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P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 08 Jun 2006, 12:01
por Res Cogitans
Atualmente estou lendo um livro muito interessante, chamado O Gene da Matemática de Keith Devlin (não, não é um defesa de que existe 1 gene para matemática, mas um estudo sobre o inatismo das capacidades matemáticas e outras coisas).
O livro trata de temas como: as habilidades matemáticas de animais; quais habilidades já nascem conosco, quais são aprendidas e como elas se relacionam com outras capacidades nossas; um pouco de história da matemática e etnomatemática; de como processamos a matemática em nosso cérebro; o estuda da matemática como linguagem; etc;etc;etc
Estou achando o livro muito interessante e por isso estou recomendando a vocês. Acredito eu, que a temática do livro seja do interesse de vocês.
Tem um link na minha assinatura com uma pequena descrição do livro.
Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 08 Jun 2006, 12:14
por Res Cogitans
Toda vez que eu estava postando o novo tópico dava erro. Eu verifiquei se o tópico tinha sido postado mas o mesmo não apareceia p/ mim. Acabou saindo mais de um.
Favor manter este e apagar os demais.
Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 08 Jun 2006, 13:18
por Flavio Costa
O livro atribui o inatismo à genética ou simplesmente demonstra que certas características são inatas, sem entrar no mérito de onde vêm?
Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 08 Jun 2006, 14:17
por Res Cogitans
Até o momento ele não está tratando especificamente de "por que pessoas são mais talentosas em matemática que outras", se é isso que vc quer saber.
Ele está trantando de coisas como: "os bêbes já tem senso numérico?". Ele estuda quais partes da matemática nascem naturalmente em nós e quais são construídas com o tempo, cultura...
Enviado: 08 Jun 2006, 22:02
por Dante, the Wicked
Muito interessante!
Re: Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 09 Jun 2006, 06:12
por zencem
Substituida pela postagem seguinte.
Re: Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 09 Jun 2006, 06:27
por zencem
Res Cogitans escreveu:Até o momento ele não está tratando especificamente de "por que pessoas são mais talentosas em matemática que outras", se é isso que vc quer saber.
Ele está trantando de coisas como: "os bêbes já tem senso numérico?". Ele estuda quais partes da matemática nascem naturalmente em nós e quais são construídas com o tempo, cultura...
Oi Res,
Esperando não estar sendo, outra vêz, apressadinho, tudo leva a crer que o livro se ajusta mais com a hipótese de, "1+1=2 ser uma verdade eterna", do que com a opinião do Cabeção que acredita ser, a matemática, uma ciência abstrata, meramente, criada pelo intelecto humano.
Enviado: 09 Jun 2006, 10:26
por Res Cogitans
As crianças chinesas e japonesas sobrepujam consistentemente as crianças americanas nesses testes. Eles também sobrepujam as crianças da maior parte da Europa Ocidental, que tendem a ter o mesmo desempenho que as americanas.
[...]
Kevin Miller mostrou que as diferenças de idioma fazem com que as crianças levem um ano a mais para aprender a contar.
A diferença, em parte, está na formação linguística dos numerais. 25 em chinês seria escrito "dois dez 5", e os numerais até dez são monosilábicos. Parece coisa pouco importante, mas ele apresenta alguns estudos interessantes sobre isto.
Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 09 Jun 2006, 10:32
por Res Cogitans
Oi Res,
Esperando não estar sendo, outra vêz, apressadinho, tudo leva a crer que o livro se ajusta mais com a hipótese de, "1+1=2 ser uma verdade eterna", do que com a opinião do Cabeção que acredita ser, a matemática, uma ciência abstrata, meramente, criada pelo intelecto humano.
Bem, vc foi apressadinho. E matemática não é só aritmética.
Enviado: 09 Jun 2006, 10:34
por Flavio Costa
Res Cogitans escreveu:A diferença, em parte, está na formação linguística dos numerais. 25 em chinês seria escrito "dois dez 5"
Em japonês também é assim, 25 é ni ju go, como no chinês. E quando chega nos números a partir de 10.000 acontecem algumas coisas bizarras...
Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 09 Jun 2006, 10:39
por Res Cogitans
Tem outras curiosidades, mesmo as pessoas fluentes em um segunda língua fazem, que podem pensar na segunda língua, não fazem contas na segunda língua. Invariavelmente elas fazem as contas na língua mãe e traduzem o resultado mentalmente.
Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 09 Jun 2006, 12:53
por ...
Li algures que os mecanismos neurais para se ser bom a matemática são extremamente simples (nós criamos circuitos capazes de cálculos assombrosos sem dificuldade). Muito mais simples que as redes para reconhecer rostos, por exemplo. Facilmente poderiam ter evoluído, se houve pressão seletiva.
Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 09 Jun 2006, 12:54
por user f.k.a. Cabeção
Parece legal, mas acho que atualmente eu ando tão sobrecarregado de matemática que nas minhas leituras facultativas eu procuro evitar o tema.
Re: Re.: P/ Manuel, Dante, Cabeção e Flávio
Enviado: 09 Jun 2006, 13:10
por Res Cogitans
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Parece legal, mas acho que atualmente eu ando tão sobrecarregado de matemática que nas minhas leituras facultativas eu procuro evitar o tema.
Entendo, eu faço isso com física. Mas o foco principal do livro é como processamos a matemática no cérebro.