O Ataque à Petrobrás

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Acauan
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O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Acauan »

Revista Veja, edição 1955 . 10 de maio de 2006
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Especial
OS LÍDERES E O LIDERADO
A nacionalização do gás boliviano mostra que Chávez é o líder da América Latina. E Lula? Ele não conseguiu entender sequer quais são os interesses brasileiros no caso


Diogo Schelp

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LOS TRES AMIGOS
Chávez, Fidel Castro e Morales reúnem-se em Cuba dois dias antes de o boliviano decretar a nacionalização do gás no país: Lula, que se considera da turma, foi o último a saber[/center]

O Brasil levou um chute no traseiro dado por Hugo Chávez e seu fantoche boliviano, Evo Morales. Antes, foram ambos a Cuba pedir a bênção do patriarca Fidel Castro para o que planejavam fazer. Nenhum desses companheiros se deu à delicadeza de avisar o ocupante do Palácio do Planalto, que se julgava um líder regional com estofo até para ser líder mundial. Pobre Lula. Foi o último a saber que o presidente Morales iria se apossar de propriedades brasileiras na Bolívia e colocar em risco o abastecimento nacional de gás natural. A reação do presidente Lula foi ainda mais constrangedora: engoliu o desaforo e ainda se solidarizou com o agressor, a Bolívia.

Para ampliar o efeito pirotécnico, Evo Morales escolheu o Dia do Trabalho, 100º de sua posse na Presidência, e comandou pessoalmente as tropas que tomaram a refinaria da Petrobras em San Alberto, o maior campo de extração de gás natural da Bolívia. Lá, de capacete de petroleiro na cabeça, o presidente leu os nove pontos do "Decreto Supremo" que passou para o controle do Estado boliviano toda a indústria do gás e do petróleo. O documento não fala em indenizar as empresas estatizadas. As vinte companhias estrangeiras atingidas pelo decreto investiram, ao todo, 3,5 bilhões de dólares na Bolívia – mas o prejuízo maior é da Petrobras, que aplicou 1 bilhão de dólares na extração e refino e outros 2 bilhões de dólares na construção do gasoduto que leva o produto até São Paulo.

A intenção de nacionalizar as riquezas do subsolo era uma promessa de campanha de Morales e foi preparada nos bastidores com a ajuda de um pelotão de técnicos e advogados venezuelanos enviados por Chávez. Apesar de todos esses indícios prévios, o governo brasileiro foi pego de surpresa e se apressou em declarar que a Bolívia tem direito às riquezas de seu subsolo. Isso é inegável. A soberania permanente de um país sobre seus recursos naturais é reconhecida pela ONU desde 1962. O ponto é que Morales expropriou ativos que pertencem ao povo brasileiro e rasgou, como se não valessem nada, tratados negociados de Estado para Estado nos últimos trinta anos. A ocupação de modo hostil, com o uso de tropas e sem conversações prévias, contraria o estabelecido no direito internacional e também as regras mínimas de convivência entre dois países que tradicionalmente são bons vizinhos.

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MUCHAS GRACIAS, LULA
Morales recebeu o apoio de Lula quando estava em campanha (à esq., em visita a Brasília, em novembro) e lhe passou a perna no poder (à dir., expropriando instalações da Petrobras, na Bolívia)
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O próximo passo, já avisou o governo boliviano, é aumentar os preços do gás natural fornecido ao Brasil. A ameaça é tremenda e pode se transformar num beco sem saída se o governo brasileiro não negociar com firmeza. Com o aumento do preço do produto, o prejuízo ultrapassaria as perdas diretas da Petrobras e atingiria diretamente a indústria paulista, que nos últimos anos foi incentivada a investir no uso do gás natural como fonte energética. O produto extraído na Bolívia responde por metade do consumo brasileiro e a reconversão das fábricas ou a descoberta de fontes alternativas podem levar anos. Nem assim Lula reagiu. "O governo deveria ter saído imediatamente na defesa dos interesses nacionais", diz Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro em Washington. "Depois de anunciar a determinação de defender os interesses nacionais, deveria questionar a quebra de contrato e avisar que pediria indenização pela expropriação. Também deveria ter deixado claro que não aceitaria modificação unilateral no preço do gás."

Lula não fez nada disso. Na quinta-feira passada, o presidente brasileiro foi discutir a crise numa reunião em Puerto Iguazú, na Argentina, à qual compareceram Evo Morales, o argentino Néstor Kirchner e o ubíquo Chávez. A presença da Argentina se entende, pois o país também compra gás da Bolívia, mas por que a Venezuela? A resposta possível: Chávez foi falar em nome de Morales, seu discípulo, e deixar claro quem dá as cartas na nova geografia do populismo latino-americano. Lula saiu da reunião desenxabido e, como de praxe, confundiu conceitos. No seu entender, manifestar solidariedade à Bolívia, mesmo quando ela se apossa de um patrimônio que é de todos os brasileiros, significa emitir um sinal positivo de solidariedade continental. A reafirmação da unidade sul-americana, explicou, tranqüiliza os investidores estrangeiros. Seria mais sensato esperar o efeito totalmente inverso.

O incidente expõe as fraturas regionais e deixa explícito o vigor do novo ciclo de populismo na América Latina, que tem Hugo Chávez e Evo Morales como expoentes. A influência de Chávez na decisão boliviana de nacionalizar o gás já está provocando instabilidade política e econômica. Começa com a saída da Venezuela do Pacto Andino, o que estremeceu as relações entre Caracas e Bogotá. Devido à intromissão de Chávez nas eleições peruanas, Lima retirou seu embaixador da Venezuela. Agora, Chávez arruinou as relações entre o Brasil e a Bolívia. O que ficará na memória dos investidores internacionais é o alerta para evitar uma região sem lei e sem ordem, onde os contratos são desrespeitados. Isso é fácil de fazer, pois não faltam, do outro lado do planeta, oportunidades de investimentos em países sérios e estáveis. A desimportância crescente da América Latina no panorama mundial torna as coisas ainda piores: ninguém no Primeiro Mundo liga mais para as estripulias cometidas por aqui.

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SOLDADOS CONTRA A FORTALEZA DA PETROBRAS
Soldados e funcionários bolivianos na refinaria da Petrobras em Santa Cruz, ocupada pelo Exército de Morales, na quarta-feira, dois dias depois do decreto de nacionalização, recebido com júbilo por uma multidão em La Paz (abaixo)

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A economia da Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, caberia com folga dentro do orçamento da cidade de São Paulo. Sem capital nem tecnologia, não há jeito de o Estado boliviano realizar os grandes investimentos necessários para tirar e processar o gás natural. Evo Morales sentiu-se à vontade para tomar as refinarias confiando em duas coisas. A primeira é o fato de o Brasil ser freguês cativo do gás boliviano. A segunda é a ajuda de Hugo Chávez. A estatal de petróleo da Venezuela, a PDVSA, prepara-se, nas sombras, para assumir os campos de gás que venham a ser abandonados por empresas estrangeiras. Chávez também já acertou o fornecimento de todo o óleo diesel que a Bolívia necessitar em troca de soja boliviana. Trata-se de uma política consistente do venezuelano para ocupar espaço no continente e influenciar países. Desde que assumiu a Presidência, em 1999, Chávez já gastou 25 bilhões de dólares em subsídios e doações a países latino-americanos.

Com seu sistema de apadrinhamento comercial, ele está tentando criar uma versão latinizada do antigo Comecon, o sistema comercial entre os países do bloco soviético. Dadas a fragilidade das economias comunistas e a infinita superioridade material da União Soviética, os preços internos do Comecon não correspondiam aos custos de produção e eram decididos de acordo com critérios políticos. Alguns países, como Cuba e Mongólia, dependiam inteiramente desse sistema para sobreviver. Com o barril do petróleo a 70 dólares, Chávez tem cacife para substituir a União Soviética como provedor de Cuba. Estima-se que a Venezuela esteja injetando na ilha de Fidel Castro, a fundo perdido, o equivalente a 20% de todo o dinheiro que entra no país. A Venezuela também compra produtos cubanos que não têm mercado no exterior e, em troca, recebe médicos e outros serviços de Fidel Castro. O presidente venezuelano já comprou 1 bilhão de dólares em títulos do governo argentino e 250 milhões de dólares da dívida externa equatoriana. "A estratégia de Chávez é exercer influência sobre quatro pequenos países, Nicarágua, Bolívia, Equador e Peru, para disputar poder com México, Chile e Brasil", disse a VEJA Jorge Quiroga, presidente boliviano entre 2001 e 2002, e hoje líder da oposição a Morales.

Estabeleceu-se uma divisão na América Latina e ela nada tem a ver com o velho confronto entre esquerda e direita. O que existe é uma linha entre governos responsáveis e populistas. México, Chile e Brasil estão no primeiro grupo. Uma característica comum aos populistas – Chávez, Morales e, em menor medida, Néstor Kirchner – é revestir o discurso com retórica de esquerda. Na verdade, os contornos ideológicos do populismo são difusos e vão sendo moldados de acordo com as circunstâncias. A revolução bolivariana e o socialismo do século XXI de Chávez são uma demonstração disso. Nem Chávez sabe do que se trata. O que importa para esse tipo de líder é criar argumentos e mecanismos para se perpetuar no poder. Por isso, costuma-se dizer que uma das características do déspota latino-americano é o voluntarismo, doutrina que atribui à determinação do líder o poder de mudar a realidade a seu bel-prazer. A atitude de Morales na Bolívia obedece ao padrão. "A nacionalização é o grande símbolo do populismo latino-americano", disse a VEJA o historiador peruano Alvaro Vargas Llosa. "Infelizmente, as pessoas rapidamente esquecem que todas as estatizações fracassaram de modo catastrófico." Essa é a terceira vez que a Bolívia estatiza seus recursos fósseis e minerais. Nas duas anteriores, em 1937 e 1969, a intervenção não ajudou o país a amenizar a miséria de seu povo e, por isso, acabou sendo revertida.

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ESFORÇO INÚTIL
Kirchner, Morales, Lula e Chávez em reunião em Puerto Iguazú, na Argentina, para discutir a nacionalização boliviana: o que Chávez, que não compra gás da Bolívia, foi fazer lá?[/center]

O sociólogo alemão Franz Oppenheimer, morto em 1943, dizia que há duas formas de uma nação acumular riqueza: de maneira racional, através da produção, ou de maneira violenta, por meio da expropriação. Apenas a primeira forma pode ser duradoura. O presidente Evo Morales escolheu a segunda ao nacionalizar a exploração e comercialização do gás e do petróleo por decreto. No imaginário popular boliviano – do qual Morales compartilha e se aproveita politicamente –, a riqueza oculta do gás vai sanar a miséria e o atraso do país. Um estudo da ONU publicado no ano passado, com o título "A economia boliviana além do gás", diz que o maior erro da Bolívia é apostar em um padrão de desenvolvimento monoprodutor. "A tendência mundial é de diversificar os mercados, multiplicando os setores produtivos e passando de uma economia de base estreita para uma de base mais ampla", sentencia o estudo, de autoria do economista boliviano George Gray Molina. O mundo é pródigo em exemplos de como a simples existência de uma riqueza natural não basta para garantir bem-estar à população. A Venezuela, com as maiores reservas de petróleo fora do Oriente Médio, tem metade da população vivendo na pobreza. Angola, um dos maiores produtores de diamante de alta qualidade do mundo, tem um terço da renda per capita do Brasil.

Golda Meir, a primeira-ministra de Israel entre 1969 e 1974, contava, em tom de anedota, que Moisés guiou os judeus durante quarenta anos pelo deserto para levá-los justamente ao único pedaço de areia do Oriente Médio onde não havia petróleo. Completava, em tom mais severo, que não se tratou de maldição, mas de uma bênção. "Nossas vitórias não poderiam existir sem uma economia de base sólida, um padrão educacional de alto nível entre soldados e civis e a alta capacitação tecnológica dos trabalhadores em todos os setores", explicava. A estadista israelense tocou naquelas que são as duas principais riquezas de um povo: a educação e o conhecimento tecnológico. "Para ser rico, um país precisa investir em ciência e tecnologia. É dessa forma que se consegue elevar a capacidade das indústrias de produzir melhor e ser mais competitivo no mercado mundial", diz Roberto Romano, professor de ética e política na Universidade Estadual de Campinas. "Foi esse o modelo adotado por Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Japão e Estados Unidos – países que têm a riqueza mais bem distribuída entre a população." Por que a América Latina não consegue imitar essa fórmula comprovada para o desenvolvimento? "Vivemos obcecados com a discussão sobre se o livre-mercado é bom ou não, em vez de nos preocuparmos em ser mais competitivos", disse a VEJA o argentino Andrés Oppenheimer, autor do livro Lorotas Chinesas .– O Engano de Washington, a Mentira Populista e a Esperança na América Latina", best-seller na Argentina e no México, publicado no ano passado.

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SOLIZ, O BOCA DE POÇO
Ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Andrés Soliz Rada: anos de campanha contra a Petrobras[/center]

A América Latina continua a ser exportadora de matéria-prima, enquanto no mundo de hoje o que conta é o valor do conhecimento embutido em um produto. Morales, na Bolívia, tem outra explicação para a pobreza: a culpa é do imperialismo. Surpreende bastante, mas ele está falando dos brasileiros. Entre os bolivianos comuns há uma forte aversão ao "imperialismo" do Brasil. É possível que isso seja simplesmente um reflexo do gigantismo brasileiro, que suscita temor entre vizinhos menores. "Quem dorme ao lado do elefante teme ser pisoteado", diz um diplomata brasileiro. De forma um tanto obtusa, a Petrobras acabou se convertendo, na cabeça dos bolivianos, no protótipo da empresa exploradora dos recursos que deveriam salvá-los da miséria. O ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, apelidado pelos bolivianos de Boca de Poço, chama atenção pelos dentes desproporcionalmente grandes e pelo modo furioso como se refere à Petrobras. Jornalista antes de ser ministro, sempre escreveu sobre os recursos naturais bolivianos e pregou a urgência em expulsar a empresa brasileira. Seria mais sensato e honesto se agradecesse a contribuição da Petrobras ao desenvolvimento boliviano. A empresa extrai 57% do gás produzido pela Bolívia, contribui com 24% da arrecadação de impostos e tem sua bandeira em um em cada quatro postos de gasolina no país.

A opção brasileira pelo gás natural foi estratégica. O plano era reduzir a dependência que o Brasil possui em relação ao petróleo e à energia produzida pelas usinas hidrelétricas. O gasoduto Bolívia–Brasil entrou em operação em 1999. Tem capacidade para transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia, mas, até recentemente, operava com grande ociosidade. Contratualmente, o Brasil era obrigado a pagar aos bolivianos por um gás que não estava utilizando. Houve várias negociações, com diferentes governantes do país vizinho, para que o preço fosse reduzido, mas a Bolívia, escorando-se nos contratos firmados bilateralmente, permaneceu irredutível. Agora que finalmente o Brasil precisa do gasoduto em plena força, a Bolívia joga os contratos na lata do lixo – aqueles mesmos que defendia com tanta veemência e resolução.

O gás natural como opção energética ganhou força com o racionamento de energia, em 2001, que lançou incertezas sobre a disponibilidade de eletricidade. Com o gás, as empresas podem produzir a própria eletricidade, utilizando para isso geradores especiais. Outro fator que impulsionou a vendagem do gás natural foi a escalada no preço do petróleo. O gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de botijão, é um derivado do petróleo e chega a custar 80% mais do que o natural. Houve também um forte avanço na utilização automotiva. A frota nacional de carros convertidos para rodar com o gás natural veicular (GNV), um combustível bem mais em conta do que a gasolina, já passa de 1 milhão. Em 2000, o Brasil consumiu 16 milhões de metros cúbicos por dia. No ano passado, o total atingiu 40 milhões de metros cúbicos, sendo quase a metade originária da Bolívia. Hoje, o gás natural responde por 8% da matriz energética brasileira. Qualquer alteração nas relações atuais será imediatamente repassada ao consumidor. As indústrias seriam incapazes de absorver um aumento nos preços desse combustível. Se o pior ocorrer, mais uma vez quem pagará a conta será a população brasileira.

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Acauan Guajajara
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Acauan
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Acauan »

Acauan, em 05/05/2006, às 16:12 escreveu:República dos Bundões

Por Acauan


Desde a tentativa da camarilha ideológica do Partido dos Trabalhadores de tomar de assalto o estado brasileiro, o povo deste país, no que se refere à sua política interna, tem sofrido a extrema humilhação de assistir impotente uma tentativa não armada de golpe de estado promovida de dentro do Palácio do Planalto ser abafada com desculpas “eu não sabia de nada” vindas do presidente da república e por CPI’s esmeradas no esforço de inocentar os membros da quadrilha governante, com direito a dança da deputada bolo fofo.

Aliás o bundão da gorda balançado em nossas caras é a imagem que este governo deixa para História, que fossem os livros menos ortodoxos denominariam este período político como a República dos Bundões.

Geralmente evito ofender o presidente do Brasil.
Como chefe do Estado e do governo brasileiro democraticamente eleito, ele encarna uma instituição digna de respeito.

Mas há horas em que não dá mais para segurar, como dizia o Gonzaguinha, e a verdade tem que ser dita.
Lula é um bundão.

Mostrou-se um bundão durante o escândalo do mensalão, quando nem teve a coragem de ordenar uma profunda investigação que removesse da máquina do Estado todos os envolvidos com o esquema de corrupção, como não teve coragem para, negando a existência de tal esquema, defender seus colaboradores mais diretos junto com os quais construiu sua carreira política.
Limitou-se ao “eu não sabia de nada” e a deixar as águas rolarem apostando que até a eleição o povo já teria se esquecido de tudo, principalmente considerando que entre os eventos há um copa do mundo de futebol programada.

Mas nunca, que eu me lembre, um presidente do Brasil se mostrou tão bundão quanto Lula neste episódio da nacionalização das instalações da Petrobrás na Bolívia.
A situação toda se resume a um único fato: Fomos roubados.
Aqueles índios preguiçosos e incompetentes (felizmente tenho autorização étnica para dizer isto sem que possam me acusar de racista) que por seus próprios meios não construiriam nem um posto de gasolina, usaram os recursos, investimentos e tecnologias da empresa brasileira para transformar um recurso morto de seu sub-solo em riqueza explorada para seu país.
E depois, e somente depois, que estava tudo funcionando muito bonitinho é que vieram com esta conversa de interesses nacionais, mi pátria, mi tierra e mais daqueles slogans de cucarachas.
Por que não vieram com cantilenas nacionalistas quando o gás estava a muitos metros abaixo da superfície e se dependesse dos bolivianos seria lá que estaria até hoje?

Pois bem.
Uma companhia estatal brasileira é roubada a mão armada, literalmente já que aquela imitação barata do Hugo Chavez mandou tropas militares ocuparem instalações de propriedade de um país amigo, que não só sempre respeitou a soberania da Bolívia como sempre apoiou seu processo democrático e, muito estupidamente, a eleição do atual presidente que agradece nos metendo a mão.

Roubados e traídos pelo governantezinho de um paisinho de merda, o que se espera do presidente do Brasil?
No mínimo que proteste contra o roubo e a traição.

E o que vemos? Nosso presidente abraçado com aqueles que nos roubam e achincalham, com um discurso que dá a entender que não há nada de errado nas relações entre os dois países e prometendo manter os investimentos da Petrobrás no país ladrão.

Que haja no Brasil imbecis e mentirosos de esquerda que defendem a Bolívia com conversa mole do tipo "as leis bolivianas permitiam a nacionalização" vá lá. Nem vale a pena discutir com quem não sabe ou finge não saber que relações internacionais não são decididas arbitrariamente por leis nacionais de uma das partes.
Mas quando o presidente da república faz a mesma coisa, haja!

O mais tristemente irônico neste episódio é que a prioridade do Itamaraty nos últimos anos tem sido conquistar para o Brasil uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU, como líder e representante da América Latina.
Nunca soube prá que nos serviria tal cadeira, mas olhando os acontecimentos recentes, um país que não se faz respeitar pela Bolívia, se fará respeitar por quem? Se isto é liderança, eu sou o general Custer.

E me poupem os politicamente corretos de seu escândalo quanto ao meu expresso desprezo pelos bolivianos.
Um povo de ladrões não merece meu respeito.
E o pior é que, por menos respeito que me mereçam, ainda o merecem mais que o presidente de meu país.
Se de um lado temos um presidente ladrão que traiu uma nação amiga para se lançar a uma aventura populista, do outro temos um presidente bundão que abaixa a cabeça e outras partes do corpo diante daqueles que o roubaram e traíram.

Sermos humilhados pelo balançar da bunda da deputada dançante é uma triste rotina com a qual estamos acostumados.
Mas sermos todos reduzidos a bundões por uma republiqueta que ainda não descobriu de que lado fica o século XX é demais.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Leo
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Nospheratu
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Nospheratu »

Ler a Veja tá meio fora da minha pauta.

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spink
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por spink »

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil ... 200606.htm


À espera da guerra

Ainda que o Brasil pudesse ter outras condutas mais bem resultantes, toda observação desinteressada e lúcida está compelida a reconhecer que o governo, no caso Bolívia x Petrobras, tem agido com maturidade, sem perder a noção das proporções reais do assunto e sem ceder à utilização eleitoreira. Nem a interesses financeiros de pessoas e grupos.
O histerismo que o caso provoca em certas setores, sobretudo no que seria o setor jornalístico, chega ao cômico. Em apoio a essa linha, o ex-embaixador Rubens Ricupero produziu uma contribuição muito ilustrativa. Na crítica exaltada ao que considera "falta de firmeza do Itamaraty" ante o governo boliviano, Ricupero sentencia historicamente: "(...) Nunca pautamos a política externa por razões ideológicas".
Já ouvimos, em transmissão-contrabando da TV, a doutrina de que "o bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde". Mas não é preciso chegar ao ponto de esconder meio século de história, os anos todos da Guerra Fria em que a política externa do Brasil foi pautada pela exacerbação ideológica originária dos Estados Unidos. Desse domínio, o Brasil tentou escapar em três breves períodos -com a Operação Pan-Americana de Juscelino, a "política externa independente" de Jânio e sua continuidade sob Jango-, sempre com o conhecido resultado.
Repetidas críticas cobram do Itamaraty que se mostre "duro e firme" com a Bolívia, ou seja, cobram da diplomacia que não faça diplomacia, faça conflito. Mas a cobrança é coerente com a convicção, manifestada pela Míriam Leitão da entrevista com Ricupero, de que "a Bolívia (...) quer impor belicamente as condições da negociação" com o Brasil. Vê-se que é uma informação séria para o leitor que, desavisado, jamais imaginaria a pobre, pequena e militarmente raquítica Bolívia pretendendo um confronto bélico com o Brasil. Ou, como já bradara outra comentarista sobre a nacionalização do petróleo boliviano, "É guerra!".
O acordo do gás com a Bolívia foi feito em condições de preço bem desvantajosas para os bolivianos. Barbara Gancia, como se quisesse salvar a face do gênero, fez anteontem esse apelo de honestidade: "Cá entre nós, meu caro leitor, peço que você abra o seu coração e responda: você não dá risada quando recebe a conta do gás? Pois é, eu também. Até pipoca é mais cara que minha conta de gás". É o gás boliviano em São Paulo, comprado na Bolívia por preço duas a três vezes inferior aos preços internacionais mais citados (para o gás não há cotações generalizadas como as do petróleo).
A Petrobras investiu alto no gasoduto Bolívia-Brasil, o que justificaria preço favorecido. Mas a quantas estão as contas de amortização do investimento, os lucros acumulados e a parte da Bolívia?
A exposição dessas contas é uma contribuição que a Petrobras pode dar à formação mais consciente da opinião pública. Enquanto Lula e o Itamaraty não decidirem agir de modo "duro e firme". Ou enquanto a Bolívia não "se impõe belicamente" e toma o Brasil.
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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

Elremosh Deff escreveu: Imagem



Faltou a legenda:

Comunistóides babões e maometanos recalcados lendo a veja:

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http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por O ENCOSTO »

Eita revistinha parcial essa tal de veja!

Por quê não publicaram nada sobre a CRT?
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http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por zencem »

carlos escreveu:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0705200606.htm


À espera da guerra

Ainda que o Brasil pudesse ter outras condutas mais bem resultantes, toda observação desinteressada e lúcida está compelida a reconhecer que o governo, no caso Bolívia x Petrobras, tem agido com maturidade, sem perder a noção das proporções reais do assunto e sem ceder à utilização eleitoreira.


O problema não é a Bolívia ter tomado a decisão que tomou, Carlos!
O problema é cairmos de quatro, ante as intenções de Chaves, que agora se acha até no direito de se meter, ostensivamente, nas eleições dos paises sul americanos.
A esquerda sempre protestou contra a influência de um país em outro, e me refiro especificadamente ao EUA.
Agora, nos dobramos docilmente à uma pessoa, cujo país não serve como referência de sucesso, nem democrático, nem administrativo, para seu povo...
...quanto mais para nós.



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Mensagem por Res Cogitans »

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Bunitinhu ele.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Najma
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Najma »

Acauan escreveu:Revista Veja, edição 1955 . 10 de maio de 2006
Especial
OS LÍDERES E O LIDERADO
A nacionalização do gás boliviano mostra que Chávez é o líder da América Latina. E Lula? Ele não conseguiu entender sequer quais são os interesses brasileiros no caso
[...]


Vai ver que da mesma forma que durante a CPI, o presidente não estava sabendo de nada... :emoticon1:

Eu acho que se espera muito do Lula em termos políticos e pessoais. Eu sinceramente não espero nada de bom vindo dele, só de ruim, principalmente se for pela total falta de capacidade de compreensão do enredo do que realmente se passa, quer no planalto, quer no mundo.

Um semi-analfa governando o Brasil tem o direito de ser semi-analfa até o fim e, além de não saber ler e interpretar um texto convenientemente, ainda tem o direito de alegar que não o ensinaram a fazer isso. O povo que o elegeu que deveria ter vergonha, muita vergonha... :emoticon1:
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cyrix
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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por cyrix »

Najma escreveu:Vai ver que da mesma forma que durante a CPI, o presidente não estava sabendo de nada... :emoticon1:

Eu acho que se espera muito do Lula em termos políticos e pessoais. Eu sinceramente não espero nada de bom vindo dele, só de ruim, principalmente se for pela total falta de capacidade de compreensão do enredo do que realmente se passa, quer no planalto, quer no mundo.

Um semi-analfa governando o Brasil tem o direito de ser semi-analfa até o fim e, além de não saber ler e interpretar um texto convenientemente, ainda tem o direito de alegar que não o ensinaram a fazer isso. O povo que o elegeu que deveria ter vergonha, muita vergonha... :emoticon1:


O interessante é que, enquanto ele estava em lua de mel com Brasil no início do mandato, era politicamente incorreto fazer alusão a sua pouca instrução. Só quando começaram os escândalos é que se perdeu a inibição de dizer o óbvio.

Só vale ressaltar que o atoleiro da Bolívia começou com FHC, Lula "apenas" insistiu nele (em vez dar meia-volta) achando que seu populismo era mais forte que o do "hermano". Deu no que deu. O verdadeiro guia da patota é o Hugo Chaves e o Lula faz o papel de seu Madruga.
Onde há dúvida,há liberdade!
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Hrrr
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Hrrr »

veja sucks.. rum-rum-rhen
nao eh flor que se cheire
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i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...

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Acauan
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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Acauan »

carlos escreveu:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0705200606.htm

À espera da guerra

Ainda que o Brasil pudesse ter outras condutas mais bem resultantes, toda observação desinteressada e lúcida está compelida a reconhecer que o governo, no caso Bolívia x Petrobras, tem agido com maturidade, sem perder a noção das proporções reais do assunto e sem ceder à utilização eleitoreira. Nem a interesses financeiros de pessoas e grupos.
O histerismo que o caso provoca em certas setores, sobretudo no que seria o setor jornalístico, chega ao cômico. Em apoio a essa linha, o ex-embaixador Rubens Ricupero produziu uma contribuição muito ilustrativa. Na crítica exaltada ao que considera "falta de firmeza do Itamaraty" ante o governo boliviano, Ricupero sentencia historicamente: "(...) Nunca pautamos a política externa por razões ideológicas".
Já ouvimos, em transmissão-contrabando da TV, a doutrina de que "o bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde". Mas não é preciso chegar ao ponto de esconder meio século de história, os anos todos da Guerra Fria em que a política externa do Brasil foi pautada pela exacerbação ideológica originária dos Estados Unidos. Desse domínio, o Brasil tentou escapar em três breves períodos -com a Operação Pan-Americana de Juscelino, a "política externa independente" de Jânio e sua continuidade sob Jango-, sempre com o conhecido resultado.
Repetidas críticas cobram do Itamaraty que se mostre "duro e firme" com a Bolívia, ou seja, cobram da diplomacia que não faça diplomacia, faça conflito. Mas a cobrança é coerente com a convicção, manifestada pela Míriam Leitão da entrevista com Ricupero, de que "a Bolívia (...) quer impor belicamente as condições da negociação" com o Brasil. Vê-se que é uma informação séria para o leitor que, desavisado, jamais imaginaria a pobre, pequena e militarmente raquítica Bolívia pretendendo um confronto bélico com o Brasil. Ou, como já bradara outra comentarista sobre a nacionalização do petróleo boliviano, "É guerra!".
O acordo do gás com a Bolívia foi feito em condições de preço bem desvantajosas para os bolivianos. Barbara Gancia, como se quisesse salvar a face do gênero, fez anteontem esse apelo de honestidade: "Cá entre nós, meu caro leitor, peço que você abra o seu coração e responda: você não dá risada quando recebe a conta do gás? Pois é, eu também. Até pipoca é mais cara que minha conta de gás". É o gás boliviano em São Paulo, comprado na Bolívia por preço duas a três vezes inferior aos preços internacionais mais citados (para o gás não há cotações generalizadas como as do petróleo).
A Petrobras investiu alto no gasoduto Bolívia-Brasil, o que justificaria preço favorecido. Mas a quantas estão as contas de amortização do investimento, os lucros acumulados e a parte da Bolívia?
A exposição dessas contas é uma contribuição que a Petrobras pode dar à formação mais consciente da opinião pública. Enquanto Lula e o Itamaraty não decidirem agir de modo "duro e firme". Ou enquanto a Bolívia não "se impõe belicamente" e toma o Brasil.


O artigo acima, de autoria de Janio de Freitas, é um exemplo muito ilustrativo da pressa com que jornalistas ideologicamente comprometidos saem em defesa de seus partidarismos, lançando-se às teclas antes mesmo de pensar em um explanação minimamente plausível para embasar o que postulam.

A argumentação de Freitas, se é que pode ser chamada assim, defende que a Bolívia recebia pouco pelo gás que vendia ao Brasil, logo tinha o direito de expropriar a Petrobrás, ocupar militarmente as instalações, rasgar contratos e acordos internacionais firmados e reconhecidos entre governos legalmente eleitos, tudo isto sem qualquer proposta de indenização ou mesmo aviso prévio ao governo brasileiro, até então um país amigo.

Ou seja, segundo o tal do Freitas, a próxima vez que você achar que vendeu um carro abaixo do preço de mercado, é só juntar uma turma, encher o comprador de porradas, pegar o carro de volta e levá-lo embora enquanto xinga o espancado que, se reclamar ou pedir o dinheiro que pagou de volta, estará cometendo apenas um ato de histerismo cômico diante de uma situação que não tem nada de anormal, a valer a lógica do autor do artigo.

O entusiasmo com que certos caras correram para defender o governo da Bolívia, contra todos os interesses nacionais brasileiros, já seria estranho se a Bolívia tivesse razão.
Só que aquela indiada não tem razão em absolutamente nada neste encrenca toda, e mesmo assim tá cheio de gente por aqui torcendo pelo inimigo e erguendo vozes aqui dentro para que gritemos gracias para quem nos enraba sem vaselina.

Talvez para os gostos particulares de Janio de Freitas, ser enrabado sem vaselina seja um ato que merece agradecimento.
Para mim e a esmagadora maioria do povo brasileiro, felizmente não é.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Aurelio Moraes
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Aurelio Moraes »

Bolívia=paisinho de merda f.d.p.

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Nospheratu
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Mensagem por Nospheratu »

Res Cogitans escreveu:Imagem

Bunitinhu ele.


Simplesmente um doce,espera pra ver ele falando.

Eu diria que Lula é um coitado sem sorte,mas acho que pena não tem lá muito lugar na hora das pessoas falarem sobre um governante.
Para mim,ele é um presidente mais ou menos,o problema é que vive se metendo nessas merdas.

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

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Mensagem por Aurelio Moraes »

Acauan escreveu:Imagem



O Lula dá mesmo.

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Capitão América
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Mensagem por Capitão América »

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Ben Carson
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Mensagem por Ben Carson »

Quando saiu a lamentável notícia dos desvairios de Morales, e a mais lamentável ainda reação absurda do Grande Palhaço, pensei: o RV deve estar fervendo! Sabia que o assunto geraria muita discussão aqui, e não me enganei.


Meus efusivos parabéns, Acauan, pelo belíssimo texto. Tomei a liberdade de espalhá-lo por alguns lugares, internet afora.


Tem certas horas que acompanhar o noticiário é muito desalentador. A única vantagem, se é que há alguma, na pífia reação do desgoverno brasileiro é que talvez, e bote talvez nisso, isso sirva para fazer a população se desencantar com o Lula. Se isso servir para prejudicar seriamente o Lula eleitoralmente, então pode ser que tenha valido a pena tamanho vexame. Mas tenho seriíssimas dúvidas quanto a isso. Não confio muito na população brasileira.
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rapha...
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Mensagem por rapha... »

Ben Carson escreveu:(...) pensei: o RV deve estar fervendo! Sabia que o assunto geraria muita discussão aqui, e não me enganei. (...)


http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=3923

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Ben Carson
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Ben Carson »

Eita! Quinze páginas!

Obrigado pelo link, rapha.
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Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por O ENCOSTO »

O pior é ver brasileiróides babões defendendo o Evo. Incrível!
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

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Re: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Flavio Costa »

Acauan escreveu:Imagem

Os caras estão com o Che Guevara no capacete?! :emoticon44:
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006

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Re: Re.: O Ataque à Petrobrás

Mensagem por Tranca »

Acauan escreveu:
Acauan, em 05/05/2006, às 16:12 escreveu:República dos Bundões

Por Acauan


Desde a tentativa da camarilha ideológica do Partido dos Trabalhadores de tomar de assalto o estado brasileiro, o povo deste país, no que se refere à sua política interna, tem sofrido a extrema humilhação de assistir impotente uma tentativa não armada de golpe de estado promovida de dentro do Palácio do Planalto ser abafada com desculpas “eu não sabia de nada” vindas do presidente da república e por CPI’s esmeradas no esforço de inocentar os membros da quadrilha governante, com direito a dança da deputada bolo fofo.

Aliás o bundão da gorda balançado em nossas caras é a imagem que este governo deixa para História, que fossem os livros menos ortodoxos denominariam este período político como a República dos Bundões.

Geralmente evito ofender o presidente do Brasil.
Como chefe do Estado e do governo brasileiro democraticamente eleito, ele encarna uma instituição digna de respeito.

Mas há horas em que não dá mais para segurar, como dizia o Gonzaguinha, e a verdade tem que ser dita.
Lula é um bundão.

Mostrou-se um bundão durante o escândalo do mensalão, quando nem teve a coragem de ordenar uma profunda investigação que removesse da máquina do Estado todos os envolvidos com o esquema de corrupção, como não teve coragem para, negando a existência de tal esquema, defender seus colaboradores mais diretos junto com os quais construiu sua carreira política.
Limitou-se ao “eu não sabia de nada” e a deixar as águas rolarem apostando que até a eleição o povo já teria se esquecido de tudo, principalmente considerando que entre os eventos há um copa do mundo de futebol programada.

Mas nunca, que eu me lembre, um presidente do Brasil se mostrou tão bundão quanto Lula neste episódio da nacionalização das instalações da Petrobrás na Bolívia.
A situação toda se resume a um único fato: Fomos roubados.
Aqueles índios preguiçosos e incompetentes (felizmente tenho autorização étnica para dizer isto sem que possam me acusar de racista) que por seus próprios meios não construiriam nem um posto de gasolina, usaram os recursos, investimentos e tecnologias da empresa brasileira para transformar um recurso morto de seu sub-solo em riqueza explorada para seu país.
E depois, e somente depois, que estava tudo funcionando muito bonitinho é que vieram com esta conversa de interesses nacionais, mi pátria, mi tierra e mais daqueles slogans de cucarachas.
Por que não vieram com cantilenas nacionalistas quando o gás estava a muitos metros abaixo da superfície e se dependesse dos bolivianos seria lá que estaria até hoje?

Pois bem.
Uma companhia estatal brasileira é roubada a mão armada, literalmente já que aquela imitação barata do Hugo Chavez mandou tropas militares ocuparem instalações de propriedade de um país amigo, que não só sempre respeitou a soberania da Bolívia como sempre apoiou seu processo democrático e, muito estupidamente, a eleição do atual presidente que agradece nos metendo a mão.

Roubados e traídos pelo governantezinho de um paisinho de merda, o que se espera do presidente do Brasil?
No mínimo que proteste contra o roubo e a traição.

E o que vemos? Nosso presidente abraçado com aqueles que nos roubam e achincalham, com um discurso que dá a entender que não há nada de errado nas relações entre os dois países e prometendo manter os investimentos da Petrobrás no país ladrão.

Que haja no Brasil imbecis e mentirosos de esquerda que defendem a Bolívia com conversa mole do tipo "as leis bolivianas permitiam a nacionalização" vá lá. Nem vale a pena discutir com quem não sabe ou finge não saber que relações internacionais não são decididas arbitrariamente por leis nacionais de uma das partes.
Mas quando o presidente da república faz a mesma coisa, haja!

O mais tristemente irônico neste episódio é que a prioridade do Itamaraty nos últimos anos tem sido conquistar para o Brasil uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU, como líder e representante da América Latina.
Nunca soube prá que nos serviria tal cadeira, mas olhando os acontecimentos recentes, um país que não se faz respeitar pela Bolívia, se fará respeitar por quem? Se isto é liderança, eu sou o general Custer.

E me poupem os politicamente corretos de seu escândalo quanto ao meu expresso desprezo pelos bolivianos.
Um povo de ladrões não merece meu respeito.
E o pior é que, por menos respeito que me mereçam, ainda o merecem mais que o presidente de meu país.
Se de um lado temos um presidente ladrão que traiu uma nação amiga para se lançar a uma aventura populista, do outro temos um presidente bundão que abaixa a cabeça e outras partes do corpo diante daqueles que o roubaram e traíram.

Sermos humilhados pelo balançar da bunda da deputada dançante é uma triste rotina com a qual estamos acostumados.
Mas sermos todos reduzidos a bundões por uma republiqueta que ainda não descobriu de que lado fica o século XX é demais.



Só faltou os pontilhados para se assinar embaixo!

Trancado