Michael Moore é processado por veterano de guerra do Iraque
Enviado: 01 Jun 2006, 15:42
BOSTON (Reuters) - Um veterano de guerra americano que perdeu os dois braços no Iraque abriu uma ação contra o cineasta premiado com o Oscar Michael Moore, pedindo 85 milhões de dólares e dizendo que clipes de televisão foram usados sem sua autorização no documentário antiguerra "Fahrenheit 11 de Setembro" e deram a impressão falsa de que ele se opunha à guerra.
O sargento Peter Damon, 33 anos, partidário do presidente George W. Bush e da guerra no Iraque, afirma que Moore fez uso impróprio das imagens para retratá-lo "sob ótica falsa", dando a impressão de que ele "discorda do presidente sobre a guerra e discorda do próprio esforço de guerra".
"Foi quase como se o inimigo me tivesse utilizado em propaganda política. Que soldado quer ser envolvido nisso?", disse Damon a uma emissora de TV local afiliada à rede CBS. "Não perdi meus braços lá para voltar para casa e ser utilizado como munição contra meu comandante-em-chefe.
Numa ação que também é dirigida contra a Miramax Films e várias outras empresas cinematográficas, Damon diz que Moore não pediu sua autorização para utilizar trechos de uma entrevista feita com Damon pela NBC Nightly News quando ele, Damon, estava no hospital.
De acordo com a queixa registrada na Corte Superior Suffolk, em Boston, e vista pela Reuters na quinta-feira, Damon pede indenização por "perda de reputação, sofrimento emocional, constrangimento e humilhação pessoal".
Damon disse que se sentiu traído pelo diretor, cujo "Fahrenheit 11 de Setembro" ganhou o prêmio máximo no Festival de Cinema de Cannes em 2004 e foi o documentário de maior bilheteria da história, tendo arrecadado quase 120 milhões de dólares.
Damon perdeu o braço direito do ombro para baixo e o braço esquerdo acima do pulso quando um pneu de um helicóptero militar Black Hawk explodiu no momento em que ele e dois outros soldados faziam a manutenção do aparelho em solo, no Iraque. Mais tarde, seu braço esquerdo precisou ser amputado na altura do cotovelo. Um dos colegas de Damon morreu.
A produtora de Michael Moore não pôde ser contatada de imediato para obter seus comentários.
MULHER TAMBÉM PEDE INDENIZAÇÃO
"Fahrenheit 11 de Setembro" mostra Damon deitado numa maca no Centro Médico Militar Walter Reed, em Maryland, dizendo que ele sente como se suas mãos estivessem sendo esmagadas. Ele acrescenta: "Mas os analgésicos ajudam muito.
A NBC usou o clipe originalmente numa matéria sobre tratamento médico recebido por veteranos de guerra.
No documentário de Moore, as imagens de Damon vêm depois de uma declaração do deputado republicano Jim McDermott, de Washington, que diz, falando da administração Bush: "Você sabe que ela diz que não está abandonando nenhum veterano, mas está abandonando todo tipo de veterano.
De acordo com a ação movida pelo soldado, "a obra cria a impressão falsa e em grande medida fictícia de que se trata de um militar ferido que foi abandonado".
O texto da ação acrescenta que Damon foi "apoiado, financeira e emocionalmente, pela assistência ativa do presidente, dos Estados Unidos e de sua família, seus amigos, conhecidos e a comunidade".
Damon aprendeu a usar seus braços artificiais com a ajuda de funcionários militares. Grupos de veteranos ajudaram a construir uma casa para sua família em Middleboro, Massachusetts.
Entrevistado diante de sua casa, Damon disse à emissora CBS local: "A idéia original era mostrar algo positivo sobre o tratamento que estávamos recebendo... e não algo para ser usado numa história sobre veteranos que foram deixados para trás, porque, como você pode ver aqui atrás de mim" (apontando para sua casa), "sou a última pessoa que pode dizer que foi abandonada".
Damon está pedindo indenização por danos no valor de 75 milhões de dólares, e sua esposa pede outros 10 milhões de dólares pelo "sofrimento mental e angústia" sofridos por seu marido em função do filme. Damon disse que vai doar o dinheiro a grupos de veteranos da guerra.
O sargento Peter Damon, 33 anos, partidário do presidente George W. Bush e da guerra no Iraque, afirma que Moore fez uso impróprio das imagens para retratá-lo "sob ótica falsa", dando a impressão de que ele "discorda do presidente sobre a guerra e discorda do próprio esforço de guerra".
"Foi quase como se o inimigo me tivesse utilizado em propaganda política. Que soldado quer ser envolvido nisso?", disse Damon a uma emissora de TV local afiliada à rede CBS. "Não perdi meus braços lá para voltar para casa e ser utilizado como munição contra meu comandante-em-chefe.
Numa ação que também é dirigida contra a Miramax Films e várias outras empresas cinematográficas, Damon diz que Moore não pediu sua autorização para utilizar trechos de uma entrevista feita com Damon pela NBC Nightly News quando ele, Damon, estava no hospital.
De acordo com a queixa registrada na Corte Superior Suffolk, em Boston, e vista pela Reuters na quinta-feira, Damon pede indenização por "perda de reputação, sofrimento emocional, constrangimento e humilhação pessoal".
Damon disse que se sentiu traído pelo diretor, cujo "Fahrenheit 11 de Setembro" ganhou o prêmio máximo no Festival de Cinema de Cannes em 2004 e foi o documentário de maior bilheteria da história, tendo arrecadado quase 120 milhões de dólares.
Damon perdeu o braço direito do ombro para baixo e o braço esquerdo acima do pulso quando um pneu de um helicóptero militar Black Hawk explodiu no momento em que ele e dois outros soldados faziam a manutenção do aparelho em solo, no Iraque. Mais tarde, seu braço esquerdo precisou ser amputado na altura do cotovelo. Um dos colegas de Damon morreu.
A produtora de Michael Moore não pôde ser contatada de imediato para obter seus comentários.
MULHER TAMBÉM PEDE INDENIZAÇÃO
"Fahrenheit 11 de Setembro" mostra Damon deitado numa maca no Centro Médico Militar Walter Reed, em Maryland, dizendo que ele sente como se suas mãos estivessem sendo esmagadas. Ele acrescenta: "Mas os analgésicos ajudam muito.
A NBC usou o clipe originalmente numa matéria sobre tratamento médico recebido por veteranos de guerra.
No documentário de Moore, as imagens de Damon vêm depois de uma declaração do deputado republicano Jim McDermott, de Washington, que diz, falando da administração Bush: "Você sabe que ela diz que não está abandonando nenhum veterano, mas está abandonando todo tipo de veterano.
De acordo com a ação movida pelo soldado, "a obra cria a impressão falsa e em grande medida fictícia de que se trata de um militar ferido que foi abandonado".
O texto da ação acrescenta que Damon foi "apoiado, financeira e emocionalmente, pela assistência ativa do presidente, dos Estados Unidos e de sua família, seus amigos, conhecidos e a comunidade".
Damon aprendeu a usar seus braços artificiais com a ajuda de funcionários militares. Grupos de veteranos ajudaram a construir uma casa para sua família em Middleboro, Massachusetts.
Entrevistado diante de sua casa, Damon disse à emissora CBS local: "A idéia original era mostrar algo positivo sobre o tratamento que estávamos recebendo... e não algo para ser usado numa história sobre veteranos que foram deixados para trás, porque, como você pode ver aqui atrás de mim" (apontando para sua casa), "sou a última pessoa que pode dizer que foi abandonada".
Damon está pedindo indenização por danos no valor de 75 milhões de dólares, e sua esposa pede outros 10 milhões de dólares pelo "sofrimento mental e angústia" sofridos por seu marido em função do filme. Damon disse que vai doar o dinheiro a grupos de veteranos da guerra.