Capitão América escreveu:Exemplos concretos, por favor.
Pois não Capitão América, irei me restringir por enquanto à história e darei então um exemplo
overkill - a autenticidade de uma faceta do holocausto judeu.
Meramente algumas inferências demográficas nos permite concluir que pelo menos centenas de milhares de judeus faleceram dentro de instalações administradas pelo Reich - esse é um fato que sequer os "revisionistas" discordam. Vamos trabalhar sobre esse dado.
A explicação universalmente mais aceita para a morte dessas centenas de milhares de pessoas é que elas foram vítimas de um programa de extermínio sistematizado, autorizado pelo Estado alemão, sobre ordens do mais alto escalão. Os métodos mais aplicados para tal fim foram tiroteios tutelados pelos
Einzatsgruppen e sufocamento em câmaras de gás em campos de concentração - geralmente monóxido de carbono ou ácido hidrociânico.
A razão dessa explicação ser universalmente a mais aceita é devido à convergência de evidência histórica. Uma única observação isolada não suporta a autenticidade histórica de um evento complicado como o holocausto e sim a junção de várias ao mesmo tempo. Por exemplo, apenas para a inferência de que o ácido hidrociânico foi um método de extermínio em massa em pelo menos dois campos de concentração e que os assassinados eram em seguida cremados:
1) Existência de documentos que indicam a compra de uma quantidade grande de Zyklon-B
2) Existência de plantas arquitetônicas para a construção de estruturas funcionalmente indistingüíveis de crematórios e câmaras de gás
3) Traços de Zyklon-B na forma de 'azul prússio' nas paredes de estruturas funcionalmente indistinguíveis de câmaras de gás em campos administrados pelo Reich onde judeus estavam cativos
4) Testemunhos múltiplos de sobreviventes e de unidades judias
Sonderkommando que auxiliavam os afazeres no campo
5) Testemunhos múltiplos de guardas e comandantes nazistas de alto escalão
6) Fotografias tiradas ilegalmente no complexo de Auschwitz que mostram carcaças sendo queimadas
7) Fotografias áreas mostrando a marcha de detentos se dirigindo aos complexos que estruturalmente se correlacionam à câmaras de gás e crematórios
8) Análise bioquímica e econômica do potencial de extermínio de humanos utilizando-se o Zyklon-B
9) Análise dos remanescentes dos campos existentes hoje, sobre a luz das informações anteriores
Essa é a explicação tradicional. Entretanto, existem inúmeros contra-exemplos que caso confirmados em quantidade, iriam abalar seriamente o nosso entendimento sobre qual foi a
causa mortis de mais de 1 milhão de judeus que alegadamente morreram sobre influência do ácido hidrociânico nos complexos de Auschwitz e Madjdanek:
1) Demonstração de que uma quantidade substancial de documentos escritos foram fraudados
2) Demonstração de que as confissões verbais de testemunhas foram forçadas ou sujeitas à tortura
3) Demonstração de que testemunhos alegadamente de vítimas de campos de concentração tiveram procedência de pessoas que não estavam presentes no lugar que alegadamente estiveram
4) Demonstração de que a evidência fotográfica foi fraudada
5) Interpretações alternativas
sound sobre a função e operação das estruturas que foram interpretadas como câmaras de gás
6) Demonstração de que o Zyklon-B não é uma substância eficaz no extermínio de humanos e que poderia ter outra função nos campos em estruturas que alegadamente são câmaras de gás
7) Demonstração de que as estruturas que alegadamente são remanescentes de crematórios e câmaras de gás originais são na realidade de natureza pós-guerra
8) Proposta de explicações alternativas para a
causa mortis das centenas de milhares de pessoas desaparecidas
Surpreendentemente, como o objetivo dos revisionistas é falsear a visão vigente da natureza das centenas de milhares de mortos descritas no início, eles já tentaram demonstrar cada um dos pontos que eu citei anteriormente. Nenhuma de suas análises passou pelo escrutínio científico.
Outro problema é que eles caem na falácia do
naïve falsificationism; como teorias históricas são sustentadas sobre a convergência de uma quantidade grande de evidência independente, um mero contra-exemplo não é suficiente para ruir toda a estrutura onde a mesma foi firmada. Para que a perspectiva e conclusões mudem, é necessário acumular uma quantidade suficientemente grande de anomalias à abordagem atual.