O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
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O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Então vejamos :
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Allan Kardec, Qu'est-ce que le Spiritisme, Preâmbulo.
Evidentemente, o estatuto científico de uma teoria não pode ser decidido através da mera deliberação de se definir como uma "ciência". Esse atributo é inerente à natureza intrínseca da teoria, e não à denominação que se lhe dê.
A tarefa de determinar quais as características de uma teoria são necessárias e suficientes ao seu enquadramento na categoria de ciência cabe à sub-área da Filosofia intitulada Filosofia da Ciência. Essa disciplina, assim como outros ramos do saber, vem evoluindo constantemente. Em seu caso específico, progressos essenciais ocorreram no século XX, e , mais acentuadamente, a partir da década de 60. Os trabalhos de vários filósofos, entre os quais Karl Popper, Willard Quine, Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, evidenciaram graves problemas na concepção de ciência que prevaleceu durante séculos, e ainda hoje é muito freqüente encontrar-se entre os não filósofos.
A compreensão dessa visão "antiga" de ciência, de suas várias dificuldades, dos argumentos avançados por esses filósofos e das novas concepções que propuseram requer estudos especializados de muitos anos, não podendo pois ser avançada dentro de um artigo, por maior que seja sua extensão. Em trabalho anterior tivemos ocasião de tentar fornecer uma tosca idéia dessas questões. Procuraremos aqui relembrar algo do que ali foi exposto, a fim de dar substância à nossa presente argumentação. [nota 2]
Muito simplificadamente, poderíamos dizer que pelo menos desde o surgimento da ciência moderna, por volta do século XVII, acreditava-se que a Ciência consistia na catalogação neutra de um grande número de "fatos", dos quais então resultariam, de maneira "espontânea", certa e infalível, as leis gerais que o regem; a reunião de tais leis constituiria então uma teoria científica.
Conforme mencionamos, essa visão "clássica" de ciência mostrou-se insustentável. Percebeu-se que a descrição, busca e classificação dos fatos necessariamente envolve pressuposições teóricas de um tipo ou de outro; que nenhuma lei teórica pode resultar lógica e infalivelmente de um conjunto de fatos, qualquer que ele seja; que uma teoria científica não é um simples amontoado de leis, sendo, antes, uma estrutura dinâmica complexa, na qual participam elementos de diversas naturezas, como resultados observacionais, hipóteses livremente concebidas, regras para o desenvolvimento futuro da teoria, decisões metodológicas, fragmentos de outras teorias etc.
Imre Lakatos sistematizou as novas idéias surgidas na Filosofia da Ciência, propondo que a atividade científica desenvolve-se em torno do que denominou "programa científico de pesquisa". [nota 3] Um tal programa de pesquisa consiste, em termos simplificados, de um "núcleo rígido" de hipóteses teóricas básicas, suplementado por um "cinturão protetor" de hipóteses auxiliares, que serve para ligar e ajustar o núcleo aos fenômenos de que a ciência trata. A cada programa ainda estão associadas duas "heurísticas", uma "negativa", que é a decisão metodológica de se manter inalteradas as hipóteses do núcleo, e outra "positiva", que é um conjunto de sugestões ou idéias de como mudar ou desenvolver o cinturão protetor de modo que o programa dê conta de novos fenômenos e explique os já conhecidos de maneira mais precisa. Um programa de pesquisa é dito "progressivo" caso leve sistematicamente à descoberta de novos fatos, que sejam por ele explicados; caso contrário, será dito "degenerante".
Tomando o exemplo de um dos mais bem sucedidos programas de pesquisa da Física, a Mecânica Newtoniana, vemos que possui um núcleo rígido formado pelas três leis newtonianas do movimento e pela lei da gravitação universal, que a heurística negativa do programa recomenda sejam mantidas inalteradas: eventuais discrepâncias com a experiência devem ser eliminadas através de ajustes nas hipóteses auxiliares do cinturão protetor. Esse processo ocorreu várias vezes durante o desenvolvimento do programa, como quando, no século XIX, se verificou que as previsões teóricas para a trajetória do planeta Urano conflitavam com os dados da observação astronômica; ao invés de imputar esse desvio a possível falsidade das leis do núcleo rígido, assumiu-se que deveria existir um corpo celeste desconhecido perturbando a trajetória do planeta; mais tarde, foi, de fato, observada a existência desse corpo, o planeta Netuno. Assim como nesse episódio, a conjunção das heurísticas negativa e positiva do programa newtoniano levou à inúmeros desenvolvimentos: novas teorias ópticas, novos aparelhos e técnicas de observação, criação de novos ramos da Matemática etc. A partir do início de nosso século, porém, o programa tornou-se degenerante, por motivos vários que não cabe expor aqui, vindo a ser substituído pelos programas das Teorias da Relatividade e da Mecânica Quântica.
Olhando agora para o Espiritismo, vemos que traz em si todas as características de um programa de pesquisa progressivo, sendo, portanto, genuinamente científico, segundo o critério lakatosiano.
Possui um núcleo rígido formado pelo princípio da existência de uma "inteligência suprema, causa primária de todas as coisas", dotada da suprema justiça e bondade; pela lei de causa e feito; pela imortalidade dos seres vivos; por sua evolução ilimitada; pela existência do livre arbítrio, a partir de determinado estágio evolutivo. Desse núcleo pode-se, com o auxílio da lógica ("raciocínio") e de assunções auxiliares, deduzir ("explicar") a infinidade de fenômenos de que trata o Espiritismo: os fenômenos mediúnicos e anímicos, a evolução dos seres, seus estados psicológicos, sua condição após a morte etc. Todos esses fato, analisados extensiva e objetivamente pelo Espiritismo, embasam e sancionam o corpo de seus princípios teóricos; este, a seu turno, concatena, torna inteligíveis, explica aqueles fatos.
Allan Kardec percebeu, em admirável antecipação às conquistas recentes da Filosofia da Ciência, a importância fundamental dessa "simbiose" entre fenômeno e teoria, e expendeu extensos comentários sobre ela em várias de suas obras. Os três capítulos iniciais da primeira parte de O Livro dos Médiuns, por exemplo, são uma obra prima de argumentação filosófica que, embora visando à elucidação de uma questão ligeiramente diferente, contém valiosos elementos relevantes ao assunto que estamos analisando. Comecemos por estas considerações do Parágrafo 19:
É crença geral que, para convencer, basta apresentar fatos. Esse, com efeito, parece o caminho mais lógico. Entretanto, mostra a experiência que nem sempre é o melhor, pois que a cada passo se encontram pessoas que os mais patentes fatos absolutamente não convenceram. A que se deve atribuir isso? É o que vamos tentar demonstrar.
No Parágrafo 29 Kardec volta ao ponto:
Podemos dizer que, para a maioria dos que não se preparam pelo raciocínio, os fenômenos materiais quase nenhum peso têm. Quanto mais extraordinários são esses fenômenos, quanto mais se afastam das leis conhecidas, maior oposição encontram e isto por uma razão muito simples: é que todos somos naturalmente a duvidar de uma coisa que não tem sanção racional. Cada um a considera de seu ponto de vista e a explica a seu modo [...].
Essa "sanção racional" é a que advém da explicação dos fatos através da teoria. No Parágrafo 34, após ressaltar a importância dos fatos na fundamentação da teoria, Kardec considera, por outro lado, que de dez pessoas novatas que assistam a uma sessão de experimentação espírita "nove sairão sem estar convencidas e algumas mais incrédulas do que antes, por não terem as experiências correspondido ao que esperavam". Prossegue então Kardec:
O inverso se dará com as que puderem compreender os fatos, mediante antecipado conhecimento teórico. Paras estas pessoas, a teoria constitui um meio de verificação, sem que coisa alguma as surpreenda, nem mesmo o insucesso, porque sabem em que condições os fenômenos se produzem e que não se lhes deve pedir o que não podem dar. Assim, pois, a inteligência prévia dos fatos não só as coloca em condições de se aperceberem de todas as anomalias, mas também de apreenderem um sem número de particularidades, de matizes, às vezes muito delicados, que escapam ao observador ignorante.
Considerações interessantes nesse mesmo sentido encontram-se também em O que é o Espiritismo. No diálogo com o Crítico (Cap. I, Primeiro Diálogo) Kardec pondera, em resposta à solicitação que este lhe faz de permissão para assistir a algumas experiências:
E julgais que isto vos baste para poder, ex professo, falar de Espiritismo? Como poderíeis compreender essas experiências e, ainda mais, julgá-las, quando não estudaste os princípios em que elas se baseiam? Como apreciaríeis o resultado, satisfatório ou não, de ensaios metalúrgicos, por exemplo, não conhecendo a fundo a metalurgia?
Mais adiante, no diálogo com o Céptico (Cap. I, Segundo Diálogo, seção "Elementos de convicção") Kardec coloca a questão em termos explícitos:
Há duas coisas no Espiritismo: a parte experimental das manifestações e a doutrina filosófica. Ora, eu sou todos os dias visitado por pessoas que ainda nada viram e crêem tão firmemente como eu, pelo só estudo que fizeram da parte filosófica; para elas o fenômeno das manifestações é acessório; o fundo é a doutrina, a ciência; eles a vêem tão grande, tão racional, que nela encontram tudo quanto possa satisfazer às suas aspirações interiores, à parte o fato das manifestações; do que concluem que, supondo não existissem as manifestações, a doutrina não deixaria de ser sempre a que melhor resolve uma multidão de problemas reputados insolúveis.
Quantos me disseram que essas idéias estavam em germe no seu cérebro, conquanto em estado de confusão. O Espiritismo veio coordená-las, dar-lhes corpo, e foi para eles como um raio de luz. É o que explica o número de adeptos que a simples leitura de O Livro dos Espíritos produziu. Acreditais que esse número seria o que é hoje, se nunca tivéssemos passado das mesas girantes e falantes ?
A primeira sentença que destacamos revela uma vez mais que Kardec localizava o caráter científico do Espiritismo na "doutrina", na sua "parte filosófica", que, no contexto de nossa análise, deve ser entendido como aquilo a que vimos denominando "teoria". Os fatos em si não constituem a ciência.
Nosso segundo destaque mostra que Kardec já entendia o papel da teoria como dando "corpo", ou seja, coesão, inteligibilidade, aos fenômenos, que é a tarefa que Lakatos atribui aos princípios teóricos do programa de pesquisa, notadamente os de seu núcleo rígido.
No decorrer das próximas seções a tese da cientificidade do Espiritismo pela qual vimos argumentando receberá indiretamente mais elementos de comprovação.
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Allan Kardec, Qu'est-ce que le Spiritisme, Preâmbulo.
Evidentemente, o estatuto científico de uma teoria não pode ser decidido através da mera deliberação de se definir como uma "ciência". Esse atributo é inerente à natureza intrínseca da teoria, e não à denominação que se lhe dê.
A tarefa de determinar quais as características de uma teoria são necessárias e suficientes ao seu enquadramento na categoria de ciência cabe à sub-área da Filosofia intitulada Filosofia da Ciência. Essa disciplina, assim como outros ramos do saber, vem evoluindo constantemente. Em seu caso específico, progressos essenciais ocorreram no século XX, e , mais acentuadamente, a partir da década de 60. Os trabalhos de vários filósofos, entre os quais Karl Popper, Willard Quine, Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, evidenciaram graves problemas na concepção de ciência que prevaleceu durante séculos, e ainda hoje é muito freqüente encontrar-se entre os não filósofos.
A compreensão dessa visão "antiga" de ciência, de suas várias dificuldades, dos argumentos avançados por esses filósofos e das novas concepções que propuseram requer estudos especializados de muitos anos, não podendo pois ser avançada dentro de um artigo, por maior que seja sua extensão. Em trabalho anterior tivemos ocasião de tentar fornecer uma tosca idéia dessas questões. Procuraremos aqui relembrar algo do que ali foi exposto, a fim de dar substância à nossa presente argumentação. [nota 2]
Muito simplificadamente, poderíamos dizer que pelo menos desde o surgimento da ciência moderna, por volta do século XVII, acreditava-se que a Ciência consistia na catalogação neutra de um grande número de "fatos", dos quais então resultariam, de maneira "espontânea", certa e infalível, as leis gerais que o regem; a reunião de tais leis constituiria então uma teoria científica.
Conforme mencionamos, essa visão "clássica" de ciência mostrou-se insustentável. Percebeu-se que a descrição, busca e classificação dos fatos necessariamente envolve pressuposições teóricas de um tipo ou de outro; que nenhuma lei teórica pode resultar lógica e infalivelmente de um conjunto de fatos, qualquer que ele seja; que uma teoria científica não é um simples amontoado de leis, sendo, antes, uma estrutura dinâmica complexa, na qual participam elementos de diversas naturezas, como resultados observacionais, hipóteses livremente concebidas, regras para o desenvolvimento futuro da teoria, decisões metodológicas, fragmentos de outras teorias etc.
Imre Lakatos sistematizou as novas idéias surgidas na Filosofia da Ciência, propondo que a atividade científica desenvolve-se em torno do que denominou "programa científico de pesquisa". [nota 3] Um tal programa de pesquisa consiste, em termos simplificados, de um "núcleo rígido" de hipóteses teóricas básicas, suplementado por um "cinturão protetor" de hipóteses auxiliares, que serve para ligar e ajustar o núcleo aos fenômenos de que a ciência trata. A cada programa ainda estão associadas duas "heurísticas", uma "negativa", que é a decisão metodológica de se manter inalteradas as hipóteses do núcleo, e outra "positiva", que é um conjunto de sugestões ou idéias de como mudar ou desenvolver o cinturão protetor de modo que o programa dê conta de novos fenômenos e explique os já conhecidos de maneira mais precisa. Um programa de pesquisa é dito "progressivo" caso leve sistematicamente à descoberta de novos fatos, que sejam por ele explicados; caso contrário, será dito "degenerante".
Tomando o exemplo de um dos mais bem sucedidos programas de pesquisa da Física, a Mecânica Newtoniana, vemos que possui um núcleo rígido formado pelas três leis newtonianas do movimento e pela lei da gravitação universal, que a heurística negativa do programa recomenda sejam mantidas inalteradas: eventuais discrepâncias com a experiência devem ser eliminadas através de ajustes nas hipóteses auxiliares do cinturão protetor. Esse processo ocorreu várias vezes durante o desenvolvimento do programa, como quando, no século XIX, se verificou que as previsões teóricas para a trajetória do planeta Urano conflitavam com os dados da observação astronômica; ao invés de imputar esse desvio a possível falsidade das leis do núcleo rígido, assumiu-se que deveria existir um corpo celeste desconhecido perturbando a trajetória do planeta; mais tarde, foi, de fato, observada a existência desse corpo, o planeta Netuno. Assim como nesse episódio, a conjunção das heurísticas negativa e positiva do programa newtoniano levou à inúmeros desenvolvimentos: novas teorias ópticas, novos aparelhos e técnicas de observação, criação de novos ramos da Matemática etc. A partir do início de nosso século, porém, o programa tornou-se degenerante, por motivos vários que não cabe expor aqui, vindo a ser substituído pelos programas das Teorias da Relatividade e da Mecânica Quântica.
Olhando agora para o Espiritismo, vemos que traz em si todas as características de um programa de pesquisa progressivo, sendo, portanto, genuinamente científico, segundo o critério lakatosiano.
Possui um núcleo rígido formado pelo princípio da existência de uma "inteligência suprema, causa primária de todas as coisas", dotada da suprema justiça e bondade; pela lei de causa e feito; pela imortalidade dos seres vivos; por sua evolução ilimitada; pela existência do livre arbítrio, a partir de determinado estágio evolutivo. Desse núcleo pode-se, com o auxílio da lógica ("raciocínio") e de assunções auxiliares, deduzir ("explicar") a infinidade de fenômenos de que trata o Espiritismo: os fenômenos mediúnicos e anímicos, a evolução dos seres, seus estados psicológicos, sua condição após a morte etc. Todos esses fato, analisados extensiva e objetivamente pelo Espiritismo, embasam e sancionam o corpo de seus princípios teóricos; este, a seu turno, concatena, torna inteligíveis, explica aqueles fatos.
Allan Kardec percebeu, em admirável antecipação às conquistas recentes da Filosofia da Ciência, a importância fundamental dessa "simbiose" entre fenômeno e teoria, e expendeu extensos comentários sobre ela em várias de suas obras. Os três capítulos iniciais da primeira parte de O Livro dos Médiuns, por exemplo, são uma obra prima de argumentação filosófica que, embora visando à elucidação de uma questão ligeiramente diferente, contém valiosos elementos relevantes ao assunto que estamos analisando. Comecemos por estas considerações do Parágrafo 19:
É crença geral que, para convencer, basta apresentar fatos. Esse, com efeito, parece o caminho mais lógico. Entretanto, mostra a experiência que nem sempre é o melhor, pois que a cada passo se encontram pessoas que os mais patentes fatos absolutamente não convenceram. A que se deve atribuir isso? É o que vamos tentar demonstrar.
No Parágrafo 29 Kardec volta ao ponto:
Podemos dizer que, para a maioria dos que não se preparam pelo raciocínio, os fenômenos materiais quase nenhum peso têm. Quanto mais extraordinários são esses fenômenos, quanto mais se afastam das leis conhecidas, maior oposição encontram e isto por uma razão muito simples: é que todos somos naturalmente a duvidar de uma coisa que não tem sanção racional. Cada um a considera de seu ponto de vista e a explica a seu modo [...].
Essa "sanção racional" é a que advém da explicação dos fatos através da teoria. No Parágrafo 34, após ressaltar a importância dos fatos na fundamentação da teoria, Kardec considera, por outro lado, que de dez pessoas novatas que assistam a uma sessão de experimentação espírita "nove sairão sem estar convencidas e algumas mais incrédulas do que antes, por não terem as experiências correspondido ao que esperavam". Prossegue então Kardec:
O inverso se dará com as que puderem compreender os fatos, mediante antecipado conhecimento teórico. Paras estas pessoas, a teoria constitui um meio de verificação, sem que coisa alguma as surpreenda, nem mesmo o insucesso, porque sabem em que condições os fenômenos se produzem e que não se lhes deve pedir o que não podem dar. Assim, pois, a inteligência prévia dos fatos não só as coloca em condições de se aperceberem de todas as anomalias, mas também de apreenderem um sem número de particularidades, de matizes, às vezes muito delicados, que escapam ao observador ignorante.
Considerações interessantes nesse mesmo sentido encontram-se também em O que é o Espiritismo. No diálogo com o Crítico (Cap. I, Primeiro Diálogo) Kardec pondera, em resposta à solicitação que este lhe faz de permissão para assistir a algumas experiências:
E julgais que isto vos baste para poder, ex professo, falar de Espiritismo? Como poderíeis compreender essas experiências e, ainda mais, julgá-las, quando não estudaste os princípios em que elas se baseiam? Como apreciaríeis o resultado, satisfatório ou não, de ensaios metalúrgicos, por exemplo, não conhecendo a fundo a metalurgia?
Mais adiante, no diálogo com o Céptico (Cap. I, Segundo Diálogo, seção "Elementos de convicção") Kardec coloca a questão em termos explícitos:
Há duas coisas no Espiritismo: a parte experimental das manifestações e a doutrina filosófica. Ora, eu sou todos os dias visitado por pessoas que ainda nada viram e crêem tão firmemente como eu, pelo só estudo que fizeram da parte filosófica; para elas o fenômeno das manifestações é acessório; o fundo é a doutrina, a ciência; eles a vêem tão grande, tão racional, que nela encontram tudo quanto possa satisfazer às suas aspirações interiores, à parte o fato das manifestações; do que concluem que, supondo não existissem as manifestações, a doutrina não deixaria de ser sempre a que melhor resolve uma multidão de problemas reputados insolúveis.
Quantos me disseram que essas idéias estavam em germe no seu cérebro, conquanto em estado de confusão. O Espiritismo veio coordená-las, dar-lhes corpo, e foi para eles como um raio de luz. É o que explica o número de adeptos que a simples leitura de O Livro dos Espíritos produziu. Acreditais que esse número seria o que é hoje, se nunca tivéssemos passado das mesas girantes e falantes ?
A primeira sentença que destacamos revela uma vez mais que Kardec localizava o caráter científico do Espiritismo na "doutrina", na sua "parte filosófica", que, no contexto de nossa análise, deve ser entendido como aquilo a que vimos denominando "teoria". Os fatos em si não constituem a ciência.
Nosso segundo destaque mostra que Kardec já entendia o papel da teoria como dando "corpo", ou seja, coesão, inteligibilidade, aos fenômenos, que é a tarefa que Lakatos atribui aos princípios teóricos do programa de pesquisa, notadamente os de seu núcleo rígido.
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Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
-
- Mensagens: 4326
- Registrado em: 27 Out 2005, 21:18
Já tive aula com este cara.
Visite minha página http://filomatia.net. Tratando de lógica, filosofia, matemática etc.
Visite o Wikilivros. Aprenda mais sobre Lógica.
Assista meu canal do youtube. Veja meu currículo lattes.
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Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Claro. Espiritismo é ciência e pagode é música. Que mais falta?
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
- Aurelio Moraes
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- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
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Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
O Lula não sabia de nada.E o Botafogo vai ser campeão.
- Luis Dantas
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Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Quanto apego desesperado à palavra "ciência"...
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
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- videomaker
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Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
DarkWings escreveu:Claro. Espiritismo é ciência e pagode é música. Que mais falta?
Ô Dark , o Zeca é do iraja e a musica dele é boa . ô rapá !
Fala isso do pagode não heimm !

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
videomaker escreveu:DarkWings escreveu:Claro. Espiritismo é ciência e pagode é música. Que mais falta?
Ô Dark , o Zeca é do iraja e a musica dele é boa . ô rapá !
Fala isso do pagode não heimm !
Capaz video! Olha bem pra minha cara e vê como eu tenho cara de pagodeiro....
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
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Re: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
videomaker escreveu:Então vejamos :
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Pronto! Ninguém precisa ler mais nada para saber que trata-se de uma perspectiva de quem assume algo que não se sabe sequer se existe! Se o objeto de estudo da "ciência" Espiritismo fossem as alegações de existência de espíritos... seria desnecessária, posto que já existe a Parapsicologia (ou Pesquisa Psi, como prefiro chamar a esse campo) que tem como objeto de estudo as alegações paranormais, inclusive essa! Mas, quevedianamente, os espíritas assumem a existência da transcendência, da continuidade da vida após a morte e mais, da comunicação entre vivos e mortos. Nenhum problema para uma religião, afinal, Quevedo de um lado, espíritas de outro, cada um torce a realidade como bem quer. Mas, chamar isso de ciência é, no mínimo, desconhecimento do que seja ciência, usurpação desse termo e, portanto, fraude, ainda que não-intencional. Como qualquer outra pseudociência, o Espiritismo quando se afirma como ciência, deve ser combatido com o rigor do método... e da lei.
Um fraternal abraço,
Zangari
Estudo científico de alegações paranormais? Laboratório de Psicologia Anomalística no Instituto de Psicologia da USP.
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Zangari escreveu:videomaker escreveu:Então vejamos :
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Pronto! Ninguém precisa ler mais nada para saber que trata-se de uma perspectiva de quem assume algo que não se sabe sequer se existe! Se o objeto de estudo da "ciência" Espiritismo fossem as alegações de existência de espíritos... seria desnecessária, posto que já existe a Parapsicologia (ou Pesquisa Psi, como prefiro chamar a esse campo) que tem como objeto de estudo as alegações paranormais, inclusive essa! Mas, quevedianamente, os espíritas assumem a existência da transcendência, da continuidade da vida após a morte e mais, da comunicação entre vivos e mortos. Nenhum problema para uma religião, afinal, Quevedo de um lado, espíritas de outro, cada um torce a realidade como bem quer. Mas, chamar isso de ciência é, no mínimo, desconhecimento do que seja ciência, usurpação desse termo e, portanto, fraude, ainda que não-intencional. Como qualquer outra pseudociência, o Espiritismo quando se afirma como ciência, deve ser combatido com o rigor do método... e da lei.
Um fraternal abraço,
Zangari
Ora vamos gritar aos quatro canto do planeta , não é , porque
o zagari não quer , é muita presunção , vc trata com algo
que não explica nem demostrar sua existencia , fica dizendo
que é porque a estatistica das experiencias e os acertos
dos experimentos são possiveis , ora conversa para boi dormir!
A e B SE CONECTAM porque B acerta o que A pensou , tá
explica como isso acontece , onde a materialidade deste fato.
Mas não tudo é possivel em PSI , só falta mostrar como !
Que ciência é essa ? Cerebros se conectam ! , tá bom , mostra
em qual frequencia isso acontece , de onde parte a trasmissão
, e onde se esconde o trasmissor ?
Ciência né ! tá .
e isso é porque sou leigo .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Que argumentos eruditos! Dá até vontade de dormir! Boa noite!
Estudo científico de alegações paranormais? Laboratório de Psicologia Anomalística no Instituto de Psicologia da USP.
- carlo
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Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Porra!Já pararam? Eu pensei que iriam postar aqui um texto de algum reencarnado dizendo que foi o faraó e dizendo timtim por timtim como é que foi feito as pirâmides de Gizé. 


NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
Re: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
videomaker escreveu:Então vejamos :
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Allan Kardec, Qu'est-ce que le Spiritisme, Preâmbulo.
Evidentemente, o estatuto científico de uma teoria não pode ser decidido através da mera deliberação de se definir como uma "ciência". Esse atributo é inerente à natureza intrínseca da teoria, e não à denominação que se lhe dê.
A tarefa de determinar quais as características de uma teoria são necessárias e suficientes ao seu enquadramento na categoria de ciência cabe à sub-área da Filosofia intitulada Filosofia da Ciência. Essa disciplina, assim como outros ramos do saber, vem evoluindo constantemente. Em seu caso específico, progressos essenciais ocorreram no século XX, e , mais acentuadamente, a partir da década de 60. Os trabalhos de vários filósofos, entre os quais Karl Popper, Willard Quine, Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, evidenciaram graves problemas na concepção de ciência que prevaleceu durante séculos, e ainda hoje é muito freqüente encontrar-se entre os não filósofos.
A compreensão dessa visão "antiga" de ciência, de suas várias dificuldades, dos argumentos avançados por esses filósofos e das novas concepções que propuseram requer estudos especializados de muitos anos, não podendo pois ser avançada dentro de um artigo, por maior que seja sua extensão. Em trabalho anterior tivemos ocasião de tentar fornecer uma tosca idéia dessas questões. Procuraremos aqui relembrar algo do que ali foi exposto, a fim de dar substância à nossa presente argumentação. [nota 2]
Muito simplificadamente, poderíamos dizer que pelo menos desde o surgimento da ciência moderna, por volta do século XVII, acreditava-se que a Ciência consistia na catalogação neutra de um grande número de "fatos", dos quais então resultariam, de maneira "espontânea", certa e infalível, as leis gerais que o regem; a reunião de tais leis constituiria então uma teoria científica.
Conforme mencionamos, essa visão "clássica" de ciência mostrou-se insustentável. Percebeu-se que a descrição, busca e classificação dos fatos necessariamente envolve pressuposições teóricas de um tipo ou de outro; que nenhuma lei teórica pode resultar lógica e infalivelmente de um conjunto de fatos, qualquer que ele seja; que uma teoria científica não é um simples amontoado de leis, sendo, antes, uma estrutura dinâmica complexa, na qual participam elementos de diversas naturezas, como resultados observacionais, hipóteses livremente concebidas, regras para o desenvolvimento futuro da teoria, decisões metodológicas, fragmentos de outras teorias etc.
Imre Lakatos sistematizou as novas idéias surgidas na Filosofia da Ciência, propondo que a atividade científica desenvolve-se em torno do que denominou "programa científico de pesquisa". [nota 3] Um tal programa de pesquisa consiste, em termos simplificados, de um "núcleo rígido" de hipóteses teóricas básicas, suplementado por um "cinturão protetor" de hipóteses auxiliares, que serve para ligar e ajustar o núcleo aos fenômenos de que a ciência trata. A cada programa ainda estão associadas duas "heurísticas", uma "negativa", que é a decisão metodológica de se manter inalteradas as hipóteses do núcleo, e outra "positiva", que é um conjunto de sugestões ou idéias de como mudar ou desenvolver o cinturão protetor de modo que o programa dê conta de novos fenômenos e explique os já conhecidos de maneira mais precisa. Um programa de pesquisa é dito "progressivo" caso leve sistematicamente à descoberta de novos fatos, que sejam por ele explicados; caso contrário, será dito "degenerante".
Tomando o exemplo de um dos mais bem sucedidos programas de pesquisa da Física, a Mecânica Newtoniana, vemos que possui um núcleo rígido formado pelas três leis newtonianas do movimento e pela lei da gravitação universal, que a heurística negativa do programa recomenda sejam mantidas inalteradas: eventuais discrepâncias com a experiência devem ser eliminadas através de ajustes nas hipóteses auxiliares do cinturão protetor. Esse processo ocorreu várias vezes durante o desenvolvimento do programa, como quando, no século XIX, se verificou que as previsões teóricas para a trajetória do planeta Urano conflitavam com os dados da observação astronômica; ao invés de imputar esse desvio a possível falsidade das leis do núcleo rígido, assumiu-se que deveria existir um corpo celeste desconhecido perturbando a trajetória do planeta; mais tarde, foi, de fato, observada a existência desse corpo, o planeta Netuno. Assim como nesse episódio, a conjunção das heurísticas negativa e positiva do programa newtoniano levou à inúmeros desenvolvimentos: novas teorias ópticas, novos aparelhos e técnicas de observação, criação de novos ramos da Matemática etc. A partir do início de nosso século, porém, o programa tornou-se degenerante, por motivos vários que não cabe expor aqui, vindo a ser substituído pelos programas das Teorias da Relatividade e da Mecânica Quântica.
Olhando agora para o Espiritismo, vemos que traz em si todas as características de um programa de pesquisa progressivo, sendo, portanto, genuinamente científico, segundo o critério lakatosiano.
Possui um núcleo rígido formado pelo princípio da existência de uma "inteligência suprema, causa primária de todas as coisas", dotada da suprema justiça e bondade; pela lei de causa e feito; pela imortalidade dos seres vivos; por sua evolução ilimitada; pela existência do livre arbítrio, a partir de determinado estágio evolutivo. Desse núcleo pode-se, com o auxílio da lógica ("raciocínio") e de assunções auxiliares, deduzir ("explicar") a infinidade de fenômenos de que trata o Espiritismo: os fenômenos mediúnicos e anímicos, a evolução dos seres, seus estados psicológicos, sua condição após a morte etc. Todos esses fato, analisados extensiva e objetivamente pelo Espiritismo, embasam e sancionam o corpo de seus princípios teóricos; este, a seu turno, concatena, torna inteligíveis, explica aqueles fatos.
Allan Kardec percebeu, em admirável antecipação às conquistas recentes da Filosofia da Ciência, a importância fundamental dessa "simbiose" entre fenômeno e teoria, e expendeu extensos comentários sobre ela em várias de suas obras. Os três capítulos iniciais da primeira parte de O Livro dos Médiuns, por exemplo, são uma obra prima de argumentação filosófica que, embora visando à elucidação de uma questão ligeiramente diferente, contém valiosos elementos relevantes ao assunto que estamos analisando. Comecemos por estas considerações do Parágrafo 19:
É crença geral que, para convencer, basta apresentar fatos. Esse, com efeito, parece o caminho mais lógico. Entretanto, mostra a experiência que nem sempre é o melhor, pois que a cada passo se encontram pessoas que os mais patentes fatos absolutamente não convenceram. A que se deve atribuir isso? É o que vamos tentar demonstrar.
No Parágrafo 29 Kardec volta ao ponto:
Podemos dizer que, para a maioria dos que não se preparam pelo raciocínio, os fenômenos materiais quase nenhum peso têm. Quanto mais extraordinários são esses fenômenos, quanto mais se afastam das leis conhecidas, maior oposição encontram e isto por uma razão muito simples: é que todos somos naturalmente a duvidar de uma coisa que não tem sanção racional. Cada um a considera de seu ponto de vista e a explica a seu modo [...].
Essa "sanção racional" é a que advém da explicação dos fatos através da teoria. No Parágrafo 34, após ressaltar a importância dos fatos na fundamentação da teoria, Kardec considera, por outro lado, que de dez pessoas novatas que assistam a uma sessão de experimentação espírita "nove sairão sem estar convencidas e algumas mais incrédulas do que antes, por não terem as experiências correspondido ao que esperavam". Prossegue então Kardec:
O inverso se dará com as que puderem compreender os fatos, mediante antecipado conhecimento teórico. Paras estas pessoas, a teoria constitui um meio de verificação, sem que coisa alguma as surpreenda, nem mesmo o insucesso, porque sabem em que condições os fenômenos se produzem e que não se lhes deve pedir o que não podem dar. Assim, pois, a inteligência prévia dos fatos não só as coloca em condições de se aperceberem de todas as anomalias, mas também de apreenderem um sem número de particularidades, de matizes, às vezes muito delicados, que escapam ao observador ignorante.
Considerações interessantes nesse mesmo sentido encontram-se também em O que é o Espiritismo. No diálogo com o Crítico (Cap. I, Primeiro Diálogo) Kardec pondera, em resposta à solicitação que este lhe faz de permissão para assistir a algumas experiências:
E julgais que isto vos baste para poder, ex professo, falar de Espiritismo? Como poderíeis compreender essas experiências e, ainda mais, julgá-las, quando não estudaste os princípios em que elas se baseiam? Como apreciaríeis o resultado, satisfatório ou não, de ensaios metalúrgicos, por exemplo, não conhecendo a fundo a metalurgia?
Mais adiante, no diálogo com o Céptico (Cap. I, Segundo Diálogo, seção "Elementos de convicção") Kardec coloca a questão em termos explícitos:
Há duas coisas no Espiritismo: a parte experimental das manifestações e a doutrina filosófica. Ora, eu sou todos os dias visitado por pessoas que ainda nada viram e crêem tão firmemente como eu, pelo só estudo que fizeram da parte filosófica; para elas o fenômeno das manifestações é acessório; o fundo é a doutrina, a ciência; eles a vêem tão grande, tão racional, que nela encontram tudo quanto possa satisfazer às suas aspirações interiores, à parte o fato das manifestações; do que concluem que, supondo não existissem as manifestações, a doutrina não deixaria de ser sempre a que melhor resolve uma multidão de problemas reputados insolúveis.
Quantos me disseram que essas idéias estavam em germe no seu cérebro, conquanto em estado de confusão. O Espiritismo veio coordená-las, dar-lhes corpo, e foi para eles como um raio de luz. É o que explica o número de adeptos que a simples leitura de O Livro dos Espíritos produziu. Acreditais que esse número seria o que é hoje, se nunca tivéssemos passado das mesas girantes e falantes ?
A primeira sentença que destacamos revela uma vez mais que Kardec localizava o caráter científico do Espiritismo na "doutrina", na sua "parte filosófica", que, no contexto de nossa análise, deve ser entendido como aquilo a que vimos denominando "teoria". Os fatos em si não constituem a ciência.
Nosso segundo destaque mostra que Kardec já entendia o papel da teoria como dando "corpo", ou seja, coesão, inteligibilidade, aos fenômenos, que é a tarefa que Lakatos atribui aos princípios teóricos do programa de pesquisa, notadamente os de seu núcleo rígido.
No decorrer das próximas seções a tese da cientificidade do Espiritismo pela qual vimos argumentando receberá indiretamente mais elementos de comprovação.
Kardec era um positivista que tentou legitimar, segundo a ideologia de sua época, um sistema religioso inteligivel. É a tentativa de dar caráter científico a tudo, mesmo aquilo que lida com o sobrenatural.
Obviamente, as contradições inerentes pelo próprio sistema kardecista fazem ele cair por terra rapidamente.
Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
Luis Dantas escreveu:Quanto apego desesperado à palavra "ciência"...
Tive a mesma impressão.
É a mesma ação desesperada que os seguidores do Boff e da Teologia da Libertação têm para se dizer católicos.
Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
Zangari escreveu:Que argumentos eruditos! Dá até vontade de dormir! Boa noite!
Grande mestre Zangari! Uma das grandes novas "pérolas" desse fórum!

Não sei se você teve a mesma impressão que o Luis e eu tivemos, mas, para o Vídeo, não tem a menor importancia o que diz o texto! A frase que você quotou reflete bem essa questão: é um intelectual de "know how" que escreveu um texto que dá alguma chance do espiritismo ser taxado como ciência. Pronto! E não voltamos à Idade Média, onde o argumento de apelo à autoridade tem relevância?
É basicamente isto, meu amigo. Não adianta debater o texto com o Video porquê, provavelmente, nem o Video entendeu o texto. O que vale é o título! O título de ciência.
Um abraço!
- Aurelio Moraes
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Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Estou começando a achar que o videomaker é só um cara querendo ser engraçado.
- Vitor Moura
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Re: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Olá, Zangari
gostaria de comentar esta sua mensagem:
***Na verdade, Zangari, não penso que isso chegue a invalidar o Espiritismo. Veja, hoje mesmo há cientistas que duvidam mesmo da existência da consciência [Francis Crick, descobridor do DNA era um deles], ou de uma mente - seríamos zumbis - e que teríamos apenas uma ilusão de consciência. Mas ciências se desenvolveram assumindo a existência da consciência, o que hoje está em xeque.
Se o objeto de estudo da "ciência" Espiritismo fossem as alegações de existência de espíritos... seria desnecessária, posto que já existe a Parapsicologia (ou Pesquisa Psi, como prefiro chamar a esse campo) que tem como objeto de estudo as alegações paranormais, inclusive essa!
***Mas Zangari, muitas ciências possuem o mesmo objeto de estudo ou função, vide a psicologia, a fisiologia, ou a neurociência, todas tentam elucidar a mente. É verdade que muitas vezes seus modelos entram em conflito, mas acho indispensável a criação desses modelos por parte de cada uma dessas ciências, pois penso que acabarão por dar uma visão mais completa do ser humano.
Mas, quevedianamente, os espíritas assumem a existência da transcendência, da continuidade da vida após a morte e mais, da comunicação entre vivos e mortos. Nenhum problema para uma religião, afinal, Quevedo de um lado, espíritas de outro, cada um torce a realidade como bem quer. Mas, chamar isso de ciência é, no mínimo, desconhecimento do que seja ciência, usurpação desse termo e, portanto, fraude, ainda que não-intencional. Como qualquer outra pseudociência, o Espiritismo quando se afirma como ciência, deve ser combatido com o rigor do método... e da lei.
***Acho problemático também assumir a existência de espíritos. Não gosto disso, repito. Prefiro, como você disse, dizer que o Espiritismo estudaria 'alegações de fenômenos que sugeririam sobrevivência'. O problema é que hoje eu também acharia problemático assumir a existência de uma consciência, e, francamente, estou quase desistindo de tentar demarcar o que é ciência e o que não é.Prefiro, como Roberto Andrade Martins, dizer que entre as disciplinas há diferentes graus de cientificidade, sem com isso dizer se algo pode ser enquadrado totalmente como pseudo-científico ou não.
Um abraço,
Vitor
gostaria de comentar esta sua mensagem:
Zangari escreveu:videomaker escreveu:Então vejamos :
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Pronto! Ninguém precisa ler mais nada para saber que trata-se de uma perspectiva de quem assume algo que não se sabe sequer se existe!
***Na verdade, Zangari, não penso que isso chegue a invalidar o Espiritismo. Veja, hoje mesmo há cientistas que duvidam mesmo da existência da consciência [Francis Crick, descobridor do DNA era um deles], ou de uma mente - seríamos zumbis - e que teríamos apenas uma ilusão de consciência. Mas ciências se desenvolveram assumindo a existência da consciência, o que hoje está em xeque.
Se o objeto de estudo da "ciência" Espiritismo fossem as alegações de existência de espíritos... seria desnecessária, posto que já existe a Parapsicologia (ou Pesquisa Psi, como prefiro chamar a esse campo) que tem como objeto de estudo as alegações paranormais, inclusive essa!
***Mas Zangari, muitas ciências possuem o mesmo objeto de estudo ou função, vide a psicologia, a fisiologia, ou a neurociência, todas tentam elucidar a mente. É verdade que muitas vezes seus modelos entram em conflito, mas acho indispensável a criação desses modelos por parte de cada uma dessas ciências, pois penso que acabarão por dar uma visão mais completa do ser humano.
Mas, quevedianamente, os espíritas assumem a existência da transcendência, da continuidade da vida após a morte e mais, da comunicação entre vivos e mortos. Nenhum problema para uma religião, afinal, Quevedo de um lado, espíritas de outro, cada um torce a realidade como bem quer. Mas, chamar isso de ciência é, no mínimo, desconhecimento do que seja ciência, usurpação desse termo e, portanto, fraude, ainda que não-intencional. Como qualquer outra pseudociência, o Espiritismo quando se afirma como ciência, deve ser combatido com o rigor do método... e da lei.
***Acho problemático também assumir a existência de espíritos. Não gosto disso, repito. Prefiro, como você disse, dizer que o Espiritismo estudaria 'alegações de fenômenos que sugeririam sobrevivência'. O problema é que hoje eu também acharia problemático assumir a existência de uma consciência, e, francamente, estou quase desistindo de tentar demarcar o que é ciência e o que não é.Prefiro, como Roberto Andrade Martins, dizer que entre as disciplinas há diferentes graus de cientificidade, sem com isso dizer se algo pode ser enquadrado totalmente como pseudo-científico ou não.
Um abraço,
Vitor
Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Olá, Vitor!
***Na verdade, Zangari, não penso que isso chegue a invalidar o Espiritismo. Veja, hoje mesmo há cientistas que duvidam mesmo da existência da consciência [Francis Crick, descobridor do DNA era um deles], ou de uma mente - seríamos zumbis - e que teríamos apenas uma ilusão de consciência. Mas ciências se desenvolveram assumindo a existência da consciência, o que hoje está em xeque.
WZ: 1º Crick e outros poucos não são "A" disciplina (Ciências Cognitivas/Filosofia da Mente/Neurociências...), são teóricos dentre vários outros dentro "DA" disciplica
2º Em cheque estariam essas disciplinas SE houvese consenso de que não há consciência. Se há dúvida, então o trabalho científico poderá continuar.
3º O texto referido não coloca em dúvida a existência de espíritos: simples e rapidamente, assume sua existência! Segundo tal definição, alguém que duvide (ferramenta básica da ciência) estaria fora do campo!
WZ (em mensagem anterior): Se o objeto de estudo da "ciência" Espiritismo fossem as alegações de existência de espíritos... seria desnecessária, posto que já existe a Parapsicologia (ou Pesquisa Psi, como prefiro chamar a esse campo) que tem como objeto de estudo as alegações paranormais, inclusive essa!
***Mas Zangari, muitas ciências possuem o mesmo objeto de estudo ou função, vide a psicologia, a fisiologia, ou a neurociência, todas tentam elucidar a mente. É verdade que muitas vezes seus modelos entram em conflito, mas acho indispensável a criação desses modelos por parte de cada uma dessas ciências, pois penso que acabarão por dar uma visão mais completa do ser humano.
WZ: A Pesquisa Psi é, segundo minha perspectiva (e nela não estou sozinho), ramo da Psicologia, e nenhum outro ramo da ciência possui o mesmo objeto de estudo: alegações paranormais. Pesquisadores Psi recorrem ao conhecimento de outras áreas para elucidar alegações que estão sob sua "jurisdição".
WZ (em mensagem anterior):Mas, quevedianamente, os espíritas assumem a existência da transcendência, da continuidade da vida após a morte e mais, da comunicação entre vivos e mortos. Nenhum problema para uma religião, afinal, Quevedo de um lado, espíritas de outro, cada um torce a realidade como bem quer. Mas, chamar isso de ciência é, no mínimo, desconhecimento do que seja ciência, usurpação desse termo e, portanto, fraude, ainda que não-intencional. Como qualquer outra pseudociência, o Espiritismo quando se afirma como ciência, deve ser combatido com o rigor do método... e da lei.
***Acho problemático também assumir a existência de espíritos. Não gosto disso, repito. Prefiro, como você disse, dizer que o Espiritismo estudaria 'alegações de fenômenos que sugeririam sobrevivência'. O problema é que hoje eu também acharia problemático assumir a existência de uma consciência, e, francamente, estou quase desistindo de tentar demarcar o que é ciência e o que não é.Prefiro, como Roberto Andrade Martins, dizer que entre as disciplinas há diferentes graus de cientificidade, sem com isso dizer se algo pode ser enquadrado totalmente como pseudo-científico ou não.
WZ: Bom, então faça como eu: insurja-se contra a definição acima apresentada! E... torne-se um pesquisador psi!
Um fraternal abraço,
Zangari
***Na verdade, Zangari, não penso que isso chegue a invalidar o Espiritismo. Veja, hoje mesmo há cientistas que duvidam mesmo da existência da consciência [Francis Crick, descobridor do DNA era um deles], ou de uma mente - seríamos zumbis - e que teríamos apenas uma ilusão de consciência. Mas ciências se desenvolveram assumindo a existência da consciência, o que hoje está em xeque.
WZ: 1º Crick e outros poucos não são "A" disciplina (Ciências Cognitivas/Filosofia da Mente/Neurociências...), são teóricos dentre vários outros dentro "DA" disciplica
2º Em cheque estariam essas disciplinas SE houvese consenso de que não há consciência. Se há dúvida, então o trabalho científico poderá continuar.
3º O texto referido não coloca em dúvida a existência de espíritos: simples e rapidamente, assume sua existência! Segundo tal definição, alguém que duvide (ferramenta básica da ciência) estaria fora do campo!
WZ (em mensagem anterior): Se o objeto de estudo da "ciência" Espiritismo fossem as alegações de existência de espíritos... seria desnecessária, posto que já existe a Parapsicologia (ou Pesquisa Psi, como prefiro chamar a esse campo) que tem como objeto de estudo as alegações paranormais, inclusive essa!
***Mas Zangari, muitas ciências possuem o mesmo objeto de estudo ou função, vide a psicologia, a fisiologia, ou a neurociência, todas tentam elucidar a mente. É verdade que muitas vezes seus modelos entram em conflito, mas acho indispensável a criação desses modelos por parte de cada uma dessas ciências, pois penso que acabarão por dar uma visão mais completa do ser humano.
WZ: A Pesquisa Psi é, segundo minha perspectiva (e nela não estou sozinho), ramo da Psicologia, e nenhum outro ramo da ciência possui o mesmo objeto de estudo: alegações paranormais. Pesquisadores Psi recorrem ao conhecimento de outras áreas para elucidar alegações que estão sob sua "jurisdição".
WZ (em mensagem anterior):Mas, quevedianamente, os espíritas assumem a existência da transcendência, da continuidade da vida após a morte e mais, da comunicação entre vivos e mortos. Nenhum problema para uma religião, afinal, Quevedo de um lado, espíritas de outro, cada um torce a realidade como bem quer. Mas, chamar isso de ciência é, no mínimo, desconhecimento do que seja ciência, usurpação desse termo e, portanto, fraude, ainda que não-intencional. Como qualquer outra pseudociência, o Espiritismo quando se afirma como ciência, deve ser combatido com o rigor do método... e da lei.
***Acho problemático também assumir a existência de espíritos. Não gosto disso, repito. Prefiro, como você disse, dizer que o Espiritismo estudaria 'alegações de fenômenos que sugeririam sobrevivência'. O problema é que hoje eu também acharia problemático assumir a existência de uma consciência, e, francamente, estou quase desistindo de tentar demarcar o que é ciência e o que não é.Prefiro, como Roberto Andrade Martins, dizer que entre as disciplinas há diferentes graus de cientificidade, sem com isso dizer se algo pode ser enquadrado totalmente como pseudo-científico ou não.
WZ: Bom, então faça como eu: insurja-se contra a definição acima apresentada! E... torne-se um pesquisador psi!
Um fraternal abraço,
Zangari
Estudo científico de alegações paranormais? Laboratório de Psicologia Anomalística no Instituto de Psicologia da USP.
Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
É isso aí, Samael! Concordo sim!
Você é aquele lá do encontro da AB, não é?
Um fraternal abraço,
Zangari
Você é aquele lá do encontro da AB, não é?
Um fraternal abraço,
Zangari
Estudo científico de alegações paranormais? Laboratório de Psicologia Anomalística no Instituto de Psicologia da USP.
Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
Zangari escreveu:É isso aí, Samael! Concordo sim!
Você é aquele lá do encontro da AB, não é?
Um fraternal abraço,
Zangari
Sim. Eu mesmo.
Abraço!
- videomaker
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- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
Samael escreveu:Zangari escreveu:Que argumentos eruditos! Dá até vontade de dormir! Boa noite!
Grande mestre Zangari! Uma das grandes novas "pérolas" desse fórum!![]()
Não sei se você teve a mesma impressão que o Luis e eu tivemos, mas, para o Vídeo, não tem a menor importancia o que diz o texto! A frase que você quotou reflete bem essa questão: é um intelectual de "know how" que escreveu um texto que dá alguma chance do espiritismo ser taxado como ciência. Pronto! E não voltamos à Idade Média, onde o argumento de apelo à autoridade tem relevância?
É basicamente isto, meu amigo. Não adianta debater o texto com o Video porquê, provavelmente, nem o Video entendeu o texto. O que vale é o título! O título de ciência.
Um abraço!
Samael , não tenha duvidas que entendi o texto , porem dizer
apenas que é a apelo a autoridade , acho ate que esse
esqueminha , apelo a isso , apelo a aquilo , é conviniente
demais para uma discussão , não entro nessa , é pura falta
de argumento.
O problema Samael é que só os bons estão do lado de lá ,
não interessa se o cara é doutorado nisso ou aquilo , se
é americano , ou chinês , se não tiver de acordo com o que
pensa o pofessor , o coitado não é nada !
E assim amigão, fica dificil demais !!!! .
é isso.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
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Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Não percam tempo respondendo ao vm. Ele é só um cidadão com pretensões de tentar ser engraçado, que quer que a ciência aceite os dogmas do espiritismo, assim como o padre quevedo quer ligar a ciência ao catolicismo.
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Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
Zangari escreveu:Que argumentos eruditos! Dá até vontade de dormir! Boa noite!
Maldito radio fm que toca a musica , e sabemos de onde ela
vêm e como se propaga !!!!!
Emissor e receptor bem ali , tão cientificamente testalvel e
provavel.
Agora o pensamento esse não ! , se fulano acertou 3 figuras ,
não houve Psi , se acertou 15 , Ha ai sim , ai houve PSI !!.
Isso é porque sou leigo ...
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
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Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
Mr.Hammond escreveu:Não percam tempo respondendo ao vm. Ele é só um cidadão com pretensões de tentar ser engraçado, que quer que a ciência aceite os dogmas do espiritismo, assim como o padre quevedo quer ligar a ciência ao catolicismo.
Calma Bulhões , assim não chego nos 2000 !
Toma uma coca diet , e fica frio .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
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Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chibeni
Eu não posso tomar refrigerante por 6 meses.
E não vou sentir falta.
E não vou sentir falta.
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Re: Re.: O Espiritismo é científico ? por Silvio Seno Chiben
Mr.Hammond escreveu:Eu não posso tomar refrigerante por 6 meses.
E não vou sentir falta.
Conhece a bala de coca ?
Vc coloca na geladeira , pronto é igualzinho!

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)