de lutar pela implantação das mudanças necessárias.
Caso você tenha ou conheça boas idéias sobre reestruturação da nossa administração governamental, coloque neste debate ou ajude a aperfeiçoar o modelo que aqui será exposto.
O PROBLEMA
Os políticos se corrompem porque possuem excesso de poderes em suas mãos. Eles já começam a vida pública mal participando de negociatas para serem eleitos. No final apenas os desonestos ocupam cargos públicos eletivos. Isto acontece tanto nas cidadezinhas do interior do Estado do Tocantins, com em Brasília ou São Paulo. Trata-se de um problema grave a ser resolvido. A corrupção tira vidas, desvia recursos da saúde, da educação e da segurança pública e ainda bagunça toda a economia nacional.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Ao ser eleito, o chefe de governo, prefeito, governador ou presidente, ganha o direito de nomear os dirigentes dos órgãos públicos. Sendo o chefe de governo desonesto, ele irá nomear apenas pessoas desonestas, que por sua vez nomearão outros desonestos para os cargos de confiança.
Os funcionários públicos acabam tendo como chefe de seus respectivos órgãos pessoas estranhas ao quadro. Esta aí a principal fonte de corrupção: são os políticos que mandam na administração pública. Se eles não pudessem nomear os administradores públicos, eles não teriam como fazer seus esquemas.
Por isso a administração pública deve ficar longe do poder dos políticos, e os funcionários públicos não devem ter contatos com a política na sua vida profissional.
A título de exemplo, o Ministério da Educação ao invés de ser chefiado por alguém nomeado pelo Presidente da República, seria chefiado por um professor pertencente ao quadro de funcionários do Ministério. Ele ganharia este cargo através de concurso público interno e seu mandato seria de dois anos, no máximo, após isto ele voltaria as suas atividades anteriores.
O mesmo exemplo se aplica aos outros Ministérios e as Secretarias e órgãos municipais.
Os concursos públicos são uma das coisas que melhor funcionam no Brasil. É muito difícil fraudá-lo, pois a fiscalização é grande.
Com o concurso público selecionamos as melhores pessoas para ingressar na carreira pública e através do concurso público interno selecionamos o melhor funcionário do órgão público para chefiar este órgão.
Portanto, quem entra na carreira pública como auditor da receita, por exemplo, poderia vir a ser Secretário da Fazenda. Quem entra como médico poderia vir a ser Secretário da saúde. Isto seria um grande estímulo para o ingresso na carreira pública.
O NOVO PAPEL DOS POLÍTICOS
Ao tirar das mãos dos políticos o patrimônio e a administração pública só sobra para eles o papel essencial da política: negociar e legislar.
De quatro em quatro anos a população deve eleger seus representantes. Caberá aos políticos negociarem entre si para a apresentação de projetos aos técnicos da administração pública a quem caberá aprovar ou negar o projeto que tanto pode ser uma nova lei ou uma nova obra ou serviço público.
Caso os técnicos aprovem o projeto ele será realizado. Caso contrário, os políticos ainda podem submeter o projeto a apreciação popular através de votação direta e ao povo caberá negar ou aprovar o projeto, mas já sabendo que os técnicos deram parecer contrário. Com isto teríamos três tipos de poderes: o povo (através do voto direto), os políticos e a administração pública.
Um exemplo é a transposição do Rio São Francisco. Caberia aos políticos propor e caberia aos técnicos da administração pública aprovar a obra de acordo com sua viabilidade, economicidade e fim social.
A certificação digital facilitará as consultas populares que não necessitarão mais de urnas para serem feitas.
A disseminação dos computadores facilitará o controle popular sobre os políticos, que será necessário, uma vez que eles ganharão um bom salário, mas sem mordomias, o que irá estimular pessoas capazes e honestas a ocupar cargos públicos eletivos. Caberá a população eleger os candidatos que aprovam as melhores propostas, mas para isto o cidadão deverá ter acesso aos projetos apresentados por cada político.
Aos políticos caberá centralizar os anseios populares por mudanças e melhorias, direcionando assim as ações do serviço público, mas sem controlá-lo. Eles devem representar os movimentos populares, ONGs, associaçõs de moradores e demais entidades. Eles não poderão se corromper por não terem acesso ao patrimônio público, mas farão jus a um alto salário para que possam desempenhar muito bem as funções para as quais foram eleitos pela população.
Com este tipo de política, teremos políticos honestos. Dificilmente algum cidadão irá querer abrir mão de votar, mesmo o voto sendo facultativo, pois fazer isto irá significar deixar de ter alguém para lutar por seus interesses.
ESTADO UNITÁRIO
Não faz mais sentido o Brasil continuar sendo uma federação. O melhor é que o Brasil se torne um Estado Unitário com apenas dois entes: a União e os Municípios. Cada cidadão tem mais interesse no que acontece no município e no país onde mora.
Não interessa muito às pessoas influir na administração de municípios vizinhos ao seu. Portanto o que existe e interessa realmente a todos é a União e os Municípios.
A existência de apenas dois entes facilitará bastante a participação e o controle popular e diminuirá consideravelmente os gastos governamentais.
Neste Estado Unitário caberá aos prefeitos representar seus municípios em Brasília e caberá aos vereadores propor ações que a máquina pública deverá executar.
Ao Presidente da República caberá ser o chefe de estado e não o chefe de governo. O presidente deverá representar o Brasil junto a outros países. A chefia de governo deverá ser exercida por um colegiado de ministros contando com a participação de um representante do chefe de estado.
CONCLUSÃO
Ao tirar a gestão pública das mãos dos políticos e entregá-la aos funcionários públicos, representando o povo, elimina-se bastante a corrupção, pois se um funcionário público se corrompe ele é demitido, sofre processo penal e nunca mais pode exercer cargo público. O mesmo não ocorre com os políticos.
Este texto é um breve resumo de uma proposta de reestruturação do Estado Brasileiro, que irá exigir uma nova ordem constitucional. Deixei de entrar em vários detalhes para que o texto não ficasse muito longo, mas farei isto ao longo deste tópico se necessário para esclarecer dúvidas.
Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Não sei, me parece o modelo do estado comunista implantado na Russia, com exceção da eleição direta, e este modelo é altamente corruptível. Qualquer proposta que se aprovada gera dinheiro pro cara, gera uma cadeia corrupta...
Além disso, votação pela internet, é transformar a "democracia por maioria representativa" em "ditadura de minoria participante", e isso não é interessante.
Além disso, votação pela internet, é transformar a "democracia por maioria representativa" em "ditadura de minoria participante", e isso não é interessante.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
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- Aurelio Moraes
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Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Eu sou a favor do financiamento público de campanha, sem um centavo vindo de doações particulares e de empresas.
- Claudio Loredo
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O financiamento público das campanhas é essencial para que todos os candidatos tenham as mesmas chances independentemente do seu poder aquisitivo. Assim é eleito o candidato mais capacitado segundo a população e não aquele que tem maior poder aquisitivo.
Finaciamento público significa simplesmente o candidato ter direito a aparecer nos meios de comunicação. É uma forma também de acabarmos com a poluição sonoro e visual que sempre temos que encarar nas eleições.
Finaciamento público significa simplesmente o candidato ter direito a aparecer nos meios de comunicação. É uma forma também de acabarmos com a poluição sonoro e visual que sempre temos que encarar nas eleições.
- Claudio Loredo
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
aknatom escreveu:Não sei, me parece o modelo do estado comunista implantado na Russia, com exceção da eleição direta, e este modelo é altamente corruptível. Qualquer proposta que se aprovada gera dinheiro pro cara, gera uma cadeia corrupta...
Além disso, votação pela internet, é transformar a "democracia por maioria representativa" em "ditadura de minoria participante", e isso não é interessante.
Este modelo tanto pode ser adotado numa economia socialista quanto numa capitalista, pois o modelo econômico não é tocado. O que muda é a forma como os recursos públicos são administrados.
Caso um político apoie um projeto que vai contra os interesses populares, este político não será mais eleito pela população. Além disso, se o projeto é ruim, ele será rejeitado pelos técnicos da administração pública.
A título de exemplo, vamos imaginar uma cidade, onde há um rio que corta ela ao meio. É necessário a construção de uma ponte ligando os dois lados. Uma industria localizada na cidade vai e paga propina aos vereadores para que estes apresentem projeto propondo a construção da ponte em frente a indústria, mas este não é o melhor lugar para se construir a ponte, o melhor lugar é no centro da cidade. Quando o projeto for apresentado à secretaria de obras do município, os engenheiros desta secretaria irão rejeitar o projeto de imediato, pois ele fere vários princípios de administração pública (eficiência, razoabilidade, supremacia do interesse público etc,), se os engenheiros não fizerem isto eles responderão processo penal por desrespeitarar princípios da administração pública.
Você pode dizer que a industria ainda pode corromper os engenheiros para que estes corram o risco, mas neste caso a população nunca mais irá votar nos vereadores que aprovaram tal projeto.
Agora, vamos supor que a ponte tanto pode ser construída no bairro A, como no bairro B. Os eleitores do bairro A são mais participativos. Daí, a ponte provavelmente ficará no bairro A, pois os vereadores de lá são maioria. Os eleitores do bairro B aprenderão a ser mais participativos politicamente para que seu bairro também possa receber benefícios. No final, todos eleitores serão motivados a participarem da vida pública, pelo menos elegendo seus representantes e votando nas consultas de seu interesse. Quem não fizer isto, sairá perdendo.
Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Supostamente, diminui a corrupção, por colocar a decisão nas mãos de muitas pessoas ao invés de uma minoria.
A argumentação que os vereadores que propuserem projetos errados não serão mais eleitos é ficção... só observar nossa realidade.
Sobre a ditadura de minoria, não é questão de aprendizagem. Com o excesso de trmas para serem discutidos e votados, ou vira midiocracia, onde quem detém a melhor estrutura de marketing vence, ou o tema acaba sendo secundário e não discutido, o que torna a preferência dos grupos interessados valiosa.
Imagine uma lei municipal que proibi barulho de igrejas evangélicas... nunca seria aprovada, afinal, poucos moram próximosd e muitos são os adeptos. Isso só é um entre os temas que para minorias são amplamente importantes e pro povão são insignificantes.
A argumentação que os vereadores que propuserem projetos errados não serão mais eleitos é ficção... só observar nossa realidade.
Sobre a ditadura de minoria, não é questão de aprendizagem. Com o excesso de trmas para serem discutidos e votados, ou vira midiocracia, onde quem detém a melhor estrutura de marketing vence, ou o tema acaba sendo secundário e não discutido, o que torna a preferência dos grupos interessados valiosa.
Imagine uma lei municipal que proibi barulho de igrejas evangélicas... nunca seria aprovada, afinal, poucos moram próximosd e muitos são os adeptos. Isso só é um entre os temas que para minorias são amplamente importantes e pro povão são insignificantes.
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- Francielly Pierri
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O patrimônio público deve ficar nas mãos do povo e ser administrado somente por funcionários públicos concursados.
Quem garante que o funcionário público concursado não irá ser corrupto em seu cargo?

cargos de confiança
Acho que isso era a primeira coisa que deveria ser abolida nos governos, os cargos de confiança. Pessoas sem qualquer qalificação para ocupar cargos de secretarias que precisam de atenção e ações eficazes. Pessoas que nem sequer trabalham ou tem formação na área em que vão atuar.
Outros problema são os vereadores. Acho que deveria ser prestada uma prova para ver o nível de instrução do cidadão que gostaria de se candidatar a vereador. Como um semi-analfabeto (ou mesmo analfabeto, na pior das ipóteses) pode entender de leis, ter senso crítico e criar soluções plausíveis para os problemas de uma comunidade, se nem sequer tem o primário?
Eu estagiei 1 ano e meio na CASAN, órgão de distribuição de água de SC, e o diretor na nossa filial, cargo de confiança do governador, era semi-analfabeto. Sério! O cara escrevia tudo errado e pedia pra eu digitar elaborar os ofícios pra ele. Ele não entendia de processos, eu tinha que ler e explicar como funcionáva processos de confição de dívida e parcelamento ... e o dia que eu fui sentar e explicar como funcionava o sistema no PC ... meu deus ... foram duas semanas infernais. Ah, esse mesmo diretor era vereador também na época, e hoje é vereador tb, se reelegeu!
ESTADO UNITÁRIO
Eu acho que a formação do estado brasileiro hoje é muito desorganizada. Concordo que, como federação, não funciona. Creio que por ser grande demais. Sei que a separação de regiões e criação de confederações não seria uma boa ... até se organizar e td mais , vai levar tempo e pode não dar certo.
Uma guerra civil seria uma solução extremista, mas daria certo. Mas as possibilidades de isso acontecer são mínimas. O histórico de revoluções no Brasil é pequeno, diria de uma página, a revolução Farroupilha e a guerra de Canudos (talvez). Toos os movimentos populares foram abafados e sempre se dava um jeitinho de acalmar o povo, isso fez com que nos tornassemos um povo confrmista que espera por tudo e acredita no jeitinho brasileiro. Acho que isso é coisa que mais odeio no Brasil e no brasileiro, o Jeitinho Brasileiro.


Enfim, a currupção é inevitável. A idéia de poder corrompe! A não ser que pudessemos acreditar em um estado sem poder, um comunismo, como foi sitado no estado unitário do texto, mas é utópico.
Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Apesar de ser a favor, não sei se o financiamento público daria chances iguais para todos;afinal não são os caciques atuais que irão preencher essas listas?
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
- Claudio Loredo
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Francielly Pierri escreveu:Quem garante que o funcionário público concursado não irá ser corrupto em seu cargo?Meu pai é funcionário público e poderia conseguir "um por fora" no setor onde ele trabalha na UFSC e seria bem fácil, sem riscos.
Olá Francielly!
Funcionário público não rouba, quem rouba é político, porque o servidor é um cidadão que se esforçou para conseguir um cargo público disputado através de concurso público. Ou seja, ele é um trabalhador e não um vagabundo. Por isso o funcionário público não rouba.
O que é que um funcionário público pode roubar? Uma gorgetinha para a cervejinha para despachar mais rápido um processo? Será que alguém que estudou é capaz de vender sua honra e dignidade por uns trocados?
O seu pai pode se corromper no emprego dele, mas ele não faz isto porque é uma pessoa de bem. Certamente ele teve educação e uma boa formação moral. Assim é a maioria dos funcionários públicos: cidadãos honestos. Pergunte ao seu pai se os colegas de trabalho dele se corrompem. Você verá que não.
Quem pode se corromper para ganhar muito dinheiro é quem ocupa os cargos de direção de órgãos públicos. Atualmente, são pessoas indicadas por políticos e se corrompem porque estão no cargo temporariamente, enquanto o político padrinho está no poder.
Agora imagina se este mesmo cargo fosse ocupado por um funcionário, capacitado, escolhido em concurso interno daquele órgão. Imagina um contador público ocupando o cargo de secretário de finanças. Para ocupar o cargo, o funcionário escolhido já terá um acréscimo em seu salário e saberá que depois de cumprido o prazo de seu mandato (2 anos) terá que voltar a ser um contador. Se fizer um mal trabalho terá que encarar os colegas que o olharão de lado.
Quando um político se corrompe ele tem direitos a CPIs que duram meses e não dão em nada. Além de alegar, é claro, perseguição política e ideologia.
Quando um funcionário público se corrompe e é pego (o que não é difícil), ele sofre sindicância administrativa imediatamente, é demitido e ainda tem o processo penal em cima dele que culmina com o seu impedimento de ingressar na carreira pública novamente. Ou seja ele vive um purgatório e ainda acaba pagando caro pelo erro.
Pode ser que seu pai trabalhe num órgão que não tenha um controle interno rígido, mas isto é uma exceção. Em geral os órgão público tem uma rigidez muito grande que inibe qualquer desvio.
Portanto, Francielly, existe uma grande diferença entre ser funcionário público e ser um político. O primeiro é um cidadão trabalhador, o segundo é alguém que vive de favores eleitorais. Quem é que você prefere ver administrando os órgãos públicos? Quem é que você acha mais capacitado e honesto?
- Claudio Loredo
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
aknatom escreveu:Supostamente, diminui a corrupção, por colocar a decisão nas mãos de muitas pessoas ao invés de uma minoria.
A argumentação que os vereadores que propuserem projetos errados não serão mais eleitos é ficção... só observar nossa realidade.
Sobre a ditadura de minoria, não é questão de aprendizagem. Com o excesso de trmas para serem discutidos e votados, ou vira midiocracia, onde quem detém a melhor estrutura de marketing vence, ou o tema acaba sendo secundário e não discutido, o que torna a preferência dos grupos interessados valiosa.
Imagine uma lei municipal que proibi barulho de igrejas evangélicas... nunca seria aprovada, afinal, poucos moram próximosd e muitos são os adeptos. Isso só é um entre os temas que para minorias são amplamente importantes e pro povão são insignificantes.
Tudo isto se resolve com educação política. É um trabalho de formiguinha, mas que pode ser feito.
Todo brasileiro deve ser incentivado a acompanhar o andamento das obras e dos serviços em seus municipios. Uma boa solução é colocar computadores em praça pública para que ninguém deixe de se inteirar das contas públicas. Cada cidadão deve ser incentivado a acompanhar as obras e serviços através de informações on-line na internet. Com as informações em mãos o cidadão pode pedir a prisão daqueles que estão desviando dinheiro. Ou seja, é a sociedade inteira fiscalizando os atos do governo. Ai, fica muito difícil roubar. Imagina uma cidade inteira fiscalizando os atos de algumas dezenas de pessoas. A disponibilização das informações públicas pela internet permite isto.
Você criticou a midia dizendo que elas podem induzir os eleitores a votarem errado, mas eu te pergunto: o que você prefere uma decisão errada que parte da própria sociedade ou uma decisão errada tomada por políticos que tomam as decisões sozinhos?
Eu prefiro um erro cometido pelo povo, pois esse erro pode ser consertado através do dialógo de uns com os outros. "Viu, você votou contra o aumento de impostos para melhorar os hospitais, agora nossos hospitais estão sem leitos. Vê se na próxima votação você vota melhor".
- Francielly Pierri
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Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Quem disse que meu pai se corrompe ...
... minha mãe é quem briga com ele pq ele não tira proveito ... mas ele poderia ...

- Claudio Loredo
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Francielly Pierri escreveu:Quem disse que meu pai se corrompe ...... minha mãe é quem briga com ele pq ele não tira proveito ... mas ele poderia ...
Ei Francielly, eu não falei isto, se tivesse dito seria até motivo para um processo em cima de mim. Você não leu direito o que escrevi.


- Francielly Pierri
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Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
- O q vc está sugerindo é uma burocracia profissional, acho q para implantação de algo assim vc precisa de um regime parlamentarista.
- Mesmo assim é impossível governar sem cargos de confiança, um político eleito não é uma pessoa isolada, normalmente um conjunto de pessoas montou seu programa, o político é apenas o verniz.
- O gde problema é q no Brasil temos cargos de confiança demais, eles poderia ser reduzidos pela metade.
Abraços,
- Mesmo assim é impossível governar sem cargos de confiança, um político eleito não é uma pessoa isolada, normalmente um conjunto de pessoas montou seu programa, o político é apenas o verniz.
- O gde problema é q no Brasil temos cargos de confiança demais, eles poderia ser reduzidos pela metade.
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Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Concordo qto a redusir pela metade ... talvez mais ...
- Claudio Loredo
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Abmael escreveu:- O q vc está sugerindo é uma burocracia profissional, acho q para implantação de algo assim vc precisa de um regime parlamentarista.
Isto pode ser implantado tanto num regime parlamentarista com num presidencialista. O importante é que os políticos não tenham acesso ao patrimônio público e o funcionalismo público seja independente da política. A máquina estatal funcionária como uma máquina mesmo, só cumprindo as ordens dos politicos após aprovação técnica. O político só cuidaria mesmo de legislar.
Abmael escreveu:- Mesmo assim é impossível governar sem cargos de confiança, um político eleito não é uma pessoa isolada, normalmente um conjunto de pessoas montou seu programa, o político é apenas o verniz.
[b]O ideal é que o político não seja um administrador. Ele tem que ser um legislador. Direcionando o serviço público, após aval técnico, de acordo com a vontade da população.
Abmael escreveu:- O gde problema é q no Brasil temos cargos de confiança demais, eles poderia ser reduzidos pela metade.
[b]Penso que os cargos de confiança não deveriam existir. Só devem ocupar os cargos da administração pública quem mostrar competência para isto através de concursos públicos e não através de apadrinhamentos políticos.
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Claudio Loredo escreveu:Abmael escreveu:- O q vc está sugerindo é uma burocracia profissional, acho q para implantação de algo assim vc precisa de um regime parlamentarista.
Isto pode ser implantado tanto num regime parlamentarista com num presidencialista. O importante é que os políticos não tenham acesso ao patrimônio público e o funcionalismo público seja independente da política. A máquina estatal funcionária como uma máquina mesmo, só cumprindo as ordens dos politicos após aprovação técnica. O político só cuidaria mesmo de legislar.
- Num regime parlamentarista o parlamento pode cair a qualquer momento, bastando que o presidente o dissolva e o presidente eleito só indica o primeiro-ministro, as indicações do primeiro ministro são técnicas, pois ele não faz acordos externos ao parlamento para se eleger, no regime presidencialista é diferente, o chefe de governo faz acordos externos ao parlamento para se eleger, então ele carrega para dentro do governo agentes de implantação de suas políticas, que na verdade são frutos de acordos com a sociedade civil. Mas creio que até mesmo em regimes parlamentaristas há cargos de confiança, poucos, mas há.
- Outro problema é que voce solucionaria um problema e criaria outro, a burocracia estatal seria dona de um poder imenso, isso poderia aumentar demasiadamente a corrupção ao invés de inibi-la, um exemplo, a assinatura de um cara que desse aprovação técnica valeria milhões para um político.
Claudio Loredo escreveu:Abmael escreveu:- Mesmo assim é impossível governar sem cargos de confiança, um político eleito não é uma pessoa isolada, normalmente um conjunto de pessoas montou seu programa, o político é apenas o verniz.
[b]O ideal é que o político não seja um administrador. Ele tem que ser um legislador. Direcionando o serviço público, após aval técnico, de acordo com a vontade da população.
- Tem um paradoxo aí, a vontade da população é o político eleito, é ele quem implanta a vontade da população, voce submeter a vontade da população ao aval técnico de uma burocracia profissional é que seria anti-democrático.Claudio Loredo escreveu:Abmael escreveu:- O gde problema é q no Brasil temos cargos de confiança demais, eles poderia ser reduzidos pela metade.
[b]Penso que os cargos de confiança não deveriam existir. Só devem ocupar os cargos da administração pública quem mostrar competência para isto através de concursos públicos e não através de apadrinhamentos políticos.
- Não é bem assim, voce engessaria o serviço público, veja as grandes empresas, elas buscam as melhores cabeças no mercado e trocam quando bem entendem, radicalismo não resolve, pelo contrário.
Abraços,
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Ben Parker
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- Lúcifer
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Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Quando ao que a Fran escreveu sobre o nível intelectual de alguns vereadores, isso eu posso atestar.
Quando a minha televisão pegava o sinal da Globo de Mogi das Cruzes, o meu programa predileto era justamento o horário político. Era um pior que o outro. O nível de escolariedade deles não chegava no chão, passava direto.
É como diz o velho ditado: Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
É triste isso. O pior é que as pessoas de lá, ainda votam nessa cambada.
Quando a minha televisão pegava o sinal da Globo de Mogi das Cruzes, o meu programa predileto era justamento o horário político. Era um pior que o outro. O nível de escolariedade deles não chegava no chão, passava direto.
É como diz o velho ditado: Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
É triste isso. O pior é que as pessoas de lá, ainda votam nessa cambada.

- Lúcifer
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O triste da história é que, por melhores que sejam as sugestões, teríamos que ter apoio popular para podermos fazer algo, uma revolução pacífica mas, como infelizmente o povo virou um bando de cordeirinhos, dificilmente poderemos fazer algo.
Se, pelo menos 80% da população votasse nulo nas eleições, já teríamos uma "revolução pacífica" e estaríamos dando um grito de basta para qualquer partido político, seja de esquerda, direita ou centro mas, enquanto a população não se conscientizar do poder que tem nas mãos, infelizmente ficaremos desse jeito durante um bom tempo.
Se, pelo menos 80% da população votasse nulo nas eleições, já teríamos uma "revolução pacífica" e estaríamos dando um grito de basta para qualquer partido político, seja de esquerda, direita ou centro mas, enquanto a população não se conscientizar do poder que tem nas mãos, infelizmente ficaremos desse jeito durante um bom tempo.

- Claudio Loredo
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Abmael escreveu:- Não é bem assim, voce engessaria o serviço público, veja as grandes empresas, elas buscam as melhores cabeças no mercado e trocam quando bem entendem, radicalismo não resolve, pelo contrário.
Para que o serviço público não fique engessado, os cargos de direção de órgão seriam preenchidos através de concursos públicos internos a cada dois anos. Ou seja, de dois em dois anos teriamos dirigentes novos. Além disso a própria forma de ingresso no funcionalismo público que é o concurso público garantiria essa renovação e daria a qualquer cidadão a oportunidade de um dia ser secretário de governo via estudo e não via apadrinhamento político.
Além disso, observe que quem continuará a direcionar o serviço público serão os políticos que aprovarão as leis e as diretrizes a serem cumpridas. Os políticos serão renovados também, mas de quatro em quatro anos.
Portanto, as renovações ficariam garantidas. Principalmente através do fortalecimento da democracia direta que permitirá ao povo influir diretamente nos rumos do governo e controlá-lo.
- Neuromancer
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Mr.Hammond escreveu:Eu sou a favor do financiamento público de campanha, sem um centavo vindo de doações particulares e de empresas.
Não sou a favor de utilizar recursos vindos de impostos para pagar campanha política para políticos. Nosso estado não é capaz de manter funcionando direito sequer a segurança e saúde, seria um completo desperdício de verbas pagar campanhas políticas. E tem mais, como serão divididas as verbas? da mesma forma que o horário eleitoral? na qual alguns tem quase vinte minutos para falar e outros apenas segundos?
Fico imaginando o que aconteceria nas campanhas, uns ganhando milhões e outros apenas centavos, não vai ser difícil imaginar o que aconteceria, o poder seria cristalisado, quem está dentro não sai e quem está fora não entra.
Existem formas de inibir o abuso do poder econômicos nas campanhas sem dilapidar as verbas públicas.
Sou contra, não quero pagar companha de safado nenhum!
- Claudio Loredo
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Re: Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Neuromancer escreveu:Não sou a favor de utilizar recursos vindos de impostos para pagar campanha política para políticos. Nosso estado não é capaz de manter funcionando direito sequer a segurança e saúde, seria um completo desperdício de verbas pagar campanhas políticas. E tem mais, como serão divididas as verbas? da mesma forma que o horário eleitoral? na qual alguns tem quase vinte minutos para falar e outros apenas segundos?
Fico imaginando o que aconteceria nas campanhas, uns ganhando milhões e outros apenas centavos, não vai ser difícil imaginar o que aconteceria, o poder seria cristalisado, quem está dentro não sai e quem está fora não entra.
Existem formas de inibir o abuso do poder econômicos nas campanhas sem dilapidar as verbas públicas.
Sou contra, não quero pagar companha de safado nenhum!
Atualmente já existe financiamento público de campanhas. É a tal propaganda eleitoral gratuita. Que é o que deve continuar com o financiamento público. Talvez indo um pouco mais além.
Hoje, o brasileiro voto em ladrãos porque o político pode roubar, uma vez que é ele quem comanda a máquina administrativa, mas se ele não tivesse esse controle ele não poderia roubar. Teria só que se contentar com seu salário de legislador. Dai, com os políticos sem acesso ao patrimônio público, poderiamos votar tranquilamente sabendo que não estariamos elegendo pessoas para saquear os cofres públicos.
Estariamos elegendo pessoas para apenas criar, apresentar e propor projetos de leis.
Re.: Uma solução para barrar a corrupção na política
Sou obrigado a concorda com o Claúdio.
Mas... ao invés de argumentar, vou postar um e-mail de uma conversa que estou tendo com o Deputado Gilberto Nascimento do PMDB de SP:
Para o pessoal se situar: Gilberto Nascimento foi um dos 66 deputados que retiraram a assinatura do documento que prorrogaria a CPI dos Correios, e também, um dos contemplados (ou devo dizer comprados?) com emendas parlamentares nas últimas duas semanas.
No caso de Gilberto Nascimento, ele recebeu a merreca de 260 ou 270 mil reais.
Levando em conta que a Camara tem mais de 500 deputados, e que 3 CPI´s é o suficiente para paralizar os 500 segundo disse nosso amigo logo acima, sou obrigado a concordar com tudo o que o Claúdio diz..
Mas... ao invés de argumentar, vou postar um e-mail de uma conversa que estou tendo com o Deputado Gilberto Nascimento do PMDB de SP:
Brasília, 11 de novembro de 2005.
Caro Amigo.
Recebi sua mensagem e sinto-me no dever de prestar-lhe alguns esclarecimentos:
O Brasil tem hoje 3 CPIs em andamento para apurar eventuais corrupções no governo;
O prazo de funcionamento de uma CPI é determinado pela Constituição Federal e seus membros têm um tempo determinado para dar satisfação ao País e a sociedade, porém o que estamos assistindo é que alguns destes querem estende-la até a eleição do próximo ano;
A Câmara dos Deputados não tem feito outro trabalho a não ser estas CPIs. Por causa disso, deixamos de votar projetos voltados para a Saúde, Assistência Social, Reforma Política e outros que estão com "urgência" há muito tempo. Estas CPIs acabam paralisando o Congresso Nacional não votando Leis para o benefício da Nação Brasileira;
Entretanto, o que estamos assistindo, é uma guerra política em que alguns tentam tirar proveito eleitoral através do uso da mídia;
A CPI dos Bingos e do Mensalão estão em andamento dentro dos seus prazos previstos, já a CPI dos Correios teve o seu prazo de 6 meses e finalizaria agora nos primeiros dias de dezembro, concordávamos que esta tivesse uma extensão de 60 dias e não o que foi aprovado para 120 dias (bem mais do que o necessário), pois este chega às vésperas das eleições, tornando assim holofote e palanque para alguns;
A CPI tem por investigar, inquirir, interrogar e levantar o fato, após estes, as investigações continuam a trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e de outros órgãos pertinentes. Portanto, as investigações não vão parar;
Quero lembrar que fui um dos Deputados que assinei a lista para criar tais CPIs sempre visando a fiscalização e legislação. Por isso acho que a CPI tem que ser levada de maneira séria e seu prazo tem que ser respeitado;
Nesses 24 anos de vida pública, sempre fomos a favor de toda e qualquer rigorosa apuração, e o que nós nunca podemos aceitar é que em determinado momento alguns usam as CPIs como palanque eleitoral. Temos a consciência de estarmos prestando nosso dever como homem público. Tenho compromisso com o desenvolvimento do Brasil, com meus eleitores e acima de tudo com Deus;
Obrigado por comunicar-se conosco, a sua crítica e sua sugestão é sempre muito importante para nosso mandato.
Para o pessoal se situar: Gilberto Nascimento foi um dos 66 deputados que retiraram a assinatura do documento que prorrogaria a CPI dos Correios, e também, um dos contemplados (ou devo dizer comprados?) com emendas parlamentares nas últimas duas semanas.
No caso de Gilberto Nascimento, ele recebeu a merreca de 260 ou 270 mil reais.
Levando em conta que a Camara tem mais de 500 deputados, e que 3 CPI´s é o suficiente para paralizar os 500 segundo disse nosso amigo logo acima, sou obrigado a concordar com tudo o que o Claúdio diz..