Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

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Tranca
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Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Tranca »

Saudações Hammond!

Recebi hoje um informativo do Sindicato dos Jornalistas de Londrina o qual afirma que hoje (26/10) está sendo julgado no Tribunal Regional Fedral do Estado de São Paulo recurso à uma sentença que acaba com a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Você sabe algo sobre isso?

Entrei no site do TRF da 3ª Região (SP e MS) e não encontrei nada.

Também não vi nos sites da Folha e Estadão.

Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

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Re.: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornal

Mensagem por Tranca »

Ei Aurélio!

Acho que você não viu esta mensagem.

Abraço
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Roberto Campos

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Aurelio Moraes
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Re.: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornal

Mensagem por Aurelio Moraes »

Agora que eu vi cara. Então, eu tô sabendo da história. É uma absurdo quererem deixar qualquer um sem diploma ser jornalista. É necessária uma especialização e a regulamentação da profissão. É uma sacanagem isso que estão querendo fazer.
Vou dar uma pesquisada nos sites de sindicatos de jornalistas para ver o que eu acho.
Abração

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Aurelio Moraes
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Re.: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornal

Mensagem por Aurelio Moraes »

O JORNALISMO E A OBRIGATORIEDADE
DE FORMAÇÃO SUPERIOR ESPECÍFICA

Damásio de Jesus*

Debate atual envolvendo interesse da imprensa brasileira refere-se à necessidade ou não de formação universitária específica para a obtenção de registro profissional de jornalista. Trata-se de saber se o exercício dessa atividade laboral exige a conclusão de curso superior e se o registro na categoria de profissionais está condicionado à prévia conclusão do curso universitário.

A Constituição Federal, no art. 5º, inciso XIII, declara ser direito fundamental a liberdade para o exercício de qualquer ofício ou profissão, "atendidas as qualificações que a lei estabelecer". O fim da norma constitucional está na vedação imposta ao Estado de limitar a atividade laboral, permitindo que todos se orientem por suas vocações, desejos ou necessidades, mas desde que a opção não revele transgressão a qualquer norma proibitiva.

O direito fundamental consiste em qualquer cidadão poder escolher livremente a profissão, impondo-se a limitação da parte final do dispositivo (1) em face da constatação de que alguns ofícios, liberais ou não, pressupõem risco à sociedade ou ao próprio Estado. O ponto central da norma constitucional, entretanto, não está na possibilidade de estabelecimento de condições, mas na fixação da regra que assegura a liberdade: "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão". Não é o Estado que determina a profissão, mas o homem e as suas aptidões, necessidades e conveniências.

De ver-se que a atividade profissional implica a necessidade de impor normas que assegurem, de um lado, a organização da categoria, e, de outro, um padrão ético mínimo de atuação. Ocorre que algumas destas profissões importam sempre o receio de que o seu exercício, sem o freio de uma disciplina legal, possa traduzir prejuízo a terceiros, ao próprio Estado ou a toda sociedade, justificando, assim, em análise simples, a exigência de sua submissão à prévia regulamentação imposta pela ordem jurídica. Sob outro aspecto, convém anotar que a falta de ordenação da atividade de profissionais de determinada área causa a fragmentação, isolamento e a ausência de coesão, capazes não só de inviabilizar um mínimo de padrão ético, mas de especialmente fragilizar seus integrantes e a defesa de seus seus interesses. A organização da atuação das categorias profissionais permite, ainda, a realização de fiscalização interna, autônoma, relegando-se a ação interventiva do Estado para as situações graves, como as resultantes da prática de ilícito penal. Por isso, a necessidade de disciplina do exercício profissional não agride o regime democrático. Ao contrário, prestigia-o.

A maneira como se realiza a verificação da habilitação profissional e o instrumento de habilitação, qual seja, o registro, são assuntos dos quais se deve ocupar o legislador, exigindo processo seletivo, habilitação ou mera diplomação. A necessidade da habilitação, da qualificação ou do atendimento de qualquer requisito requer a demonstração da sua própria pertinência, efetuada, sobretudo, a partir do exame da razoabilidade da regra legal. Com isso, não pode o legislador deixar de exigir, em todas as atividades, o atendimento da habilitação especial.

No que tange à profissão de jornalista, há expressa imposição legal que impõe a condição da existência de diploma de nível superior (2), sendo que as dúvidas estão relacionadas à recepção daquela norma em face da Constituição Federal de 1988 (3).

Permeia o debate jurídico, que se realiza na senda do Direito Constitucional, a constatação de que a disciplina do exercício profissional do jornalismo está ligada ao regime democrático, na medida em que a garantia da liberdade de imprensa e a adequada divulgação de fatos e informações interessam ao Estado e à sociedade civil.

Os críticos da necessidade de regulamentação entendem que a profissão de jornalista deriva diretamente de aptidões que não podem ser medidas ou não são objetivamente reveladas. O jornalismo seria resultado de manifestação artística e não mera profissão. Para eles, qualquer pessoa pode revelar o domínio de escrever, falar, informar, não dependendo de conhecimentos científicos disponíveis apenas para os que freqüentaram bancos universitários. A regulamentação do Decreto-lei n. 972/69, portanto, teria desaparecido com a nova ordem constitucional advinda da Carta Magna de 1988. Em outras palavras, seria inconstitucional aquela exigência.

O debate ganhou intensidade porque o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra a exigência do diploma para o registro profissional e obteve decisão liminar, aguardando-se agora o desfecho dos recursos interpostos.

Em sentido oposto, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que subsistem as exigências do Decreto-Lei n. 972/69, assinalando que "as condições legais estabelecidas para o registro de jornalista profissional são específicas, banindo interpretações extensivas ou abrangência na compreensão do livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. O registro depende de atendimento das condições estabelecidas em lei" (4) .

Cremos ser constitucional a regra legal em face do texto atual da Carta Magna, ou seja, o registro deve depender de formação superior específica.

A justificativa para a exigência da habilitação deriva do reconhecimento de que a atividade do jornalismo necessita, quando efetuada de modo profissional, de conhecimentos específicos, relacionados com a Sociologia, comunicação, História e discussão de problemas contemporâneos, além de técnicas de redação. Questões derivadas dessas matérias compõem o acervo de conhecimento mínimo que o jornalista profissional precisa possuir, sem prejuízo da óbvia compreensão da deontologia específica.

Não convencem os argumentos de que outros países não exigem a formação universitária e de que na história do jornalismo localizam-se excelentes exemplos de exímios profissionais sem qualificação legal. A formação educacional brasileira é precária e os ciclos ginasiais não bastam ao estudo dos temas mencionados, assim como a exigência legal não inviabiliza a exteriorização do pensamento por profissionais de outras áreas. Assim, o médico, o advogado, o sociólogo ou músico que pretendam ser articulistas de suas idéias, tornando-as públicas em veículos de comunicação, poderão continuar a fazê-lo, mas não se apresentando como jornalistas (5). Os artigos, editoriais, opiniões, enfim, a livre expressão do pensamento, não são tolhidos pela necessidade de regulamentação da atividade profissional do jornalismo, reservada para quem é, na forma da lei, jornalista.

1 - Parte final do inciso XIII do art. 5º da CF: "atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer".2 - Art. 4º do Decreto-lei n. 972/69.
3 - Art. 5º, XIII.
4 - Mandado de Segurança 7.149, DF, rel. Ministro Mílton Luiz Pereira, j. 29.05.2001. No mesmo sentido: MS 180, DF, rel. Ministro Geraldo Sobral, DJU 6.11.89.
5 - BETH COSTA. Diploma em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade. In Formação Superior em Jornalismo - Uma exigência que interessa à sociedade. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2002, p. 30.

* O advogado e professor Damásio de Jesus é especialista em Direito Penal do Brasil. Editou mais de 20 obras, que fazem parte do conteúdo curricular das principais faculdades de Direto do País. Foi Procurador de Justiça e tem representado o Brasil junto à Comissão de Prevenção ao Crime e Justiça Penal das Nações Unidas/ONU.

http://www.sjsp.org.br/diplom.htm

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Tranca
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Re.: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornal

Mensagem por Tranca »

Então, Aurélio. Mas o resultado do julgamento pelo STF, que ia sair no dia 26/10, não foi noticiado em nenhum grande veículo de comunicaçao, pelo que vi, pois assino a Folha e no escritório ainda recebemos o Jornal de Londrina. Na internet, TV e rádip também não verifiquei nada. Acho estranho, pois não achei nem um editorial de jornal abordando o assunto.

Caso encontre, poste aí.

E sim, deve ser e exigido diploma para a atuação profissional do jornalista.

Abraço
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Aurelio Moraes
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Re.: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornal

Mensagem por Aurelio Moraes »

Vamos ver se o Observatório da imprensa aborda o tema amanhã (que é o dia de atualização).
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/

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Tranca
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Re.: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornal

Mensagem por Tranca »

Valeu!

Ah, e como é que está o pós-operatório?
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Re.: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornal

Mensagem por Aurelio Moraes »

Tranqüilo. Ingerindo líqüidos de 5 em 5 minutos, caminhando dentro de casa e sentindo um pouco de dor, mas a cada dia menos. É um grande exercício de paciência. Mas estou indo muito bem.

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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por zumbi filosófico »

17/06/2009 - 16h41
STF decide que diploma de jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Atualizado às 19h42

Por 8 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na sessão desta quarta-feira (17) que o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão. [...]

Para o relator, danos a terceiros não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Mendes acrescentou que as notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional. Mendes lembrou que o decreto-lei 972/69, que regulamenta a profissão, foi instituído no regime militar e tinha clara finalidade de afastar do jornalismo intelectuais contrários ao regime. [...]


http://noticias.uol.com.br/cotidiano/20 ... u4370.jhtm
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zumbi filosófico
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por zumbi filosófico »

Só acha ruim quem é a favor dos atos institucionais da ditadura.
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user f.k.a. Cabeção
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Um pouco de sensatez.

Mas de qualquer forma, jornalismo nao me parece passivel de ser sindicalizavel sem violar a mais basica liberdade de expressao.

Tipo, o que eles fariam, fechariam jornais cujos redatores nao fossem sindicalizados? Nao se pode mais imprimir e divulgar nada sem o selo do sindicato de jornalistas?

O Hammond e uma besta quadrada. E vai ter um diploma de jornalista. Ele deveria ter preferencia em relacao a qualquer um que saiba escrever e apreciar minimamente fatos relevantes?

Todo tipo de guilda e nocivo. Mas nesse caso chega a ser absurdo.

Isso me lembra quando organizamos a Semana da Matematica Aplicada e logo depois ocorreu o evento da EREMAT, uma especie de proto-sindicato de estudantes de matematica (maioria da licenciatura). Os caras queriam proibir engenheiros e fisicos de dar aulas de matematica em turmas de ensino fundamental e medio, para reservar mercado para os licenciados em matematica (ou seja, eles). Aparentemente os fisicos devem estar ensinando que os angulos do triangulo somam 200 graus, e os engenheiros que 2+2 e aproximadamente 3.8 .

Um amigo meu da matematica aplicada durante o "debate" pegou o microfone e mandou todo mundo ir se foder. Classico!
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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Herf
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Herf »

Tio Rei fala de diploma, talento e dá dicas de redação…
quinta-feira, 18 de junho de 2009 | 17:53

Algumas pessoas estão revoltadas com o meu apoio incondicional ao fim do diploma específico para o exercício do jornalismo. E que fique claro: acho que não é necessário exigir diploma nenhum. E aí vamos corrigir algumas tolices para avançar: “Você fala em causa própria!” Eu? Que bobagem! Tenho diploma. Estava em situação legal na velha ordem. Os que foram meus contemporâneos na faculdade são testemunhas de que sempre fui contrário à obrigatoriedade. Mesmo quando esquerdista e meio porra-louca, corporativista nunca fui. O trotskismo, no meu tempo, por mais estúpido que fosse, não se parecia com a LER-QI. Não sabíamos consertar aparelho de ar-condicionado… Há gente reagindo como se falasse em nome de um guilda! Qual é?

Aí diz um: “Mas estudei por nada? O que faço com o meu diploma agora?” Bem, se foi “por nada”, está demonstrada a inutilidade do curso, e o STF não poderia ter mantido uma excrescência constitucional apenas para não evidenciar a obsolescência das faculdades. Ademais, canudo ensina alguém a escrever? A apurar? O sujeito o coloca ao lado do teclado, estabelecendo com ele, sei lá, uma relação mística ou fetichista? Mais: o fim da exigência do diploma tornou menos competentes os competentes diplomados? Quem, afinal de contas, perdeu o quê?

As comparações com profissões que põem em risco a segurança de terceiros ou a segurança pública são absolutamente descabidas. Eu é que não me consulto com quem não tenha se formado em medicina! Não que a formação impeça o profissional de errar, mas o diploma é uma garantia de que ele ao menos teve acesso a um conhecimento que não pode ser adquirido como conseqüência de aptidões naturais e algum treinamento. O mesmo vale para engenheiros, enfermeiros, dentistas…

“Ah, mas o jornalismo lida, sim, com matéria delicada, que diz respeito à honra das pessoas…” Pois é. São valores éticos e morais que vigem na sociedade. E cada veículo acaba criando as suas próprias regras internas. As faculdades não têm a menor interferência nesse debate. E, meus caros, há uma coisa que nenhum curso consegue fazer: ensinar a escrever. Isso não acontece.

Vejam só: dei aula de redação durante muito tempo. E era bom isso. Sim, você consegue passar adiante algumas dicas para os estudantes:
- numa dissertação, exponha com clareza seu ponto de vista logo no primeiro parágrafo;
- nos parágrafos seguintes, argumente em favor da sua tese e aproveite para se referir a teses contrárias, demonstrando por que estão erradas ou apenas parcialmente certas;
- cuidado para não dedicar espaço excessivo à contestação do que você rejeita em vez de defender seu ponto de vista;
- cuidado com a argumentação em camadas, com parágrafos justapostos, sem que um se conecte com o outro;
- No parágrafo final, o da conclusão, retome a tese inicial de modo a evidenciar para o leitor que você demonstrou o que queria e não se perdeu na trajetória.

Tudo isso a gente ensina. Os bons alunos aprendem e apreendem as regras e conseguem ter um bom desempenho em vestibulares e provas de seleção. Mas o sujeito talentoso, o que vai viver da escrita, bem, queridos, este domina as regras e consegue o seu diferencial estourando com elas, entenderam? O nome disso é talento. Como dizia Picasso, para pintar como Picasso, é preciso saber pintar como Rafael. E atenção! Não existe “professor de transgressão”. Isso é coisa da moderna educação, quase sempre beirando a delinqüência. Um bom mestre é o que ensina regras — como um bom pai é que tenta conservar a ordem. Cabe ao estudante — e, no meu paralelo, aos filhos — testar os limites do que se aprende, fazendo uso criativo da norma.

Ensinei muito aluno a escrever e a passar em provas. Mas não consegui ensinar talento para ninguém. Porque não se ensina. Quando muito, ele pode ser disciplinado. Também as regras para uma boa narrativa podem ser expostas na sala de aula:
- se você pretende que, ao fim de sua história, A personagem “X” seja caracterizada como psicopata, por exemplo, sugira isso com sutileza ao longo da história;
- tente estabelecer uma relação transitiva entre personagem e ambiente: poder ser tanto por similaridade como por contraste. Vale dizer: ou ela vive em harmonia com seu meio ou é outsider;
- tendo imaginado um desfecho para sua história, vá lançando indícios ao longo do texto. E faça uma escolha: ou eles concorrem para o fim que você imaginou, ou eles o contrariam, surpreendendo o leitor;
- ao construir uma personagem, deixe claro para você mesmo se a quer como um caso típico de um grupo social ou como uma exceção…

E vai por aí. Essas dicas, no entanto, não tornam ninguém um escritor. Há técnicas para se fazer uma dissertação correta. Há técnicas para uma narração correta. Há técnicas para uma reportagem regulamentar. Mas dominar o bê-á-bá da dissertação não faz de ninguém um articulista. Dominar o bê-á-bá da narração não faz de ninguém um romancista ou contista. Dominar o bê-á-bá do texto jornalístico não faz de ninguém um jornalista. Porque nada disso faz com que se cruze a linha da distinção se não houver TALENTO. Sim, esta profissão também requer talento. E acreditem: hoje mais do que antes, com a proliferação de sites e blogs. Sim, existem aos milhares. Mas quantos são legíveis?. Melhor ainda: quantos realmente têm leitores?

Um diplomado de talento deixou de tê-lo porque caiu a exigência? Ora… A demanda pelo curso vai cair? É evidente que sim. E pode crescer, com o tempo, se os cursos de jornalismo conseguirem se reinventar. Faz sentido haver, como há hoje, “professores” de jornalismo que ocupam o lugar privilegiado de que dispõem para fazer, por exemplo, proselitismo em favor do MST? Está ensinando jornalismo ou procurando fazer cabeças para “infiltrá-las” na imprensa burguesa? Ou ainda: faz sentido desprezar um especialista em economia que consiga se fazer entender com clareza? O jornalismo tem muito a ganhar quando for ocupado, também, por gente que sabe a diferença entre percentagem e ponto percentual…

Vamos parar com essa bobagem corporativista. Não é por acaso que os grandes defensores do diploma estejam concentrados hoje da Fenaj e na ABI. Há, nas duas entidades, uma gigantesca inflação de “jornalistas de carteirinha” que nunca pisaram numa redação. O que isso significa? Pertencem ao cartório do jornalismo, mas jornalistas, de fato, não são. Embora digam defender a “catchiguria”.

E outras profissões que também não põem em risco a segurança etc? Ora, a exigência do diploma, é questão só de cobrar esclarecimento do tribunal, caiu junto. Qual é o sentido da relatoria de Gilmar Mendes, endossada por outros sete ministros? As qualificações profissionais de que trata o artigo 5º, inciso 13 da Constituição, só podem ser exigidas das profissões que podem trazer dano ou perigo à coletividade ou prejuízo a terceiros.

Fez-se uma escolha que privilegia a liberdade e o talento. Entendo que as guildas chiem um pouco, que as corporações de ofício reajam. Afinal, esse cartorialismo estúpido, inconstitucional e em desacordo com tratados internacionais — como a Convenção Americana de Direitos Humanos (1969), conhecida como Pacto de San Jose da Costa Rica, ao qual o Brasil aderiu em 1992 — é que lhes assegura um pouco de poder e influência. O artigo 13º da tal convenção “garante a liberdade de pensamento e de expressão como direito fundamental do homem.” Falei em guildas? É, a metáfora nem chega a ser perfeita. Elas realmente reuniam os profissionais de uma determinada área. As nossas, além de tudo, são guildas-fantasmas.

À luta, talentosos!


http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... e-redacao/

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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por O ENCOSTO »

Convenhamos: Graduação em Jornalismo é tão formador quanto Graduação em Produção de Rock.

São dois cursos totalmente inuteis. Qualquer um, cóm um pouco de dedicação, pode bancar o profissional da área.

Não é por menos que as faculdades de jornalismo estão lotadas de nerds e idiotas de todos os generos.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Johnny
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Johnny »

Nenhuma profissão recisa de diploma. Basta dedicação. Quando não tem diploma, é charlatão.

Mas vamos aos fatos! A Rede Bobo faz tempo que não anda muito à fins de pagar salários para jornalistas, principalmente se forem sindicalizados. Daí o motivo de 80% de suas afiliadas estarem trocando de repórterers de rua como se troca de calcinha. Agora com o hiper super mega blaster aliado do FBHC na tribuna mor no comando do supremo, ficou fácil aumentar os dedinhos e ampliar o controle da Matrix.

Em breve, além de qualquer escolinha fundo de quintal poder "formar" técnicos em eletrônica, mecânica, jornalismo (escrevam, teremos técnicos de jornalismo...), poderemos também ter técnicos em medicina, que poderão fazer qualquer cirurgia e até plástica, desde que devidamente assinado por um médico plantonista.

E é assim. Os otários vão lendo, ouvindo, achando bunitu, legal, e o controle se expande.

Em breve: Cotas para negros em hospitais. Qualquer um que tenha um curso por correspondência de medicina poderá solicitar ao Ministério Público uma vaga em qualquer hospital do país.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:Nenhuma profissão recisa de diploma. Basta dedicação. Quando não tem diploma, é charlatão.

Mas vamos aos fatos! A Rede Bobo faz tempo que não anda muito à fins de pagar salários para jornalistas, principalmente se forem sindicalizados. Daí o motivo de 80% de suas afiliadas estarem trocando de repórterers de rua como se troca de calcinha. Agora com o hiper super mega blaster aliado do FBHC na tribuna mor no comando do supremo, ficou fácil aumentar os dedinhos e ampliar o controle da Matrix.

Em breve, além de qualquer escolinha fundo de quintal poder "formar" técnicos em eletrônica, mecânica, jornalismo (escrevam, teremos técnicos de jornalismo...), poderemos também ter técnicos em medicina, que poderão fazer qualquer cirurgia e até plástica, desde que devidamente assinado por um médico plantonista.

E é assim. Os otários vão lendo, ouvindo, achando bunitu, legal, e o controle se expande.

Em breve: Cotas para negros em hospitais. Qualquer um que tenha um curso por correspondência de medicina poderá solicitar ao Ministério Público uma vaga em qualquer hospital do país.


Perfeito, provável e uma vergonha.

Mas enfim, mesmo tendo achado o curso de Comunicação Social uma droga, este é um precedente para esvaziar os cursos e desmoralizar quem tem diploma. Como ficam os pós em Jornalismo?

Sei lá, é um raciocínio equivocado este de não exigir diploma porque e expressão é livre, LOGO todo mundo pode ser jornalista. Se os cursos são fracos, melhores os cursos, revejam curriculos, preparem melhor o profissionais. Pior que tem jornalista achando isto uma evolução.

E ainda alinharam esta decisão ao final da Lei de Imprensa...absurdo. Seria como dizer que em democracias, não precisa estudar para ser um bom profissional, basta se "esfoçar".

Olha o que faz o esquerdismo.
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Cabula
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Cabula »


Já pensaram o quanto isso pode ser vantajoso para os pastore$ ?


Deus é um só...
...mas com várias caras: uma para cada religião
O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?

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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por zumbi filosófico »

Apo escreveu:Mas enfim, mesmo tendo achado o curso de Comunicação Social uma droga, este é um precedente para esvaziar os cursos e desmoralizar quem tem diploma. Como ficam os pós em Jornalismo?


Não vejo a coisa como uma desmoralização de quem tem diploma. É ainda algo que podem defender no currículo, não devem deixar de exisitr, se realmente contribuem.


Sei lá, é um raciocínio equivocado este de não exigir diploma porque e expressão é livre, LOGO todo mundo pode ser jornalista. Se os cursos são fracos, melhores os cursos, revejam curriculos, preparem melhor o profissionais. Pior que tem jornalista achando isto uma evolução.

E ainda alinharam esta decisão ao final da Lei de Imprensa...absurdo. Seria como dizer que em democracias, não precisa estudar para ser um bom profissional, basta se "esfoçar".


O raciocínio é que, tanto quanto sei, essa coisa de jornalista precisar de diploma é coisa só do Brasil mesmo. E não temos o melhor jornalismo do mundo, longe disso.

A motivação não me parece ter nada a ver com a qualidade dos cursos (sendo só sacanagem com o Hammond/Niels), que só tendem a ter que melhorar em função de terem que lidar com a competição com os "não-formados". Os cursos terão que contribuir mais do para a formação do que serem meramente um requerimento, uma licença arbitrária.

Comparações com outros cursos, como de medicina, são geralmente desproporcionais. A atividade médica é algo muito mais crítico no que concerne a sua má prática no impacto nas vidas das pessoas. Pode ser questão de vida ou morte. Enquanto que morrer por ler um pasquim porcaria é bem improvável. Não parece haver algo análogo à não-regulação da medicina nos países (praticamente todos, ouço dizer) que não tem esse requerimento para o jornalismo. Não vejo nada tão trágico acontecendo, ou algo que pudesse ser melhorado apenas com jornalistas licenciados.

(E mesmo para a medicina é sim razoavelmente questionável se há necessidade de haver essa interferência especificamente estatal, em vez de algo mais "emergente". O órgão regulador no Brasil por exemplo, nem chega a desconsiederar homeopatia como tratamento médico)


Olha o que faz o esquerdismo.


Esquerdismo agora é não-interferência estatal quando desnecessário? :emoticon5:
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por zumbi filosófico »

Johnny escreveu:Em breve, além de qualquer escolinha fundo de quintal poder "formar" técnicos em eletrônica, mecânica, jornalismo (escrevam, teremos técnicos de jornalismo...), poderemos também ter técnicos em medicina, que poderão fazer qualquer cirurgia e até plástica, desde que devidamente assinado por um médico plantonista.

E é assim. Os otários vão lendo, ouvindo, achando bunitu, legal, e o controle se expande.

Em breve: Cotas para negros em hospitais. Qualquer um que tenha um curso por correspondência de medicina poderá solicitar ao Ministério Público uma vaga em qualquer hospital do país.


Será que há alguma argumentação sobre a necessidade da formação de jornalista para esse exercício que não se baseie unicamente na analogia com outras profissões onde a formação técnica é verdadeira e obviamente mais crucial?
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Apo
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Apo »

zumbi filosófico escreveu:Esquerdismo agora é não-interferência estatal quando desnecessário?


Estranho que justamente tenham "afrouxado" num curso que tem viés investigativo e criador de opinião pública. Só que "afrouxaram" na capacitação dos profissionais. Não-interferências assim são muito convenientes...
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zumbi filosófico
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por zumbi filosófico »

Bem, essa lei foi originalmente colocada como parte de um controle sobre a imprensa. Me parece mais provável que sem ela haja maior, e não menor, liberdade de investigação e possibilidade de "criar" a opinião pública, da mesma forma. O pessoal mais direitista já há algum tempo dizia haver uma "ditadura esquerdista na mídia (2002)" (outro exemplo, 2008)*, isso deve ter sido visto como positivo para eles, não como manipulação do governo.

A capacitação dos profissionais também nem necessariamente foi realmente afrouxada, pode se argumentar que agora os cursos devem se esforçar mais para provar seu valor.






* Enquanto para os esquerdistas, há uma mídia controlada pela ditadura burguesa, obviamente.
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Apo
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Apo »

zumbi filosófico escreveu:Bem, essa lei foi originalmente colocada como parte de um controle sobre a imprensa. Me parece mais provável que sem ela haja maior, e não menor, liberdade de investigação e possibilidade de "criar" a opinião pública, da mesma forma. O pessoal mais direitista já há algum tempo dizia haver uma "ditadura esquerdista na mídia (2002)" (outro exemplo, 2008)*, isso deve ter sido visto como positivo para eles, não como manipulação do governo.

A capacitação dos profissionais também nem necessariamente foi realmente afrouxada, pode se argumentar que agora os cursos devem se esforçar mais para provar seu valor.



Pode-se. Pode-se dizer que haverá reações de todo tipo, tanto dos cursos, como dos que têm diplomas e de empregadore. Eu entendo isto e posso ver claramente os dois lados da moeda.
Mesmo assim, o argumento de ser uma função relativa à liberdade de expressão me parece muito cínico.
E como o Johnny disse, vai pulular de cursinho técnico e de jornalista autodidata, com uma qualidade de jornalismo pior ainda do que o que já temos.

Mas enfim, vamos ver no que dá...
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King In Crimson
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por King In Crimson »

Quem perder o emprego devido ao fim da lei é porque simplesmente não era necessário.

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zumbi filosófico
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por zumbi filosófico »

Até acho mais válida uma argumentação nesse sentido, de uma proteção dos empregos, de se supor que com a "abertura" o mercado poderia não exigir a qualidade dos melhores profissionais, supostamente garantidos pela restrição, levar a quedas salariais e maior dificuldade para os profissionais terem o mesmo salário. Nem acho tão irreal algo assim. É bem melhor do que compararem aquelas duas modelos-e-apresentadores dos jornais do SBT a neurocirurgiãs. Digo isso sem qualquer implicação pejorativa sobre o trabalho delas, como âncora ou como modelo.


Só acho que mesmo essa argumentação não tem tanto sentido pela menor regulação ser geralmente melhor para o mercado, e para os melhores profissionais. Mesmo se grandes veículos os abandonassem, ainda assim hoje a internet é um espaço onde podem conseguir apresentar um trabalho independente de melhor qualidade e desbancar os grandes veículos que insistirem na estratégia dos jornalisas mais baratos, sem formação e capacidade.
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zumbi filosófico
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por zumbi filosófico »

[...] No setor privado, os profissionais tentam se recuperar do golpe que depreciou e praticamente inutilizou anos de mensalidades – no caso das faculdades particulares –, trabalhos acadêmicos, estágios, experiência, ideais e o orgulho diário de lutar por uma comunicação de qualidade. [...]
http://www.dzai.com.br/correioweb2/noti ... c_id=22771


Eis aqui uma das razões que raramente vão admitir com sinceridade. Deve ser bem chato mesmo querer entrar na profissão quando havia a obrigatoriedade de formação como pré-requisito, gastar uma dinheirama - sem nem necessariamente aprender tanto quanto gostariam, pelo visto - e ver isso tudo ir pelo ralo, de certa forma. Os outros podendo começar a trabalhar (como talvez alguns deles mesmos já se julgassem capazes antes de cursar a faculdade) e fazer cursos de forma mais dinâmica, enquanto já trabalham no que gostam, e ganham, mais do que gastam, com a profissão.

:-/
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Johnny
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Re: Pro Hammond: hoje decisão TRF/SP sobre profissão jornalista

Mensagem por Johnny »

Indo pelo lado que estão, nção seria preciso ter diploma universitário para ser professor de portugues, de inglês, etc. Pra falar a verdade, não precisaria ter diploma de nada. Bastaria o cara estudar e depois prestar uma avaliação de conhecimentos e pronto. O cara vira o que quer. Por que não é assim? Por que por exemplo, um funcionário de manutenção em área tal de uma empresa, sabe décadas de conhecimento em relação à um engenheiro recém formado e tem que ganhar menos da metade do que ele ganha e ainda por cima ensinar o que sabe à ele? POr causa das funções de Bessel?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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