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Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 13:12
por DIG
Minha família sempre foi católica, mas quando eu tinha 7 anos minha mãe me colocou em uma escola bem tradicional evangélica.
Foi lá que tudo começou...
A maioria das crianças da escola eram evangélicas, e isso me fazia sentir rejeitada, pois era minoria entre eles.
Sofria pressões diárias dos colegas, e dos próprios professores. Isso para uma criança de 7 anos é demais.
Comecei a frequentar igrejas evangélicas, sempre por insistência de algum colega. Porém me sentia um peixe fora d'agua. Apesar de ser uma criança, eu sempre fui mto crítica, e tenho que admitir que achava ridículo todas aquelas pessoas batendo palmas, cantando como loucos, chorando com as mãos para o alto... Considerava tudo aquilo um verdadeiro hospício.Mas o tempo foi passando e as demasiadas lavagens cerebrais começaram a surtir efeito. Creio que por volta dos meus 10 anos eu me tornei uma criança reprimida, tímida e com medo de tudo. Medo de cometer pecados, de ir pro inferno. Lia muito a biblía, controlava o que assistia na TV, e já nem brincava mais. Lembro-me que julgava um pecado tremendo assitir o "Castelo Ra-Tim-Bum", pois considerava im programa recheado de bruxaria e coisas anti-cristo.
Comecei a ter aulas de orientação sexual na escola nessa mesma época. Mas como a escola era evangélica, essa chamada "educação sexual" era muito diferente do que se faz habitualmente nas escolas. Essas aulas aconteciam da seguinte maneira..
A professora separava os meninos e meninas em turmas separadas, e ninguem poderia ficar sabendo o que era falado nas diferentes classes. Lembro-me que nas aulas, ela apenas reprimia as meninas sexualmente, pregava sobre o pecado do sexo antes do casamente, referia-se a masturbação como "ato de meninas que não conhecem a Jesus". E assim cresci, ouvindo a mesma coisa todas as semanas, e vendo o sexo como algo diabólico e imoral.
Com 12 e 13 anos dei uma escapada da igreja. Aquilo tudo me sufocava e eu queria voltar a respirar. Nesses anos fui mto recriminada na escola (...)
...passei a ser excluída. Foram terríveis anos. Não aguentei. Voltei pra igreja com mto mais ânimo e o fanatísmo havia dobrado.
Cheguei ao ápice da minha vida como crente.
CD's foram queimados, as roupas eram escolhidas cuidadosamente para que algumas partes do corpo jamais ficassem a mostra, só ouvia oficina G3, Aline Barros e outros cânticos da igreja batista da lagoinha. Comecei a ter uma obscessão sobre o fim do mundo. Criava folhetos sobre uma teoria do fim do mundo e saia pelas ruas distribuindo, pois acreditava que quantas mais almas eu salvasse, mais chences teria de ir para o céu! Considerava que beijar alguém antes de estar namorando era um dos maiores pecados que se podia comenter. Me tornei uma pessoa preconceituosa, que julgava a todos, me considereva santa, e que apenas os evangélicos seriam herdeiros do reino dos céus!
Lí diversos livros da bíblia inteirinhos, fazia de tudo pela igreja.
Eu tinha 14 anos. Aos 15 arranjei um namorado, e nós dois frequentávamos a igreja juntos. Conquistamos amizades de dentro da igreja. Mas um dia, essas amizades começaram a agir diferente comigo e com ele. Nos sentimos um pouco excluídos e por esse motivo passamos a ir a igreja com menos frequencia. Teve uma vez que ficamos aproximadamente 3 semanas sem ir na igreja, e nesse período, a intriga surgiu.
As nossas "amizades" da igreja espalharam para todos que o motivo do nosso desaparecimento era o fato de eu estar grávida, e por isso nao querer aparecer. Que grande mentira! Nem teria como eu estar grávida.! Mas foi isso que se espalhou. Até que chegou aos ouvidos da minha família, que acreditou! Afinal, a história surgiu dentro da igreja, um local aparentemente confiável. Quem diria, a Nádia com 15 anos e grávida. Conversei com minha mae, foi mto dificil fazer ela acreditar, mas a convenci que aquilo era uma grande mentira, e dessa vez foi ela que me insentivou a largar a igreja. Aquilo nao fazia mais sentido algum. Me senti traída pelos meus proprios amigos, pessoas que eu considereva santa... :emoticon11:
Tudo foi perfeito até meus 17 anos. Mas nessa época acabei com meu antigo namorado e conheci um crente que me levou de novo a igreja.
ele era mto fanático. foi o crente mais fanatico que ja conheci na vida.
Eu chorava por ter que passar por tudo aquilo de novo, mas nao contava a ninguem que estava sofrendo pois gostava dele. Tudo isso durou uns 3 meses. Meses de mto sofrimento. pois eu tinha nojo da igreja.
Um dia nao aguentei mais tudo aquilo. Quando ele me pediu em namoro, creio que estava certo que ouviria um sim. Mas eu nao aceitei pois jamais seria feliz ao lado de alguem que tinha como objetivo na vida se tornar pastor.
Nao contei meus reais motivos para nao magoa-lo. Apenas disse que estava saindo de um relacionamente longo e precisava de um tempo sozinha.
Mas por um acaso do destino uns 15 dias depois conheci outra pessoa e me apaixonei. Esse nao era evangélico. era totamente o oposto. comecei a namorar.
quando o crente descobriu, espalhou que eu preferi namorar o outro do que ele pq era interesseira! claro que isso nao eh verdade, mas eh essa a imagem que ele leva de mim até hoje!

O importante é que a partir de entao eu nunca mais quis saber de igreja, e nao a quem me faça voltar! Tenho certeza que sou mto mais feliz longe daquele recanto de mentiras, falso moralismo e restrições. Não quero mais viver em função de um deus que só castiga e exige santificações e gloroficações em troca de um lugar no céu! isso é ridiculo!
Nao aconselharia ninguem a entrar a uma igreja evangélica, pois depois que se está la dentro eh mto dificil sair. Eu mesma levei 10 anos pra poder me sentir livre de verdade!

E essa é a minha história.
Atualmente namoro um ateu, e sou muito mais feliz assim, longe da igreja e das pessoas que a frequentam.



Infelizmente eu era crente desde pqna. Sempre fiz tudo certinho e tudo q eu podia pra ser uma perfeita “serva de Deus”. Jejuava, orava, ia nos ensaios, ia em todos os cultos q eu podia e estudava a "palavra do Senhor".

Mas algo me incomodava: eu tinha dúvidas ngm sabia me responder. Eram contradições da Bíblia, erros da Bíblia, explicações sobre fenômenos relacionados a ciência, e outras. Os crentes usavam de "embromation" pra me responder. Era sempre akela mesma enrolação até q comecei a perceber q akilo tudo era uma farsa.

Eles diziam q éramos "livres em Jesus", mas na verdade não podíamos nem ter uma diversão e fazer coisas normais q todo ser humano faz. Não havia liberdade! Quase tudo era proibido!

Eu fui mto infeliz graças aos dogmas, doutrinas e ensinamentos atrasados dos crentes.

Comecei a reparar melhor como as pessoas q não eram crentes viviam mais felizes q eu (coisa q eles diziam ser impossível). Os crentes eram arrogantes e se achavam superiores aos não-crentes. Nas pregações chamavam todos q não tinha essa religião de “filhos do diabo”, “mundanos”, “ímpios”, pecadores, etc.. mas eu comecei a não me conformar pelo fato de existir pessoas tão boas fora de igreja e eles dizerem q tais pessoas iriam pro inferno, sendo q na igreja era uma podridão sem tamanho: mtos eram fuxiqueiros, falsos, invejosos, etc (Os piores amigos q tive foram os da igreja, os quais me fizeram mtas maldades no tempo em q eu congreguei). Notei q akelas regras todas da Bíblia nem eles conseguiam seguir, pois quase a mocidade toda transava antes de casar, haviam traições, contendas, roubos nos caixas de igrejas, humilhações, etc. Vi coisas de todos os tipos nas igrejas.
Eu estava prestes a entrar na faculdade e minha cabeça já era outra: eu era melhor informada, tinha um maior senso crítico e keria me divertir e fazer coisas simples q uma pessoa normal fazia. Após mto pensar resolvi sair da igreja, pq eu não acreditava mais em mtas coisas e pq cansei de ser escrava de um livro cheio de contradições e de falsos ensinamentos de alienados pela religião.

Acho q fazem uns 6 anos q saí e a cada dia tenho ctz de q fiz a melhor escolha, pq hj não tenho q ser escrava d ngm. Akela vida era uma ilusão sem tamanho! Hj tenho plena consciência de q eu era uma alienada devido a tanta lavagem cerebral q me fizeram. Vivo segundo meus princípios e procuro ser uma boa pessoa, sem precisar me anular e nem seguir regras idiotas (como usar o maldito saião) por medo de ir pro inferno. Se existir inferno, ele é dentro da igreja! O paraíso somos nós q contruímos com nosso próprio esforço e procurando ser pessoas melhores. A felicidade está dentro de nós e não em regras q não trazem benefício algum! Agora faço td oq kero, sem peso na consciência!

HJ MINHA VIDA É BEM MELHOR!SOU FELIZ NÃO SENDO CRENTE! :emoticon1:



Aleluia!Glória a nós :emoticon13: !

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 13:33
por DIG
Escrever meu tristemunho aqui, li alguns que postaram e aqui vai o meu...

Não nasci em família de crentes, mas sempre estive em contato com a igreja católica pela minha escola e por uma ex namorada que me obrigava a frequentar os cultos, cantar os "hinos"... aquela história toda. Meu primeiro contato com a igreja evangélica foi há três anos atrás.

Eu adorava ir em "fextinhas" como dizem por aqui por Floripa e uma vez fui com meus amigos para uma festa à fantasia ( fui fantasiado de ninja ).

Não quis entrar na festa com dinheiro, deixei minhas coisas no carro de um colega meu e entramos. O lugar era uma casa noturna enorme que hoje não existe mais. Mesmo comportando uma galera, parece que venderam convites pra pelo menos o dobro da capacidade do lugar. Estava intrasitável lá dentro. Fui atrás de uma menina bonitinha e acabei me perdendo do meu grupo e perdi a menina de vista.

Passei o resto da noite procurando meus amigos e nada deles. O dia foi amanhecendo, o lugar esvaziando e o estacionamento vazio, os desgraçados dos meus colegas tinham ido e me deixado por lá...
Foi bater as seis horas da manhã na casa de um camarada meu que morava lá por perto... isso às 6 da manhã de domingo...

Cheguei lá, dormi na casa dele, almocei, tomei café e passei a tarde lá. Peguei roupas emprestadas, dinheiro pra voltar pra casa, mas antes ele me convidou pra ir na igreja que ele estava frequentando... NÃO VOU NÃO !

Mas aí a irmã deleme convenceu, disse que se eu não fosse ele também não iria e eu ficava me lembrando de como era igreja católica, aquelas que só vai velho... Ela me disse que essa era diferente, com muitos jovens e animada e tal... acabei topando.

Chegando lá assisti o culto e na saída muita gente queria saber quem eu era e tudo mais. Acabei gostando e na hora mudei o conceito que eu tinha de igreja (relativamente a igreja católica que eu era forçado a ir...)

O tempo foi passando, eu me enturmei, mas sempre me sentia sozinho na igreja, aí mesmo é que resolvi me isolar do pessoalzinho. Assistia aos cultos e não falava com ninguém passava como se fosse invisível e isso acontecia, realmente parecia que ninguém me via, eu entrava quieto e saia calado.
Resolvi ir um dia ao culto de jovens e conheci várias pessoas - oi, tudo bem?

Deus é bom né? Deus tá cuidando, não se preocupe com isso com aquilo...

Durante esse tempo, aquele meu colega com quem fui pra igreja saiu de lá. Começou a gostar de uma menininha da igreja que não quis nada com ele. Largou a igreja de vez. Eu continuei indo e conheci uma louca lá que tava atirando pra todos os lados, louca pra casar e eu novinho na igreja, sozinho. Ela começou a ficar minha "amiga".

Um dia eu tava meio chateado com a situação lá em casa e fui dar uma volta. Ela morava perto da minha casa, tava passando de carro e me viu. Perguntou - Gustavo, tá a fim de pegar 2 amigas minhas na rodoviária? Elas estão vindo passar 2 semanas na minha casa.

Eu sem o que fazer fui. Conheci minha ex. Posso considerar ela um espelho da hipocrisia que havia na igreja e que pra mim estava oculta, até então.
A guria (ela era gaúcha) morava no Rio Grande do Sul. As duas tinham feito uma tal esola de missões chamada Jocum.

Fiquei com ela no último dia antes de ela voltar pro Rio Grande. Na minha cabeça veio logo aqueles papos - conheci a pessoa dedeus pra minha vida e tudo mais.

E eu não tive boas experiências de relacionamentos "domundo" então isso reforçou ainda mais essa minha esperança tola...

Viajei pra lá. Ela foi me buscar na rodoviária e me levou num bairro bem barra pesada. Conheci a família dela.
A primeira vista não tinha nada de mais.

No dia seguinte, que era domingo ela resolveu me levar na cidade vizinha pra dar um passeio. Demoramos um pouquinho pra voltar por que o ônibus no domingo é uma lenda.

Quando chegamos, umas 8 da noite, a mãe dela tava apreensiva e disse que tava sentindo um aperto no coração, que era como se eu tivesse levado a filha dela pra um Motel e não sei mais o quê...

A puta da véia já de cara começou assim e eu que tava tentando andar certo, tava na igreja, mesmo me sentindo isolado e vazio no meio da panelinha toda que eu sentia que havia... mas que não queria ver...
Eu ainda não era batizado, tinha uma série de dúvidas na minha vida, meu futuro, estava no metade da faculdade, sem esperanças de me formar e quando conheci essa menina, parece à primeira vista que tudo voltou a fazer sentido.

Mas eu seguia a vida aqui e lá a família dela colocava um monte de desconfiança na cabeça dela. Aqui o pessoal é muito festeiro, só tem praias, bares... e ela começou a pensar que eu saia e aprontava.

Na segunda vez que fui pra lá eu me batizei. E conheci mais sobre a família dela. Descobri que as caraminholas na cabeça dela vinham principalmente da mãe dela (que antes de se "converter" era uma verdadeira puta. Um dos filhos dela ela não disse quem era o pai... só pra vcs terem uma noção). A irmã dela também era outra praga. As duas enchiam a cabeça dela e manipulavam a guria. Comecei a ficar com raiva das duas.

Quando eu estava lá eu era "uma benção", mas quando eu estava em Floripa elas desciam a lenha em mim.

Depois de uns 2 meses de namoro ( a distância!!! Esses dois meses corresponderam a uns 10 dias que eu passei lá) ela veio conhecer meus pais e descobri um segredo dela...

Quando ela tinha 14 anos ela tinha sido estuprada.
Ela contou a historinha toda pra mim, de uma forma sem pé nem cabeça. Aí eu descobri o porquê de ela ser tão submissa a mãe. No dia que a desgraça aconteceu, ela tinha sido desobediente.

Depois de um tempo ela começou a se contradizer, se desdizer e cheguei a ouvir inclusive outras versões que ela contou da mesma história pra diferentes pessoas. O fato era que o cara chegou a gozar nas pernas dela.

Pensando comigo mesmo, ninguém se goza de graça, sem ter havido nada. Claro que o cara tinha feito, mas ela dizia que não deixou... fui saber por outras pessoas várias histórias com vários detalhes inclusive absurdos. Numa das versões, o cara tinha uma arma que ela chegou até a tomar dele (?!?!?!?!?) e um dos irmãos dela disse que ela voltou pra casa sangrando.

Aí eu comecei com aqueles pensamentos de crente - Poxa deus o que eu fiz pra que a mulher dedeus pra minha vida tivesse que ter passado por essa?

Mas eu era bem crente e vivi um namoro com muito beijo e nada mais. Mas isso não podia continuar...
Descobri que a mania dos crentes era casar cedo pra não pecar.Dois parentes dela (os dois com 19 anos) se casaram.
Ganharam tudo pra casar, aí era fácil (ou melhor, menos difícil).

E começaram as cobranças pro meu lado. a Mãe dela começou a proibir ela de vir me ver. Começava com aquela - não deixo, ele não te assumiu, nem teu noivo ele é ainda...

Pensei um pouco na possibilidade de noivar, eu queria, apesar de não querer daquele jeito. A gente nunca tinha brigado, até porque a gente se via bem pouco e não tinha tempo pra brigar, matavamos um pouco a saudade e curtiamos um ao outro.

Na vez que fui lá pra noivar, ela tava tão obcecada com o noivado que tinha mandado fazer as alianças (eu dei o dinheiro) e no dia combinado, elas não estavam prontas. Ela foi avisar a mãe por telefone e a véia tratou de botar a boca, disse que não deu certo as alianças porque não era dedeus e por aí vai. A guria ficou transtornada de ter ouvido aquilo da mãe e conseguiu a incrível façanha de ser atropelada numa rua de pista única, uma pista que só passava um carro... sorte que não aconteceu nada.
Dois dias depois elas ficaram prontas.

Fiz um churrasco na casa dela, pros pais dela e fiquei feito um pateta esperando eles cumprirem aquela ritualística de benção e não sei mais o quê. Que nada, comeram, arrotaram e ficou com cara de ser mais um almoço de domingo do que um noivado, uma festa.

Minha vida como que tava... eu ia me formar na metade de 2005, depois o plano era ir pra lá e fazer minha vida na cidade dela.

Tinhamos começado a juntar dinheiro... quer dizer, só eu colocava dinheiro e eu nem trabalhava, estava nas disciplinas finais, aula de manhã e de tarde. Ela que trabalhava nunca tinha dinheiro. Todo mês o pai dela, um alemão daqueles bem nojentos, arrancava da guria uma parte do salário dela e dizia que era "pensão"...

ela pagava pra morar na própria casa... pagava pro próprio pai. E isso vinha desde os 14 anos.

Nosso sonho era ir juntando dinheiro pra comprar as coisas pra casa. Íamos começar pela cama que tinha que ser uma cama box, toda pra nós.

Fui pra lá uma última vez. Na época eu tava furioso porque a véia continuava a me atacar enquanto eu estava longe. E a guria sem estrutura pra se defender refletia aquele estado no nosso namoro.

A coisa ficou feia mesmo foi no aniversário dela. Depois do almoço nós queríamos sair. Pedi pra ela se vestir e depois, enquanto eu estava no banho eu pude escutar uma discussão.

Já foi me fervendo o sangue... só podia ter a ver comigo o que a desgraçada tava reclamando...
Quando eu saí do banho, a confusão já tava armada, aí eu arranquei a máscara de crente dela. Descasquei a véia mesmo, peguei minhas coisas e não fui mais lá.

Vi todo o preconceito e hiprocrisia de alguém que teve uma vida pior que a minha, e depois desse dia comecei a reparar mais em como eram os crentes, na verdade.

O namoro foi piorando. Não fui mais na igreja, não tinha mais tempo pra isso e tudo que dava errado, ela vinha me culpar. Me formei com muito custo, minha cabeça estava tão cheia que depois passei 2 meses só em casa, sem fazer nada, desorientado.

E ela me cobrando de ir iniciar a vida lá. Comecei a ver o meu lado da coisa...
será se era aquilo que eu queria?

A virgindade de alguém que eu não sabia se era 100% honesta comigo e nem se aquele selinho valia na verdade alguma coisa, como me faziam crer na igreja...

Iniciar minha vida numa terra estranha, onde os próprios crentes que deviam ser acolhedores só o eram quando queriam "mostrar serviço"...


Seguir uma vida na igreja, me tornando com ela mais um casal como os que a gente vê - aquela coisa onde o cara nem parece que ama a mulher e vice-versa. Parece apenas que se toleram, que foram vítimas de um casamento arranjado...
Pior que a bestinha da guria nem se cuidava pra mim. Acho que na cabeça dela eu tinha que dar valor só por que ela era crente... daquelas que acha que segura marido sendo tudo aquilo que deus mandou... se fosse assim não tinha tantos crentes sofrendo traições...

O negócio foi enchendo, finalmente terminei com ela. Depois de um tempo, soube que a mãe dela ficou mal no hospital e tudo. Com pena eu disse pra ela se precisasse que usasse o dinheiro que a gente tinha pra salvar a mãe dela, comprar um remédio, sei lá...

Depois de um tempo me arrependi de ajudar alguém que tanto fez pra sabotar minha vida, sabotando o relacionamento que eu tinha e tudo mais. Mas me foi ao mesmo tempo um bom panorama do que que boa parte dos crentes é por dentro...

Até quis pegar o dinheiro de volta, mas aí a guria mostrou que "o fruto não cai longe da árvore" e não quis me devolver... mas continua sendo crente... aleluia... tssss....
Larguei essa crença.

Conheci uma garota legal e repensei vários conceitos que tinha da lavagem cerebral que sofri durante esses 2 anos.

As vezes fico triste de ter passado por tudo isso, me feri muito.

Mas me sinto mais feliz agora do que na época que era indeciso, manipulado, caluniado, sozinho e triste - acho que eram todos esses sentimentos que me acompanhavam nessa época. Se igrejas assim realmente fossem bençãos... tristemunhos como vários que vi aqui não existiriam...

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 13:34
por Lúcifer
A maioria desses fatos eu também já presenciei.
O pior é que eles se acham os todos certinhos e cheios de razão.
HÁ! Pro inferno todos eles!!

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 13:47
por DIG
:emoticon12:

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 14:03
por Claudio Loredo


DIG, você esqueceu de colocar a fonte. Onde você viu estes tristemunhos?


Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 14:24
por Nospheratu
Infelizmente é isso que acontece com a maioria das pessoas nesses miseráveis ambientes das igrejas.
Eu pessoalmente fiquei mais tocado com o primeiro, porque já presenciei coisa similar com um amigo meu.
Cada vez que leio coisas assim minha indignação só aumenta.
Excelente post, DIG .

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 14:34
por Hrrr
e a fonte desses testemunhos?

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 14:45
por Mussolim Bucetê
Eu conheço uma cara que dizia que os ossos dos dinossauros eram obra de Satanás para desvirtuar o homem. Sou uma pessoa que não puxo assuntos ateístas, mas quando ele me disse isso foi o mesmo que um chute no zvo. (Ele também era evangélico).

Mostrei umas contradições aqui, outras monstruosidades da Bíblia ali, uns Hebreus acolá, uns “Mitra” ali, uns milagres iguais aos de Jesus bem aqui e hoje ele é ateu. Por incrível que pareça ele dormia sempre com os pés coberto, pois sempre ouviu que “Satanás puxaria seus pés”, ate mesmo quando ele próprio se denominava um "não-crente". Hoje ele é ateu e tem uma vida mais aberta e está cursando a faculdade de Filosofia.

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 15:04
por DIG

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 23 Jun 2006, 16:36
por DIG
:emoticon7:

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 24 Jun 2006, 03:19
por DIG
Realmente, essas igrejinhas são 1 furada...

Re.: Testemunhos de Ex-crentes

Enviado: 24 Jun 2006, 12:23
por Hrrr
sera que mostrar esses textos podem fazer alguns crentes se tocarem?