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Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 02:30
por Dante, the Wicked
http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/di ... negro.html

Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Conheci em 1982, o artista plástico José Maria Paixão, integrante do Movimento Negro do Rio de Janeiro, dedicado ao estudo da língua nagô, etnias e a obra de Lima Barreto.

Hoje em contato com integrantes do Movimento Negro Nacional, ligados a Entidade Negra do Rio Grande do Norte, Kilombo, percebo a mudança de atitude e fico estarrecido com as contradições contidas no discurso.

Atualmente não vejo no Movimento Negro menor preocupação com qualquer estudo da cultura negra, porém com o cumprimento da lei anti-racismo (para tanto, a entidade Kilombo tem o chamado "disque racismo"), obtenção de regalias para os negros e uma desesperada tentativa de convencer a opinião pública, de que o Brasil não é mais um país indígena, mas que agora é um país negro, aliás, o maior depois da Nigéria, uma vês que 45% da nossa população é descendente de africanos, como afirma a assistente social Elisabete Silva na cartilha "Dito e Feito número 5", editada em novembro de 2001,pelo mandato popular do vereador Fernando Mineiro, citando como fonte a PNAD de 1998.

Infelizmente tenho que contestar a afirmação da assistente social, pois em consulta ao citado documento, correspondente ao período de 1992\1999, encontrei o percentual de 5,4% correspondente aos descendentes de africanos, donde deduzimos que para ter 45% a Senhora Elyzabeth somou os pretos aos pardos.

Essa atitude da Assistente Social supra citada tem por base uma pretensão do Movimento Negro, já contida no Plano Nacional de Direitos Humanos publicado pela Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça em 1988.

No item referente à proteção do direito a tratamento igualitário perante a lei, abordando as populações negras, o sétimo ponto propõe "determinar ao IBGE a adoção de critério de se considerar os mulatos, pardos e os pretos, como integrantes da população negra".

Esta determinação absurda, felizmente ainda não esta sendo cumprida pelo IBGE, mesmo assim a assistente social Elisabeth Silva canta vitória antes do resultado da consulta pública feita pelo Ministério da Justiça, através da internete, encerrada no início de janeiro de 2002, sobre as propostas para o Plano Nacional de Direitos Humanos, e dessa forma fornece os dados do IBGE manipulando-os em favor do Movimento Negro.

Qual a base científica dessa pretensão do Movimento Negro que age como se acreditasse que existam apenas dois grupos, o de pretos e o de brancos, formando a população do Brasil? É indubitável a existência de índios e seus descendentes, integrando a população brasileira, que dessa forma, compõe-se de três grupos distintos.

Os critérios para a determinação do item cor, durante a pesquisa do IBGE, são democráticos, ou seja, o entrevistado é quem determina qual a sua própria cor escolhendo entre os tipos: branco, preto, pardo, índio e amarelo.

Os descendentes de índios cruzados com brancos e negros são sem dúvida contados como pardos, por terem a pele escura, e nem por isso são apenas afrodescendente, mas descendente de todos os grupos, o que não dá o direito a um grupo declarar-se detentor exclusivo da origem dos pardos.

Reivindicar este direito será "respeitar as diferenças" como a Organização Kilombo diz ser uma de suas metas? Ou fortalecer os laços de solidariedade (outra meta da Kilombo), se faz com negação a pesquisas como a que foi realizada pelo Dr. Danilo Pena da UFMG e a qual faz o IBGE, para forjar uma falsa realidade em favor próprio? A revista Veja publicou em dezembro de 2000, a pesquisa supra citada, realizada em consonância com a ONU, teve como objetivo de realizar o mapeamento genético do globo, fazendo para tanto, exames de DNA.

Tomando os critérios de cor do IBGE, os resultados mostram serem infundadas as pretensões do MNN que insiste em proclamar-se maioria, pois até no grupo de pretos, a pesquisa do Dr. Pena acusa existir apenas 40% de indivíduos os quais podem ser realmente classificados como tais.

No grupo dos pardos, os pretos ocupam uma faixa de apenas 29%, contra 35% que são resultado do cruzamento de índia com branco e o restante é o resultado da mistura dos três grupos.

Negar a existência de descendentes indígenas na nossa população, é um erro grosseiro, um equívoco que pode custar caro à imagem de Movimento Negro Nacional, que negando a participação dos indígenas na formação do grupo dos pardos, desrespeita as diferenças existentes neste grupo, passando à história como trapaceiros e usurpadores do lugar que a lógica reserva para os primeiros habitantes deste continente que contribuíram com 36% das mães que geraram o povo brasileiro segundo os dados do Dr. Danilo Pena que também afirmar que as mães negras representam o percentual de 27%, sendo por tanto a menor contribuição, já que os pais são quase que exclusivamente brancos, a que se somando as mães brancas, compõe nossa população que tem 60% de indivíduos que se dizem brancos ( a pesquisa de Pena mostrar que 55% desta parcela tem sangue indígena, 7% tem sangue negro), 5;4% de afrodescendentes, 34% de pardos e 0,6 de índios e amarelos.

Não vejam em meu protesto um ato racista, mas pelo contrário, levanto me contra um grupo que se valendo de uma oportunidade se insinua falsamente, maioria. Se o Movimento Negro sugere que todos sejam contados como negros, porque não contar todos como índios? Afinal estamos na terra que deles lhes foi tirada.

A solidariedade do MNN deixou os índios de fora da cota de 20% das vagas nas universidades e nos empregos federais que agora são reservadas para os afrodescendestes.

Os pretos são apenas 5,4% da população, mas inexplicavelmente exigem uma cota de vagas quase quatro vezes maior que o seu percentual.

Boa parte da população mesmo branco ou pardo, não consegue vaga na universidade e emprego público, pelo mesmo motivo que os pretos, ou seja, por ser tão pobre quanto eles, pois se sabe que a riqueza brasileira esta na mão de uma pequena parcela da população branca, que sendo a grande maioria da população (60%) boa parte que resta, também amarga a miséria, apesar da brancura da pele.

O que falta é oportunidade para todos, e não cota para branco ou preto. Um problema de difícil solução, é determinar a quem de direito cabe as vagas reservadas pela nova lei.

Qual o critério para escolha dos candidatos? Quem for mais preto vai primeiro? Aí pardo claro, ou seja, o caboclo, já está em desvantagem.

Então usa-se teste de DNA? O custo é superior a 800 reais, quem paga? Problema 2: dois irmãos de pais mestiços, um nasceu preto e outro muito claro, os dois entram na universidade (ou na vaga do emprego público), ou só entra o preto? Isto parece uma comédia de Moliérè, ou Otelo às avessas.

Cria-se no Brasil uma nova etnologia, a do preto e do branco, e uma nova nobreza, formada pelos afrodescendentes e pelos caboclos ávidos de serem agora, não mais brancos, porém agora "afros" por causa dos tais 20% das vagas nas universidades e empregos federais. O Rio Grande do Norte será grandemente afetado, já que a maioria de sua população (64%) é formada de pardos e uma minoria menor que a nacional (2,8%) de pretos.

Estas medidas podem parecer simpáticas aos olhos da ONU, porém diante daqueles que orgulham se de portar o universal sangue indígena, elas soaram como um ultrage.

Segundo Maquiavel, se divide para reinar. Seja quem for, está reinando, e muito bem, pois com o acolhimento destas pretensões descabidas, o governo do PSDB já dividiu a pobreza em " quem tem a pele escura e quem tem a pele clara" e dando privilégios aos afrodescendentes vai gerar antipatia a este grupo nos demais, fomentando a desunião, e o povo desunido sempre será vencido.

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 08:00
por Aurelio Moraes
A constituição diz que todos são iguais perante a lei. Pra mim, só isso já invalida esse negócio de cota.
E eu acho absurdo alguém conseguir vaga na cota, tirando muitas vezes a vaga de alguém que teve melhor índice no vestibular.

Enviado: 28 Abr 2006, 08:22
por Washington
Esse "movimento negro" é uma piada. ...E de mau gosto.

É o típico movimento cujo objetivo, antes de tudo, são privilégios para alguns, a começar pelos líderes.

Apesar de totalmente absurdo é possível que logre êxito, visto que estamos no Brasil.

A proposta é totalmente anti-democrática e anti-liberal.

Enviado: 28 Abr 2006, 08:42
por Aurelio Moraes
Quero ver se alguém sair com uma camisa branca com os dizeres "Movimento Branco" se não vai ser tachado de nazista.
Agora, já com uma camisa "movimento negro" provavelmente não vão falar nada.

Re: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 08:47
por Flavio Costa
obtenção de regalias para os negros

É óbvio, aliás, o que esses movimentos pró-minorias e sindicalistas mais gostam de fazer é lutar por regalias sob a bandeira "estamos indignados". Certamente existem casos de evidente injustiça, mas não é nada raro ver gente "reclamando de barriga cheia".

Aurélio escreveu:A constituição diz que todos são iguais perante a lei. Pra mim, só isso já invalida esse negócio de cota.

A justificativa constitucional é que essa é uma "ação afirmativa". Ou seja, considera-se que os negros estão em condições desvantajosas (portanto, desiguais), o que inclusive é verdade, e essas ações propiciam os meios para que os negros alcancem a igualdade social. No Brasil, como em qualquer lugar do mundo, há racismo.

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 09:05
por Aurelio Moraes
Não são só os negros que estão em condição desvantajosas. Pobres brancos também. Deviam primeiro melhorar o ensino fundamental e o médio, que quase não recebem investimentos no Brasil.
O certo é melhorar as condições pro cara chegar na universidade e não tratá-los como coitadinhos e colocar dentro da universidade um cara sem bagagem cultural (nem todos, é claro), sem estudos e apenas por favor.
Eu acho injusto uma pessoa (indepentende da etnia) entrar em uma universidade tendo por exemplo tirado a vaga de quem tinha mais capacidade e preparo para entrar.
Vamos supor que eu fiz o vestibular e tirei uma nota alta. Mas não ingresso porque alguém entrou pelo sistema de cotas, sem ter estudado tanto quanto eu.
Isso é injusto.

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 09:13
por Poindexter
Deliciem-se, liberalistas. Lambam sua cria!

Saiu do controle???? Virem-se!!!

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 09:15
por Aurelio Moraes
Às vezes eu acho que o Poindexter não existe e é só um personagem do Olavo de Carvalho.
Mas ficou engraçada essa postagem dele. :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 09:55
por Flavio Costa
Aurelio Moraes escreveu:Não são só os negros que estão em condição desvantajosas. Pobres brancos também.

Por isso eu acho que, no mínimo, eles deveriam substituir as cotas raciais por um sistema de cota para pobres. Se os negros são pobres, eles serão proporcionalmente beneficiados. Se os índios são pobres, idem.

Aurelio Moraes escreveu:Vamos supor que eu fiz o vestibular e tirei uma nota alta. Mas não ingresso porque alguém entrou pelo sistema de cotas, sem ter estudado tanto quanto eu.

Às vezes a pessoa não estudou pela simples falta de dinheiro para pagar um cursinho pré-vestibular, ou pela falta de apoio dos pais que não têm educação suficiente para isso. O fato de passar não vem apenas do esforço, que é um mérito pessoal, mas também das oportunidades de cada um. Suponha que o sistema de cotas não exista, vai ter gente estudando mais que você e ainda não vai passar. Sob essa perspectiva, o sistema de vestibulares é intrinsecamente injusto, independente de cotas.

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 09:59
por Aurelio Moraes
Por isso eu acho que, no mínimo, eles deveriam substituir as cotas raciais por um sistema de cota para pobres.


Aí seria menos pior, mas mesmo assim não seria a melhor solução a médio e longo prazo.

Sob essa perspectiva, o sistema de vestibulares é intrinsecamente injusto, independente de cotas.

Concordo plenamente.

São poucos os brasileiros na universidade, o que é uma vergonha.

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 10:44
por Poindexter
No dia em que "igualdade perante a Lei" for entendida como "igualdade sócio-econômica perante a Lei", pronto, estaremos no Comun*smo.

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 10:46
por Flavio Costa
Poindexter escreveu:No dia em que "igualdade perante a Lei" for entendida como "igualdade sócio-econômica perante a Lei", pronto, estaremos no Comun*smo.

Não precisa que a igualdade sócio-econômica seja para todos os indivíduos, mas é recomendável que ela não esteja estatisticamente vinculada a critérios raciais.

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 10:48
por Poindexter
Flavio Costa escreveu:Não precisa que a igualdade sócio-econômica seja para todos os indivíduos, mas é recomendável que ela não esteja estatisticamente vinculada a critérios raciais.


Assim como é recomendável que ela não esteja estatisticamente vinculada a região do País, sexo, torcida do coração, paridade do número do apartamento, letra inicial da cidade de onde a pessoa mora...

... Comun*smo.

No mais, sei que é off-topic, mas não se esqueça que a prostituição é uma coisa "bonita", Flávio! "Viva a prostituição"!!!!! :emoticon20:

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 11:02
por Flavio Costa
Poindexter escreveu:Assim como é recomendável que ela não esteja estatisticamente vinculada a região do País, sexo, torcida do coração, paridade do número do apartamento, letra inicial da cidade de onde a pessoa mora...

Poin, uma coisa é comunismo, outra é redução da desigualdade social - uma característica encontrada na maioria dos mais avançados países capitalistas!

Poindexter escreveu:No mais, sei que é off-topic, mas não se esqueça que a prostituição é uma coisa "bonita", Flávio! "Viva a prostituição"!!!!! :emoticon20:

:emoticon12: Você nunca pensou que veria alguém declarando isso.

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 11:13
por Poindexter
Flavio Costa escreveu:Poin, uma coisa é comunismo, outra é redução da desigualdade social - uma característica encontrada na maioria dos mais avançados países capitalistas!


Acontece que estou lendo neste tópico pessoas interpretando a "igualdade perante a Lei" da Constituição como "igualdade sócio-econômica perante a Lei". Lendo isso desta forma, a coisa não pára com a simples "redução" destas desigualdades, mas tão somente se completa com a total igualdade, ou seja, o Comun*smo.


Flavio Costa escreveu: :emoticon12: Você nunca pensou que veria alguém declarando isso.


Quando eu era mais jovem, não. Depois que me dei conta da velocidade da decadência cultural de nosso País nas últimas décadas, já esperava que uma coisa como essas fosse ocorrer uma hora ou outra, mas, mesmo assim, certos "marcos" dessa decadência cultural ainda considero marcantes e, por isso, ainda me deixam pasmo, e este é um destes marcos.

Podem me acusar de "Declive Escorregadio", mas não me surpreenderia ver, daqui a uns 20 anos, gente fazendo sexo grupal no meio da rua sem cobertor nem nada e com orgulho durante o dia, com transeuntes ou ignorando a cena ou assistindo, sendo alguns destes grupos profissionais dessa profissão "bonita", que ficariam em determinadas posições de acordo com a demanda da "freguesia" por dinheiro, inclusive fazendo menage com os clientes que pagarem mais, para delírio do resto do público, em frente à crianças mesmo, ensinadas já desde a escola à apreciar a prostituição, tudo isso sob a guarda da "Liberdade de Expressão".

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 11:40
por Aurelio Moraes
Podem me acusar de "Declive Escorregadio", mas não me surpreenderia ver, daqui a uns 20 anos, gente fazendo sexo grupal no meio da rua sem cobertor nem nada e com orgulho durante o dia, com transeuntes ou ignorando a cena ou assistindo, sendo alguns destes grupos profissionais dessa profissão "bonita", que ficariam em determinadas posições de acordo com a demanda da "freguesia" por dinheiro, inclusive fazendo menage com os clientes que pagarem mais, para delírio do resto do público, em frente à crianças mesmo, ensinadas já desde a escola à apreciar a prostituição, tudo isso sob a guarda da "Liberdade de Expressão".


Eu pensei a mesma coisa.
Ou então :" vivam as drogas"

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 12:18
por Ateu Tímido
Ao contrário de muitos por aqui, eu defendo a existência de algum tipo de política compensatória para os negros, por pensar que há discriminação específica e historicamente repetida contra eles. O problema está na hora de definir o conteúdo dessas políticas para um país miscigenado como o Brasil.
Tanto o sistema de cotas quanto o pensamento canhestro de lideranças negras que tentam separar rigidamente brancos de negros são resultado da importação acrítica de idéias concebidas para outra realidade. Lá em cima, no "paraíso", a realidade era de segregação, ou seja, separação total ou quase isso entre brancos e negros. A miscigenação é muito menor e, em alguns estados, chegavam mesmo a viver como duas comuniodades separadas. Lá, "negro" e "branco" são conceitos mais evidentes. Há pouco espaço para dúvida. Assim, todos sabem quem pode se candidatar a uma vaga numa cota racial. Dificilmente um branco abriria mão da sua "brancura", mesmo por uma vaga na Universidade. Foi para essa realidade que as cotas foram pensadas.
Aqui por baixo, embora a discriminação também exista, a coisa é mais flúida. Uma família de negros bem suicedida financeiramente "embranquece" em poucas gerações. Não há o espírito de segregação. Admite-se com naturalidade a existência de "tons intermediários", resultado da miscigenação. Nessa realidade, é de se perguntar, QUEM pode ser beneficiado pelas cotas raciais?
Eu, sinceramente não consigo responder a essa pergunta. Por isso, penso que o melhor, talvez, fosse usar o que seria gasto nessa política para melhorar as escolas ou o sistema de saúde em áreas com grande concentração de afro-descendentes, estudar os motivos que levam à diferença salarial entre brancos e negros na mesma função, com as mesmas habilitações e acionar a fiscalização do trabalho contra isso.
Penso que seria melhor começar por aí.

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 12:46
por spink
Isso pode ter um lado bom, com metade das vagas em universidades federais sendo reservadas para estudantes de escola pública, poderia haver um retorno da classe média para o ensino público, o que certamente acarretaria uma melhora sensível deste, já que (o que é inegável) aquela tem poder para pressionar.

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 12:48
por Poindexter
penna escreveu:... o que certamente acarretaria uma melhora sensível deste


:emoticon5:

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 13:55
por Johnny
Ridículo! :emoticon9:

Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 14:03
por spink
??

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 15:03
por Flavio Costa
Poindexter escreveu:Acontece que estou lendo neste tópico pessoas interpretando a "igualdade perante a Lei" da Constituição como "igualdade sócio-econômica perante a Lei". Lendo isso desta forma, a coisa não pára com a simples "redução" destas desigualdades, mas tão somente se completa com a total igualdade, ou seja, o Comun*smo.

Ah, da total igualdade eu nem falo, pois independente de ser algo bom ou ruim, isso é impossível.

Poindexter escreveu:Podem me acusar de "Declive Escorregadio", mas não me surpreenderia ver, daqui a uns 20 anos, gente fazendo sexo grupal no meio da rua sem cobertor nem nada e com orgulho durante o dia, com transeuntes ou ignorando a cena ou assistindo, sendo alguns destes grupos profissionais dessa profissão "bonita", que ficariam em determinadas posições de acordo com a demanda da "freguesia" por dinheiro, inclusive fazendo menage com os clientes que pagarem mais, para delírio do resto do público, em frente à crianças mesmo, ensinadas já desde a escola à apreciar a prostituição, tudo isso sob a guarda da "Liberdade de Expressão".

Pode ou não acontecer isso. Mas é difícil imaginar realmente quais seriam as conseqüências sociais dessa situação.

Re: Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 28 Abr 2006, 15:13
por Flavio Costa
Ateu Tímido escreveu:Uma família de negros bem suicedida financeiramente "embranquece" em poucas gerações.

É claro, na primeira oportunidade o negão arruma uma mulher branca no estilo que faz os outros babarem.

Por outro lado, acho que o Ronaldinho nunca namorou uma negra, namorou?

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Re.: Movimento Negro Nacional Não respeita diferenças

Enviado: 29 Abr 2006, 02:03
por Lúcifer
Para mim, esse sistema de cotas para negros só fará aumentar o racismo contra eles.
O que deveria ser feito é criar um sistema de cotas para alunos que tiram as melhores notas nas escolas públicas desde que se comprove, por meio de atestado jurídico que o jovem não tem condições financeiras para pagar uma faculdade. Isso seria mais justo para com todos. Só os melhores entrariam na faculdade e incentivariam os alunos a estudarem mais.

Enviado: 29 Abr 2006, 09:15
por Joao Valle
Este "movimento negro" é o revés dos séculos de escravidão humana, social e econômica, seja ela explicita ou velada.
Se o governo cumprisse com seu papel ficaria mais fácil de mudar isto sem criar estes movimentos racistas-anti-racistas.
Sou a favor do capitalismo, mas o governo teóricamente tem uma função comunista pois cobra impostos de todos para oferecer uma infra estrutura comum à sociedade. Isto deveria incluir saúde, segurança, previdência etc. Entretanto acabamos vivendo numa plutocracia, onde pagamos tudo duas vezes. O governo não oferece uma educação fundamental de qualidade e quem tem dinheiro leva vantagem. O mesmo ocorre com a saúde, a segurança e previdência... Quem tem $ está em vantagem, inclusive diante da justiça.
Lúcifer escreveu:O que deveria ser feito é criar um sistema de cotas para alunos que tiram as melhores notas nas escolas públicas desde que se comprove, por meio de atestado jurídico que o jovem não tem condições financeiras para pagar uma faculdade.

Primeiro tem que fazer a lei funcionar. Conta a anedota que uma das primeiras coisas que Moisés fez quando saiu do egito foi criar leis. São as leis claramente definidas e seu cumprimento que suportam QUALQUER sociedade. Da mesma forma, a coibição de crimes está mais ligada à certeza da punição do que ao tamanho da pena. O casamento entre políticos corruptos, legislação falha e polícia incompetente é o maior problema do Brasil.
Poindexter escreveu:não me surpreenderia ver, daqui a uns 20 anos, gente fazendo sexo grupal no meio da rua sem cobertor nem nada e com orgulho durante o dia, com transeuntes ou ignorando a cena ou assistindo, sendo alguns destes grupos profissionais dessa profissão "bonita"

Doggin?
http://www.terra.com.br/istoe/1902/comp ... lateia.htm