Irã: holocausto judeu é igual ao muçulmano
Enviado: 18 Jun 2006, 15:35
Tribuna da imprensa
Irã: holocausto judeu é igual ao muçulmano
XANGAI (China) - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, declarou ontem em uma entrevista coletiva em Xangai que não há diferenças entre o holocausto do povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial e o dos muçulmanos da Palestina, ontem. "Nós defendemos os direitos de todos os seres humanos. Não há diferenças para nós entre judeus, cristãos e muçulmanos. Todos são respeitáveis, têm sua própria voz e uma dignidade que deve ser respeitada", afirmou.
Ele lembrou que os judeus estão representados no Parlamento iraniano, e defendeu a justiça em todo o mundo. "O Holocausto nazista é um tema que influiu em muitas equações políticas e diplomáticas no mundo, e que deve ser investigado por grupos independentes e imparciais".
Ahmadinejad se reuniu com o presidente da China, Hu Jintao, como parte da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, em inglês), da qual o Irã participa como observador.
Represália
Ahmadinejad, declarou que o Irã está preparado para se defender de um ataque israelense, enquanto o mundo espera uma resposta de Teerã à proposta ocidental para negociar sobre o programa nuclear do país. "A República Islâmica do Irã desenvolveu a capacidade de se defender", respondeu Ahmadinejad a uma pergunta sobre a capacidade nuclear israelense e a possibilidade de um ataque às instalações nucleares iranianas, como aconteceu no Iraque na década de 80.
O presidente iraniano se mostrou relaxado e até mesmo brincou durante seu encontro com a imprensa, não respondeu se a possibilidade de um ataque israelense o preocupa. A preocupação atual de Israel com o programa iraniano para o enriquecimento de urânio pode ser comparada à que, em 1981, levou o país a bombardear o reator iraquiano de Osirak.
Ahmadinejad não falou sobre sua posição quanto ao pacote de medidas proposto pelo Conselho de Segurança da ONU e pela Alemanha com o objetivo de dar um fim à crise nuclear. A proposta foi apresentada a Teerã no dia 6 de junho pelo alto representante da Política Externa da UE, Javier Solana.
O presidente iraniano culpou o Ocidente pela crise nuclear.
Ele acredita que a ameaça de sanções não deveria ser usada para humilhar e impor sua visão a outros países do mundo, e lembrou que é responsabilidade de todos mudar o discurso mundial baseado na intimidação. "Deixem-me lembrar que aquele que cria problemas para os demais é o primeiro a tê-los", afirmou.
Irã: holocausto judeu é igual ao muçulmano
XANGAI (China) - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, declarou ontem em uma entrevista coletiva em Xangai que não há diferenças entre o holocausto do povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial e o dos muçulmanos da Palestina, ontem. "Nós defendemos os direitos de todos os seres humanos. Não há diferenças para nós entre judeus, cristãos e muçulmanos. Todos são respeitáveis, têm sua própria voz e uma dignidade que deve ser respeitada", afirmou.
Ele lembrou que os judeus estão representados no Parlamento iraniano, e defendeu a justiça em todo o mundo. "O Holocausto nazista é um tema que influiu em muitas equações políticas e diplomáticas no mundo, e que deve ser investigado por grupos independentes e imparciais".
Ahmadinejad se reuniu com o presidente da China, Hu Jintao, como parte da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, em inglês), da qual o Irã participa como observador.
Represália
Ahmadinejad, declarou que o Irã está preparado para se defender de um ataque israelense, enquanto o mundo espera uma resposta de Teerã à proposta ocidental para negociar sobre o programa nuclear do país. "A República Islâmica do Irã desenvolveu a capacidade de se defender", respondeu Ahmadinejad a uma pergunta sobre a capacidade nuclear israelense e a possibilidade de um ataque às instalações nucleares iranianas, como aconteceu no Iraque na década de 80.
O presidente iraniano se mostrou relaxado e até mesmo brincou durante seu encontro com a imprensa, não respondeu se a possibilidade de um ataque israelense o preocupa. A preocupação atual de Israel com o programa iraniano para o enriquecimento de urânio pode ser comparada à que, em 1981, levou o país a bombardear o reator iraquiano de Osirak.
Ahmadinejad não falou sobre sua posição quanto ao pacote de medidas proposto pelo Conselho de Segurança da ONU e pela Alemanha com o objetivo de dar um fim à crise nuclear. A proposta foi apresentada a Teerã no dia 6 de junho pelo alto representante da Política Externa da UE, Javier Solana.
O presidente iraniano culpou o Ocidente pela crise nuclear.
Ele acredita que a ameaça de sanções não deveria ser usada para humilhar e impor sua visão a outros países do mundo, e lembrou que é responsabilidade de todos mudar o discurso mundial baseado na intimidação. "Deixem-me lembrar que aquele que cria problemas para os demais é o primeiro a tê-los", afirmou.