AS AVENTURAS DE JONAS, O INGÊNUO
Enviado: 18 Mai 2006, 12:59
PELA VIA DA EDUCAÇÃO - Os brasileiros, de forma geral, desde sempre mostram resistências muito fortes, explicadas muito por questões culturais, para conhecer e, quem sabe, aderir às idéias e pensamentos liberais. Não havendo outra forma, que não pela via da educação e do ensino, para que sejam conhecidas e comparadas as vantagens derivadas do capitalismo, do liberalismo, sempre bombardeados embora jamais experimentados, me proponho a fazer isto sempre de maneira incansável.
EDUCAR NÃO É ALFABETIZAR - A propósito: quando o assunto é educação não se pode admitir que educar é alfabetizar. Este é o pré-requisito para que a sociedade possa ser bem educada. O importante é o que vem depois, ou seja, o processo que propõe o desenvolvimento do raciocínio lógico, do discernimento dos indivíduos. Há, pois, que separar a alfabetização do conhecimento.
LIVRO - Dentro desta lógica educacional sugiro, por exemplo, a leitura do livro de Ken Schoolland – As Aventuras de Jonas, o Ingênuo – Uma odisséia rumo ao conhecimento -. Gente, anotem aí: este é um livro que deveria ser lido por todos. Adultos, adolescentes e crianças. A obra recebeu duas vezes a medalha de honra George Washington, por comunicação pública e educação econômica, da Freedom Foundation, de Valley Forge.
NOVELA DE RÁDIO - Gostoso de ler, o livro - As Aventuras de Jonas, o Ingênuo - confirma tudo isto pelo fato de que as histórias, contadas em forma de aventuras, começaram como um seriado na rádio KHVH, do Havaí. Mas tarde foram produzidas como drama e irradiadas pela KABN e KCWA, no Alasca. E foi traduzido, em várias línguas, inclusive russo, holandês, norueguês, lituano, romeno e sérvio. Chega?
BOA OPORTUNIDADE - Como o Brasil é o país das novelas e das mini-séries, a maioria delas sem qualquer enredo sério, mas com garantia de grandes audiências, aí está uma boa oportunidade para que se faça uma série televisiva que possa melhorar o nível de educação do nosso povo. Leis de incentivo à cultura não faltam, o que garante recursos abundantes para financiar uma novela como – As Aventuras de Jonas, o Ingênuo -, por exemplo.
CAPÍTULO - Como sugestão às redes de televisão, que funcionam por concessão governamental, e para tentar seduzir e promover mais entendimento sobre o grande perigo que está afligindo o nosso Brasil, via Eixo Latino-Americano liderado por Hugo Chávez, publico a partir de amanhã, um capítulo do livro, escolhido aleatoriamente, para que entendam a mensagem do autor.
CAPÍTULO 29 – O GRANDE INQUISIDOR
Vejam, então, o que diz o capítulo 29, do livro de Ken Schoolland, que se intitula – O Grande Inquisidor:
A tarde já estava quase terminando, quando Jonas e Maria Joana chegaram a um parque gramado. Pessoas entravam e iam se aglomerando sobre um morrinho no meio do parque. “Bom”, - disse Maria Joana, “chegamos cedo”. Daqui a pouco esta área vai ficar cheia de gente que quer ouvir a palavra do Grande Inquisidor. E você encontrará respostas para todas as perguntas.
A APARIÇÃO
Todo vestido de preto, um homem muito magro veio a passos largos e postou-se no centro da aglomeração. Seus olhos percorreram lentamente aqueles rostos todos, que olhavam para ele fixamente. O murmúrio do público cessou e tudo o que Jonas podia ouvir era o zunido de alguns grilos na grama.
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO?
“A paz é guerra! A sabedoria é ignorância! A liberdade é escravidão!” A voz firme do homem parecia vir lá do fundo e penetrava o corpo inteiro de Jonas. Ninguém parecia nem um pouquinho surpreso com as palavras do Grande Inquisidor.
Num ímpeto, Jonas perguntou: “Por que o senhor diz que a “liberdade é escravidão?”
UMA DESGRAÇA
O Grande Inquisidor fixou um olhar penetrante no jovem observador. Que pessoa era aquela, que se atrevera a interromper a sua palestra? Jamais alguém da assembléia tivera a ousadia de questioná-lo. Ninguém se mexia. O único som que se ouvia era o leve farfalhar das folhas ao vento. O Grande Inquisidor, então, proferiu, em tom ameaçador, um pouco para Jonas e um pouco para a assembléia: “A liberdade é a maior carga que poderia pesar sobre a humanidade”.
A LIBERDADE É UMA CARGA?
Falando o mais alto que sua voz permitia, o homem ergueu os braços e cruzou os punhos sobre a cabeça: “A liberdade é o mais pesado dos grilhões!”
Jonas insistiu. “Por que a liberdade é uma carga? O que há de errado com ela?” Ele simplesmente não conseguira se conter; queria saber do que aquele homem estava falando.
PESO MONUMENTAL
Com duas grandes passadas, o homem precipitou-se para o garoto, e continuou: “A liberdade é um peso monumental sobre os ombros dos homens e mulheres, porque requer, não, porque exige, o uso da mente e da vontade.” Com um bramido de dor e horror, o Grande Inquisidor advertiu: “O livre arbítrio os tornaria plenamente responsáveis pelos seus próprios atos!”
RESPONSÁVEIS?
Ao ouvir tais palavras, aquela gente toda retraiu-se, e alguns até taparam os ouvidos, com medo.
“O que o senhor quer dizer com – responsáveis ?-, perguntou Jonas, meio hesitante.
Irritado com uma impertinência daquelas, o Inquisidor repentinamente decidiu adotar uma outra forma de abordagem. Ele pareceu recuar, e seu rosto adquiriu uma expressão afável. Abaixou-se e arrancou uma plantinha que crescia aos seus pés.
VOZ PATERNAL
Alguns de vocês, meus amados irmãos e irmãs, talvez não façam idéia dos perigos de que lhes falo. Fechem os olhos, e mentalizem esta minúscula planta na minha mão”. Sua voz era solene e paternal.
ATOS PREDESTINADOS
Todos, exceto Jonas, fecharam bem os olhos e se concentraram. Hipnoticamente, o Grande Inquisidor começou a descrever uma cena para a assembléia. “Esta pequena planta não passa de um frágil broto de arbusto, enraizado no solo e fixo sobre a terra. Ela não é responsável pelos seus atos. Todos os seus atos são predestinados. Ah, felizes dos arbustos!”
PESO DO ARBÍTRIO
“Agora, meus amados, imaginem um animal. Um pequeno e gracioso camundongo, correndo no meio destas plantas fixas, ocupado em encontrar alimento. Essa criatura peluda não é responsável pelos seus atos. Tudo o que um camundongo faz é predestinado pela natureza. Ah, a natureza! Feliz do animal! Nem as plantas, nem os animais, sofrem com o peso dos arbítrio, porque nenhum se defronte com escolhas e valores. Eles nunca podem estar errados!”
ABRAM OS OLHOS
Algumas pessoas na multidão murmuraram, extasiados: “Sim, Grande Inquisidor, sim, sim, é isto mesmo.”
O carismático líder, de repente, empertigou-se, ficando mais alto, e continuou: “Abram os olhos e olhem ao seu redor! Um ser humano, qualquer um que sucumbi às escolhas e valores errados podem ferir vocês e os outros. A simples consciência do mal potencial os fará sofrer. E esse sofrimento é .... responsabilidade.
CONFIEM EM MIM
As pessoas estremeceram, e achegaram-se mais umas às outras. Um garoto sentado perto de Jonas de repente gritou: “Oh, por favor, mestre” Como podemos evitar esse destino? Diga-nos como nos livrarmos desse peso terrível.”
TERRÍVEL AMEAÇA
“É uma tarefa muito difícil, mas juntos podemos superar essa terrível ameaça.” Então ele começou a falar tão baixo, que Jonas teve que se inclinar para a frente, para conseguir ouvir suas palavras. “Confiem em mim. Eu tomarei as decisões por vocês. Assim, vocês ficarão livres de toda a culpa e sofrimento que a liberdade traz. Eu tomarei a meu encargo todo o sofrimento.”
CONSIGAM OS VOTOS
Então o Inquisidor ergueu os braços e gritou: “Agora, vão, todos vocês! Vasculhem todas as ruas e becos, batam em todas as portas. Consigam votos, como eu os instruí! Está em suas mãos a minha vitória – a vitória deste, o escolhido de vocês para tomar as decisões por vocês no Conselho dos Lordes!”
ONDE ESTÁ A VIRTUDE?
A multidão gritou, apoiando-o, e começou a dispersar-se em todas as direções. Saíram empurrando uns aos outros, cada um querendo ser o primeiro a chegar às ruas.
Apenas o Grande Inquisidor e Jonas ficaram ali. Por fim, Jonas fez ainda uma última pergunta: “Qual é a virtude de deixarem todas as decisões nas mãos do senhor?”
SERENIDADE À VIRTUDE
“Nenhuma“, - respondeu o Inquisidor, com um sorriso de escárnio. “Pois a virtude só pode existir quando há liberdade de escolha. E os meus seguidores, o meu rebanho de ovelhas, eles preferem a serenidade à virtude. E quanto a você meu pequeno, com todas as suas perguntas, o que é que você prefere? Ajude-me a vencer as eleições, e posso lhe conseguir tudo o que desejar. Deixe que eu também faça as suas escolhas. Então, as suas perguntas não terão mais importância”.
GARGALHADA
Sem uma palavra sequer, Jonas deu meia volta e saiu correndo do parque. E pode ouvir, atrás de si, a sonora gargalhada do Inquisidor. FIM
http://www.pontocritico.com
EDUCAR NÃO É ALFABETIZAR - A propósito: quando o assunto é educação não se pode admitir que educar é alfabetizar. Este é o pré-requisito para que a sociedade possa ser bem educada. O importante é o que vem depois, ou seja, o processo que propõe o desenvolvimento do raciocínio lógico, do discernimento dos indivíduos. Há, pois, que separar a alfabetização do conhecimento.
LIVRO - Dentro desta lógica educacional sugiro, por exemplo, a leitura do livro de Ken Schoolland – As Aventuras de Jonas, o Ingênuo – Uma odisséia rumo ao conhecimento -. Gente, anotem aí: este é um livro que deveria ser lido por todos. Adultos, adolescentes e crianças. A obra recebeu duas vezes a medalha de honra George Washington, por comunicação pública e educação econômica, da Freedom Foundation, de Valley Forge.
NOVELA DE RÁDIO - Gostoso de ler, o livro - As Aventuras de Jonas, o Ingênuo - confirma tudo isto pelo fato de que as histórias, contadas em forma de aventuras, começaram como um seriado na rádio KHVH, do Havaí. Mas tarde foram produzidas como drama e irradiadas pela KABN e KCWA, no Alasca. E foi traduzido, em várias línguas, inclusive russo, holandês, norueguês, lituano, romeno e sérvio. Chega?
BOA OPORTUNIDADE - Como o Brasil é o país das novelas e das mini-séries, a maioria delas sem qualquer enredo sério, mas com garantia de grandes audiências, aí está uma boa oportunidade para que se faça uma série televisiva que possa melhorar o nível de educação do nosso povo. Leis de incentivo à cultura não faltam, o que garante recursos abundantes para financiar uma novela como – As Aventuras de Jonas, o Ingênuo -, por exemplo.
CAPÍTULO - Como sugestão às redes de televisão, que funcionam por concessão governamental, e para tentar seduzir e promover mais entendimento sobre o grande perigo que está afligindo o nosso Brasil, via Eixo Latino-Americano liderado por Hugo Chávez, publico a partir de amanhã, um capítulo do livro, escolhido aleatoriamente, para que entendam a mensagem do autor.
CAPÍTULO 29 – O GRANDE INQUISIDOR
Vejam, então, o que diz o capítulo 29, do livro de Ken Schoolland, que se intitula – O Grande Inquisidor:
A tarde já estava quase terminando, quando Jonas e Maria Joana chegaram a um parque gramado. Pessoas entravam e iam se aglomerando sobre um morrinho no meio do parque. “Bom”, - disse Maria Joana, “chegamos cedo”. Daqui a pouco esta área vai ficar cheia de gente que quer ouvir a palavra do Grande Inquisidor. E você encontrará respostas para todas as perguntas.
A APARIÇÃO
Todo vestido de preto, um homem muito magro veio a passos largos e postou-se no centro da aglomeração. Seus olhos percorreram lentamente aqueles rostos todos, que olhavam para ele fixamente. O murmúrio do público cessou e tudo o que Jonas podia ouvir era o zunido de alguns grilos na grama.
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO?
“A paz é guerra! A sabedoria é ignorância! A liberdade é escravidão!” A voz firme do homem parecia vir lá do fundo e penetrava o corpo inteiro de Jonas. Ninguém parecia nem um pouquinho surpreso com as palavras do Grande Inquisidor.
Num ímpeto, Jonas perguntou: “Por que o senhor diz que a “liberdade é escravidão?”
UMA DESGRAÇA
O Grande Inquisidor fixou um olhar penetrante no jovem observador. Que pessoa era aquela, que se atrevera a interromper a sua palestra? Jamais alguém da assembléia tivera a ousadia de questioná-lo. Ninguém se mexia. O único som que se ouvia era o leve farfalhar das folhas ao vento. O Grande Inquisidor, então, proferiu, em tom ameaçador, um pouco para Jonas e um pouco para a assembléia: “A liberdade é a maior carga que poderia pesar sobre a humanidade”.
A LIBERDADE É UMA CARGA?
Falando o mais alto que sua voz permitia, o homem ergueu os braços e cruzou os punhos sobre a cabeça: “A liberdade é o mais pesado dos grilhões!”
Jonas insistiu. “Por que a liberdade é uma carga? O que há de errado com ela?” Ele simplesmente não conseguira se conter; queria saber do que aquele homem estava falando.
PESO MONUMENTAL
Com duas grandes passadas, o homem precipitou-se para o garoto, e continuou: “A liberdade é um peso monumental sobre os ombros dos homens e mulheres, porque requer, não, porque exige, o uso da mente e da vontade.” Com um bramido de dor e horror, o Grande Inquisidor advertiu: “O livre arbítrio os tornaria plenamente responsáveis pelos seus próprios atos!”
RESPONSÁVEIS?
Ao ouvir tais palavras, aquela gente toda retraiu-se, e alguns até taparam os ouvidos, com medo.
“O que o senhor quer dizer com – responsáveis ?-, perguntou Jonas, meio hesitante.
Irritado com uma impertinência daquelas, o Inquisidor repentinamente decidiu adotar uma outra forma de abordagem. Ele pareceu recuar, e seu rosto adquiriu uma expressão afável. Abaixou-se e arrancou uma plantinha que crescia aos seus pés.
VOZ PATERNAL
Alguns de vocês, meus amados irmãos e irmãs, talvez não façam idéia dos perigos de que lhes falo. Fechem os olhos, e mentalizem esta minúscula planta na minha mão”. Sua voz era solene e paternal.
ATOS PREDESTINADOS
Todos, exceto Jonas, fecharam bem os olhos e se concentraram. Hipnoticamente, o Grande Inquisidor começou a descrever uma cena para a assembléia. “Esta pequena planta não passa de um frágil broto de arbusto, enraizado no solo e fixo sobre a terra. Ela não é responsável pelos seus atos. Todos os seus atos são predestinados. Ah, felizes dos arbustos!”
PESO DO ARBÍTRIO
“Agora, meus amados, imaginem um animal. Um pequeno e gracioso camundongo, correndo no meio destas plantas fixas, ocupado em encontrar alimento. Essa criatura peluda não é responsável pelos seus atos. Tudo o que um camundongo faz é predestinado pela natureza. Ah, a natureza! Feliz do animal! Nem as plantas, nem os animais, sofrem com o peso dos arbítrio, porque nenhum se defronte com escolhas e valores. Eles nunca podem estar errados!”
ABRAM OS OLHOS
Algumas pessoas na multidão murmuraram, extasiados: “Sim, Grande Inquisidor, sim, sim, é isto mesmo.”
O carismático líder, de repente, empertigou-se, ficando mais alto, e continuou: “Abram os olhos e olhem ao seu redor! Um ser humano, qualquer um que sucumbi às escolhas e valores errados podem ferir vocês e os outros. A simples consciência do mal potencial os fará sofrer. E esse sofrimento é .... responsabilidade.
CONFIEM EM MIM
As pessoas estremeceram, e achegaram-se mais umas às outras. Um garoto sentado perto de Jonas de repente gritou: “Oh, por favor, mestre” Como podemos evitar esse destino? Diga-nos como nos livrarmos desse peso terrível.”
TERRÍVEL AMEAÇA
“É uma tarefa muito difícil, mas juntos podemos superar essa terrível ameaça.” Então ele começou a falar tão baixo, que Jonas teve que se inclinar para a frente, para conseguir ouvir suas palavras. “Confiem em mim. Eu tomarei as decisões por vocês. Assim, vocês ficarão livres de toda a culpa e sofrimento que a liberdade traz. Eu tomarei a meu encargo todo o sofrimento.”
CONSIGAM OS VOTOS
Então o Inquisidor ergueu os braços e gritou: “Agora, vão, todos vocês! Vasculhem todas as ruas e becos, batam em todas as portas. Consigam votos, como eu os instruí! Está em suas mãos a minha vitória – a vitória deste, o escolhido de vocês para tomar as decisões por vocês no Conselho dos Lordes!”
ONDE ESTÁ A VIRTUDE?
A multidão gritou, apoiando-o, e começou a dispersar-se em todas as direções. Saíram empurrando uns aos outros, cada um querendo ser o primeiro a chegar às ruas.
Apenas o Grande Inquisidor e Jonas ficaram ali. Por fim, Jonas fez ainda uma última pergunta: “Qual é a virtude de deixarem todas as decisões nas mãos do senhor?”
SERENIDADE À VIRTUDE
“Nenhuma“, - respondeu o Inquisidor, com um sorriso de escárnio. “Pois a virtude só pode existir quando há liberdade de escolha. E os meus seguidores, o meu rebanho de ovelhas, eles preferem a serenidade à virtude. E quanto a você meu pequeno, com todas as suas perguntas, o que é que você prefere? Ajude-me a vencer as eleições, e posso lhe conseguir tudo o que desejar. Deixe que eu também faça as suas escolhas. Então, as suas perguntas não terão mais importância”.
GARGALHADA
Sem uma palavra sequer, Jonas deu meia volta e saiu correndo do parque. E pode ouvir, atrás de si, a sonora gargalhada do Inquisidor. FIM
http://www.pontocritico.com