Viper escreveu:Vejamos:
a) Frank Zappa: analisando os três vídeos postados pelo rapha... o que vemos é um guitarrista limitadíssimo do ponto de vista técnico. Harmônicos artificiais?! Não vi! Tappings?! Apenas um trecho fraquíssimo no segundo vídeo onde o nosso amigo deixa claro que não tem a menor intimidade com esta técnica, demonstrando uma dinâmica absolutamente nula tanto de mão esquerda quanto de mão direita, nada que um iniciante com míseros seis meses de guitarra não faça! Tapped harmonics?! Nem em sonhos! Touch?! Muito menos! Sweeps?! Não vi! Arpejos com Tappings?! Nem sinal! Velocidade?! Não tem! Enfim, não vi nada, absolutamente nada que seja tecnicamente desafiador e/ou sofisticado nestes vídeos...
b) Jonh McLaughlin: basicamente os mesmos comentários do anterior, mas com algumas modificações: esse cara nem mesmo tappings básicos executou nos quatro vídeos postados pelo rapha... mas, pelo menos, mostrou uma dinâmica de mão esquerda bem superior à de Zappa. Contudo, nada extraordinário. Querem ouvir excelentes guitarristas de Fuzzion?! Então procurem por Shawn Lane e Mozart Mello, por exemplo. Aliás, alguma coisa do trabalho do Frank Solari (excelente guitarrista) também pode ser classificada nesta linha. Mas devo dizer que gostei do som dessa MAHAVISHNU ORCHESTRA, ao contrário do som do Zappa. Outra: eu gosto do som do Lane, mas não do som do Mozart, só que a técnica do cara é foda...então fica aí a recomendação...
c) Omar Rodriguez-Lopes: não deu para avaliar, pois removeram os vídeos...
Em suma, só posso levar como piada a colocação da expressão "como é que se toca guitarra de verdade" feita pelo rapha...
Itero o que disse anteriormente: querem ver como se toca guitarra?! Vejam os vídeos que eu recomendei...
Viper (Rômulo, não é?), pois bem, como disse alhures, não dou a mínima para técnicas como
tapping,
touch,
sweep,
slide,
crunch,
looping,
dooping,
wooping,
alright music non stop! yeah!, duplo
twist carpado, pedalada, chapéuzinho, e outras pirotecnias instrumentais que qualquer aluno de conservatório faz, e que os guitarristas acima certamente devem saber fazer, mas consideram masturbação musical sem valor algum. E o guitarrista não pode ser considerado bom somente se usar dessas técnicas que você citou, e, se não usar, não pode ser considerado "limitadíssimo". Há muitas formas de se expressar.
O que eu mais prezo num instrumentista é algo que nem com séculos de aula e confinamento em conservatórios musicais a pessoa atinge, algo que poucos têm, e que é chamado de
feelin'.
Sim, é a capacidade nata de transpor sentimentos e emoções através do instrumento, e, a despeito da técnica utilizada, pelo o improviso e criatividade, fazer quem ouve, mesmo aquele que não sabe nada de teoria musical, vibrar e entrar em estado de
ecstasy.
Essas técnicas todas que você citou (e que eu dei uma leve caçoada) só tem valor quando são empregadas com
feeling.
Infelizmente nenhum dos guitarristas que você citou possui isso. Uma pena, realmente, pois são bons garotos e estudam bastante, mas não conseguem passar seus sentimentos através das seis cordas. Bom, ainda podem ganhar um dinheiro com a técnica aprendida semana passada.
Aliás, Omar Rodriguez-Lopes é dessa escola dos caras que eu postei. Recomendo os álbuns
Frances The Mute, com a banda The Mars Volta, e outro auto-intitulado
Omar Rodriguez-Lopes, uma espécie de
Bitches Brew moderno.