Religião é Veneno

O que vocês sabem de um tal de novo estatuto racial que, entre outras medidas, obrigaria todos a se declararem de uma raça, para figurar nos documentos? É verdade?

Seja lá o que for, está me parecendo uma medida qualquer para validar as quotas para negros em universidades. Ou qualquer um pode se declarar negro, dado o grau de parentesco... um avô, por exemplo...

Só sei que seria escroto.

"fachismo"

E quem é misturado?

Dizer qual a cor, se não estiver claro na foto, é como dizer que a pessoa é loura ou morena, tem olhos azuis ou verdes ou castanhos. Em princípio, seria apenas um meio de descrever melhor a pessoa.
O problema é que essa súbita preocupação com a exatidão só pode ter segundas intenções, conhecendo-se nosso governo.

Besteira.
A propósito, conheço uma garota que conseguiu vaga de cota para a universidade se declarando negra. Ela é branquela.

rapha... escreveu:E quem é misturado?

Você não é negro, então não enche, japonês polaco.

Tranca-Ruas escreveu:

rapha... escreveu:E quem é misturado?

Você não é negro, então não enche, japonês polaco.

Já me chamaram de "japolaco".

rapha... escreveu:

Tranca-Ruas escreveu:

rapha... escreveu:E quem é misturado?

Você não é negro, então não enche, japonês polaco.

Já me chamaram de "japolaco".

rapha=japonês porcaria.

Res Cogitans escreveu:Só sei que seria escroto.

É escroto...

Fala aí Japa! Tudo bem? ^^

rapha... escreveu:

Tranca-Ruas escreveu:

rapha... escreveu:E quem é misturado?

Você não é negro, então não enche, japonês polaco.

Já me chamaram de "japolaco".

Normalmente quando se é japonês, na certidão de nascimento consta "amarelo". Veja na sua o que veio marcado.

Úma das preocupações das cotas nas universidades é que não se tem uma definição do que é ser "negro" ou de outra raça qualquer. Qualquer pessoa pode se declarar de qualquer raça, sem ser reprimida e nem proibida disso. É o equivalente a declarar religião no censo, vc pode dizer qualquer coisa.

Alguém me explica que história é essa de cotas raciais para universidades ?

ps-os documentos n têm fotografia???

Res Cogitans escreveu:Só sei que seria escroto.

como sou uma lady vou usar outro termo mais "educado". Seria totalmente tosco.

clara campos escreveu:Alguém me explica que história é essa de cotas raciais para universidades ?

ps-os documentos n têm fotografia???

Tem sim, mas é como o Aknaton falou aí em cima.

Essas quotas para negros funcionam assim: para desencargo de consciência devido aos anos de escravidão, o governo estabeleceu que uma parte das vagas nas universidades públicas seria dada aos negros que por vários fatores sociais E culturais decorrentes do tempo de cativeiro, vêem-se privados do direito a boas escolas no correr da vida e de cursinhos pré-vestibular pagos que pretensamente contribuiriam para a entrada nessas universidades públicas mediante o vestibular.

O problema é que, numa dessas, qualquer um que alegue ter parentesco com negros, mesmo sendo "branquelos" como falou o Aurélio, podem pleitear essas vagas.

clara campos escreveu:Alguém me explica que história é essa de cotas raciais para universidades ?

ps-os documentos n têm fotografia???

Oi Clara, sim os documentos tem fotos. E sobre a questão de cotas raciais, aqui vai um texto:


Cotas para Negros: Justiça Social ou Segregação?



por Fábio Soares Gomes*





O Brasil é um país diverso. Certamente, o mais diverso e miscigenado do mundo. Se existe uma característica notória e constitutiva da nação Brasilis é a miscigenação. Diz-se: o Brasil é formado por negros, brancos e índios. Da mistura e da interação entre estas raças surgiram: o mulato, o cafuzo e o caboclo. É, pois, que o Brasil é uma nação que possui na diversidade a sua unidade. A unidade nacional é a síntese da miscigenação que constitui a própria nação. Desse modo, o Brasil não é nem branco, nem negro nem indígena. O Brasil tem por identidade a diferença. O que identifica o povo brasileiro é justamente a diferença. Diferença esta que não diferencia, mas, pelo contrário, identifica. A unidade nacional é a identidade a partir da diferença. Somos todos brancos, negros e índios e, ao mesmo passo, não somos nenhum deles — somos todos brasileiros! A história nos conta que nossa sociedade formou-se da interação das três raças. Entretanto, cada um no seu cada qual. O cada qual de cada um, não obstante, não foi resultante da arbitrariedade dos mesmos, mas, de um — o branco. O branco foi, é e há de continuar sendo o que é, se o Brasil continuar a ser o que é e sempre foi. A ordem é branca. O progresso é somente para os brancos. De há muito, branco já não mais diz uma tonalidade de cor, mas, a um modo de ser, agir e pensar. Esse modo de pensar, agir e ser refere-se à casta dominante de nosso país. Hoje, a ideologia impregnada por esta casta condicionou e possibilitou os negros e os índios embranquecerem. Se foi ou não por persuasão, ou mesmo, por iniciativa própria, é um debate que pode nos distanciar do real problema. É preciso, darmos importância ao presente — o que não quer dizer que devemos desconsiderar o passado e a história. Muito em contrapartida a isso, o que nos propomos é pensar o presente para fazermos viger o futuro. O futuro se constrói no presente. Só há o presente. Que este é resultante do passado não temos dúvida. Dúvida, também não temos de que o passado já não mais é, apesar de resguardar-se e manter-se retraído no presente. O nosso presente denota concretamente isto que acabamos de afirmar: as cotas para os negros no ensino superior é uma seqüela da história no presente. Por cota, podemos entender quantia ou parcela de um todo. Situando no aqui tratado, este todo se refere às vagas das universidades públicas. Hoje, leis e mais leis, obrigam que os negros tenham acesso ao ensino superior por meio de cotas específicas do número total de vagas onde apenas pessoas de cor concorrem entre si. Isto é bom? Podemos achar isto racismo? Tal atitude é uma forma invertida de segregação? Todo e qualquer negro está apto a passar num vestibular? Se meditarmos seriamente, chegaremos à uma infinidades de questões. Sensatamente, procuraremos nos prender num fio condutor: a realidade do negro. Vejamos: se o Brasil é um país desigual e a desigualdade mostra-se a partir das diferenças, e estas, por meio da realidade concreta de nossa sociedade, porque os negros estão recebendo esta “benção” de nossos legisladores e da própria sociedade? Por que a cota é um dentre outros atenuadores do racismo e do preconceito de nossa sociedade embranquecida. As cotas não vão resolver os problemas dos negros. As cotas não deixam de ser uma medida válida, mas também, não tratam da questão com a dignidade e seriedade devida. — É um primeiro passo! Mas o povo, os carentes, os negros não serão atendidos pelas cotas. As cotas são benefícios — não temos dúvida. Agora, será que todos são beneficiados? Meditemos: se, para fazer o vestibular é necessário ter no mínimo o nível médio e, para passar no mesmo, é necessário estar preparado para superar a avaliação e a concorrência, quantos negros carentes chegam a concluir o nível médio e destes, quantos têm condições de “passar” no vestibular? As cotas amenizam, mas não resolvem. A sociedade brasileira precisa de ações que realmente tenham consistência social. Um “punhado” de negros carentes nas universidades não mudará muita coisa. O negro precisa de dignidade. O negro não quer ser diferenciado. O negro quer andar com as próprias pernas. Quer conquistar a partir de seus próprios passos. O negro quer oportunidade, contudo, não por ser negro, por ser de cor. O negro, o pobre, o carente querem ser. Querem ser como todos devem ser: como cidadãos. A cidadania não é expressa por cotas. As cotas não dão aos negros o direito à cidadania; é um paliativo. O negro quer escola, quer professores, quer infra-estrutura, quer a qualidade como princípio de justiça social. O negro quer ser cidadão sendo negro. O negro não quer privar-se de si mesmo para ser cidadão duma sociedade onde poucos têm o direito de assim ser. Uma vez mais frisamos: a cota é um primeiro passo, mas não é uma atitude que denota o acesso à cidadania de forma indistinta e coletiva. A cota é um paliativo, mas a verdadeira cura é a cidadania, a justiça e a igualdade social.

Najma escreveu:

clara campos escreveu:Alguém me explica que história é essa de cotas raciais para universidades ?

ps-os documentos n têm fotografia???

Tem sim, mas é como o Aknaton falou aí em cima.

Essas quotas para negros funcionam assim: para desencargo de consciência devido aos anos de escravidão, o governo estabeleceu que uma parte das vagas nas universidades públicas seria dada aos negros que por vários fatores sociais E culturais decorrentes do tempo de cativeiro, vêem-se privados do direito a boas escolas no correr da vida e de cursinhos pré-vestibular pagos que pretensamente contribuiriam para a entrada nessas universidades públicas mediante o vestibular.

O problema é que, numa dessas, qualquer um que alegue ter parentesco com negros, mesmo sendo "branquelos" como falou o Aurélio, podem pleitear essas vagas.

Meu sobrinho, se este negócio ainda funcionar quando ele tiver idade apropriada irá se dar "muito bem", ele é negro. Ficou uma mistura interessante, minha irmã é branquinha como leite, (ela tá morena porque toma muito sol) e o pai do Pedro é Negão mesmo. Pergunte ao meu sobrinho qual é a cor dele e ele dirá. Sou "negão".

Vocês estão-me a dizer que entre um branco com uma média superior a um negro, o negro poderá entrar para a univ, só por ser negro????????????
Não seria mais correcto fornecer livros e possibilidades iqualitárias de estudo?
Pessoal!!!!!!! Vocês têm que falar contra isso!!!!!!!!!!!!!!!!! Gritar se for preciso!!!!!!!!!

clara campos escreveu:Vocês estão-me a dizer que entre um branco com uma média superior a um negro, o negro poderá entrar para a univ, só por ser negro????????????

SIM.
SÍ.
OUI.
YES.

clara campos escreveu:Não seria mais correcto fornecer livros e possibilidades iqualitárias de estudo?

ÓBVIO!! É o que eu defendo.

clara campos escreveu:Pessoal!!!!!!! Vocês têm que falar contra isso!!!!!!!!!!!!!!!!! Gritar se for preciso!!!!!!!!!

Normalmente, quem reclama disso por aqui é tachado de faCHista.

clara campos escreveu:Vocês estão-me a dizer que entre um branco com uma média superior a um negro, o negro poderá entrar para a univ, só por ser negro????????????
Não seria mais correcto fornecer livros e possibilidades iqualitárias de estudo?
Pessoal!!!!!!! Vocês têm que falar contra isso!!!!!!!!!!!!!!!!! Gritar se for preciso!!!!!!!!!

É no Brasil mesmo. Clara.
Acho o estado Rio de Janeiro os universários públicos são cotados para negros.