Auto-Ilusão
- O ENCOSTO
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Auto-Ilusão
Auto-Ilusão
http://skepdic.com/brazil/autoilusao.html
Auto-ilusão é o processo de nos enganarmos a nós mesmos de modo a aceitar como verdadeito ou válido o que é falso ou inválido. É, de um modo abreviado, uma maneira de justificarmos crenças falsas a nós mesmos.
Quando filósofos e psicólogos discutem auto-ilusão, usualmente focam-se nas motivações inconscientes e nas intenções. Geralmente consideram a auto-ilusão uma coisa má, algo de que nos devemos proteger. Para explicar como funciona a auto-ilusão, falam no interesse próprio, preconceito, desejo, insegurança e outros factores psicológicos que, inconscientemente, afectam de um modo negativo a vontade de acreditar. Um exemplo comum é os pais que acreditam que o filho está a dizer a verdade mesmo se as evidências apontam claramente o contrário. Os pais iludem-se porque desejam que a criança esteja a dizer a verdade. Uma tal crença é considerada mais enganadora que a devida à falta de habilidade de avaliar as provas correctamente. Aquela passa por um erro moral, uma espécie de desonestidade, e é irracional. A segunda é uma questão de fé: algumas pessoas não são capazes de inferir correctamente a partir dos dados da percepção e da experiência.
Contudo, é possivel que os pais deste exemplo acreditem na criança porque a conhecem intimamente e não conheçam os seus acusadores. Os pais podem não ser afectados por desejos inconscientes e raciocinar na base do que sabem sobre a criança mas não sabem do outro envolvido. Os pais podem ter razões muito boas para confiar na criança e não confiar nos acusadores. Em resumo, um acto de auto-ilusão aparente pode ser explicado em termos puramente cognitivos sem nenhuma referência às motivações inconscientes ou ao irracional. A auto-ilusão pode não ser uma falha moral ou intelectual. Pode ser o resultado existencial inevitável de uma pessoa bàsicamente honesta e inteligente que tenha um conhecimento extremamente bom da sua criança, que sabe que as coisas não são sempre o que parecem ser, que não tem quase nenhum conhecimento dos acusadores da criança, e que, assim, não tem razões suficientes para duvidar da criança. Pode ser que um observador independente examine a situação e concorde que as provas indicam que a criança está a mentir, mas se assim não fosse nós diríamos que estava enganado, não auto-iludido. Consoderamos que os pais estão iludidos porque assumimos que não estão apenas enganados, mas a serem irracionais. Como podemos ter a certeza?
Um caso mais interessante seria um onde (1) um pai tem boas razões para acreditar que a criança diz provávelmente a verdade em qualquer situação, (2) as provas objetivas apontam para a inocência, (3) o pai não tem nenhuma razão particular para confiar nos acusadores da criança, mas (4) o pai acredita nos acusadores da criança. Tal caso quase impossível de explicar assumir qualquer espécie de motivação inconsciente e irracional (ou desordem cerebral) da parte do pai. Contudo, se a incompetencia cognitiva for permitida como explicação para uma opinião aparentemente irracional, então os mecanismos psicológicos inconscientes não são necessários neste caso.
Felizmente, não precisamos de saber se a auto-ilusão se deve a motivações inconscientes ou não, para saber que existem situações em que a auto-ilusão é tão comum que devemos proteger-nos dela sistematicamente para a evitar. Tal sucede com a crença no paranormal ou oculto como na PES, sonhos proféticos, vedores, toque terapeutico, comunicação facilitada e outros tópicos abordados neste Dicionário.
Em How We Know What Isn't So, Thomas Gilovich descreve os detalhes de muitos estudos que tornam claro aquilo para que nos devemos precaver
erro de interpretação de dados aleatórios e encontrar padrões onde eles não existem
erro de interpretação de dados incompletos ou não representativos e dar atenção extra a dados que confirmam a hipótese, tirando conclusões sem esperar ou procurar dados que a negam
avaliar dados ambiguos ou inconsistentes, tendendo a ser acritico de dados que nos apoiam e muito critico a outros dados.
É por estas tendências que cientistas exigem estudos claramente definidos, controlados, duplamente cegos, aleatórios, repetíveis e apresentados publicamente. De outro modo, corremos o risco de nos enganar-nos a nós mesmos e acreditar em coisas que não são verdade. É tambem devido a estas tendências que os não-cientistas devem tentar imitar a ciência quando tentam provar fenómenos "estranhos".
Muitas pessoas acreditam, contudo, que enquanto se protegerem de wishful thinking, não se iludirão a si mesmas. Na verdade, se uma pessoa acredita que só se deve precaver de wishful thinking, então pode estar mais susceptivel a auto-iludir-se. Por exemplo, muitas pessoas inteligentes investiram em produtos fraudulentos que prometiam poupar dinheiro, salvar o ambiente, o mundo, etc., não porque fossem culpados de wishful thinking mas porque não o eram. Assim, estavam seguros de estarem certos quanto aos produtos. Podiam ver as falhas das criticas. Encontravam as fraquezas dos oponentes. Eram brilhantes na sua defesa. Os seus erros eram cognitivos, não emocionais. Interpretavam mal os dados. Davam atenção aos dados confirmatórios, mas esqueciam ou ignoravam os outros. Não se apercebiam que o modo como escolhiam os dados tornavam impossivel encontrar dados negativos. Interpretavam como favoráveis dados ambiguos ou vagos. Eram brilhantes a rejeitar dados inconsistentes com hipóteses ad hoc. Mas, se tivessem desenhado testes claros com controles apropriados, poderiam ter poupado tempo, dinheiro e embaraço. Muitos defensores de máquinas de movimento perpétuo e de energia livre não são necessariamente impulsionados pelo desejo de acreditar nas suas máquinas mágicas. São simplesmente vitimas de obstáculos cognitivos vulgares ao pensamento critico. Igual para as enfermeiras que acreditam no toque terapeutico e os que defendem a comunicação facilitada, PES, astrologia, biorritmos, cristais, vedores, e outras noções que parecem claramente refutadas pelas provas cientificas.
Em resumo, auto-ilusão não é necessariamente uma fraqueza da vontade; pode ser uma questão de ignorância cognitiva, preguiça ou incompetencia. De facto, a auto-ilusão pode não ser sempre uma falha e pode mesmo ser benéfica. Se fossemos brutalmente honestos e objectivos acerca das nossas capacidades e àcerca da vida em geral, poderiamos ficar debilitantemente deprimidos.
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Auto-ilusão é o processo de nos enganarmos a nós mesmos de modo a aceitar como verdadeito ou válido o que é falso ou inválido. É, de um modo abreviado, uma maneira de justificarmos crenças falsas a nós mesmos.
Quando filósofos e psicólogos discutem auto-ilusão, usualmente focam-se nas motivações inconscientes e nas intenções. Geralmente consideram a auto-ilusão uma coisa má, algo de que nos devemos proteger. Para explicar como funciona a auto-ilusão, falam no interesse próprio, preconceito, desejo, insegurança e outros factores psicológicos que, inconscientemente, afectam de um modo negativo a vontade de acreditar. Um exemplo comum é os pais que acreditam que o filho está a dizer a verdade mesmo se as evidências apontam claramente o contrário. Os pais iludem-se porque desejam que a criança esteja a dizer a verdade. Uma tal crença é considerada mais enganadora que a devida à falta de habilidade de avaliar as provas correctamente. Aquela passa por um erro moral, uma espécie de desonestidade, e é irracional. A segunda é uma questão de fé: algumas pessoas não são capazes de inferir correctamente a partir dos dados da percepção e da experiência.
Contudo, é possivel que os pais deste exemplo acreditem na criança porque a conhecem intimamente e não conheçam os seus acusadores. Os pais podem não ser afectados por desejos inconscientes e raciocinar na base do que sabem sobre a criança mas não sabem do outro envolvido. Os pais podem ter razões muito boas para confiar na criança e não confiar nos acusadores. Em resumo, um acto de auto-ilusão aparente pode ser explicado em termos puramente cognitivos sem nenhuma referência às motivações inconscientes ou ao irracional. A auto-ilusão pode não ser uma falha moral ou intelectual. Pode ser o resultado existencial inevitável de uma pessoa bàsicamente honesta e inteligente que tenha um conhecimento extremamente bom da sua criança, que sabe que as coisas não são sempre o que parecem ser, que não tem quase nenhum conhecimento dos acusadores da criança, e que, assim, não tem razões suficientes para duvidar da criança. Pode ser que um observador independente examine a situação e concorde que as provas indicam que a criança está a mentir, mas se assim não fosse nós diríamos que estava enganado, não auto-iludido. Consoderamos que os pais estão iludidos porque assumimos que não estão apenas enganados, mas a serem irracionais. Como podemos ter a certeza?
Um caso mais interessante seria um onde (1) um pai tem boas razões para acreditar que a criança diz provávelmente a verdade em qualquer situação, (2) as provas objetivas apontam para a inocência, (3) o pai não tem nenhuma razão particular para confiar nos acusadores da criança, mas (4) o pai acredita nos acusadores da criança. Tal caso quase impossível de explicar assumir qualquer espécie de motivação inconsciente e irracional (ou desordem cerebral) da parte do pai. Contudo, se a incompetencia cognitiva for permitida como explicação para uma opinião aparentemente irracional, então os mecanismos psicológicos inconscientes não são necessários neste caso.
Felizmente, não precisamos de saber se a auto-ilusão se deve a motivações inconscientes ou não, para saber que existem situações em que a auto-ilusão é tão comum que devemos proteger-nos dela sistematicamente para a evitar. Tal sucede com a crença no paranormal ou oculto como na PES, sonhos proféticos, vedores, toque terapeutico, comunicação facilitada e outros tópicos abordados neste Dicionário.
Em How We Know What Isn't So, Thomas Gilovich descreve os detalhes de muitos estudos que tornam claro aquilo para que nos devemos precaver
erro de interpretação de dados aleatórios e encontrar padrões onde eles não existem
erro de interpretação de dados incompletos ou não representativos e dar atenção extra a dados que confirmam a hipótese, tirando conclusões sem esperar ou procurar dados que a negam
avaliar dados ambiguos ou inconsistentes, tendendo a ser acritico de dados que nos apoiam e muito critico a outros dados.
É por estas tendências que cientistas exigem estudos claramente definidos, controlados, duplamente cegos, aleatórios, repetíveis e apresentados publicamente. De outro modo, corremos o risco de nos enganar-nos a nós mesmos e acreditar em coisas que não são verdade. É tambem devido a estas tendências que os não-cientistas devem tentar imitar a ciência quando tentam provar fenómenos "estranhos".
Muitas pessoas acreditam, contudo, que enquanto se protegerem de wishful thinking, não se iludirão a si mesmas. Na verdade, se uma pessoa acredita que só se deve precaver de wishful thinking, então pode estar mais susceptivel a auto-iludir-se. Por exemplo, muitas pessoas inteligentes investiram em produtos fraudulentos que prometiam poupar dinheiro, salvar o ambiente, o mundo, etc., não porque fossem culpados de wishful thinking mas porque não o eram. Assim, estavam seguros de estarem certos quanto aos produtos. Podiam ver as falhas das criticas. Encontravam as fraquezas dos oponentes. Eram brilhantes na sua defesa. Os seus erros eram cognitivos, não emocionais. Interpretavam mal os dados. Davam atenção aos dados confirmatórios, mas esqueciam ou ignoravam os outros. Não se apercebiam que o modo como escolhiam os dados tornavam impossivel encontrar dados negativos. Interpretavam como favoráveis dados ambiguos ou vagos. Eram brilhantes a rejeitar dados inconsistentes com hipóteses ad hoc. Mas, se tivessem desenhado testes claros com controles apropriados, poderiam ter poupado tempo, dinheiro e embaraço. Muitos defensores de máquinas de movimento perpétuo e de energia livre não são necessariamente impulsionados pelo desejo de acreditar nas suas máquinas mágicas. São simplesmente vitimas de obstáculos cognitivos vulgares ao pensamento critico. Igual para as enfermeiras que acreditam no toque terapeutico e os que defendem a comunicação facilitada, PES, astrologia, biorritmos, cristais, vedores, e outras noções que parecem claramente refutadas pelas provas cientificas.
Em resumo, auto-ilusão não é necessariamente uma fraqueza da vontade; pode ser uma questão de ignorância cognitiva, preguiça ou incompetencia. De facto, a auto-ilusão pode não ser sempre uma falha e pode mesmo ser benéfica. Se fossemos brutalmente honestos e objectivos acerca das nossas capacidades e àcerca da vida em geral, poderiamos ficar debilitantemente deprimidos.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re.: Auto-Ilusão
Ainda prefiro ficar deprimida com uma verdade dura do que me iludir com uma mentira bonita... 

- Alenônimo
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Re: Re.: Auto-Ilusão
Najma escreveu:Ainda prefiro ficar deprimida com uma verdade dura do que me iludir com uma mentira bonita...
Ótimo. Então acorda.
Re.: Auto-Ilusão
Só se iludem com mentiras os acomodados, a esses o ateísmo faz muito bem...ficar a orar para que as coisas caiam do céu é meio caminho para a depressão profunda e a revolta que acaba gerando o ateísmo...
Re: Re.: Auto-Ilusão
Alenônimo escreveu:Najma escreveu:Ainda prefiro ficar deprimida com uma verdade dura do que me iludir com uma mentira bonita...
Ótimo. Então acorda.
Estou muito acordada e com olhos bem abertos, Ale.

Re: Re.: Auto-Ilusão
Pug escreveu:Só se iludem com mentiras os acomodados, a esses o ateísmo faz muito bem...ficar a orar para que as coisas caiam do céu é meio caminho para a depressão profunda e a revolta que acaba gerando o ateísmo...
O ateísmo não nasce do comodismo puro e simples. Ele pode ter pelo menos 3 origens distintas:
- aqueles que jamais frequentaram uma religião e, portanto, jamais conheceram a deus, alá ou algo que o valha...
- aqueles que por revolta a deus ou o desejo de não seguirem regras impostas, resolvem desistir de seguirem o caminho da crença...
- aqueles que depois de muito refletirem sobre a natureza das coisas, apreendem que a existência de um deus/deuses não serve como resposta à falta de respostas.
Os do primeiro grupo ainda podem vir a ser crédulos na existência de um deus/deuses devido à ignorância de que são portadores e à falta de critérios para avaliarem os disparates embutidos nas crenças esdrúxulas a tudo que é atribuído a esses deuses.
Os do segundo grupo podem cair na miséria da rebeldia, uma vez que o ateísmo desenvolvido pelos mesmos serve apenas para que dêem prosseguimento a vidas desregradas e/ou movidas por ideais mesquinhos de suas naturezas expúrias, que fatalmente os fará voltarem à senda religiosa (teísta ou não) quando se virem desiludidos e incapazes de nortearem a vida segundo os próprios ditames.
Já os do terceiro grupo, pelo fato do ateísmo ser fruto de reflexões e da conclusão com base em análise de conceitos científicos e ideais humanísticos, dificilmente voltariam atrás e seguem vida a fora ateus, anti-religião, sem a necessidade do deus das lacunas nem de juiz outro que suas próprias consciências...

- O ENCOSTO
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Re: Re.: Auto-Ilusão
Najma escreveu:Pug escreveu:Só se iludem com mentiras os acomodados, a esses o ateísmo faz muito bem...ficar a orar para que as coisas caiam do céu é meio caminho para a depressão profunda e a revolta que acaba gerando o ateísmo...
O ateísmo não nasce do comodismo puro e simples. Ele pode ter pelo menos 3 origens distintas:
- aqueles que jamais frequentaram uma religião e, portanto, jamais conheceram a deus, alá ou algo que o valha...
- aqueles que por revolta a deus ou o desejo de não seguirem regras impostas, resolvem desistir de seguirem o caminho da crença...
- aqueles que depois de muito refletirem sobre a natureza das coisas, apreendem que a existência de um deus/deuses não serve como resposta à falta de respostas.
Os do primeiro grupo ainda podem vir a ser crédulos na existência de um deus/deuses devido à ignorância de que são portadores e à falta de critérios para avaliarem os disparates embutidos nas crenças esdrúxulas a tudo que é atribuído a esses deuses.
Os do segundo grupo podem cair na miséria da rebeldia, uma vez que o ateísmo desenvolvido pelos mesmos serve apenas para que dêem prosseguimento a vidas desregradas e/ou movidas por ideais mesquinhos de suas naturezas expúrias, que fatalmente os fará voltarem à senda religiosa (teísta ou não) quando se virem desiludidos e incapazes de nortearem a vida segundo os próprios ditames.
Já os do terceiro grupo, pelo fato do ateísmo ser fruto de reflexões e da conclusão com base em análise de conceitos científicos e ideais humanísticos, dificilmente voltariam atrás e seguem vida a fora ateus, anti-religião, sem a necessidade do deus das lacunas nem de juiz outro que suas próprias consciências...
Creio que qualquer um pode voltar a ser religioso de uma hora para outra.
Mesmo as pessoas do terceiro grupo que você citou.
Pressões psicológicas, doenças mentais e outros fatores podem contribuir.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: Re.: Auto-Ilusão
O ENCOSTO escreveu:Creio que qualquer um pode voltar a ser religioso de uma hora para outra.
Mesmo as pessoas do terceiro grupo que você citou.
Pressões psicológicas, doenças mentais e outros fatores podem contribuir.
É, eu tinha posto uma margem mínima falando que "dificilmente" os do terceiro grupo voltariam atrás mas foi bom você ter comentado isso. Pressões psicológicas (medo da morte, por exemplo, imposições familiares) ou doenças mentais podem contribuir sim.
O que mais "pega" é a sensação de estar por si mesmo, sendo juiz de seus próprios atos, e a falta de "controle aparente" que a crença que "deus provê", ou "deus faz" oferece a quem deposita fé nisso. E o ateísmo pode "quebrar" justamente aí.

Beijos
Re.: Auto-Ilusão
O mais comum é o comodismo, essa é a minha opinião.
Pelos relatos que aqui tenho lido, aliás até o seu Najma.
O ficar esperando o que não vem...depois pode ter surgido a fase de estudo que concluiu...
A sua falha é não admitir que um teísta pode e age de acordo com a própia consciência, é ainda responsável pelas suas própias acções...todos os que divergem certamente terão algum problema....
Pelos relatos que aqui tenho lido, aliás até o seu Najma.
O ficar esperando o que não vem...depois pode ter surgido a fase de estudo que concluiu...
A sua falha é não admitir que um teísta pode e age de acordo com a própia consciência, é ainda responsável pelas suas própias acções...todos os que divergem certamente terão algum problema....
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


Re: Re.: Auto-Ilusão
Pug escreveu:O mais comum é o comodismo, essa é a minha opinião.
Pelos relatos que aqui tenho lido, aliás até o seu Najma.
O ficar esperando o que não vem...depois pode ter surgido a fase de estudo que concluiu...
A sua falha é não admitir que um teísta pode e age de acordo com a própia consciência, é ainda responsável pelas suas própias acções...todos os que divergem certamente terão algum problema....
No meu caso, como já venho descrevendo em vários tópicos desde que entrei no RV, foi decepção mesmo. Não revolta mas decepção com a falta de critérios que as crenças que eu abraçava despertou em mim. Precisei de uma dose maciça de excesso de imaginação doentia por parte de um autor espírita pra me fazer acordar. E acordei...
E sim, notar por mim mesma que não há um deus que provê tudo foi muito importante. Eu tinha uma idéia completamente errada da religiosidade até então. Posso considerar que depois de ter largado tudo, aprendi mais sobre religiosidade em seu verdadeiro sentido do que antes quando me achava imbuída da ilusão de estar "salva" pelas crenças e pelas auto-imposições restritivas que na verdade apenas me salvavam do julgamento alheio. Por dentro eu me sentia péssima...

No mais, não generalize: comodismo não tem a ver com ateísmo ainda que para alguns seja mais cômodo a descrença.
Beijos
- videomaker
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- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Re.: Auto-Ilusão
é meio caminho para a depressão profunda e a revolta que acaba gerando o ateísmo...[/quote]
Junto com a prepotencia de achar que pode tudo e que o que se tem é o maximo e sufuciente !
Junto com a prepotencia de achar que pode tudo e que o que se tem é o maximo e sufuciente !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)