Cotas para homens nas universidades dos EUA
- Fernando Silva
- Administrador
- Mensagens: 20080
- Registrado em: 25 Out 2005, 11:21
- Gênero: Masculino
- Localização: Rio de Janeiro, RJ
- Contato:
Cotas para homens nas universidades dos EUA
Rio, 02 de abril de 2006 "O Globo"
Cotas para homens, o novo debate nos EUA
Helena Celestino
NOVA YORK. Está faltando homem. A constatação não é a clássica reclamação das mulheres sobre a dificuldade de conseguir parceiros para relações amorosas. Trata-se de uma revelação feita pela diretora de seleção de candidatos para o Kennyon College, uma tradicional faculdade americana. Num artigo publicado no “New York Times”, Jennifer Delahuntry Britz, diretora da faculdade, confessou o que todo o mundo acadêmico já sabia: as universidades estão fazendo ação afirmativa para homens, numa tentativa de evitar que os campus sejam invadidos por uma enorme maioria de mulheres.
“A realidade é que os homens são mais raros e, por isso, eles são candidatos mais valiosos”, diz a diretora da faculdade no artigo, contando que os professores são mais benevolentes com o sexo masculino “visando a facilitar a entrada deles nas universidades”.
Se os critérios fossem igualmente rigorosos para os dois sexos, a maioria dos campus teria 60% de mulheres porque as candidatas são mais numerosas, mais bem preparadas e com projetos de estudos mais interessantes. Segundo Jennifer, esta é a realidade em dois terços das faculdades americanas e as quotas para homens são um recurso usado para manter a paridade entre os sexos no campus: 50% homens e 50% mulheres.
Universidades temem desinteresse
Os administradores desses conglomerados educacionais dizem, a portas fechadas, que a superpopulação feminina tornaria desinteressante a vida no campus para homens e mulheres, o que a longo prazo, afugentaria os alunos com conseqüências desastrosas para os orçamentos de bilhões de dólares das universidades americanas.
“Eu estarei mandando cartas esta semana para pôr na lista de espera ou rejeitar cerca de três mil estudantes. Infelizmente a maioria vai ser de mulheres... Aos pais das talentosas jovens meninas que receberem estas cartas, eu peço desculpas pela realidade demográfica”, escreve Jennifer.
A franqueza da diretora deixou furiosos pais, alunos, organizações feministas e educadores. A polêmica explodiu exatamente no momento em que as universidades estão respondendo às candidaturas dos alunos aos cursos de graduação e pós-graduação, época de grande estresse nas famílias americanas.
“Agora, quando receber a carta de admissão na faculdade, os alunos homens vão ter de se perguntar se são apenas um rosto bonito ou têm capacidades intelectuais”, debochou John Tierney, um colunista do “New York Times”.
A presidente da Organização Nacional de Mulheres, Kim Gandy, disse que levaria o caso à Justiça, denunciando discriminação contra as mulheres. O Departamento da Educação Nacional declarou que o favorecimento dos candidatos masculinos pode ser contra a lei, mas acrescentou não ter certeza porque as universidades particulares são autônomas para decidir sobre os seus critérios de admissão dos alunos.
Os educadores se perguntam que tipo de mensagem as universidades estão passando para os estudantes ao dizer que os homens podem estudar menos e ter mais opções, diferentemente das meninas que têm de ser muito mais bem preparadas para conseguirem entrar nas melhores faculdades americanas.
- Essa prática é o segredo sujo nas altas esferas da educação, porque ela favorece os jovens homens brancos. Se não houvesse isso, quase todas universidades da elite, tradicionalmente masculinas, teriam mais de 80% de mulheres, diz Vaughn A. Carney, uma ex-administradora de universidade.
Cotas para homens, o novo debate nos EUA
Helena Celestino
NOVA YORK. Está faltando homem. A constatação não é a clássica reclamação das mulheres sobre a dificuldade de conseguir parceiros para relações amorosas. Trata-se de uma revelação feita pela diretora de seleção de candidatos para o Kennyon College, uma tradicional faculdade americana. Num artigo publicado no “New York Times”, Jennifer Delahuntry Britz, diretora da faculdade, confessou o que todo o mundo acadêmico já sabia: as universidades estão fazendo ação afirmativa para homens, numa tentativa de evitar que os campus sejam invadidos por uma enorme maioria de mulheres.
“A realidade é que os homens são mais raros e, por isso, eles são candidatos mais valiosos”, diz a diretora da faculdade no artigo, contando que os professores são mais benevolentes com o sexo masculino “visando a facilitar a entrada deles nas universidades”.
Se os critérios fossem igualmente rigorosos para os dois sexos, a maioria dos campus teria 60% de mulheres porque as candidatas são mais numerosas, mais bem preparadas e com projetos de estudos mais interessantes. Segundo Jennifer, esta é a realidade em dois terços das faculdades americanas e as quotas para homens são um recurso usado para manter a paridade entre os sexos no campus: 50% homens e 50% mulheres.
Universidades temem desinteresse
Os administradores desses conglomerados educacionais dizem, a portas fechadas, que a superpopulação feminina tornaria desinteressante a vida no campus para homens e mulheres, o que a longo prazo, afugentaria os alunos com conseqüências desastrosas para os orçamentos de bilhões de dólares das universidades americanas.
“Eu estarei mandando cartas esta semana para pôr na lista de espera ou rejeitar cerca de três mil estudantes. Infelizmente a maioria vai ser de mulheres... Aos pais das talentosas jovens meninas que receberem estas cartas, eu peço desculpas pela realidade demográfica”, escreve Jennifer.
A franqueza da diretora deixou furiosos pais, alunos, organizações feministas e educadores. A polêmica explodiu exatamente no momento em que as universidades estão respondendo às candidaturas dos alunos aos cursos de graduação e pós-graduação, época de grande estresse nas famílias americanas.
“Agora, quando receber a carta de admissão na faculdade, os alunos homens vão ter de se perguntar se são apenas um rosto bonito ou têm capacidades intelectuais”, debochou John Tierney, um colunista do “New York Times”.
A presidente da Organização Nacional de Mulheres, Kim Gandy, disse que levaria o caso à Justiça, denunciando discriminação contra as mulheres. O Departamento da Educação Nacional declarou que o favorecimento dos candidatos masculinos pode ser contra a lei, mas acrescentou não ter certeza porque as universidades particulares são autônomas para decidir sobre os seus critérios de admissão dos alunos.
Os educadores se perguntam que tipo de mensagem as universidades estão passando para os estudantes ao dizer que os homens podem estudar menos e ter mais opções, diferentemente das meninas que têm de ser muito mais bem preparadas para conseguirem entrar nas melhores faculdades americanas.
- Essa prática é o segredo sujo nas altas esferas da educação, porque ela favorece os jovens homens brancos. Se não houvesse isso, quase todas universidades da elite, tradicionalmente masculinas, teriam mais de 80% de mulheres, diz Vaughn A. Carney, uma ex-administradora de universidade.
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re.: Cotas para homens nas universidades dos EUA

Agora tem liberalista não gostando próprio veneno!



Ou não deve haver quota para p*rra nenhuma ou deve haver quotas WASP também!

Pessoalmente, eu sou contra todas as quotas.
Hoje acordei com conservadorismo à flor da pele, de forma que já vou comemorando aqui neste tópico o fato de o Senado dos E.U.A. ter aprovado projeto que classifica os imigrantes ilegais como "criminosos" (sempre achei que fossem classificados assim... fiquei pasmo ao saber que ainda não eram)... só que por outro lado lamento porque eles voltaram atrás.
Bom dia a todos!

Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
No Brasil também há mais mulheres que homens em universidades.
A propósito, também sou conservador. No tempo em que as mulheres ficavam em casa cuidando dos serviços domésticos e das crianças era difícil achar homem desempregado.
E quando encontravam, os militares quase matavam o cabra a chutes e ponta-pés. Bons tempos...
A propósito, também sou conservador. No tempo em que as mulheres ficavam em casa cuidando dos serviços domésticos e das crianças era difícil achar homem desempregado.
E quando encontravam, os militares quase matavam o cabra a chutes e ponta-pés. Bons tempos...

O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Os administradores desses conglomerados educacionais dizem, a portas fechadas, que a superpopulação feminina tornaria desinteressante a vida no campus para homens e mulheres, o que a longo prazo, afugentaria os alunos com conseqüências desastrosas para os orçamentos de bilhões de dólares das universidades americanas.
Er, que homem, em sã consciência, recusaria entrar em uma faculdade onde existem ( situação hipotética ) duas mulheres para cada homem?

- user f.k.a. Cabeção
- Moderador
- Mensagens: 7977
- Registrado em: 22 Out 2005, 10:07
- Contato:
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Pena que na matemática aplicada nem na física a proporção chegue perto disso...
Na eng. mecanica, mulher é raridade.
E quando aparece deve ser machorra. Ou maluca.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
O ENCOSTO escreveu:No Brasil também há mais mulheres que homens em universidades.
A propósito, também sou conservador. No tempo em que as mulheres ficavam em casa cuidando dos serviços domésticos e das crianças era difícil achar homem desempregado.
E quando encontravam, os militares quase matavam o cabra a chutes e ponta-pés. Bons tempos...
Sou favorável à total liberação feminina. Neste sentido não sou nem um pouco conservador.
Com relação ao homem desempregado, não uso os mesmos termos que você, Encosto, mas aplaudo que o fato de o Brasil já ter tido a figura da Prisão por Vadiagem.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
-
- Mensagens: 562
- Registrado em: 03 Nov 2005, 07:43
Re: Re.: Cotas para homens nas universidades dos EUA
Poindexter escreveu:Hoje acordei com conservadorismo à flor da pele, de forma que já vou comemorando aqui neste tópico o fato de o Senado dos E.U.A. ter aprovado projeto que classifica os imigrantes ilegais como "criminosos" (sempre achei que fossem classificados assim... fiquei pasmo ao saber que ainda não eram)... só que por outro lado lamento porque eles voltaram atrás.
Sendo assim...Eu não sou conservador.
Sou favorável à liberdade irrestrita de produção, comércio, investimentos, circulação de capitais e de Pessoas.
Restrições acabam por gerar privilégios, e isso é contra o progresso.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Re: Re.: Cotas para homens nas universidades dos EUA
Washington escreveu:Poindexter escreveu:Hoje acordei com conservadorismo à flor da pele, de forma que já vou comemorando aqui neste tópico o fato de o Senado dos E.U.A. ter aprovado projeto que classifica os imigrantes ilegais como "criminosos" (sempre achei que fossem classificados assim... fiquei pasmo ao saber que ainda não eram)... só que por outro lado lamento porque eles voltaram atrás.
Sendo assim...Eu não sou conservador.
Sou favorável à liberdade irrestrita de produção, comércio, investimentos, circulação de capitais e de Pessoas.
Restrições acabam por gerar privilégios, e isso é contra o progresso.
Muito bom ouvir posturas honestas e coerentes como essa, Washington!
- carlo
- Mensagens: 3974
- Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
- Gênero: Masculino
- Localização: Governador Valadares MG
Re: Re.: Cotas para homens nas universidades dos EUA
Washington escreveu:Poindexter escreveu:Hoje acordei com conservadorismo à flor da pele, de forma que já vou comemorando aqui neste tópico o fato de o Senado dos E.U.A. ter aprovado projeto que classifica os imigrantes ilegais como "criminosos" (sempre achei que fossem classificados assim... fiquei pasmo ao saber que ainda não eram)... só que por outro lado lamento porque eles voltaram atrás.
Sendo assim...Eu não sou conservador.
Sou favorável à liberdade irrestrita de produção, comércio, investimentos, circulação de capitais e de Pessoas.
Restrições acabam por gerar privilégios, e isso é contra o progresso.
Muito bom, concordo em tudo o que disseste cara!!!!