Religião é Veneno

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[center]Estátua de Apolônio Jovem retirada em escavações em Tiana[/center]


- Apolônio de Tiana foi um grande filósofo neo-pitagórico, professor de origem grega e homem santo que viveu na mesma época de Jesus, acredita-se que nasceu em 4 D.C. Apolônio também é citado em várias outras obras de vários autores.

- Era pensamento geral que as pessoas mais virtuosas da Grécia fossem membros das escolas Pitagóricas. Os neo-pitagóricos davam grande importancia ao ascetismo pessoal, à contemplação, à adoracão de uma deidade puramente espiritual, à liberacão dos impedimentos da materia e a união final com Deus que deveriam ser obtidas únicamente invocando a ajuda de espíritos benéficos, de enviados de Deus e vencendo os esforços de demônios malignos (características comuns ao cristianismo, aí vê-se que a pregação de Paulo de Tarso não era incomum na grécia antiga).

- Nascido na cidade de Tiana (Turquia), na província da Capadócia, então integrante do Império romano, Apolônio foi educado na cidade vizinha de Tarso, na Cilícia, e no templo de Esculápio em Aegae, vindo a adotar o ascetismo como hábito de vida.

- Após manter um voto de silêncio por 5 anos, ele partiu da Grécia através da Ásia e visitou Nínive, a Babilônia e a Índia, absorvendo o misticismo oriental de magos, brâmanes e sacerdotes. Durante esta viagem, e subseqüente retorno, ele atraiu um escriba e discípulo, Damis, que registrou os acontecimentos da vida do filósofo durante seus 100 anos de vida. Eventualmente essas notas chegaram às mãos da imperatriz Julia Domna, esposa de Septímio Severo, que encarregou Filóstrato de usá-las para elaborar a biografia do sábio.

- O culto a Apolônio não teve o mesmo sucesso do cristianismo, pois além de ser uma ordem fechada, exigia um voto de 5 anos de silêncio.

- Devido às sua semelhanças com Jesus, Apolônio foi, nos séculos seguintes, atacado pelos Padres da Igreja, sendo considerado desde impostor até um personagem satânico.

- Muitos estudiosos agnósticos, ateus e outros livres pensadores acreditam que partes dos evangelhos foram baseadas nas aventuras de Apolônio. Apresentam esta possibilidade devido à falta de evidência histórica de Jesus. - Alguns acreditam que Jesus era na verdade Apolônio, outros que o apóstolo e Apolônio eram a mesma pessoa. Muitos acreditam até que um certo Bispo Marcion descobriu os escritos de Apolônio na Asia Menor (Turquia) um século mais tarde e traduziu-os para o Grego e o Latin, produzindo a primeira compilação da Bíblia "Cristã".

Semelhanças entre Apolônio e Paulo de Tarso:

1. Apolônio antigamente era referenciado como Pol, alguns documentos Romanos referem-se a Apolônio como Pol . {Não apenas quando referem-se a Apolônio de Tiana , mas também a qualquer outro Apolônio que viveu na antiguidade}
2. Apolônio foi para Tarso (local de nascimento de Paulo) com 12 anos e lá foi educado. Ali Apolônio poderia ser chamado de Pol de Tarso, Apolônio e Paulo estavam em Tarso ao mesmo tempo em sua juventude, Estiveram ao mesmo tempo também em Éfeso e Roma. O biógrafo de Apolônio não menciona Paulo, mas o de Paulo diz que "Apolo" esteve em Éfeso com ele. {Autoridades Católicas reivindicam que Apolônio é o Apolo do Novo Testamento}
3. Ambos foram Ascetas solteiros e não tiveram descendência.
4. Martinho Lutero acreditava ser Apolônio o autor da Epístola dos Hebreus.
5. No texto Grego do Novo Testamento, Apolônio, comumente escrito Pol ou Apolo é o eloquente "Judeu" que pregava e batizava em Corinto e em Efésos (Atos 18:24) precedendo o trabalho do Apóstolo Paulo. A Narrativa faz paralelo de Apolo e Paulo à estória de João Batista precedendo Jesus (Atos 19:1-4).
6. O companheiro de Apolônio, bem como seu escriba era Demis. Em contrapartida vemos em II Timóteo 4:10; Filemon 24; I Coríntios 3:4-6,22; I Coríntios 4:6 e Tito 3:13, que Demas era o companheiro de Paulo, Demas é também um dos criminosos crucificados com JC segundo José de Arimatéia.
7. Paulo lutou com bestas selvagens em Éfeso {1 Coríntios 15:32}; O mesmo fez Apolônio.
8. Paulo falou do altar ao deus desconhecido {Atos 17:22-23}; Apolônio também.
9. Paulo, em seu caminho para Roma, parou em Potéoli {Atos 28:13}, assim como Apolônio.
10. Apolônio foi expulso de Roma, em 66, por causa do edito de banimento contra os filósofos, no mesmo ano em que, segundo a tradição, Paulo foi decapitado.
11. Apolônio também esteve na Tessália.
12. Apolônio fundou uma escola/igreja em Corinto assim como Paulo.
13. Apolônio era fazia discursos ardorosos contra a Efeminação e Homossexualidade.
14. Apolônio escreveu muitas cartas a imperadores, reis, filósofos, comunidades e estados, a maioria foi destruída pelos cristãos.

Semelhanças entre Apolônio e Jesus:

1. Apolônio nasceu em 4 DC, ano agora reconhecido pelos estudiosos como o ano de nascimento de Jesus Cristo.
2. Ambas as biografias, de Apolônio e de JC, contém um período faltante de cerca de 20 anos.
3. Apolônio é o responsável pela chegada da estória de Krishna ao ocidente, ele levou a Roma os ensinamentos de Krishna a quem os gregos chamavam de "Christos".
4. Sossianus Hierocles reivindicava que os escritos de Apolônio foram plagiados para produção do Novo Testamento. Hierocles, governou a Bithynia e proximidades do baixo Egito, (reinado de Diocleciano 245-315 AD) era um inimigo dos Cristãos, contestador do Cristianismo, Hierocles tentou enfraquecer a importância dos milagres de Cristo sem, contudo, negá-los, procurava mostrar que Apolônio fez alguns de igual importância e muitos mais importantes. Eusébio respondeu, escrevendo um tratado que contradizia a Tese de Hierocles acerca de Apolônio de Tiana. Eusébio reconheceu que Apolônio foi um homem muito sábio e digno de admiração; admitindo tudo que foi dito sobre sua santidade e seus ensinos, mas rejeitando muitos dos milagres que eram atribuídos a ele, negando a autoria ou atribuindo-os à mágica ou trabalhos de demônios.
5. Numerosos historiadores fazem menção à carreira notável de Apolônio, mas ignoram absolutamente seu Contemporâneo, Jesus. Jesus aparece mais tarde em escrituras cristãs, muitas das quais denegriam muito Apolônio, como se o descrédito a ele fizesse aumentar, de algum modo, a estatura de JC.
6. A lenda diz que o nascimento de Apolônio foi anunciado por um anjo a sua mãe.
7. Em Roma, Apolônio salvou a filha de um senador da morte. O que é referente ao milagre da cura da filha de Jairo {Lucas 8:41-44}.
8. Apolônio curou um paralítico na Índia {Mateus 9:1-7}.
9. Seguidores de Apolônio reivindicam que ele era filho de Proteus, o deus do mar e que mensageiros de Apolo cantaram no seu nascimento. Assim como a lenda dos anjos cantando no nascimento de Jesus.
10. O Holocausto Cristão instigado por Nero coincide com.ou foi o mesmo, infligido aos Apolonianos.
11. Justiniano, O Mártir, Apologista Cristão, nascido acerca de 100 D.C, fez a seguinte pergunta:
• "Como é que os talismãs de Apolônio têm poder sobre certos elementos da criação, eles impedem, como vemos, a fúria das ondas, a violência dos ventos e os ataques das bestas selvagens. Os milagres do nosso senhor são lembrados apenas pela tradição, enquanto estes de Apolônio são muito numerosos, e se manifestam na atualidade em fatos presentes?."
12. Um homem Ateniano que estava possuído por um demônio e rangia com medo e raiva não conseguia enfrentar o olhar de Apolônio, Lembrando a narrativa evangélica do homem possuído em Gadera (Lucas 8:26:33).
13. Muitas das gravuras reconhecidas como referentes a Jesus atualmente tem suas origens em um retrato de Apolônio pintado durante o reino de Vespasiano.
14. Apolônio, para por fim a uma epidemia, convocou populares a apedrejar um mendigo repulsivo e completamente inocente. O desgraçado foi apedrejado e, levantadas as pedras, descobre-se em seu lugar, um monstro que representa o demônio vencido e a enfermidade é erradicada. A relação com o Evangelho salta a vista. É certo que, ao contrário de Apolônio, Jesus Cristo detêm o apedrejamento de uma mulher adúltera {João 8:7}, teria sido este texto ali colocado para demonstrar a superioridade de Cristo em relação a Apolônio?

Apolônio no Novo Testamento:

I Coríntios 1:11-12 " ...Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo."

I Coríntios 3:4-6 "Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais? Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o SENHOR deu a cada um?Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. "

I Coríntios 3:22-23 " . . . Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, E vós de Cristo, e Cristo de Deus."

I Coríntios 4:6 "E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro "

I Coríntios 16:12 "E, acerca do irmão Apolo, roguei-lhe muito que fosse com os irmãos ter convosco, mas, na verdade, não teve vontade de ir agora; irá, porém, quando se lhe oferecer boa ocasião "

As primeiras representações de Jesus se baseavam no deus egípcio Serápis.
Outras se baseavam no deus grego Hermes, o "bom pastor", com uma ovelha nos braços.
Levou muito tempo até que os artistas começassem a improvisar (e chegassem ao Jesus moderno, louro e com cara de surfista).

Mas o Jesus Ultramoderno tem cara de Neaderthal...

Tranca-Ruas escreveu:
Interessantes estes paralelos detectados, Abmael.

Dá para perceber que muita coisa dentro do cristianismo foi adaptada ou teve sua autoria dissimulada.

Este estudo é seu mesmo ou foi baseado em alguma outra pesquisa?

Caro Tranca,

- Vi um documentário que citava Apolônio na National Geographic, então fui atrás de fontes, em português tem pouca coisa, mas achei muita coisa em inglês e espanhol, tive que resumir bastante para o tôpico não ficar cansativo.

- Encontrei semelhanças interessantes entre os Cristãos e os Neo-pitagóricos, Órficos, seguidores de Hipócrates e outros, considerando que Paulo, o fundador do cristianismo estudou em Tarso, que era um grande centro que abrigava todas essas tribos, tem-se uma boa idéia das origens do cristianismo, na verdade, os cristãos apresentaram bem poucas novidades em relação aos outros, mas tudo indica que foi uma seita fundada em cima de uma interpretação grega de escrituras judaicas, coisa que também não era novidade, pois FILON DE ALEXANDRIA já fazia isto.

Abraços,

Vai ver é uma versâo alternativa de Cristo elaborada por uma civilizaçâo distinta da hebraica,que amoldou o relato sobre Cristo de acordo a perspectiva das características peculiares de seu acervo cultural.

Inclusive nâo seria a primeira vez na história;o panteâo grego de deuses,por exemplo,foi assimilado pelos romanos.O que me intriga é que deveria haver uma conexâo geopolítica,desde que no exemplo citado por mim Roma havia se apoderado da Grécia e era grande potência política e econômica da época.Especulo que após a oficializaçâo do Cristianismo pelo Império Romano no quarto século,as províncias foram obrigadas a praticar culto cristâo,ou tiveram acesso ao ideário religioso cristâo.

Logo copiaram a história de Cristo e a remodelaram para se adequar à seus traços culturais.

o pensador escreveu:Vai ver é uma versâo alternativa de Cristo elaborada por uma civilizaçâo distinta da hebraica,que amoldou o relato sobre Cristo de acordo a perspectiva das características peculiares de seu acervo cultural.

Inclusive nâo seria a primeira vez na história;o panteâo grego de deuses,por exemplo,foi assimilado pelos romanos.O que me intriga é que deveria haver uma conexâo geopolítica,desde que no exemplo citado por mim Roma havia se apoderado da Grécia e era grande potência política e econômica da época.Especulo que após a oficializaçâo do Cristianismo pelo Império Romano no quarto século,as províncias foram obrigadas a praticar culto cristâo,ou tiveram acesso ao ideário religioso cristâo.

Logo copiaram a história de Cristo e a remodelaram para se adequar à seus traços culturais.

Essa já foi refutada por Voltaire.

Como disse ele: "O que um povinho sujo e bárbaro como os hebreus teria algo a ensinar aos gregos?"

Eu mesmo pergunto: Além dessa coisa tosca que chamam de velho testamento, qual a contribuição dos antigos hebreus para a humanidade?

o pensador escreveu:Vai ver é uma versâo alternativa de Cristo elaborada por uma civilizaçâo distinta da hebraica,que amoldou o relato sobre Cristo de acordo a perspectiva das características peculiares de seu acervo cultural.

Caro Carlus,

- De fato, é essa a alegação principalmente dos catôlicos, só que os próprios catôlicos tornaram tal alegação quase impossível de ser comprovada, pois estes destruiram sistematicamente todas as fontes que Filostrato utilizou para compor o Evangelho de Apolônio, o livro se salvou por milagre, um ou dois livros escritos por Apolônio também, mas o pior é que não temos os originais escritos pelo biógrafo oficial Damis para comprovar se são anteriores aos evangelhos cristãos, pior ainda, não temos os originais dos evangelhos também.

- Não creio que Jesus é uma cópia de Apolônio, creio que em ambos os casos foram utilizadas estilos literários de época que consistiam em atribuir frases e referências clássicas helênicas a personagens para homenageá-lo e aumentar sua estatura.

Abraços,

Olá Abmael.Entendi o que quiz dizer.Só que há um fator preponderante na história que é o cenário histórico político da época.Ainda que nâo seja possível precisar com exatidâo a época,dá para enquadrá-la no período de dominaçâo do Império de Roma.

A Grécia pertencia à Roma e a cultura helenista influenciou bastante o modus vivendi dos romanos e das povíncias em geral.O mesmo pode ter plausivelmente acontecido com o Cristianismo,desde que no quarto século se transformouu a religiâo oficial do Império

O autor da série Um Judeu Marginal, John Meier, cita as semelhanças de Tiana e Jesus. Mas faz a observação que as fontes sobre Tiana são mais recentes que as de Jesus. Se não me engano, o documento mais novo datava de 400 anos depois de Cristo.

Res Cogitans escreveu:O autor da série Um Judeu Marginal, John Meier, cita as semelhanças de Tiana e Jesus. Mas faz a observação que as fontes sobre Tiana são mais recentes que as de Jesus. Se não me engano, o documento mais novo datava de 400 anos depois de Cristo.

Taí...dá para estabelecer uma relaçâo classificando o documento cristâo como fonte primária..

o pensador escreveu:

Res Cogitans escreveu:O autor da série Um Judeu Marginal, John Meier, cita as semelhanças de Tiana e Jesus. Mas faz a observação que as fontes sobre Tiana são mais recentes que as de Jesus. Se não me engano, o documento mais novo datava de 400 anos depois de Cristo.

Taí...dá para estabelecer uma relaçâo classificando o documento cristâo como fonte primária..

- Úé..., mas Filostrato viveu ente 175 e 245 D.C.

- Eis um texto que peguei na NET, com referências bibliográficas:


Entre estas cartas é encontrada uma de alguma extensão endereçada a Valério, provavelmente P. Valério Asiático, cônsul em 70 d.C. É uma sábia carta de consolação filosófica para possibilitar que Valério suporte a perda de seu filho, e segue assim (A.E.Chaignet, em seu Pythagore et la Philosophie pythagoricienne; Paris, 1873; 2ª ed., 1874; cita-a como sendo genuíno exemplo da filosofia de Apolônio):

“Não existe a morte de ninguém, exceto na aparência, e não existe nenhum nascimento, a não ser aparente. A mudança do ser para o tornar-se parece ser o nascimento, e a mudança do tornar-se para o ser parece ser a morte, mas na verdade ninguém jamais nasce, e jamais alguém perece. Simplesmente um ser é visível, e então, invisível; o primeiro pela densidade da matéria, o último pela sutileza do ser – um ser que é o mesmo sempre, sua única modificação sendo o movimento e o repouso. Pois o ser tem esta peculiaridade necessária: sua mudança não é produzida por nada externo a si; mas o todo se torna partes e as partes se tornam o todo na unidade de tudo. E se for perguntado: O que é isto que às vezes é visto e às vezes é invisível, ora no mesmo, ora no diferente? – poderia ser respondido: é o modo de todas as coisas aqui no mundo inferior, que quando estão cheias de matéria são visíveis; devido à resistência de sua densidade, mas são invisíveis devido à sua sutileza, quando se livram da matéria, mesmo que a matéria ainda as circunde e flua através delas naquela imensidão de espaço que existe nelas mas que não conhece nascimento ou morte.”

- Outro:

...referências em autores clássicos e patrísticos. Luciano, o espirituoso escritor da primeira metade do século II, toma como tema de uma de suas sátiras o aluno de um discípulo de Apolônio, um daqueles que estavam familiarizados com “toda a tragédia” (Alexander sive Pseudomantis – Alexandre, ou o Pseudo-mago -, vi.)


- Mais um:

Cerca da mesma época, em uma obra intitulada Quaestiones et Responsiones ad Orthodoxos (Perguntas e Respostas aos Ortodoxos), antigamente atribuída a Justino, o Mártir, que floresceu no segundo quarto do século II, encontramos a seguinte interessante declaração:

“Pergunta 24: Se Deus é o autor e mestre da criação, como os objetos consagrados (τελεσματα. Telesma era “um objeto consagrado, transformado pelos árabes em telsam, talismã”; vide o Lexicon de Liddell e Scott, sub voc.) de Apollonius têm poder nas (várias) ordens desta criação? Pois, como nós vemos, eles acalmam a fúria das ondas e o poder dos ventos e impedem o ataque dos vermes e das bestas selvagens”. ‡ (Justin Martyr, Opera – Obras -, ed. Otto; 2ª edição; Jena, 1849; ii, 32)


- Mais e mais:


Dion Cássio, em sua história (Lib. I; xxvii, 18), que escreveu entre 211 e 212 d.C., diz que Caracala (Imperador entre 211 e 216) honrou a memória de Apolônio com uma capela ou monumento (heroum).

Foi bem nesta época (216) que Filóstrato compôs sua Vida de Apolônio, a pedido de Domna Julia, a mãe de Caracala.

Lamprídio, que floresceu em meados do século III, informa-nos ainda que Alexandre Severo (Imperador entre 222 e 235) colocou a estátua de Apolônio em seu lararium [espécie de capela onde os romanos colocavam as imagens de seus deuses protetores do lar – NT] junto com as de Cristo, Abraão e Orfeu (Life of Alexander Severus – A Vida de Alexandre Severo -, xxix).

Vopisco, escrevendo na última década do século III, nos conta que Aureliano (Imperador entre 270 e 275) dedicou um templo a Apolônio, de quem ele tivera uma visão quando assediava Tíana. Vopisco fala do Tianeu como “um sábio da mais larga fama e autoridade, um antigo filósofo, e um verdadeiro amigo dos Deuses”, e mais, como uma manifestação da deidade. “Pois quem dentre os homens” , exclama o historiador, “foi mais santo, quem mais digno de reverência, quem mais venerável, quem mais divinal que ele? Ele foi quem deu vida aos mortos. Ele foi quem operou e disse tantas coisas além do poder dos homens”. (Life of Aurelian – A Vida de Aureliano, xxiv).

Abraços,