Religião é Veneno

Programa Voz do Brasil pode tornar-se obrigatório também para a TV
Agência Câmara

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática pode votar hoje o Projeto de Lei 593/03, que flexibiliza o horário de transmissão do programa Voz do Brasil, mas ao mesmo tempo estende sua obrigatoriedade para as emissoras de televisão. Atualmente, o programa é transmitido das 19 às 20 horas. O projeto permite a escolha de um horário entre 19h30 e 0h30.

O relator, deputado José Rocha (PFL-BA), recomenda a aprovação de substitutivo que suprime a parte de televisão e acolhe a flexibilização do horário da Voz do Brasil, mas restringe o horário permitido para a veiculação para o período entre 19 e 22 horas.

O relatório ainda permite que as emissoras de rádio veiculem separadamente cada um dos programas (Executivo, Judiciário, Senado e Câmara), desde que respeitadas as durações de cada um e a ordem atual.

Música em rádio e TV
A pauta inclui ainda o Projeto de Lei 3165/04, do deputado Ivan Valente (Psol-SP), que obriga as empresas de rádio e televisão a informar os espectadores sobre dados das obras musicais executadas em sua programação.

A relatora, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), apresentou substitutivo que restringe a obrigatoriedade das informações a músicas de caráter temático e executadas nos programas exclusivamente musicais. O projeto original abrangia todas as obras musicais executadas na programação de rádio e TV.

Quarta-feira, 19 de abril de 2006

Fonte: http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/27133.shtml

Liberdade de imprensa é isso mesmo...vivemos numa democracia...cada governo tem o povo que merece...vou ganhar na megasena...

Acho que o Lobby das TVs não deixa essa porcaria passar.
Parece coisa da Venezuela, aquele lixo.

Mr.Hammond escreveu:Acho que o Lobby das TVs não deixa essa porcaria passar.
Parece coisa da Venezuela, aquele lixo.

TV Aurélio vive de dinheiro, não importa o que seja exibido. A TV é imoral e irrestrita. Não exibe o que convém e sim o que lhe provém. Se derrepente uma emissora descobrir que um programa só de gays é um filão, lá vamos ter vários programas desse tipo. Se o que está dando dinheiro agora é ensinar corte e costura, lá vão eles até sortear kits na TV. A única que não seria tão assim seria a Cultura mas mesmo assim depende de algum ainda pois foi "Doada" por FHC como outras coisas que a TV não mostra inclusive. Só quem conhece a máquina pública de perto pode dizer isso e quem está de fora só conhece o lado ruim (como o amigo JC p.ex). Não se esqueça que antes trabalhei na RG e SBT.
Abraços

É um programa ditatorial.
Coisa da época da ditadura mesmo, aliás.
Não passa de um instrumento vagabundo de propaganda do governo.


TENDÊNCIAS/DEBATES

"A Voz do Brasil" sem ditadura

EUGÊNIO BUCCI

"A Voz do Brasil" é uma necessidade, mas não pode ser imposta como ditadura". Essa declaração, publicada há poucos dias pela revista "IstoÉ", passou sem despertar maior interesse. Deveria ter despertado. O seu autor é ninguém menos que o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo. Segundo informou a "IstoÉ", Aldo pretende apoiar a tramitação de um projeto que tornará flexível o horário de transmissão do programa de rádio dos três Poderes da República. Como qualquer alteração nessa matéria só virá se tiver a aprovação do Legislativo federal, as palavras do presidente da Câmara podem ser recebidas como um sinal verde sem precedentes.

A comunicação oficial do Estado brasileiro precisa mesmo se livrar do que lhe resta de autoritarismo


Já era tempo. A comunicação oficial do Estado brasileiro precisa mesmo se livrar do que lhe resta de autoritarismo.
Como todos sabem e ocasionalmente ouvem, a lei manda que a "Voz" seja transmitida, todos os dias, às 19h, por todas as emissoras de rádio. Estas ficam reféns da imposição, não importa o que esteja acontecendo nas cidades em que estão sediadas. É verdade que algumas, graças a medidas liminares, conseguiram autorização para transmitir o programa em horários alternativos, ou seja, conquistaram uma flexibilidade só para si. Isso, contudo, não é solução de longo prazo; apenas gera mais confusão.
Os absurdos causados pela inflexibilidade são inúmeros. Cito apenas mais um. Quando em Brasília os relógios marcam 19h, os do Acre dão 17h, e é nesse horário que a "Voz" tem de ir ao ar na região. Ora, se o programa ainda cumpre algum papel, seria justamente o de levar informações sobre os Poderes da República a comunidades mais distantes, que às vezes só dispõem do rádio para saber o que se passa em Brasília. Ocorre que, às 17h, os adultos dificilmente podem ouvir o rádio e, portanto, continuarão sem saber de nada.
A flexibilidade legal seria uma medida de bom senso para o Acre, para São Paulo, para o país inteiro.
Trabalhando desde janeiro de 2003 no comando da Radiobrás, empresa encarregada de produzir os 25 minutos diários do Poder Executivo nesse programa de 60 minutos, jamais tive conhecimento de uma única justificativa racional para a manutenção do atual regime.
"A Voz do Brasil" foi concebida e implantada entre os anos 30 e 40, tempos de ditadura, quando o Brasil era uma nação integrada pelas ondas do rádio e quando o horário nobre do rádio estava na faixa das 19h. Hoje, somos uma democracia, o país é integrado pela TV e o horário nobre do rádio se deslocou para as 6h. O Brasil que desejou e inventou a "Voz do Brasil" compulsória é um Brasil que não existe mais.
Estamos diante de uma daquelas mudanças com as quais todos saem ganhando. Os ouvintes ganharão, isso não se discute. As emissoras também ganharão, pois terão margens mais amplas para administrar sua programação noturna. Mas não serão esses os maiores beneficiados. É um engano supor que a flexibilidade seja uma demanda que só interessa às grandes cidades ou uma bandeira classista das emissoras privadas: ela é uma exigência de todos os que tentam construir uma comunicação estatal mais contemporânea, mais dialogada, mais saudável.
A maior beneficiada com a adoção da flexibilidade será a imagem dos Poderes da República.
É fácil entender o porquê. A tradição da inflexibilidade autoritária corroeu gravemente, ao longo de décadas, a credibilidade do programa. Com isso, a própria imagem dos Poderes se deixou arranhar. "A Voz do Brasil" virou sinônimo de propaganda chapa-branca, a serviço de instituições envelhecidas, insensíveis e distantes. Modificar apenas a fórmula editorial do programa não adianta.
No cumprimento de seu dever, a atual gestão da Radiobrás, ciente de que "A Voz do Brasil" não pertence às pessoas dos governantes ou a seus partidos, eliminou o proselitismo político que ela carregava, transformando os 25 minutos do Executivo num noticiário objetivo sobre o governo federal, com foco no cidadão, sem ares ufano-promocionais.
O formato mudou, mas a imagem do programa, não. A "Voz" continua sendo vista como uma forma de anticomunicação que mais irrita do que ajuda a maioria dos ouvintes. A carga impositiva com que ela se faz veicular é seu pecado mortal.
O fim do horário obrigatório será, se não um avanço, um passo reparador para começar a corrigir esse anacronismo. A obrigatoriedade é desnecessária e indesejável. Os Poderes da República já dispõem de serviços de comunicação próprios, com sítios na internet, além de canais de rádio e TV. Por meio de caminhos múltiplos e variados, a notícia de interesse público alcança a maior parte da população. Para os bolsões de desinformação que subsistem em algumas áreas do país, "A Voz do Brasil" pode ser útil, mas, mesmo nesses casos, ela funcionaria melhor se seu horário fosse flexível. E, como propõe Aldo Rebelo, sem gosto de ditadura.
Eugênio Bucci, jornalista, é presidente da Radiobrás. É autor de "Sobre Ética e Imprensa" (Companhia das Letras).
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opinia ... 200610.htm

Tranca-Ruas escreveu:Pograma safado da época da ditadura era o quadro "A Semana do Presidente" que ia ao ar aos domingos no SBT, canal o qual acho que o produzia com intenções de obter benesses do Governo.

Quase! Na verdade foi uma imposição ao ABravanel pela posse de duas emissoras, coisas que foi um escândalo para os militares na época (e para o Marinho principalmente). Em contrapartida o governo militar impôs ao SIlvio Santos (oiiiiiiiiiii) estas propagandas.

Mas alguma coisa sobre TV ou Etilismo Tranca?

Só um programa "ditatorial", "vagabundo" e "safado" fala do Tocantins? Pobre estado...

Johnny escreveu:

Tranca-Ruas escreveu:Pograma safado da época da ditadura era o quadro "A Semana do Presidente" que ia ao ar aos domingos no SBT, canal o qual acho que o produzia com intenções de obter benesses do Governo.

Quase! Na verdade foi uma imposição ao ABravanel pela posse de duas emissoras, coisas que foi um escândalo para os militares na época (e para o Marinho principalmente). Em contrapartida o governo militar impôs ao SIlvio Santos (oiiiiiiiiiii) estas propagandas.

Mas alguma coisa sobre TV ou Etilismo Tranca?

Há!

Isso é o bom do RV!

Sempre tem alguém que entende de alguma coisa ou tem conhecimento dos fatos.

Na época, eu era criança, e lembro que no meio da programação da tarde aparecia tal quadro, puxando o saco do Figueiredo.

Obrigado pelas informações, brother!

Johnny escreveu:

Tranca-Ruas escreveu:Pograma safado da época da ditadura era o quadro "A Semana do Presidente" que ia ao ar aos domingos no SBT, canal o qual acho que o produzia com intenções de obter benesses do Governo.

Quase! Na verdade foi uma imposição ao ABravanel pela posse de duas emissoras, coisas que foi um escândalo para os militares na época (e para o Marinho principalmente). Em contrapartida o governo militar impôs ao SIlvio Santos (oiiiiiiiiiii) estas propagandas.

Mas alguma coisa sobre TV ou Etilismo Tranca?

Eu li isso no livro "Notícias do Planalto"...

Tranca-Ruas escreveu:Pograma safado da época da ditadura era o quadro "A Semana do Presidente" que ia ao ar aos domingos no SBT, canal o qual acho que o produzia com intenções de obter benesses do Governo.

Este programa continuou sendo exibido depois do fim do Regime Militar.

Poindexter escreveu:

Tranca-Ruas escreveu:Pograma safado da época da ditadura era o quadro "A Semana do Presidente" que ia ao ar aos domingos no SBT, canal o qual acho que o produzia com intenções de obter benesses do Governo.

Este programa continuou sendo exibido depois do fim do Regime Militar.

Acho que durante o Governo Sarney ainda.

Já na época do Collor eu não me lembro.

Teve uma hora em que parou. Não me lembro exatamente quando, mas se bobear entrou na época do Collor.

Tranca-Ruas escreveu:

Poindexter escreveu:

Tranca-Ruas escreveu:Pograma safado da época da ditadura era o quadro "A Semana do Presidente" que ia ao ar aos domingos no SBT, canal o qual acho que o produzia com intenções de obter benesses do Governo.

Este programa continuou sendo exibido depois do fim do Regime Militar.

Acho que durante o Governo Sarney ainda.

Já na época do Collor eu não me lembro.

Contratos queridos, contratos. Ter uma emissora de TV não é simples, é um privilégio e dos caros. Vocês não imaginam o que estápor trás dos bastidores de uma emissora. Vejam bem, procurem fazer uma pesquisa séria e verificar quais emissoras de Radio ou TV não tenham cunho político. Experimentem!
Aurélio, taí uma excelente tese para levantar. Acho melhor não...


..gosto do Aurélio

Vejam bem, procurem fazer uma pesquisa séria e verificar quais emissoras de Radio ou TV não tenham cunho político. Experimentem!

Vou fazer uma pesquisa sobre isto na faculdade ainda este ano. Já está no meu cronograma faz tempo.

Por que vocês acham que o lula ainda não bateu o martelo nessa questão da escolha do modelo de tv digital?

Cuidado Bem, nos dias de hoje é menos perigoso, mesmo porque o povo está tão "acostumado" com coisas absurdas que se JESUS vier a um fiel e disser que a televisão não presta, é bem capaz do fiel mandar ele beber no símbolo químico do cobre. Mas Hammond, tem muita coisa e não sei se você terá tempo para isso. MUIta coisa aliás é até minimizar as coisas. Mas, como aprendizado para você será excelente. Sugiro até que entre numa emissora. Tenho conhecidos por aí (mais próximo de você seria Jundiaí). Talvêz consiga um estágio.

Abraços,

Johnny

Jundiaí é longe pacas de São José dos Campos..
Bom, talvez eu pegue um Estágio na TV Vanguarda, daqui de SJC....

penna escreveu:Por que vocês acham que o lula ainda não bateu o martelo nessa questão da escolha do modelo de tv digital?

Só quando ele estiver sóbrio.
Próxima pergunta.

Só quando ele estiver sóbrio.
Próxima pergunta.

Eu creio que não. As emissoras de tv aberta tem muito a perder dependendo do modelo que venha a ser escolhido.

Tudo parece que vão escolher o Japonês mesmo...

penna escreveu:

Só quando ele estiver sóbrio.
Próxima pergunta.

Eu creio que não. As emissoras de tv aberta tem muito a perder dependendo do modelo que venha a ser escolhido.

Mais do que ser um modelo de TV a tv digital engloba muitas outras coisas. Para que tem conteúdo para transmitir ( e dinheiro para investir) como a Globo e Record a melhor opção seria a que permitisse transmitir vários canais.

No mundo existem três padrões:

- ATSC (Advanced Television Systems Committee), adotado pelos EUA, Canadá, México e Coréia do Sul;
- ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), adotado pelo Japão;
- DVB-T (Digital Video Broadcast Terrestrial), adotado pelos demais países que já decidiram qual padrão seguir, em especial os países da Europa, Ásia, África e Oceania.
O sistema de transmissão digital usa a codificação MPEG-2 digitalizar as imagens, o mesmo padrão de codificação usado pelo DVD. A diferença entre os sistemas de transmissão está na maneira com que as imagens são codificadas para a transmissão, o formato de vídeo antes da codificação, o formato de vídeo após a codificação e a maneira com que o áudio é codificado. O sistema ATSC usa um esquema chamado 8-VSB, enquanto os outros dois sistemas usam um esquema chamado COFDM, que é menos sensível a interferências.

Interessante notar que o Brasil é o único país no mundo pensando em adotar o sistema japonês. Testes realizados pela ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e pela SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações) sob supervisão do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) demonstrou que dos três padrões, o ISDB-T era o melhor, seguido do DVB-T e finalmente pelo ATSC.

Aparentemente o fato de o ATSC ser o mais sensível a interferências não preocupa o mercado norte-americano, onde poucas pessoas ainda assistem TV aberta (isto é, através de antenas). O que nos faz pensar se a escolha do ATSC terá sido a melhor opção para o México. Por outro lado, devemos nos lembrar que o México faz parte do NAFTA (North American Free Trade Association, Zona de Livre Comércio da América do Norte), que faz do país um dos principais fabricantes e exportadores de produtos para o mercado norte-americano e, portanto, a adoção do mesmo sistema dos EUA aparentemente é melhor mais por motivos comerciais do que técnicos.

Enfim, poderemos estar correndo o mesmo risco tecnológico da era NTSC x PAL-M em que interesses locais influenciaram os interesses nacionais. Quem quiser saber mais sobre os padrões aconselho uma pesquisa isenta.

Abraços