Deputado admite que quem manda nele é a IURD
Enviado: 20 Nov 2005, 09:43
‘O MANDATO É DA IGREJA UNIVERSAL’, DIZ DEPUTADO
"O Globo" 18/11/2005
Wanderval, acusado de quebra de decoro, afirma que toda a bancada seguia ordens
BRASÍLIA. Ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, o deputado Wanderval Santos (PL-SP) disse ontem no Conselho de Ética, no qual responde a processo por quebra de decoro parlamentar, que a seita sempre teve absoluto controle sobre sua atuação parlamentar e é a detentora de seu mandato até hoje. Wanderval contou que ele e toda a bancada ligada à Universal sempre cumpriram ordens de Carlos Rodrigues (PL-RJ), ex-bispo e ex-deputado, que renunciou ao mandato em agosto para não responder a processo de cassação e preservar seus direitos políticos.
Wanderval afirmou, em seu depoimento de defesa, que todos os funcionários de seu gabinete estavam à disposição de Rodrigues e não eram obrigados a lhe prestar satisfação.
- Meu mandato é da Igreja Universal. Fui eleito pela igreja e sigo suas determinações. A palavra final é dela. Era subordinado ao Bispo Rodrigues - disse Wanderval, ao explicar por que seu motorista, Célio Siqueira, sacou, em 2003, R$150 mil das contas do empresário Marcos Valério de Souza na agência do Banco Rural em Brasília.
A defesa de Wanderval pode servir para condená-lo no Conselho. O relator do caso, Chico Alencar (PSOL-RJ), disse que havia uma chefia sobre o mandato de Wanderval:
- A relação da igreja com o deputado era não-republicana. Ele subordinou seu mandato a uma hierarquia eclesial. É um esquema paralelo indecoroso.
"O Globo" 18/11/2005
Wanderval, acusado de quebra de decoro, afirma que toda a bancada seguia ordens
BRASÍLIA. Ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, o deputado Wanderval Santos (PL-SP) disse ontem no Conselho de Ética, no qual responde a processo por quebra de decoro parlamentar, que a seita sempre teve absoluto controle sobre sua atuação parlamentar e é a detentora de seu mandato até hoje. Wanderval contou que ele e toda a bancada ligada à Universal sempre cumpriram ordens de Carlos Rodrigues (PL-RJ), ex-bispo e ex-deputado, que renunciou ao mandato em agosto para não responder a processo de cassação e preservar seus direitos políticos.
Wanderval afirmou, em seu depoimento de defesa, que todos os funcionários de seu gabinete estavam à disposição de Rodrigues e não eram obrigados a lhe prestar satisfação.
- Meu mandato é da Igreja Universal. Fui eleito pela igreja e sigo suas determinações. A palavra final é dela. Era subordinado ao Bispo Rodrigues - disse Wanderval, ao explicar por que seu motorista, Célio Siqueira, sacou, em 2003, R$150 mil das contas do empresário Marcos Valério de Souza na agência do Banco Rural em Brasília.
A defesa de Wanderval pode servir para condená-lo no Conselho. O relator do caso, Chico Alencar (PSOL-RJ), disse que havia uma chefia sobre o mandato de Wanderval:
- A relação da igreja com o deputado era não-republicana. Ele subordinou seu mandato a uma hierarquia eclesial. É um esquema paralelo indecoroso.