Rede Terrorista Maometana promete degolar o rei da Jordânia
Enviado: 19 Nov 2005, 20:19
Correpondente iG: Gravação promete degolar o rei da Jordânia
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias ... 5891_1.xml
Al Zarqawi, que pelo que se sabe é o mais influente líder entre os insurgentes, já reconhecido publicamente como chefe da Al Qaeda depois de Bin Laden, tem a ambição de se tornar internacionalmente reconhecido como aquele que imporá respeito à fé islâmica. Mas, a intenção final das operações da Al Qaeda, que se encontra hoje espalhada pelos quatro cantos do mundo, nunca foi proclamada. Será apenas expulsar as tropas estrangeiras do Iraque e implantar no país uma teocracia? Esse não parece ser o caso pois os insurgentes são de origem sunita, minoritária no país, e teriam que impor aos xiitas, grande maioria que tem o apoio do Irã, o outro país muçulmano com maioria étnica religiosa xiita. Os sunitas não conseguiriam vencer uma guerra civil.
Há tempos al Zarqawi declarou que os muçulmanos vitimados nos atentados contra as tropas estrangeiras, na grande maioria americanas, podem ser considerados “shahids”, mártires da “jihad”, ou guerra contra os infiéis. O shahid vai direto para o paraíso, para uma vida melhor, e essa é a explicação aceita pelos homens-bomba. Incontáveis iraquianos foram vitimados pelos ataques, principalmente xiitas, como aconteceu neste fim de semana.
Na sexta-feira foi veiculado um áudio atribuído a Al-Qaeda e a al-Zarkawi no qual se mencionava erros nos atentados foi cometido em nome da organização em Amã, capital da Jordânia, cuja população é composta de uma maioria sunita. Três ataques suicidas foram realizados em hotéis cinco estrelas, com a morte de dezenas e outras centenas de feridos.
Num deles, o Radisson, acontecia uma festa de casamento. A voz gravada explicava que tinha informação de que o hotel hospedava agências secretas americanas e israelenses. Não se pode comprovar o fato e o único cidadão israelense morto foi um árabe, diretor e produtor de cinema. A voz mencionou o erro mas não se desculpou. Ela pediu a misericórdia divina para os muçulmanos mortos uma vez que essa não era a intenção.
Sabe-se que a policia secreta jordaniana deteve uma mulher iraquiana com bombas amarradas ao corpo que falharam na hora de explodir. Ela, é claro, falou tudo o que sabia. Pelo que disse ela estava com o marido a quem decidira acompanhar no ato. Ela se retirara antes do suicídio para não morrer como vítima.
O áudio, informou-se, continha a promessa de mais atentados na capital jordaniana e da decapitação do rei Abdullah, hashemita e, portanto, descendente da família de Maomé, o profeta do Islã. “Deus é um só, e Maomé o seu profeta”, é o que dizem as rezas sunitas ou a corrente que respeita e pratica o que as pregações do profeta. Os xiitas são um desvio nesta reflexão.
Os jordanianos saíram às ruas da capital em protestos. Um dos manifestantes se apresentou como sendo da tribo Bani Hassan, a mesma de al-Zarqawi, jordaniano com passagem pela policia antes de se transformar no terror do Iraque. Abdullah II, o atual rei a quem ele diz querer decapitar, é bisneto do criador da monarquia da Jordânia, Abdullah I, assassinado por um religioso muçulmano fanático devido ao rumor de que iria aceitar a existência do, então recente, Estado de Israel.
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Al Zarqawi, que pelo que se sabe é o mais influente líder entre os insurgentes, já reconhecido publicamente como chefe da Al Qaeda depois de Bin Laden, tem a ambição de se tornar internacionalmente reconhecido como aquele que imporá respeito à fé islâmica. Mas, a intenção final das operações da Al Qaeda, que se encontra hoje espalhada pelos quatro cantos do mundo, nunca foi proclamada. Será apenas expulsar as tropas estrangeiras do Iraque e implantar no país uma teocracia? Esse não parece ser o caso pois os insurgentes são de origem sunita, minoritária no país, e teriam que impor aos xiitas, grande maioria que tem o apoio do Irã, o outro país muçulmano com maioria étnica religiosa xiita. Os sunitas não conseguiriam vencer uma guerra civil.
Há tempos al Zarqawi declarou que os muçulmanos vitimados nos atentados contra as tropas estrangeiras, na grande maioria americanas, podem ser considerados “shahids”, mártires da “jihad”, ou guerra contra os infiéis. O shahid vai direto para o paraíso, para uma vida melhor, e essa é a explicação aceita pelos homens-bomba. Incontáveis iraquianos foram vitimados pelos ataques, principalmente xiitas, como aconteceu neste fim de semana.
Na sexta-feira foi veiculado um áudio atribuído a Al-Qaeda e a al-Zarkawi no qual se mencionava erros nos atentados foi cometido em nome da organização em Amã, capital da Jordânia, cuja população é composta de uma maioria sunita. Três ataques suicidas foram realizados em hotéis cinco estrelas, com a morte de dezenas e outras centenas de feridos.
Num deles, o Radisson, acontecia uma festa de casamento. A voz gravada explicava que tinha informação de que o hotel hospedava agências secretas americanas e israelenses. Não se pode comprovar o fato e o único cidadão israelense morto foi um árabe, diretor e produtor de cinema. A voz mencionou o erro mas não se desculpou. Ela pediu a misericórdia divina para os muçulmanos mortos uma vez que essa não era a intenção.
Sabe-se que a policia secreta jordaniana deteve uma mulher iraquiana com bombas amarradas ao corpo que falharam na hora de explodir. Ela, é claro, falou tudo o que sabia. Pelo que disse ela estava com o marido a quem decidira acompanhar no ato. Ela se retirara antes do suicídio para não morrer como vítima.
O áudio, informou-se, continha a promessa de mais atentados na capital jordaniana e da decapitação do rei Abdullah, hashemita e, portanto, descendente da família de Maomé, o profeta do Islã. “Deus é um só, e Maomé o seu profeta”, é o que dizem as rezas sunitas ou a corrente que respeita e pratica o que as pregações do profeta. Os xiitas são um desvio nesta reflexão.
Os jordanianos saíram às ruas da capital em protestos. Um dos manifestantes se apresentou como sendo da tribo Bani Hassan, a mesma de al-Zarqawi, jordaniano com passagem pela policia antes de se transformar no terror do Iraque. Abdullah II, o atual rei a quem ele diz querer decapitar, é bisneto do criador da monarquia da Jordânia, Abdullah I, assassinado por um religioso muçulmano fanático devido ao rumor de que iria aceitar a existência do, então recente, Estado de Israel.