‘O MANDATO É DA IGREJA UNIVERSAL’, DIZ DEPUTADO
"O Globo" 18/11/2005
Wanderval, acusado de quebra de decoro, afirma que toda a bancada seguia ordens
BRASÍLIA. Ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, o deputado Wanderval Santos (PL-SP) disse ontem no Conselho de Ética, no qual responde a processo por quebra de decoro parlamentar, que a seita sempre teve absoluto controle sobre sua atuação parlamentar e é a detentora de seu mandato até hoje. Wanderval contou que ele e toda a bancada ligada à Universal sempre cumpriram ordens de Carlos Rodrigues (PL-RJ), ex-bispo e ex-deputado, que renunciou ao mandato em agosto para não responder a processo de cassação e preservar seus direitos políticos.
Wanderval afirmou, em seu depoimento de defesa, que todos os funcionários de seu gabinete estavam à disposição de Rodrigues e não eram obrigados a lhe prestar satisfação.
- Meu mandato é da Igreja Universal. Fui eleito pela igreja e sigo suas determinações. A palavra final é dela. Era subordinado ao Bispo Rodrigues - disse Wanderval, ao explicar por que seu motorista, Célio Siqueira, sacou, em 2003, R$150 mil das contas do empresário Marcos Valério de Souza na agência do Banco Rural em Brasília.
A defesa de Wanderval pode servir para condená-lo no Conselho. O relator do caso, Chico Alencar (PSOL-RJ), disse que havia uma chefia sobre o mandato de Wanderval:
- A relação da igreja com o deputado era não-republicana. Ele subordinou seu mandato a uma hierarquia eclesial. É um esquema paralelo indecoroso.
Deputado admite que quem manda nele é a IURD
- Fernando Silva
- Administrador
- Mensagens: 20080
- Registrado em: 25 Out 2005, 11:21
- Gênero: Masculino
- Localização: Rio de Janeiro, RJ
- Contato:
- Claudio Loredo
- Mensagens: 3343
- Registrado em: 20 Out 2005, 13:33
- Localização: Palmas - TO
- Contato:
Esse deputado Wanderval Santos é muito burro e analfabeto mesmo. Se ele fosse um pouquinho mais inteligente ele diria: "meu mandato é do PL".
Os mandatos dos políticos não pertencem ao povo que os elegeu. Pertencem em primeiro lugar ao partido politico e em segundo ao grupo econômico que o financiou.
A maioria dos deputados federais votam sem saber no que estão votando. Se o partido diz que é para votar sim numa determinada proposta, eles votam conforme ordem do partido sem nem sequer conhecer que proposta é. Os deputados federais não tem vontade própria, fazem o que seus chefes manda eles fazerem. É para isto que existem os lideres de partidos: para decidirem no que os politicos do partido devem votar.
A burrice toda do Wanderval Santos foi dizer o nome do seu verdadeiro chefe, ao invés do o nome do chefe de fachada.