"Chacal" pede ajuda a Chávez
Enviado: 04 Jul 2006, 21:36
"Chacal" pede ajuda a Chávez para evitar sua "morte programada"
O mais famoso terrorista dos anos 70, o venezuelano Ilich Ramirez Sanchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", pediu hoje ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que tente evitar sua "morte programada" na França.
O apelo ao líder venezuelano foi feito por intermédio da advogada do terrorista, Isabelle Coutant-Peyre, que tentou se comunicar com Chávez logo após tomar conhecimento da sentença da Corte Européia de Direitos Humanos, que desconsiderou a denúncia de "Chacal" contra a França de mantê-lo em isolamento penitenciário por mais de oito anos.
"Peço ao presidente Chávez que intervenha formalmente para salvar seu concidadão de uma morte programada", disse à Efe a advogada e também esposa de "Chacal", que se mostrou "zangada" com a "vergonhosa" sentença.
O tribunal, com sede em Estrasburgo (nordeste da França), considerou - por 12 votos a cinco - que as autoridades francesas não violaram o artigo 3 (que proíbe tortura e tratamento degradante) do Convênio Europeu de Direitos Humanos neste caso, como o terrorista havia denunciado.
Os magistrados julgaram que "sua permanência em isolamento não atingiu o limite mínimo de gravidade necessário para ser definido como tratamento desumano, levando em consideração a personalidade e a periculosidade fora do comum do interessado".
A Justiça da França condenou o terrorista à prisão perpétua pelo assassinato de dois agentes franceses de contra-espionagem e mais uma pessoa em 27 de junho de 1975, em Paris.
Em 18 de março de 2004, "Chacal" concedeu entrevista por telefone a uma rede de televisão na qual defendeu o terrorismo e considerou inútil pedir perdão às vítimas.
Com esta sentença, Coutant-Peyre acredita que "os juízes do Conselho da Europa incentivam os Governos europeus a desprezar os direitos humanos" e confirmam "o desvio da Europa em direção aos métodos criminosos praticados pelos Estados Unidos".
O tribunal "admite" e "compreende" que as autoridades penitenciárias francesas tenham adotado "medidas extraordinárias de segurança" contra o terrorista venezuelano, que "nos anos 70 era considerado o mais perigoso do mundo e que nunca lamentou seus atos".
A sentença ainda considerou que as condições materiais da detenção de "Chacal" eram "corretas e conformes às regras penitenciárias européias" e acrescentou que sua cela era "bem grande", com 6,84 metros quadrados.
Ainda de acordo com os magistradas, o terrorista recebia a visita de um médico duas vezes por semana e de um padre uma vez ao mês, assim como esteve com Coutant-Peyre 640 vezes em quase cinco anos e com outros advogados mais de 860 em aproximadamente oito anos. Apesar de não haver restrição a visitas da família, nenhum parente nunca foi vê-lo. Por esses motivos, o tribunal considerou que seu isolamento sensorial e social foi "parcial e relativo".
O mais famoso terrorista dos anos 70, o venezuelano Ilich Ramirez Sanchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", pediu hoje ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que tente evitar sua "morte programada" na França.
O apelo ao líder venezuelano foi feito por intermédio da advogada do terrorista, Isabelle Coutant-Peyre, que tentou se comunicar com Chávez logo após tomar conhecimento da sentença da Corte Européia de Direitos Humanos, que desconsiderou a denúncia de "Chacal" contra a França de mantê-lo em isolamento penitenciário por mais de oito anos.
"Peço ao presidente Chávez que intervenha formalmente para salvar seu concidadão de uma morte programada", disse à Efe a advogada e também esposa de "Chacal", que se mostrou "zangada" com a "vergonhosa" sentença.
O tribunal, com sede em Estrasburgo (nordeste da França), considerou - por 12 votos a cinco - que as autoridades francesas não violaram o artigo 3 (que proíbe tortura e tratamento degradante) do Convênio Europeu de Direitos Humanos neste caso, como o terrorista havia denunciado.
Os magistrados julgaram que "sua permanência em isolamento não atingiu o limite mínimo de gravidade necessário para ser definido como tratamento desumano, levando em consideração a personalidade e a periculosidade fora do comum do interessado".
A Justiça da França condenou o terrorista à prisão perpétua pelo assassinato de dois agentes franceses de contra-espionagem e mais uma pessoa em 27 de junho de 1975, em Paris.
Em 18 de março de 2004, "Chacal" concedeu entrevista por telefone a uma rede de televisão na qual defendeu o terrorismo e considerou inútil pedir perdão às vítimas.
Com esta sentença, Coutant-Peyre acredita que "os juízes do Conselho da Europa incentivam os Governos europeus a desprezar os direitos humanos" e confirmam "o desvio da Europa em direção aos métodos criminosos praticados pelos Estados Unidos".
O tribunal "admite" e "compreende" que as autoridades penitenciárias francesas tenham adotado "medidas extraordinárias de segurança" contra o terrorista venezuelano, que "nos anos 70 era considerado o mais perigoso do mundo e que nunca lamentou seus atos".
A sentença ainda considerou que as condições materiais da detenção de "Chacal" eram "corretas e conformes às regras penitenciárias européias" e acrescentou que sua cela era "bem grande", com 6,84 metros quadrados.
Ainda de acordo com os magistradas, o terrorista recebia a visita de um médico duas vezes por semana e de um padre uma vez ao mês, assim como esteve com Coutant-Peyre 640 vezes em quase cinco anos e com outros advogados mais de 860 em aproximadamente oito anos. Apesar de não haver restrição a visitas da família, nenhum parente nunca foi vê-lo. Por esses motivos, o tribunal considerou que seu isolamento sensorial e social foi "parcial e relativo".