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EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 09 Mai 2006, 15:29
por Flavio Costa
EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
A taxa de sobrevivência de recém-nascidos nos Estados Unidos é uma das mais baixas do mundo industrializado. Entre 33 nações analisadas em estudo da organização americana Save the Children, os EUA - país mais rico da Terra - empatam com Hungria, Malta, Polônia e Eslováquia, com uma taxa de cinco mortes para cada mil bebês nascidos vivos. Só a Letônia está pior: lá, há seis mortes por mil.
"Somo o país mais rico, mas ainda há bolsões da nossa população que não conseguem o serviço de saúde de que precisam", disse Mary Beth Powers, assessora de saúde reprodutiva da Save the Children, que fez a pesquisa com base em números de governos e agências internacionais.
Pesquisadores notam que os EUA têm uma diversidade étnica maior e mais desigualdade social que muitas outras nações desenvolvidas. O relatório destaca ainda que a falta de um seguro nacional de saúde e uma licença maternidade mais curta provavelmente contribuem para o mau posicionamento dos Estados Unidos no ranking. Outros fatores que possivelmente influenciam são o alto número de gestações na adolescência e as taxas de obesidade.
Entre os negros americanos, há nove mortes por mil nascimentos vivos, taxa próxima à do mundo em desenvolvimento. Na análise da mortalidade infantil mundial, o Japão fica com a menor taxa: 1,8 por mil. No segundo lugar, com dois por mil, empatam República Checa, Finlândia, Islândia e Noruega. As maiores taxas globais estão na África e Sul da Ásia. A pior estatística é a da Libéria: 65 mortes por mil nascimentos.
http://br.news.yahoo.com//060509/25/14jbj.html
Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 09 Mai 2006, 15:33
por Samael
É, o grande poder da distribuição de renda ianque...
Re: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 09 Mai 2006, 15:39
por Poindexter
Flavio Costa escreveu:EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascidoA taxa de sobrevivência de recém-nascidos nos Estados Unidos é uma das mais baixas do mundo industrializado. Entre 33 nações analisadas em estudo da organização americana Save the Children, os EUA - país mais rico da Terra - empatam com Hungria, Malta, Polônia e Eslováquia, com uma taxa de cinco mortes para cada mil bebês nascidos vivos. Só a Letônia está pior: lá, há seis mortes por mil.
"Somo o país mais rico, mas ainda há bolsões da nossa população que não conseguem o serviço de saúde de que precisam", disse Mary Beth Powers, assessora de saúde reprodutiva da Save the Children, que fez a pesquisa com base em números de governos e agências internacionais.
Pesquisadores notam que os EUA têm uma diversidade étnica maior e mais desigualdade social que muitas outras nações desenvolvidas. O relatório destaca ainda que a falta de um seguro nacional de saúde e uma licença maternidade mais curta provavelmente contribuem para o mau posicionamento dos Estados Unidos no ranking. Outros fatores que possivelmente influenciam são o alto número de gestações na adolescência e as taxas de obesidade.
Entre os negros americanos, há nove mortes por mil nascimentos vivos, taxa próxima à do mundo em desenvolvimento. Na análise da mortalidade infantil mundial, o Japão fica com a menor taxa: 1,8 por mil. No segundo lugar, com dois por mil, empatam República Checa, Finlândia, Islândia e Noruega. As maiores taxas globais estão na África e Sul da Ásia. A pior estatística é a da Libéria: 65 mortes por mil nascimentos.
http://br.news.yahoo.com//060509/25/14jbj.html
Em primeiro lugar,
O TÍTULO DA NOTÍCIA É ENGANOSO, pois, logo ao começarmos a ler, vemos que este "2o pior" é "no mundo industrializado", isto é, no 1o Mundo, e não no mundo em geral.
Em segundo lugar, caramba, é que nem Tabela de Campeonato Brasileiro da Série A... alguém necessariamente estará no topo e alguém necessariamente estará na última posição no quesito "gols marcados fora de casa"!
Os E.U.A., logicamente, devem tentar melhorar isso e sair dessa penúltima posição, mas aí sempre haverá um novo penúltimo para ser "malhado".
"Malhar" é bom, desde que não se tente pôr a culpa disso no fato de eles prezarem o Capitalismo, que, aliás, é o motivo de eles estarem na "Série A", isto é, no 1o Mundo, e não na "Série B", isto é, na categoria de "Países em Desenvolvimento"...
Re: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 09 Mai 2006, 15:56
por Flavio Costa
Poindexter escreveu:Em primeiro lugar, O TÍTULO DA NOTÍCIA É ENGANOSO, pois, logo ao começarmos a ler, vemos que este "2o pior" é "no mundo industrializado", isto é, no 1o Mundo, e não no mundo em geral.
Concordo plenamente, o maior defeito dessa notícia é o título. Estrategicamente escolhido para ser conciso e, adicionalmente, chamar mais atenção.
Poindexter escreveu:"Malhar" é bom, desde que não se tente pôr a culpa disso no fato de eles prezarem o Capitalismo, que, aliás, é o motivo de eles estarem na "Série A", isto é, no 1o Mundo, e não na "Série B", isto é, na categoria de "Países em Desenvolvimento"...

Claro que você ia defender o Capitalismo.
A razão para os EUA estarem nessa posição inclusive é mencionada na notícia: a desigualdade social
relativamente elevada.
Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 09 Mai 2006, 17:01
por Flavio Costa
Poindexter escreveu:O problema é quando se insiste em se considerar a desigualdade como sendo problema social, quando na verdade é justamente o contrário: uma demonstração de saúde social.
E que saúde!
Re: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 09 Mai 2006, 20:04
por Cris
Poindexter escreveu:Flavio Costa escreveu:EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascidoA taxa de sobrevivência de recém-nascidos nos Estados Unidos é uma das mais baixas do mundo industrializado. Entre 33 nações analisadas em estudo da organização americana Save the Children, os EUA - país mais rico da Terra - empatam com Hungria, Malta, Polônia e Eslováquia, com uma taxa de cinco mortes para cada mil bebês nascidos vivos. Só a Letônia está pior: lá, há seis mortes por mil.
"Somo o país mais rico, mas ainda há bolsões da nossa população que não conseguem o serviço de saúde de que precisam", disse Mary Beth Powers, assessora de saúde reprodutiva da Save the Children, que fez a pesquisa com base em números de governos e agências internacionais.
Pesquisadores notam que os EUA têm uma diversidade étnica maior e mais desigualdade social que muitas outras nações desenvolvidas. O relatório destaca ainda que a falta de um seguro nacional de saúde e uma licença maternidade mais curta provavelmente contribuem para o mau posicionamento dos Estados Unidos no ranking. Outros fatores que possivelmente influenciam são o alto número de gestações na adolescência e as taxas de obesidade.
Entre os negros americanos, há nove mortes por mil nascimentos vivos, taxa próxima à do mundo em desenvolvimento. Na análise da mortalidade infantil mundial, o Japão fica com a menor taxa: 1,8 por mil. No segundo lugar, com dois por mil, empatam República Checa, Finlândia, Islândia e Noruega. As maiores taxas globais estão na África e Sul da Ásia. A pior estatística é a da Libéria: 65 mortes por mil nascimentos.
http://br.news.yahoo.com//060509/25/14jbj.html
Em primeiro lugar,
O TÍTULO DA NOTÍCIA É ENGANOSO, pois, logo ao começarmos a ler, vemos que este "2o pior" é "no mundo industrializado", isto é, no 1o Mundo, e não no mundo em geral.
Em segundo lugar, caramba, é que nem Tabela de Campeonato Brasileiro da Série A... alguém necessariamente estará no topo e alguém necessariamente estará na última posição no quesito "gols marcados fora de casa"!
Os E.U.A., logicamente, devem tentar melhorar isso e sair dessa penúltima posição, mas aí sempre haverá um novo penúltimo para ser "malhado".
"Malhar" é bom, desde que não se tente pôr a culpa disso no fato de eles prezarem o Capitalismo, que, aliás, é o motivo de eles estarem na "Série A", isto é, no 1o Mundo, e não na "Série B", isto é, na categoria de "Países em Desenvolvimento"...
Guilherme, porque será que tenho a ligeira impressão de que se houvesse oportunidade, seus próximos endereços de moradia seriam na Argentina e Estados Unidos hein?

Re: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 09 Mai 2006, 20:24
por Poindexter
Cris escreveu:Guilherme, porque será que tenho a ligeira impressão de que se houvesse oportunidade, seus próximos endereços de moradia seriam na Argentina e Estados Unidos hein?


Enviado: 09 Mai 2006, 22:37
por esperto
Poindexter escreveu:Os E.U.A., logicamente, devem tentar melhorar isso e sair dessa penúltima posição, mas aí sempre haverá um novo penúltimo para ser "malhado".
Acho que vc não entendeu. Leia de novo. Vou destacar algumas frases.
"Somo o país mais rico, mas ainda há bolsões da nossa população que não conseguem o serviço de saúde de que precisam",
Entre os negros americanos, há nove mortes por mil nascimentos vivos, taxa próxima à do mundo em desenvolvimento
Ou seja, os EUA tem problemas de exclusão social parecidos com os de países subdesenvolvidos, apesar de sua riqueza. O problema não é a desigualdade social, é que nem todos têm o essencial.
Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 10 Mai 2006, 07:27
por Claudio Loredo
No Japão 80% da população pertence a classe média. Esta é a piramide social ideal: com uma larga classe média, um pequeno ou inexistente número de pobres, e um pequeno número de ricos. Isto sim é um exemplo de uma sociedade próspera e com uma alta qualidade de vida.
Este negócio de pirâmide social com base larga de pobres é coisa de país subdesenvolvido.
Enviado: 10 Mai 2006, 09:02
por Flavio Costa
esperto escreveu:Ou seja, os EUA tem problemas de exclusão social parecidos com os de países subdesenvolvidos, apesar de sua riqueza. O problema não é a desigualdade social, é que nem todos têm o essencial.
A redução da desigualdade social significa a
aproximação da qualidade de vida da
maior parte da população (por favor, não leiam
igualdade para todos).
Pouca desigualdade num país pobre quer dizer que a massa da população é igualmente pobre. Mas os EUA são um país rico, então lá, assim como no Japão, a redução da desigualdade se traduziria na redução das camadas às quais o essencial é provido.
Re: Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 10 Mai 2006, 09:04
por Flavio Costa
Claudio Loredo escreveu:
No Japão 80% da população pertence a classe média. Esta é a piramide social ideal: com uma larga classe média, um pequeno ou inexistente número de pobres, e um pequeno número de ricos. Isto sim é um exemplo de uma sociedade próspera e com uma alta qualidade de vida.
Economicamente o Japão é um país excelente, mas ele também me induz a uma certa reflexão: até que ponto prosperidade econômica leva à
felicidade? Será que o japonês médio é mais feliz que o butanês?
Claudio Loredo escreveu:Este negócio de pirâmide social com base larga de pobres é coisa de país subdesenvolvido.
Isso é fato, aliás, é quase a definição de "subdesenvolvido".
Re: Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 10 Mai 2006, 09:07
por clara campos
Flavio Costa escreveu:Claudio Loredo escreveu:
No Japão 80% da população pertence a classe média. Esta é a piramide social ideal: com uma larga classe média, um pequeno ou inexistente número de pobres, e um pequeno número de ricos. Isto sim é um exemplo de uma sociedade próspera e com uma alta qualidade de vida.
Economicamente o Japão é um país excelente, mas ele também me induz a uma certa reflexão: até que ponto prosperidade econômica leva à
felicidade? Será que o japonês médio é mais feliz que o butanês?
Claudio Loredo escreveu:Este negócio de pirâmide social com base larga de pobres é coisa de país subdesenvolvido.
Isso é fato, aliás, é quase a definição de "subdesenvolvido".
a sociedade japonesa é tão diferente da nossa que creio que conceitos como "felicidade" tem, para a nossa cultura e para a deles, significados bem diferentes.
Eu pessoalmente não admiro muito a sociedade japonesa, mas nunca lá fui e o que conheço é de relatos de alguns europeus que lá passaram algumas temporadas, e de dois ou três japoneses já meio europeinizados
Re: Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 10 Mai 2006, 09:27
por Flavio Costa
clara campos escreveu:a sociedade japonesa é tão diferente da nossa que creio que conceitos como "felicidade" tem, para a nossa cultura e para a deles, significados bem diferentes.
Eu pessoalmente não admiro muito a sociedade japonesa, mas nunca lá fui e o que conheço é de relatos de alguns europeus que lá passaram algumas temporadas, e de dois ou três japoneses já meio europeinizados
Bem, as experiências das pessoas são experiências independente dos conceitos que usamos. Podemos abstrair que existe felicidade independente do que as pessoas pensam dela (embora as expectativas de cada um vão influenciar o quanto essas pessoas estarão felizes). Mas do ponto de vista lingüístico é mesmo muito difícil debater felicidade entre culturas tão diferentes.
Mesmo que você vá lá, a experiência de um japonês no Japão não tem como ser igual à de um estrangeiro. Mas é interessante o caso desses "japoneses meio europeinizados", o que eles falam sobre a vida lá e na Europa?
Re: Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 10 Mai 2006, 13:40
por Samael
Claudio Loredo escreveu:
No Japão 80% da população pertence a classe média. Esta é a piramide social ideal: com uma larga classe média, um pequeno ou inexistente número de pobres, e um pequeno número de ricos. Isto sim é um exemplo de uma sociedade próspera e com uma alta qualidade de vida.
Este negócio de pirâmide social com base larga de pobres é coisa de país subdesenvolvido.
Não sou economista, mas creio que populações com grandes parcelas de camadas médias tendem a gerar sociedades de consumo e poucas fortunas (que seriam, teoricamente, investidas em capital industrial). Acho que economias assim tem algum costume de serem frágeis...
Re: Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 10 Mai 2006, 17:43
por clara campos
Flavio Costa escreveu:Bem, as experiências das pessoas são experiências independente dos conceitos que usamos. Podemos abstrair que existe felicidade independente do que as pessoas pensam dela (embora as expectativas de cada um vão influenciar o quanto essas pessoas estarão felizes). Mas do ponto de vista lingüístico é mesmo muito difícil debater felicidade entre culturas tão diferentes.
Muito interessante. Nunca tinha conseguido formular esse pensamento de forma tão lúcida.
Bem, os japoneses que conheci (mais "proximamente" um rapaz e uma rapariga), não se sentem propriamente integrados na Europa. Muitas coisas fazem-lhes uma confusão orgânica (como as pessoas se tocarem independentemente dos sexos, dizer um não, não planear exaustivamente cada coisa, etc), contudo, foi para eles uma lufada de ar fresco e quando retornaram ao Japão,~sentiram-se sufocados, duiguemos que se tornaram "pessoas sem terra", eu diria mesmo, verdadeiros cidadãos do mundo.
Como lidaram com essa situação?
A rapariga casou e foi trabalhar para a embaixada de portugal, esse está todo o dia com portugueses, e o marido dela também trabalha lá.. O rapaz (cerca de 30 anos) passa 6 meses lá (japão), outros 6 meses cá (europa).
Re: Re.: EUA tem 2ª pior taxa de morte de recém-nascido
Enviado: 10 Mai 2006, 17:43
por clara campos
Flavio Costa escreveu:Bem, as experiências das pessoas são experiências independente dos conceitos que usamos. Podemos abstrair que existe felicidade independente do que as pessoas pensam dela (embora as expectativas de cada um vão influenciar o quanto essas pessoas estarão felizes). Mas do ponto de vista lingüístico é mesmo muito difícil debater felicidade entre culturas tão diferentes.
Muito interessante. Nunca tinha conseguido formular esse pensamento de forma tão lúcida.
Bem, os japoneses que conheci (mais "proximamente" um rapaz e uma rapariga), não se sentem propriamente integrados na Europa. Muitas coisas fazem-lhes uma confusão orgânica (como as pessoas se tocarem independentemente dos sexos, dizer um não, não planear exaustivamente cada coisa, etc), contudo, foi para eles uma lufada de ar fresco e quando retornaram ao Japão,~sentiram-se sufocados, duiguemos que se tornaram "pessoas sem terra", eu diria mesmo, verdadeiros cidadãos do mundo.
Como lidaram com essa situação?
A rapariga casou e foi trabalhar para a embaixada de portugal, assim está todo o dia com portugueses, e o marido dela também trabalha lá.. O rapaz (cerca de 30 anos) passa 6 meses lá (japão), outros 6 meses cá (europa).