Dúvida
Enviado: 10 Nov 2005, 22:59
http://br.news.yahoo.com/051011/5/y9i2.html
Descobertos mais ossos de polêmica espécie de hominídeos
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Por Patricia Reaney
LONDRES (Reuters) - Cientistas australianos anunciaram na terça-feira a descoberta de mais restos mortais de hominídeos, que pertencem a uma espécie polêmica que até o ano passado era desconhecida, o "Homo floriensis", e que teria vivido no final da Era do Gelo.
O professor Mike Morwood, da Universidade de New England, em Armidale, na Austrália, estarreceu o mundo no ano passado ao anunciar a nova espécie, de 18 mil anos atrás. O esqueleto parcial foi descoberto em 2003 numa caverna na remota ilha indonésia de Flores. Segundo o cientista, tratava-se de um hominídeo minúsculo, de apenas um metro de altura, mas que teria a postura ereta e o cérebro do tamanho do de um chimpanzé.
Morwood e sua equipe disseram que o esqueleto era de uma espécie singular de seres humanos que evoluiu para um tamanho reduzido por causa das condições de isolamento da ilha, que também abrigava criaturas exóticas como elefantes em miniatura e dragões de Komodo.
A descoberta causou polêmica porque especialistas alegaram que não se tratava de uma nova espécie, mas sim de um pigmeu ou de uma vítima de microcefalia, uma doença que faz com que o cérebro fique anormalmente pequeno. Questionava-se como um cérebro tão pequeno seria capaz de produzir instrumentos como os encontrados na área, para caçar os minielefantes.
"As descobertas demonstram ainda mais que não se trata de apenas uma aberração ou um indivíduo com uma patologia, mas sim de uma população de longa duração", disseram Morwood e sua equipe numa reportagem publicada na revista Nature.
Os novos restos mortais, encontrados em 2004, consistem de uma mandíbula, um braço e outros ossos, que segundo os pesquisadores pertenciam a pelo menos nove indivíduos.
De acordo com eles, a mandíbula descrita no ano passado e a cuja descoberta acaba de ser anunciada provavelmente pertencem à mesma espécie. Elas possuem características dentárias semelhantes e não têm queixo.
A nova espécie, apelidada de "o homem de Flores" ou "hobbit", em referência aos personagens da saga "O Senhor dos Anéis", seria um descendente do Homo erectus, que tinha cérebro e corpo grandes e que habitava a África e a Ásia há cerca de 2 milhões de anos.
"Embora se estime que o esqueleto original tenha 18 mil anos, um rádio (osso do braço) de uma criança foi encontrado em depósitos avaliados como tendo 12 mil anos", afirmou Daniel Lieberman, da Universidade Harvard, num comentário publicado na revista.
Ele acrescentou que, para que os ossos pertençam a seres humanos microcéfalos, eles teriam de ter sobrevivido mais que o normal, ou então ser uma população suscetível a uma alta ocorrência de nanismo. "Tais possibilidades são menos críveis", afirmou.
Tomografias computadorizadas da parte interna do crânio indicaram em 2003 que se tratava de um adulto normal. O cérebro seria avançado o suficiente para fabricar instrumentos.
Mas Robert Martin, superintendente e vice-presidente de assuntos acadêmicos do Field Museum, em Chicago, não se convenceu. "Aquele cérebro é simplesmente pequeno demais para um hominídeo de 18 mil anos", disse ele à Reuters.
Descobertos mais ossos de polêmica espécie de hominídeos
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Por Patricia Reaney
LONDRES (Reuters) - Cientistas australianos anunciaram na terça-feira a descoberta de mais restos mortais de hominídeos, que pertencem a uma espécie polêmica que até o ano passado era desconhecida, o "Homo floriensis", e que teria vivido no final da Era do Gelo.
O professor Mike Morwood, da Universidade de New England, em Armidale, na Austrália, estarreceu o mundo no ano passado ao anunciar a nova espécie, de 18 mil anos atrás. O esqueleto parcial foi descoberto em 2003 numa caverna na remota ilha indonésia de Flores. Segundo o cientista, tratava-se de um hominídeo minúsculo, de apenas um metro de altura, mas que teria a postura ereta e o cérebro do tamanho do de um chimpanzé.
Morwood e sua equipe disseram que o esqueleto era de uma espécie singular de seres humanos que evoluiu para um tamanho reduzido por causa das condições de isolamento da ilha, que também abrigava criaturas exóticas como elefantes em miniatura e dragões de Komodo.
A descoberta causou polêmica porque especialistas alegaram que não se tratava de uma nova espécie, mas sim de um pigmeu ou de uma vítima de microcefalia, uma doença que faz com que o cérebro fique anormalmente pequeno. Questionava-se como um cérebro tão pequeno seria capaz de produzir instrumentos como os encontrados na área, para caçar os minielefantes.
"As descobertas demonstram ainda mais que não se trata de apenas uma aberração ou um indivíduo com uma patologia, mas sim de uma população de longa duração", disseram Morwood e sua equipe numa reportagem publicada na revista Nature.
Os novos restos mortais, encontrados em 2004, consistem de uma mandíbula, um braço e outros ossos, que segundo os pesquisadores pertenciam a pelo menos nove indivíduos.
De acordo com eles, a mandíbula descrita no ano passado e a cuja descoberta acaba de ser anunciada provavelmente pertencem à mesma espécie. Elas possuem características dentárias semelhantes e não têm queixo.
A nova espécie, apelidada de "o homem de Flores" ou "hobbit", em referência aos personagens da saga "O Senhor dos Anéis", seria um descendente do Homo erectus, que tinha cérebro e corpo grandes e que habitava a África e a Ásia há cerca de 2 milhões de anos.
"Embora se estime que o esqueleto original tenha 18 mil anos, um rádio (osso do braço) de uma criança foi encontrado em depósitos avaliados como tendo 12 mil anos", afirmou Daniel Lieberman, da Universidade Harvard, num comentário publicado na revista.
Ele acrescentou que, para que os ossos pertençam a seres humanos microcéfalos, eles teriam de ter sobrevivido mais que o normal, ou então ser uma população suscetível a uma alta ocorrência de nanismo. "Tais possibilidades são menos críveis", afirmou.
Tomografias computadorizadas da parte interna do crânio indicaram em 2003 que se tratava de um adulto normal. O cérebro seria avançado o suficiente para fabricar instrumentos.
Mas Robert Martin, superintendente e vice-presidente de assuntos acadêmicos do Field Museum, em Chicago, não se convenceu. "Aquele cérebro é simplesmente pequeno demais para um hominídeo de 18 mil anos", disse ele à Reuters.