Israel vai manter exército em Gaza por tempo indefinido
Enviado: 28 Jun 2006, 09:26
Israel vai manter exército em Gaza por tempo indefinido
http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 08,00.html
O Exército israelense anunciou que a operação iniciada nesta madrugada no sul da Faixa de Gaza para resgatar um soldado seqüestrado por militantes palestinos vai continuar por prazo indeterminado. Enquanto isso, a população da cidade de Rafah tenta fugir para o norte.
Por enquanto, não há informações sobre vítimas na população civil nem no Exército devido à operação em represália ao seqüestro ocorrido no domingo em uma base israelense. Entretanto, fontes palestinas relatam grandes danos materiais.
Ataques aéreos destruíram as instalações da Companhia Central Palestina, que distribui energia elétrica no território palestino. Pelo menos dois terços dos habitantes da Faixa de Gaza, cuja população chega a 1,4 milhão de pessoas, estão sem eletricidade. Fontes palestinas informaram também que duas pontes foram destruídas nos ataques.
Esta é a primeira operação terrestre em grande escala desde que o exército israelense saiu da Faixa de Gaza, em 12 de setembro de 2005, após uma ocupação de 38 anos. O objetivo dos soldados israelenses é bloquear o sul da região para encontrar Gilad Shalit, o soldado seqüestrado no domingo passado por milicianos palestinos.
Civis fogem de região
Os civis, especialmente os moradores das zonas rurais de Gaza, fugiram de carro, a pé e em tratores, muitos ainda vestindo pijamas. Eles se dirigiam à costa do Mediterrâneo e a Khan Yunes, no sul de Gaza. Os hospitais da cidade, assim como os de Rafah, os dois maiores centros do sul da Faixa, estão em emergência e mobilizaram todo o seu pessoal.
Combatentes palestinos andavam com suas armas e explosivos por Rafah, instalando bombas junto às estradas e ruas, já prevendo o avanço das tropas e dos tanques israelenses.
A primeira ação da operação israelense foi o bombardeio aéreo de uma ponte que une a Cidade de Gaza com Khan Yunes. O objetivo foi impedir a saída de grupos levando o soldado seqüestrado. Também para cortar as saídas, a Força Aérea destruiu outras duas pontes, informaram hoje fontes militares.
O porta-voz do Governo palestino, Ghazi Hamad, declarou hoje que a ofensiva é "um grave erro de Israel, que sofrerá grandes perdas, e que atrapalha os esforços para libertar com vida o seu soldado". O deputado Mushir Al-Masri, do Movimento Islâmico Hamas, convocou os palestinos a "erguer os fuzis e as pistolas". "Esta é uma guerra por nossos prisioneiros, nossas vidas e nossa independência", disse.
As autoridades israelenses não têm indícios de onde pode ficar o cativeiro do soldado Shalit, que aparentemente sofreu ferimentos leves na mão e no ventre. Fontes militares admitem a possibilidade de que ele já tenha saído de Gaza, levado para o deserto do Sinai, no Egito.
Segundo os militares israelenses, esta é a primeira etapa da operação, aprovada em todas suas fases pelo primeiro-ministro, Ehud Olmert, e pelo seu ministro da Defesa, Amir Peretz, e a ação só vai terminar com o resgate do soldado, de 19 anos.
As fontes disseram ainda que as primeiras ações "são agressivas" e, se Shalit não aparecer, serão ainda mais. O kibutz Kerem Shalom, junto à base de Telem, onde foi capturado o soldado, e outras localidades israelenses entraram esta manhã em estado de alerta. A população teme ataques de milicianos palestinos com foguetes Qassam.
Hamas está ligado a seqüestro
O seqüestro do soldado, durante o qual morreram outros dois soldados e dois palestinos que chegaram à base por um túnel subterrâneo, foi reivindicado por milicianos islâmicos do Hamas, dos Comitês Populares da Resistência e do desconhecido grupo que se intitula Exército Islâmico.
Por enquanto, os militantes têm ignorado os apelos do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para libertar Shalit e evitar a invasão israelense.
As forças que cruzaram o limite sul de Gaza, a um quilômetro da cidade fronteiriça de Rafah, tomaram posições na localidade de Dahania, perto do aeroporto internacional desativado Yasser Arafat, e criaram vários postos de observação. Por enquanto não há notícias de reação por parte das milícias da resistência nem das forças de segurança da ANP.
Até agora fracassaram todos os esforços diplomáticos para evitar o confronto. O Egito tenta atuar como intermediário, assim como a França, já que o soldado seqüestrado é também cidadão francês.
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O Exército israelense anunciou que a operação iniciada nesta madrugada no sul da Faixa de Gaza para resgatar um soldado seqüestrado por militantes palestinos vai continuar por prazo indeterminado. Enquanto isso, a população da cidade de Rafah tenta fugir para o norte.
Por enquanto, não há informações sobre vítimas na população civil nem no Exército devido à operação em represália ao seqüestro ocorrido no domingo em uma base israelense. Entretanto, fontes palestinas relatam grandes danos materiais.
Ataques aéreos destruíram as instalações da Companhia Central Palestina, que distribui energia elétrica no território palestino. Pelo menos dois terços dos habitantes da Faixa de Gaza, cuja população chega a 1,4 milhão de pessoas, estão sem eletricidade. Fontes palestinas informaram também que duas pontes foram destruídas nos ataques.
Esta é a primeira operação terrestre em grande escala desde que o exército israelense saiu da Faixa de Gaza, em 12 de setembro de 2005, após uma ocupação de 38 anos. O objetivo dos soldados israelenses é bloquear o sul da região para encontrar Gilad Shalit, o soldado seqüestrado no domingo passado por milicianos palestinos.
Civis fogem de região
Os civis, especialmente os moradores das zonas rurais de Gaza, fugiram de carro, a pé e em tratores, muitos ainda vestindo pijamas. Eles se dirigiam à costa do Mediterrâneo e a Khan Yunes, no sul de Gaza. Os hospitais da cidade, assim como os de Rafah, os dois maiores centros do sul da Faixa, estão em emergência e mobilizaram todo o seu pessoal.
Combatentes palestinos andavam com suas armas e explosivos por Rafah, instalando bombas junto às estradas e ruas, já prevendo o avanço das tropas e dos tanques israelenses.
A primeira ação da operação israelense foi o bombardeio aéreo de uma ponte que une a Cidade de Gaza com Khan Yunes. O objetivo foi impedir a saída de grupos levando o soldado seqüestrado. Também para cortar as saídas, a Força Aérea destruiu outras duas pontes, informaram hoje fontes militares.
O porta-voz do Governo palestino, Ghazi Hamad, declarou hoje que a ofensiva é "um grave erro de Israel, que sofrerá grandes perdas, e que atrapalha os esforços para libertar com vida o seu soldado". O deputado Mushir Al-Masri, do Movimento Islâmico Hamas, convocou os palestinos a "erguer os fuzis e as pistolas". "Esta é uma guerra por nossos prisioneiros, nossas vidas e nossa independência", disse.
As autoridades israelenses não têm indícios de onde pode ficar o cativeiro do soldado Shalit, que aparentemente sofreu ferimentos leves na mão e no ventre. Fontes militares admitem a possibilidade de que ele já tenha saído de Gaza, levado para o deserto do Sinai, no Egito.
Segundo os militares israelenses, esta é a primeira etapa da operação, aprovada em todas suas fases pelo primeiro-ministro, Ehud Olmert, e pelo seu ministro da Defesa, Amir Peretz, e a ação só vai terminar com o resgate do soldado, de 19 anos.
As fontes disseram ainda que as primeiras ações "são agressivas" e, se Shalit não aparecer, serão ainda mais. O kibutz Kerem Shalom, junto à base de Telem, onde foi capturado o soldado, e outras localidades israelenses entraram esta manhã em estado de alerta. A população teme ataques de milicianos palestinos com foguetes Qassam.
Hamas está ligado a seqüestro
O seqüestro do soldado, durante o qual morreram outros dois soldados e dois palestinos que chegaram à base por um túnel subterrâneo, foi reivindicado por milicianos islâmicos do Hamas, dos Comitês Populares da Resistência e do desconhecido grupo que se intitula Exército Islâmico.
Por enquanto, os militantes têm ignorado os apelos do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para libertar Shalit e evitar a invasão israelense.
As forças que cruzaram o limite sul de Gaza, a um quilômetro da cidade fronteiriça de Rafah, tomaram posições na localidade de Dahania, perto do aeroporto internacional desativado Yasser Arafat, e criaram vários postos de observação. Por enquanto não há notícias de reação por parte das milícias da resistência nem das forças de segurança da ANP.
Até agora fracassaram todos os esforços diplomáticos para evitar o confronto. O Egito tenta atuar como intermediário, assim como a França, já que o soldado seqüestrado é também cidadão francês.