Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Folha de S.Paulo
Não podemos ignorar a raça na construção de uma democracia inclusiva no Brasil, posto que ela é critério da exclusão
NA SEMANA RETRASADA , a imprensa brasileira divulgou a iniciativa de um conjunto de intelectuais, ativistas e artistas que levou a Brasília um documento contra os projetos de Lei das Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. Na mesma data -29 de junho- em que os representantes dessa iniciativa reuniam-se em Brasília com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para a entrega formal do documento, Demétrio Magnoli, colunista desta Folha, acusou-me publicamente em artigo de "pescar um documento público da internet e falsificar (seu) título".
Meu ato ilícito teria consistido, segundo o colunista, em denominar tal documento como o "Manifesto da elite branca" e divulgá-lo, em seguida, no boletim eletrônico da Brasa (Brazilian Studies Association).
Vamos aos fatos para evitar que o debate sobre racismo no Brasil não fique comprometido por práticas intimidadoras que buscam deslegitimar aqueles que, como eu, fundamentados em vários anos de pesquisa e análises empíricas rigorosas, defendem políticas de cunho racial.
Com sua circulação na sociedade brasileira, foi-me enviado, bem como a outras pessoas, por e-mail, cópia de tal manifesto. A linha dedicada ao assunto da mensagem tinha o título "Manifesto da elite branca".
Sugeri aos coordenadores da Brasa, professores Marshall Eakin e James Green, que o fizessem circular no seu site, dando, assim, acesso aos brasilianistas para o debate. Ciente do título repugnante -"Manifesto da elite branca"- que constava como "assunto" no e-mail, mas fiel às fontes, mencionei no site da Brasa que o documento circulava na internet com tal denominação.
Fiz aquilo que fazemos todos que usamos a internet para veicular idéias, debates e propostas. Coloquei à disposição o documento, informando como estava sendo veiculado. Sou acadêmico e, na qualidade de estudioso das questões raciais comparativas, fui selecionado em 1996 pela Fundação Ford para ser assessor de programas em seu escritório do Rio, onde permaneci até 2000.
Porque trabalhei nessa fundação na área de direitos humanos, Magnoli me descreve como intelectual ativista que defende os direitos das "minorias". Na minha visão, compartilhada não apenas por colegas brasileiros igualmente funcionários da Ford, mas por inúmeros outros acadêmicos, atuantes e representantes de diversos setores da sociedade brasileira, sempre foi importante investir nas demandas de grupos minoritários, sejam negros, mulheres, gays ou indígenas, para fazer valer suas vozes e suas lutas no processo democrático.
No meu livro "Race in Another America: The Significance of Skin Color in Brazil" (2004), que ganhou da American Sociological Association o prêmio de melhor livro em 2006, explico com rigor por que sou a favor de políticas que consideram a cor das pessoas, para além daquelas que devem ser garantidas sem discriminação de qualquer tipo a todos os cidadãos de um país.
Os princípios da universalidade deveriam ser suficientes para regir nossas sociedades, porém não bastam nas sociedades contemporâneas, pois não conseguem desarmar a discriminação com base na cor da pele. Em meus estudos, mostro que as taxas de mobilidade social brasileiras revelam que crianças pobres, porém brancas, têm maior chance de chegar a posições de classe média do que crianças igualmente pobres, mas negras.
A grande desigualdade racial no Brasil se apóia em uma estrutura hiper-desigual e no fato de haver barreiras à entrada de negros na classe média, o que tem produzido uma elite quase inteiramente branca.
A primeira causa deve ser tratada com medidas universalistas capazes de reduzir a desigualdade entre todos os brasileiros, mas a segunda só pode ser enfrentada com políticas compensatórias de cunho racial, especialmente aquelas que facilitam a entrada de negros nas universidades. Não podemos ignorar a raça na construção de uma democracia inclusiva, posto que ela é critério da exclusão. Dadas as especificidades brasileiras, políticas sociais que procuram reduzir ou mesmo superar o enorme fosso racial no Brasil têm de ser engenhosas e criativas. Julgar, porém, que se possa ignorar a questão racial nos seus desenhos seria ilusório.
Martin Luther King, defensor das políticas universalistas, dizia que contar apenas com elas "não é realista". Quando um homem se lança na corrida com três séculos de atraso, é praticamente impossível superar a defasagem que o separa dos que largaram na frente. Milagres não existem. Vontade política, sim.
Tardava que o debate sobre a questão racial fosse enfrentado com coragem pela sociedade brasileira. Para que se avance nele é essencial que ganhe as páginas desta Folha e de toda a imprensa. Contudo, se avançar no debate significa destruir quem pensa diferente, falsear intenções e escamotear a verdade, então o risco de sermos ineficazes e inócuos na nossa ação é grande. Com isso, não estaremos ajudando a combater com efetividade o racismo.
EDWARD TELLES, 50, é professor do Departamento de Sociologia e diretor do Programa sobre o Brasil da UCLA (University of California Los Angeles).
Não podemos ignorar a raça na construção de uma democracia inclusiva no Brasil, posto que ela é critério da exclusão
NA SEMANA RETRASADA , a imprensa brasileira divulgou a iniciativa de um conjunto de intelectuais, ativistas e artistas que levou a Brasília um documento contra os projetos de Lei das Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. Na mesma data -29 de junho- em que os representantes dessa iniciativa reuniam-se em Brasília com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para a entrega formal do documento, Demétrio Magnoli, colunista desta Folha, acusou-me publicamente em artigo de "pescar um documento público da internet e falsificar (seu) título".
Meu ato ilícito teria consistido, segundo o colunista, em denominar tal documento como o "Manifesto da elite branca" e divulgá-lo, em seguida, no boletim eletrônico da Brasa (Brazilian Studies Association).
Vamos aos fatos para evitar que o debate sobre racismo no Brasil não fique comprometido por práticas intimidadoras que buscam deslegitimar aqueles que, como eu, fundamentados em vários anos de pesquisa e análises empíricas rigorosas, defendem políticas de cunho racial.
Com sua circulação na sociedade brasileira, foi-me enviado, bem como a outras pessoas, por e-mail, cópia de tal manifesto. A linha dedicada ao assunto da mensagem tinha o título "Manifesto da elite branca".
Sugeri aos coordenadores da Brasa, professores Marshall Eakin e James Green, que o fizessem circular no seu site, dando, assim, acesso aos brasilianistas para o debate. Ciente do título repugnante -"Manifesto da elite branca"- que constava como "assunto" no e-mail, mas fiel às fontes, mencionei no site da Brasa que o documento circulava na internet com tal denominação.
Fiz aquilo que fazemos todos que usamos a internet para veicular idéias, debates e propostas. Coloquei à disposição o documento, informando como estava sendo veiculado. Sou acadêmico e, na qualidade de estudioso das questões raciais comparativas, fui selecionado em 1996 pela Fundação Ford para ser assessor de programas em seu escritório do Rio, onde permaneci até 2000.
Porque trabalhei nessa fundação na área de direitos humanos, Magnoli me descreve como intelectual ativista que defende os direitos das "minorias". Na minha visão, compartilhada não apenas por colegas brasileiros igualmente funcionários da Ford, mas por inúmeros outros acadêmicos, atuantes e representantes de diversos setores da sociedade brasileira, sempre foi importante investir nas demandas de grupos minoritários, sejam negros, mulheres, gays ou indígenas, para fazer valer suas vozes e suas lutas no processo democrático.
No meu livro "Race in Another America: The Significance of Skin Color in Brazil" (2004), que ganhou da American Sociological Association o prêmio de melhor livro em 2006, explico com rigor por que sou a favor de políticas que consideram a cor das pessoas, para além daquelas que devem ser garantidas sem discriminação de qualquer tipo a todos os cidadãos de um país.
Os princípios da universalidade deveriam ser suficientes para regir nossas sociedades, porém não bastam nas sociedades contemporâneas, pois não conseguem desarmar a discriminação com base na cor da pele. Em meus estudos, mostro que as taxas de mobilidade social brasileiras revelam que crianças pobres, porém brancas, têm maior chance de chegar a posições de classe média do que crianças igualmente pobres, mas negras.
A grande desigualdade racial no Brasil se apóia em uma estrutura hiper-desigual e no fato de haver barreiras à entrada de negros na classe média, o que tem produzido uma elite quase inteiramente branca.
A primeira causa deve ser tratada com medidas universalistas capazes de reduzir a desigualdade entre todos os brasileiros, mas a segunda só pode ser enfrentada com políticas compensatórias de cunho racial, especialmente aquelas que facilitam a entrada de negros nas universidades. Não podemos ignorar a raça na construção de uma democracia inclusiva, posto que ela é critério da exclusão. Dadas as especificidades brasileiras, políticas sociais que procuram reduzir ou mesmo superar o enorme fosso racial no Brasil têm de ser engenhosas e criativas. Julgar, porém, que se possa ignorar a questão racial nos seus desenhos seria ilusório.
Martin Luther King, defensor das políticas universalistas, dizia que contar apenas com elas "não é realista". Quando um homem se lança na corrida com três séculos de atraso, é praticamente impossível superar a defasagem que o separa dos que largaram na frente. Milagres não existem. Vontade política, sim.
Tardava que o debate sobre a questão racial fosse enfrentado com coragem pela sociedade brasileira. Para que se avance nele é essencial que ganhe as páginas desta Folha e de toda a imprensa. Contudo, se avançar no debate significa destruir quem pensa diferente, falsear intenções e escamotear a verdade, então o risco de sermos ineficazes e inócuos na nossa ação é grande. Com isso, não estaremos ajudando a combater com efetividade o racismo.
EDWARD TELLES, 50, é professor do Departamento de Sociologia e diretor do Programa sobre o Brasil da UCLA (University of California Los Angeles).
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Não existem raças na espécie humana, existem etnias. E no Brasil as etnias são muito misturadas. Não concordo com as cotas, mas se forem realmente aplicadas, que sejam as por nível de pobreza.
Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Numa sociedade onde as pessoas fossem consideradas iguais e tivessem os mesmos direitos não faria sentido ficar levando em consideração a cor das pessoas em ações afirmativas.
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Kramer escreveu:Numa sociedade onde as pessoas fossem consideradas iguais e tivessem os mesmos direitos não faria sentido ficar levando em consideração a cor das pessoas em ações afirmativas.
Bem-vindo a Noruega.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
carlos escreveu:Kramer escreveu:Numa sociedade onde as pessoas fossem consideradas iguais e tivessem os mesmos direitos não faria sentido ficar levando em consideração a cor das pessoas em ações afirmativas.
Bem-vindo a Noruega.
Carlos, sabia que a Noruega tem um dos maiores movimentos nazi do mundo?
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Kramer escreveu:Numa sociedade onde as pessoas fossem consideradas iguais e tivessem os mesmos direitos não faria sentido ficar levando em consideração a cor das pessoas em ações afirmativas.
O que não ocorre em nenhum lugar do globo, diga-se de passagem.
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Samael escreveu:carlos escreveu:Kramer escreveu:Numa sociedade onde as pessoas fossem consideradas iguais e tivessem os mesmos direitos não faria sentido ficar levando em consideração a cor das pessoas em ações afirmativas.
Bem-vindo a Noruega.
Carlos, sabia que a Noruega tem um dos maiores movimentos nazi do mundo?
Eu sei.
Minha intenção em citar uma nação desenvolvida foi proposital.

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
carlos escreveu:Samael escreveu:carlos escreveu:Kramer escreveu:Numa sociedade onde as pessoas fossem consideradas iguais e tivessem os mesmos direitos não faria sentido ficar levando em consideração a cor das pessoas em ações afirmativas.
Bem-vindo a Noruega.
Carlos, sabia que a Noruega tem um dos maiores movimentos nazi do mundo?
Eu sei.
Minha intenção em citar uma nação desenvolvida foi proposital.
Na hora eu não saquei sua ironia.

Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Me expressei mal...
Minha intenção era dizer que, se o objetivo é a igualdade racial, deveria se desejar que a lei fosse sempre cega em relação à cor das pessoas.
Minha intenção era dizer que, se o objetivo é a igualdade racial, deveria se desejar que a lei fosse sempre cega em relação à cor das pessoas.
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
...
Editado pela última vez por spink em 13 Jul 2006, 06:02, em um total de 1 vez.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Agradeceria se explicitasse suas críticas ao invés de ficar ridicularizando o que eu digo.
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Re: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
carlos escreveu:Folha de S.Paulo
Em meus estudos, mostro que as taxas de mobilidade social brasileiras revelam que crianças pobres, porém brancas, têm maior chance de chegar a posições de classe média do que crianças igualmente pobres, mas negras.
Gostaria muito de ler o estudo desse sociologo.
Ao que tudo indica, essa anta defende que o negro precisa "largar na frente" de um branco com a mesma condição financeira.
Isso é o mesmo que atestar a incompetencia do negro.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
É preciso reservar vagas aos maometanos-bomba brasileiros. Os coitados são muito perseguidos também.
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Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Kramer escreveu:Me expressei mal...
Minha intenção era dizer que, se o objetivo é a igualdade racial, deveria se desejar que a lei fosse sempre cega em relação à cor das pessoas.
A lei pode até ser, já as pessoas...
E, como já disse Marx, não é a constituição que faz os homens, são os homens que fazem a constituição. Desejá-la imparcial é utopia. Desejá-la democrática é o máximo que espero.
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Não escravizei negro nenhum em minha vida. Nunca dei chibatadas em negro algum. Nunca fui dono de senzalas. Nunca fui Capitão do Mato. Não fui responsável pela escravidão no Brasil.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
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- Poindexter
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Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Samael escreveu:A lei pode até ser, já as pessoas...
As pessoas "quem"?
Ache-se esses "quens" e puna-se essas pessoas, e não a mim.
É aquela velha estória: o policiamento não consegue conter os assaltos noturnos em Caixas Eletrônicos e daí, por causa disso, ninguém mais pode tirar extrato ou sacar mais de 100 pila depois das 22hs: o cidadão honesto pagando pelos bandidos..
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- user f.k.a. Cabeção
- Moderador
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- Registrado em: 22 Out 2005, 10:07
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Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
É estúpido promover a igualdade através da desigualdade. Ninguém com pleno domínio das faculdades cognitivas consegue se posicionar a favor de uma aberração que garante a um negro maiores privilégios que a um branco. Isso é anti-democrático, inconstitucional, ineficiente (até contra-producente), além de preparar um terreno para tensões de natureza étnica que nem são próprias de um país altamente miscigenado como o nosso.
Esses pontos não são nenhuma novidade, eu não fui o primeiro a pensar nisso, e aposto que vocês já devem ter lido isso em outros lugares. Isso porque é algo óbvio e irrefutável. Nem a ginástica intelectual mais exagerada, nem o talento natural para mentir dos esquerdistas é capaz de negar a verdade do que foi dito acima.
Supondo que seus propositores (das cotas) não sejam estúpidos, podemos assegurar que o que está por trás disso são interesses muito diferentes da promoção da democracia, da igualdade de direitos, do crescimento econômico, da justiça.
As pretensões totalitárias do PT nunca foram segredo, e só não são evidentes para quem insiste em não tirar a venda dos olhos. E se essa lei for aprovada, a corja governista terá alcançado mais um dos seus objetivos nefandos.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Poindexter escreveu:Samael escreveu:A lei pode até ser, já as pessoas...
As pessoas "quem"?
Ache-se esses "quens" e puna-se essas pessoas, e não a mim.
É aquela velha estória: o policiamento não consegue conter os assaltos noturnos em Caixas Eletrônicos e daí, por causa disso, ninguém mais pode tirar extrato ou sacar mais de 100 pila depois das 22hs: o cidadão honesto pagando pelos bandidos..
Eu não estou criticando isto, Guilherme. Eu concordo contigo. Acho também que isso não é solução para nada.
Entretanto, não dá para ignorar a existência dessa injustiça.
Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
user f.k.a. Cabeção escreveu:
É estúpido promover a igualdade através da desigualdade. Ninguém com pleno domínio das faculdades cognitivas consegue se posicionar a favor de uma aberração que garante a um negro maiores privilégios que a um branco. Isso é anti-democrático, inconstitucional, ineficiente (até contra-producente), além de preparar um terreno para tensões de natureza étnica que nem são próprias de um país altamente miscigenado como o nosso.
Esses pontos não são nenhuma novidade, eu não fui o primeiro a pensar nisso, e aposto que vocês já devem ter lido isso em outros lugares. Isso porque é algo óbvio e irrefutável. Nem a ginástica intelectual mais exagerada, nem o talento natural para mentir dos esquerdistas é capaz de negar a verdade do que foi dito acima.
Supondo que seus propositores (das cotas) não sejam estúpidos, podemos assegurar que o que está por trás disso são interesses muito diferentes da promoção da democracia, da igualdade de direitos, do crescimento econômico, da justiça.
As pretensões totalitárias do PT nunca foram segredo, e só não são evidentes para quem insiste em não tirar a venda dos olhos. E se essa lei for aprovada, a corja governista terá alcançado mais um dos seus objetivos nefandos.
Pretensões totalitárias? Acho que você anda lendo muito Olavo.
- clara campos
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- Registrado em: 02 Abr 2006, 15:42
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Re: Re.: Políticas raciais: pelo debate franco e plural
Samael escreveu:Não existem raças na espécie humana, existem etnias.
há contorvérsias...

Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)