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Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 21:10
por M!g
Fayman. Eis a minnha opiniao sobre a escola de Copenhaga da Física quantica.
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Pode ir para o inferno.
Como sabes a célebre experiencia do gato de Shrodinger diz que o gato está meio vivo e meio morto. Mas como nao vemos gatos meio vivos e meio mortos ao mesmo tempo, Bohr resolveu o assunto colocando um muro entre o mundo dos átomos e o mundo macroscópico. Só que esse muro nao existe. Michio Kaku dá dois exemplos: A nanotecnologia e a computaçao quantica (podemos manipular átomos individuais e já se fez a computaçao quantica 3x5 = 15).
Por outro lado existe uma coisa chamada decoerencia que diz que nao há colapso nenhum da funçao de onda. Esta ideia diz que quando abrimos a caixa escolhemos qual a funçao de onda que colapsa (ou ganha existencia). Ou a do gato vivo ou a do morto. Antes da escolha as duas funçoes coexistem. Mas de acordo com a ideia da decoerencia nao é preciso abrir caixa nenhuma para a "decisao" estar tomada. Um sistema quantico é tao instavel que é logo perturbado (por um raio cósmico por exemplo). De maneira que a funçao de onda do gato morto se separa (entra em decoerencia) logo da funçao de onda do gato morto. Quando abrimos a caixa... o que observamos é uma das funçoes de onda. Por exemplo gato vivo. Mas a outra funçao de onda nao desaparece. Ela diverge. Ou seja, noutro universo o gato esta morto. Como a fisica quantica diz que todas as trajetorias e escolhas sao tomadas... nenhuma funçao pode colapsar. Mas de acordo com a decoerencia nao há sobreposiçao de funçoes de onda. Ou seja, num universo o gato está 100% vivo. Noutro, está 100% morto.
Conclusao. A teoria quantica postula uma infinidade de universos. E como nao há nenhum muro a separar o mundo dos átomos do nosso mundo normal... esta estranheza se aplica a tudo.
Estranho nao?

Re.: Fayman, comete isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 21:15
por rapha...
A palavra "comete" significaria "meter junto"?
Re: Re.: Fayman, comete isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 21:16
por M!g
rapha... escreveu:A palavra "comete" significaria "meter junto"?
Já corrigi infalivel ser...
Re: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 21:42
por Leonardo
ForBiddeN escreveu: (...)
Conclusao. A teoria quantica postula uma infinidade de universos. E como nao há nenhum muro a separar o mundo dos átomos do nosso mundo normal... esta estranheza se aplica a tudo.
Estranho nao?

Em que pese a mensagem não ser a mim endereçada, a conclusão me motivou a repetir uma postagem recente que fiz. Segue o texto.
Sobre o assunto, em ”O Tecido do Cosmo” Brian Greene dedica uma seção as possibilidades estudadas pelos físicos. Abaixo, reproduzirei algumas partes (que tiver o livro, viu Fay, poderá ver o texto a contar da página 241).
“(...) Não conseguimos evitar o desejo de nos aprofundarmos e entendermos como a mecânica quântica interage com a experiência comum – como ela supera o hiato entre a função de onda e a observação e qual é a realidade subjacente à observação. (...)
Um enfoque, cujas raízes históricas remontam a Heisenberg, é abandonar a visão de que as funções de onda são características objetivas da realidade quântica e vê-las, simplesmente, como uma representação do que conhecemos sobre a realidade. Antes de fazermos uma medição, não sabemos onde está o elétron e, segundo este ponto de vista, a nossa ignorância quanto a sua localização fica refletida na função de onda do elétron, que descreve as diversas posições em que ele pode estar. No momento em que medimos a sua posição, no entanto, o conhecimento do seu paradeiro modifica-se repentinamente (...) Essa mudança súbita de visão, de acordo com esta perspectiva, reflete-se em uma mudança súbita na função de onda do elétron:ela entra repentinamente em colapso (...) Então, segundo este enfoque, o colapso abrupto da função de onda não oferece nenhuma surpresa: ele corresponde a nada mais do que à abrupta mudança de conhecimento que experimentamos quando aprendemos algo novo.
Um segundo enfoque, iniciado em 1957 por Hugh Everett, aluno de Wheeler, nega que as funções de onda entrem em colapso. Ao contrário, todo e qualquer resultado potencial incorporado à função de onda vê a luz do dia. A luz do dia que cada umd eles vê, no entanto, ocorre em seus respectivos universos separados. Segundo este enfoque, a Interpretação de Muitos Mundos, o conceito do ‘universo’ sofre uma ampliação e passa a incluir inumeráveis ‘universos paralelos’ – inúmeras versões do nosso universo – de modo que tudo o que a mecânica quântica prevê que possa ocorrer, mesmo que com probabilidades mínimas, efetivamente ocorre ao menos em um dos exemplares do universo. (...)
Uma terceira proposição, desenvolvida na década de 1950 por David Bohm (...), segue um caminho completamente diferente. Bohm argumentou que as partículas, como elétrons têm posições e velocidades definidas, como na física clássica e como esperava Einstein. Mas, por causa do princípio da incerteza, essas características ficam ocultas. São exemplos da variáveis ocultas (...). Para Bohm, essa incerteza representava um limite para o que podemos conhecer, mas não representava nada com relação aos atributos das próprias partículas. Essa hipótese não viola o resultado de Bell porque (...) ter propriedades definidas que são proibidas pela incerteza quântica não é proibido. Só a localidade é proibida, e o enfoque de Bohm não é local. Ao contrário, Bohm imaginava que a função de onda de uma partícula é um elemento separado da realidade, que existe além da própria partícula. (...)
Um quarto enfoque, desenvolvido pelos físicos italianos Giancarlos Ghirardi, Alberto Rimini e Tullio Weber, toma a corajosa iniciativa de modificar a equação de Schrödinger de uma maneira astuta, que praticamente não produz efeito sobre a evolução das funções de onda das partículas individuais, mas exerce um impacto extraordinário sobre a evolução quântica, quando aplicada a objetos “grandes” e cotidianos. A modificação proposta vê as funções de onda como intrinsecamente instáveis. Mesmo sem nenhuma intromissão, dizem os pesquisadores, mais cedo ou mais tarde todas as funções de onda entram em colapso, por suas próprias razões, e tomam a forma de uma agulha. (...)”
A decorrência já foi abordada pelo Fayman em um outro tópico (se não me engano era a Realidade Quântica). Todas esta hipóteses tem seus defensores e detratores, devido a apresentarem aspectos que não podem ser investigados ou que não resolvem todo o “problema” do colapso da função de onda. Ainda segundo Geene, a decorrência é a mais aceita dentre os físicos.
Abç
Leo
Enviado: 15 Abr 2006, 21:51
por M!g
No livro "Mundos paralelos" Michio Kaku diz o mesmo. A decoerencia é a ideia com mais adeptos entre os físicos.
Enviado: 15 Abr 2006, 22:11
por Leonardo
Então porque você conclui que há “infinidade de universos” segundo a MQ, se somente uma teoria (que não é a mais aceita das quatro citadas) aponta em tal direção (salvo melhor juízo)?
Abç
Leo
Re.: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 22:22
por M!g
Só conhecia duas interpretaçoes. Michio Kaku só refere as duas de que falei. Deveria ter dito que a interpretaçao de Michio Kaku é que permite postular uma infinidade de Universos. Mas seja como for, se a mecanica quantica permite esta inyterpretaçao... entao uma da hipoteses da mecanica quantica é que existem multiplos universos. Uma ideia é que a matéria negra que envolve as galáxia é matéria de um universo paralelo. É invisível para nós por é de outra dimensao. Mas exerce os seus efeitos gravitacionais (já medidos e mais que confirmados)...
Re: Re.: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 22:37
por Leonardo
ForBiddeN escreveu:(...) Uma ideia é que a matéria negra que envolve as galáxia é matéria de um universo paralelo. É invisível para nós por é de outra dimensao. Mas exerce os seus efeitos gravitacionais (já medidos e mais que confirmados)...
Esta idéia de relacionar a matéria/energia escura com a possibilidade levantada por Everett sofre de alguns problemas de ajuste. A idéia de Everett possibilita uma infinidade de desdobramentos para o universo. Porem, a matéria escura é cerca de 5 vezes maior que a matéria visível ( a energia escura é cerca de 14 vezes maior). Isso limta - e muito – o número de possibilidades de colapso da função de probabilidade. Parece-me necessitar de uma melhor apreciação e/ou reformulação, a não ser que eu tenha entendido algo errado ou que me falte algum dado de “ajuste”.
Abç
Leo
Re.: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 22:41
por M!g
5 vezes ou 10 vezes? Acho que li que a matéria visivel representa apenas 4% e a matéria escura representa 23%. O resto seria energia escura.
Re: Re.: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 22:48
por Leonardo
ForBiddeN escreveu:5 vezes ou 10 vezes? Acho que li que a matéria visivel representa apenas 4% e a matéria escura representa 23%. O resto seria energia escura.
Bom, os dados que tenho em mãos no momento são do livro "O Tecido do Cosmo" de Brian Greene: 5% de matéria visível, 25 de matéria escura e 70% de energia escura.
Abç
Leo
Re.: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 15 Abr 2006, 23:02
por M!g
As percentagens sao parecidas. E 25% é 5 vezes mais que 5%. Portanto o livro que eu li tem um erro. Lá fala de um fator de 10. Mas fazendo as conta o fator é apenas 5. Nem pensei no erro ao ler...
Re: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 16 Abr 2006, 02:41
por o anátema
ForBiddeN escreveu:Por outro lado existe uma coisa chamada decoerencia que diz que nao há colapso nenhum da funçao de onda. Esta ideia diz que quando abrimos a caixa escolhemos qual a funçao de onda que colapsa (ou ganha existencia). Ou a do gato vivo ou a do morto. Antes da escolha as duas funçoes coexistem.
Tenho minhas encrencas com essa coisa toda e a afirmação de gato "vivo e morto"....... não entendo nada então reluto em dizer qualquer coisa para não sair falando criacionistices por aí.....
...mas uma coisa interessante que li e que já desconfiava (na verdade tinha quase que uma fé inabalável por achar a outra posição absurdamente cérebrocentrista), que acho interessante mencionar ainda que provavelmente não seja novidade para muitos.
"Observação" nesse contexto não tem necessariamente o mesmo sentido que tem no uso popular, não implica qualquer mente nem mesmo consciência. É simplesmente uma interação física que determinasse a função de onda ou não; ou mais ou menos isso.
(...e de qualquer forma, o gato teria observado se está vivo ou morto)
Re: Re.: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 16 Abr 2006, 15:12
por o pensador
Leonardo escreveu:ForBiddeN escreveu:(...) Uma ideia é que a matéria negra que envolve as galáxia é matéria de um universo paralelo. É invisível para nós por é de outra dimensao. Mas exerce os seus efeitos gravitacionais (já medidos e mais que confirmados)...
Esta idéia de relacionar a matéria/energia escura com a possibilidade levantada por Everett sofre de alguns problemas de ajuste. A idéia de Everett possibilita uma infinidade de desdobramentos para o universo. Porem, a matéria escura é cerca de 5 vezes maior que a matéria visível ( a energia escura é cerca de 14 vezes maior). Isso limta - e muito – o número de possibilidades de colapso da função de probabilidade. Parece-me necessitar de uma melhor apreciação e/ou reformulação, a não ser que eu tenha entendido algo errado ou que me falte algum dado de “ajuste”.
Abç
Leo
O interessante é que há uma via de mâo única implícita nas evidências;se o universo nâo tem matéria suficiente ele nunca vai colapsar,mas caso ele tenha a matéria escura em grande quantidade inviabiliza o Big Crunch da mesma forma.
Logo a teoria da repercussâo cósmica está praticamente excluída do círculo de possibilidades,pelo menos até o momento.
Outro ponto interessante é que o caos perde seu poder;
haveria um determinismo muito forte no universo,delineado pela existência sobrepujante de matéria escura em relaçâo à matéria visível.
Enviado: 16 Abr 2006, 18:44
por M!g
Os dados do WMAP dizem que o universo está em expançao acelerada. E a antigravidade da energia negra parece garantir que nao haverá nenhum Big Crunch.
E nao percebi o último parágrafo. Ninguém sabe o que é a matéria e a energia negra. A única coisa que determinam é a expansao eterna. Se é este o determinismo que referes, é bom dizer que nada tem a ver com a questao determinismo/indeterminismo. E certamente nada tem a ver com a ideia do Caos...
Re: Re.: Fayman, comente isto se quiser
Enviado: 16 Abr 2006, 19:50
por Leonardo
o pensador escreveu:
O interessante é que há uma via de mâo única implícita nas evidências;(...)
Olá "o pensador"! Lá vamos nós de novo!
Sua afirmativa acima se baseia em quais fontes? Não me lembro de ter lido nada que apontasse nesta direção.o pensador escreveu: Logo a teoria da repercussâo cósmica (...)
O que seria a "teoria de repercussão cósmica"???o pensador escreveu: Outro ponto interessante é que o caos perde seu poder;
haveria um determinismo muito forte no universo,delineado pela existência sobrepujante de matéria escura em relaçâo à matéria visível.
Determinismo? Proveniente da existência de matéria escura? Em que sentido? Baseado em quais estudos? Poderia explicar?
Abç
Leo