Deputado tenta proibir exibição de 'O Código Da Vinci'
Enviado: 09 Mai 2006, 16:16
Deputado tenta proibir exibição de 'O Código Da Vinci'
O deputado Salvador Zimbaldi (PSB-SP) está travando uma guerra contra a exibição do filme "O Código Da Vinci", baseado no livro homônimo do escritor Dan Brown. Depois de ter uma medida cautelar recusada na 2.ª Vara Cível do Fórum Regional de Santo Amaro, o deputado irá recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O advogado de Zimbaldi, Affonso Pinheiro, disse hoje que apresentará uma apelação nos próximos dias para tentar impedir a exibição do filme.
A estréia nos cinemas brasileiros está prevista para o próximo dia 19. O advogado apresentou a medida cautelar contra a produtora e distribuidora Sony Pictures no dia 4, mas ela foi recusada na 2.ª Vara, sob alegação de que não poderia ser atendida porque a exibição do filme não confronta normas constitucionais. Pinheiro argumenta, porém, que tomou por base a Constituição para pedir que o filme não seja exibido.
"A Constituição determina que a liberdade de crença é inviolável e garante, na forma da lei, proteção aos locais de culto e às suas liturgias", argumentou Pinheiro (comentário: tão desesperado que não percebe que o filme não fere a liberdade de crença), alegando que o livro e o filme desrespeitam a liturgia católica. Afirmou que a produção desrespeita ainda a Bíblia, um patrimônio histórico cultural.
O advogado acrescentou que a obra agride fatos históricos bíblicos que fazem parte da colonização do Brasil (comentário: dá pena de argumento tão tosco) e que também são protegidos pela Constituição. "Várias normas constitucionais são desrespeitadas", argumentou. Pinheiro negou que a tentativa de proibir a exibição do filme seja um ato de censura. "O deputado é democrata e cristão. Não suporta ouvir a palavra censura, é alérgico a ela".
Ele considerou, entretanto, que "existem limites para que as coisas aconteçam" e a "liberdade termina onde começa a agredir o direito do outro". Prometeu ir até "a última instância" para impedir a exibição do filme. E comentou que não é católico, "apenas cristão temente a Deus". A produtora e distribuidora do filme, Sony Pictures, informou, por meio da assessoria de imprensa, que não se pronuncia sobre o assunto.
CNBB - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer, apontou que falar sobre o filme é fazer propaganda dele. Destacou que se trata de uma obra de ficção. "Ficção não se discute, não são fatos verdadeiros". Lamentou que o autor tenha misturado situações históricas reais a fictícias, "que confundem as pessoas". Segundo ele, o livro "é desrespeitoso" em relação à fé e revela "decadência cultural". (comentário: mais sensato que o deputado)
http://br.news.yahoo.com//060509/25/14je4.html
O deputado Salvador Zimbaldi (PSB-SP) está travando uma guerra contra a exibição do filme "O Código Da Vinci", baseado no livro homônimo do escritor Dan Brown. Depois de ter uma medida cautelar recusada na 2.ª Vara Cível do Fórum Regional de Santo Amaro, o deputado irá recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O advogado de Zimbaldi, Affonso Pinheiro, disse hoje que apresentará uma apelação nos próximos dias para tentar impedir a exibição do filme.
A estréia nos cinemas brasileiros está prevista para o próximo dia 19. O advogado apresentou a medida cautelar contra a produtora e distribuidora Sony Pictures no dia 4, mas ela foi recusada na 2.ª Vara, sob alegação de que não poderia ser atendida porque a exibição do filme não confronta normas constitucionais. Pinheiro argumenta, porém, que tomou por base a Constituição para pedir que o filme não seja exibido.
"A Constituição determina que a liberdade de crença é inviolável e garante, na forma da lei, proteção aos locais de culto e às suas liturgias", argumentou Pinheiro (comentário: tão desesperado que não percebe que o filme não fere a liberdade de crença), alegando que o livro e o filme desrespeitam a liturgia católica. Afirmou que a produção desrespeita ainda a Bíblia, um patrimônio histórico cultural.
O advogado acrescentou que a obra agride fatos históricos bíblicos que fazem parte da colonização do Brasil (comentário: dá pena de argumento tão tosco) e que também são protegidos pela Constituição. "Várias normas constitucionais são desrespeitadas", argumentou. Pinheiro negou que a tentativa de proibir a exibição do filme seja um ato de censura. "O deputado é democrata e cristão. Não suporta ouvir a palavra censura, é alérgico a ela".
Ele considerou, entretanto, que "existem limites para que as coisas aconteçam" e a "liberdade termina onde começa a agredir o direito do outro". Prometeu ir até "a última instância" para impedir a exibição do filme. E comentou que não é católico, "apenas cristão temente a Deus". A produtora e distribuidora do filme, Sony Pictures, informou, por meio da assessoria de imprensa, que não se pronuncia sobre o assunto.
CNBB - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer, apontou que falar sobre o filme é fazer propaganda dele. Destacou que se trata de uma obra de ficção. "Ficção não se discute, não são fatos verdadeiros". Lamentou que o autor tenha misturado situações históricas reais a fictícias, "que confundem as pessoas". Segundo ele, o livro "é desrespeitoso" em relação à fé e revela "decadência cultural". (comentário: mais sensato que o deputado)
http://br.news.yahoo.com//060509/25/14je4.html