Recomendações para a Copa de 2010
Recomendações para a Copa de 2010
Observatório da Imprensa
Veja
em 11/7/2006
COPA 2006
Roberto Pompeu de Toledo
Recomendações para a Copa de 2010
"Uma contribuição para que os erros na Alemanha não se repitam na África do Sul
1. A maioria dos jogadores deve ser recrutada entre os que jogam no Brasil. É imperativo que tenham bem frescas na memória coisas como mensalão, estradas esburacadas, favelas, poluição visual, bala perdida, deputados sanguessugas, nepotismo, trambique, propina, ultrapassagem pela direita, trafegar no acostamento, cadeias superlotadas, rebeliões em cadeias, dar um jeito, jogar lixo nas ruas, atirar pneus velhos nos rios, guerra de quadrilhas, salário mínimo, menos que salário mínimo e caixa dois. A ausência do convívio cotidiano com tais categorias pode levar à sensação de que se é alemão, suíço ou holandês.
2. Não devem ser convocados, especialmente, jogadores do Real Madrid. Trata-se de um time perdedor. É bom jogar no Madrid para ser capa de revista, vender camisetas com seu nome e namorar modelos, não para ganhar campeonatos. Todos os jogadores desse time fracassaram na Copa da Alemanha: os da seleção da Espanha, os da seleção do Brasil e David Beckham. Luis Figo e Zinedine Zidane tiveram boas atuações porque deixaram a tempo o Real Madrid e a maldição que o acompanha. De Robinho não se pode dizer que fracassou porque quase não jogou, mas é pena que integre um elenco de contumazes perdedores. Estão criadas as condições para ser estragado.
3. Devem ser convocados jogadores mais afeitos a comemorar vitórias do que derrotas. Ronaldinho Gaúcho, um dia depois da eliminação do Brasil, deu uma festa em sua casa de Barcelona. Os presentes, entre os quais Adriano, ainda esticaram numa boate, até altas horas. O mesmo Adriano tinha acabado de comprar um Porsche de 500 000 reais para se homenagear pela performance nos campos da Alemanha.
4. O técnico deve ter real disposição para formar equipes vencedoras. Formando Equipes Vencedoras é o título do livro que, assinado por Carlos Alberto Parreira, ocupou os melhores espaços nas livrarias nas semanas anteriores à Copa. Na Alemanha, no entanto, ele abriu uma exceção e formou uma equipe perdedora. Nesse novo desiderato, foi impecável: teve medo de desagradar aos mais famosos, treinou o time pouco e mal e achou normal que os jogadores gastassem as folgas em baladas até as 5 da manhã.
5. O técnico deve ter cabeça menos colonizada. Parreira disse o tempo todo que preferia os jogadores que jogam na Europa. Apoiou com entusiasmo a transferência de Robinho para o Real Madrid. Acha que os jogadores ‘amadurecem’ na Europa. É curioso. Se o Brasil se considera - e é considerado - possuidor do melhor futebol do mundo, por que seus jogadores amadureceriam melhor em outro lugar? Questões de mercado à parte, mais certo seria dizer que Figo ou Zidane amadureceriam disputando um campeonato brasileiro. Nem Pelé nem Garrincha jogaram em times europeus. Dispensaram esse amadurecimento.
6. Anúncios com jogadores ou com o técnico da seleção só devem ser permitidos terminada a Copa, como prêmio aos vencedores, não antes. Parreira estava tranqüilo porque tinha a Golden Cross a seu lado. Tão tranqüilo que dormia no banco durante os jogos. ‘Hã? Só faltam quinze minutos?’, perguntou, ao despertar, no segundo tempo do jogo contra a França. Pôs então Cicinho e Robinho em campo. Era tarde. Dizia-se que Vicente Feola, o técnico vencedor de 1958, dormia durante os jogos. Era mentira. Parreira, graças à Golden Cross, é o verdadeiro Vicente Feola. Já Ronaldinho Gaúcho ficou tão desesperado para recuperar seu desodorante Rexona, ao se descobrir misteriosamente desprovido dele, que gastou ali toda a sua energia. Há uma relação direta entre os anúncios e o fracasso do Brasil na Copa da Alemanha.
7. Devem ser cortados do elenco jogadores que digam se sentir ‘motivados’ para a Copa. Se precisam dizer isso, é porque não estão.
8. Terão preferência, ao contrário do que ocorre entre os executivos das empresas, jogadores que não dominem línguas estrangeiras. Roberto Carlos foi flagrado dando ordens em espanhol à defesa. Não causaria espanto se viesse a público que Lúcio e Juan se comunicavam em alemão, sem que Dida os compreendesse. Ou que Kaká pedia a bola em italiano e Juninho Pernambucano, interpretando-o mal, respondia com palavrões em francês. Houve uma zaga da seleção, formada por Aldair e Antônio Carlos, que dialogava em italiano. ‘Confundamos a sua linguagem para que não mais se entendam uns aos outros’ (Gênesis, 11, 7). O pessoal de Babel, quando muito, chega às quartas-de-final.
9. Serão suspensos de suas funções os locutores que falarem em ‘atitude’ sem especificar a que atitude se referem. ‘Faltou atitude!’, disseram vários deles depois do jogo contra a França. Qual atitude? Atitude derrotista? Atitude conformada? Atitude de apatia? Atitude passiva? Estas, ao que consta, sobraram. Atitude arrogante? Atitude de valentia? Atitude de vencedor? Virou moda recorrer à palavra ‘atitude’ como se, em si mesma, significasse algo. Desacompanhada, não quer dizer nada.
10. Devem ser convocados jogadores um pouco mais pobres do que os da safra 2006."
Veja
em 11/7/2006
COPA 2006
Roberto Pompeu de Toledo
Recomendações para a Copa de 2010
"Uma contribuição para que os erros na Alemanha não se repitam na África do Sul
1. A maioria dos jogadores deve ser recrutada entre os que jogam no Brasil. É imperativo que tenham bem frescas na memória coisas como mensalão, estradas esburacadas, favelas, poluição visual, bala perdida, deputados sanguessugas, nepotismo, trambique, propina, ultrapassagem pela direita, trafegar no acostamento, cadeias superlotadas, rebeliões em cadeias, dar um jeito, jogar lixo nas ruas, atirar pneus velhos nos rios, guerra de quadrilhas, salário mínimo, menos que salário mínimo e caixa dois. A ausência do convívio cotidiano com tais categorias pode levar à sensação de que se é alemão, suíço ou holandês.
2. Não devem ser convocados, especialmente, jogadores do Real Madrid. Trata-se de um time perdedor. É bom jogar no Madrid para ser capa de revista, vender camisetas com seu nome e namorar modelos, não para ganhar campeonatos. Todos os jogadores desse time fracassaram na Copa da Alemanha: os da seleção da Espanha, os da seleção do Brasil e David Beckham. Luis Figo e Zinedine Zidane tiveram boas atuações porque deixaram a tempo o Real Madrid e a maldição que o acompanha. De Robinho não se pode dizer que fracassou porque quase não jogou, mas é pena que integre um elenco de contumazes perdedores. Estão criadas as condições para ser estragado.
3. Devem ser convocados jogadores mais afeitos a comemorar vitórias do que derrotas. Ronaldinho Gaúcho, um dia depois da eliminação do Brasil, deu uma festa em sua casa de Barcelona. Os presentes, entre os quais Adriano, ainda esticaram numa boate, até altas horas. O mesmo Adriano tinha acabado de comprar um Porsche de 500 000 reais para se homenagear pela performance nos campos da Alemanha.
4. O técnico deve ter real disposição para formar equipes vencedoras. Formando Equipes Vencedoras é o título do livro que, assinado por Carlos Alberto Parreira, ocupou os melhores espaços nas livrarias nas semanas anteriores à Copa. Na Alemanha, no entanto, ele abriu uma exceção e formou uma equipe perdedora. Nesse novo desiderato, foi impecável: teve medo de desagradar aos mais famosos, treinou o time pouco e mal e achou normal que os jogadores gastassem as folgas em baladas até as 5 da manhã.
5. O técnico deve ter cabeça menos colonizada. Parreira disse o tempo todo que preferia os jogadores que jogam na Europa. Apoiou com entusiasmo a transferência de Robinho para o Real Madrid. Acha que os jogadores ‘amadurecem’ na Europa. É curioso. Se o Brasil se considera - e é considerado - possuidor do melhor futebol do mundo, por que seus jogadores amadureceriam melhor em outro lugar? Questões de mercado à parte, mais certo seria dizer que Figo ou Zidane amadureceriam disputando um campeonato brasileiro. Nem Pelé nem Garrincha jogaram em times europeus. Dispensaram esse amadurecimento.
6. Anúncios com jogadores ou com o técnico da seleção só devem ser permitidos terminada a Copa, como prêmio aos vencedores, não antes. Parreira estava tranqüilo porque tinha a Golden Cross a seu lado. Tão tranqüilo que dormia no banco durante os jogos. ‘Hã? Só faltam quinze minutos?’, perguntou, ao despertar, no segundo tempo do jogo contra a França. Pôs então Cicinho e Robinho em campo. Era tarde. Dizia-se que Vicente Feola, o técnico vencedor de 1958, dormia durante os jogos. Era mentira. Parreira, graças à Golden Cross, é o verdadeiro Vicente Feola. Já Ronaldinho Gaúcho ficou tão desesperado para recuperar seu desodorante Rexona, ao se descobrir misteriosamente desprovido dele, que gastou ali toda a sua energia. Há uma relação direta entre os anúncios e o fracasso do Brasil na Copa da Alemanha.
7. Devem ser cortados do elenco jogadores que digam se sentir ‘motivados’ para a Copa. Se precisam dizer isso, é porque não estão.
8. Terão preferência, ao contrário do que ocorre entre os executivos das empresas, jogadores que não dominem línguas estrangeiras. Roberto Carlos foi flagrado dando ordens em espanhol à defesa. Não causaria espanto se viesse a público que Lúcio e Juan se comunicavam em alemão, sem que Dida os compreendesse. Ou que Kaká pedia a bola em italiano e Juninho Pernambucano, interpretando-o mal, respondia com palavrões em francês. Houve uma zaga da seleção, formada por Aldair e Antônio Carlos, que dialogava em italiano. ‘Confundamos a sua linguagem para que não mais se entendam uns aos outros’ (Gênesis, 11, 7). O pessoal de Babel, quando muito, chega às quartas-de-final.
9. Serão suspensos de suas funções os locutores que falarem em ‘atitude’ sem especificar a que atitude se referem. ‘Faltou atitude!’, disseram vários deles depois do jogo contra a França. Qual atitude? Atitude derrotista? Atitude conformada? Atitude de apatia? Atitude passiva? Estas, ao que consta, sobraram. Atitude arrogante? Atitude de valentia? Atitude de vencedor? Virou moda recorrer à palavra ‘atitude’ como se, em si mesma, significasse algo. Desacompanhada, não quer dizer nada.
10. Devem ser convocados jogadores um pouco mais pobres do que os da safra 2006."
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re.: Recomendações para a Copa de 2010
11. Os jornais não publicarem textos idiotas como este.
Quer dizer... isso para vocês, pois eu adoro ler estes lamúrios dos canarinhos que, como se sabe, em sua imensa maioria não sabem perder.
Quer dizer... isso para vocês, pois eu adoro ler estes lamúrios dos canarinhos que, como se sabe, em sua imensa maioria não sabem perder.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
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A child, not a choice.
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Lamentável...
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- Mr. Crowley
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Re: Re.: Recomendações para a Copa de 2010
Poindexter escreveu:11. Os jornais não publicarem textos idiotas como este.
Quer dizer... isso para vocês, pois eu adoro ler estes lamúrios dos canarinhos que, como se sabe, em sua imensa maioria não sabem perder.
olha quem fala...
o cara mais chorão da face da Terra...

Re.: Recomendações para a Copa de 2010
É verdade... O Poindexter criou trocentos tópicos de Choradeira no ReV, por causa da eliminaçao da Argentina... 

- Nospheratu
- Mensagens: 2126
- Registrado em: 06 Mar 2006, 00:11
- Localização: Recife , Pernambuco
Re: Recomendações para a Copa de 2010
carlos escreveu:2. Não devem ser convocados, especialmente, jogadores do Real Madrid. Trata-se de um time perdedor. É bom jogar no Madrid para ser capa de revista, vender camisetas com seu nome e namorar modelos, não para ganhar campeonatos.



Belo texto, e PD, já ta na hora de parar de chorar, por favor

- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Recomendações para a Copa de 2010
Vamos à meteção de pau:
Por quê, se os melhores jogadores vão para a Europa? Por quê convocar os piores? Non-sense puro.
Desde quando um brasileiro precisa estar no Brasil para ser brasileiro?
Desde quando gols vão vingar balas perdidas, pneus velhos nos rios e guerras de quadrilhas?
Provas de que a atual equipe não se sentia brasileira?
Sortilégio tosco. Como se o ar de Barcelona atrapalhasse os futebolistas...
Quanta desonestidade! Não estavam comemorando a derrota! Estavam simplesmente fazendo uma festa!
Finalmente, uma crítica mais acertada!
Provavelmete a pior parte do texto até agora. É lógico que jogadores sul-americanos amadurecem na Europa, e os jogadores europeus que aqui vem, como o Petkovic, amadurecem também! O amadurecimento não ocorre necessariamente por se estar na "melhor liga", ou na "liga mais difícil", mas também por se estar participando de "escolas" de futebol diferentes!
Quanta bobajada! Eles têm o direito de ganhar dinheiro com as propagandas! Se as pessoas acham que não devem fazê-las antes dos títulos, que boicotem os produtos que os exibirem! Parreira tem direito de falar da Golden Cross assim como Ronaldinho procurar o seu Rexona!
Mero jargão, dado que, em geral, não há muito o que se comentar em várias entrevistas com futebolistas. Termos como "vamos buscar o resultado positivo", "o professor falou que", "caixinha de surpresas" e "estamos motivados" já são "padrão" no mundo futebolístico, e eu não duvido que até mesmo alguns jornalistas já cheguem até mesmo perguntando diretamente para os jogadores se eles se sentem motivados, "puxando" a resposta para porem nos seus telejornais ou programas de rádio!
Baboseira tão grande que nem merece maiores considerações.
Baboseira tão grande que nem merece maiores considerações.
PRECONCEITO ANTI-RIQUEZA. DISCRIMINAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA. O que vale é o futebol do jogador, e não se é pobre ou se nasceu no mês de abril.
1. A maioria dos jogadores deve ser recrutada entre os que jogam no Brasil.
Por quê, se os melhores jogadores vão para a Europa? Por quê convocar os piores? Non-sense puro.
É imperativo que tenham bem frescas na memória coisas como mensalão, estradas esburacadas, favelas, poluição visual, bala perdida, deputados sanguessugas, nepotismo, trambique, propina, ultrapassagem pela direita, trafegar no acostamento, cadeias superlotadas, rebeliões em cadeias, dar um jeito, jogar lixo nas ruas, atirar pneus velhos nos rios, guerra de quadrilhas, salário mínimo, menos que salário mínimo e caixa dois. A ausência do convívio cotidiano com tais categorias pode levar à sensação de que se é alemão, suíço ou holandês.
Desde quando um brasileiro precisa estar no Brasil para ser brasileiro?
Desde quando gols vão vingar balas perdidas, pneus velhos nos rios e guerras de quadrilhas?
Provas de que a atual equipe não se sentia brasileira?
2. Não devem ser convocados, especialmente, jogadores do Real Madrid. Trata-se de um time perdedor. É bom jogar no Madrid para ser capa de revista, vender camisetas com seu nome e namorar modelos, não para ganhar campeonatos. Todos os jogadores desse time fracassaram na Copa da Alemanha: os da seleção da Espanha, os da seleção do Brasil e David Beckham. Luis Figo e Zinedine Zidane tiveram boas atuações porque deixaram a tempo o Real Madrid e a maldição que o acompanha. De Robinho não se pode dizer que fracassou porque quase não jogou, mas é pena que integre um elenco de contumazes perdedores. Estão criadas as condições para ser estragado.
Sortilégio tosco. Como se o ar de Barcelona atrapalhasse os futebolistas...
3. Devem ser convocados jogadores mais afeitos a comemorar vitórias do que derrotas. Ronaldinho Gaúcho, um dia depois da eliminação do Brasil, deu uma festa em sua casa de Barcelona. Os presentes, entre os quais Adriano, ainda esticaram numa boate, até altas horas. O mesmo Adriano tinha acabado de comprar um Porsche de 500 000 reais para se homenagear pela performance nos campos da Alemanha.
Quanta desonestidade! Não estavam comemorando a derrota! Estavam simplesmente fazendo uma festa!
4. O técnico deve ter real disposição para formar equipes vencedoras. Formando Equipes Vencedoras é o título do livro que, assinado por Carlos Alberto Parreira, ocupou os melhores espaços nas livrarias nas semanas anteriores à Copa. Na Alemanha, no entanto, ele abriu uma exceção e formou uma equipe perdedora. Nesse novo desiderato, foi impecável: teve medo de desagradar aos mais famosos, treinou o time pouco e mal e achou normal que os jogadores gastassem as folgas em baladas até as 5 da manhã.
Finalmente, uma crítica mais acertada!
5. O técnico deve ter cabeça menos colonizada. Parreira disse o tempo todo que preferia os jogadores que jogam na Europa. Apoiou com entusiasmo a transferência de Robinho para o Real Madrid. Acha que os jogadores ‘amadurecem’ na Europa. É curioso. Se o Brasil se considera - e é considerado - possuidor do melhor futebol do mundo, por que seus jogadores amadureceriam melhor em outro lugar? Questões de mercado à parte, mais certo seria dizer que Figo ou Zidane amadureceriam disputando um campeonato brasileiro. Nem Pelé nem Garrincha jogaram em times europeus. Dispensaram esse amadurecimento.
Provavelmete a pior parte do texto até agora. É lógico que jogadores sul-americanos amadurecem na Europa, e os jogadores europeus que aqui vem, como o Petkovic, amadurecem também! O amadurecimento não ocorre necessariamente por se estar na "melhor liga", ou na "liga mais difícil", mas também por se estar participando de "escolas" de futebol diferentes!
6. Anúncios com jogadores ou com o técnico da seleção só devem ser permitidos terminada a Copa, como prêmio aos vencedores, não antes. Parreira estava tranqüilo porque tinha a Golden Cross a seu lado. Tão tranqüilo que dormia no banco durante os jogos. ‘Hã? Só faltam quinze minutos?’, perguntou, ao despertar, no segundo tempo do jogo contra a França. Pôs então Cicinho e Robinho em campo. Era tarde. Dizia-se que Vicente Feola, o técnico vencedor de 1958, dormia durante os jogos. Era mentira. Parreira, graças à Golden Cross, é o verdadeiro Vicente Feola. Já Ronaldinho Gaúcho ficou tão desesperado para recuperar seu desodorante Rexona, ao se descobrir misteriosamente desprovido dele, que gastou ali toda a sua energia. Há uma relação direta entre os anúncios e o fracasso do Brasil na Copa da Alemanha.
Quanta bobajada! Eles têm o direito de ganhar dinheiro com as propagandas! Se as pessoas acham que não devem fazê-las antes dos títulos, que boicotem os produtos que os exibirem! Parreira tem direito de falar da Golden Cross assim como Ronaldinho procurar o seu Rexona!
7. Devem ser cortados do elenco jogadores que digam se sentir ‘motivados’ para a Copa. Se precisam dizer isso, é porque não estão.
Mero jargão, dado que, em geral, não há muito o que se comentar em várias entrevistas com futebolistas. Termos como "vamos buscar o resultado positivo", "o professor falou que", "caixinha de surpresas" e "estamos motivados" já são "padrão" no mundo futebolístico, e eu não duvido que até mesmo alguns jornalistas já cheguem até mesmo perguntando diretamente para os jogadores se eles se sentem motivados, "puxando" a resposta para porem nos seus telejornais ou programas de rádio!
8. Terão preferência, ao contrário do que ocorre entre os executivos das empresas, jogadores que não dominem línguas estrangeiras. Roberto Carlos foi flagrado dando ordens em espanhol à defesa. Não causaria espanto se viesse a público que Lúcio e Juan se comunicavam em alemão, sem que Dida os compreendesse. Ou que Kaká pedia a bola em italiano e Juninho Pernambucano, interpretando-o mal, respondia com palavrões em francês. Houve uma zaga da seleção, formada por Aldair e Antônio Carlos, que dialogava em italiano. ‘Confundamos a sua linguagem para que não mais se entendam uns aos outros’ (Gênesis, 11, 7). O pessoal de Babel, quando muito, chega às quartas-de-final.
Baboseira tão grande que nem merece maiores considerações.
9. Serão suspensos de suas funções os locutores que falarem em ‘atitude’ sem especificar a que atitude se referem. ‘Faltou atitude!’, disseram vários deles depois do jogo contra a França. Qual atitude? Atitude derrotista? Atitude conformada? Atitude de apatia? Atitude passiva? Estas, ao que consta, sobraram. Atitude arrogante? Atitude de valentia? Atitude de vencedor? Virou moda recorrer à palavra ‘atitude’ como se, em si mesma, significasse algo. Desacompanhada, não quer dizer nada.
Baboseira tão grande que nem merece maiores considerações.
10. Devem ser convocados jogadores um pouco mais pobres do que os da safra 2006."
PRECONCEITO ANTI-RIQUEZA. DISCRIMINAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA. O que vale é o futebol do jogador, e não se é pobre ou se nasceu no mês de abril.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
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Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
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A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
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- Poindexter
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Re: Re.: Recomendações para a Copa de 2010
Azathoth escreveu:Concordo com 85% da sua análise, Poind.

Tivestes uma discordância e uma meia-concordância ou três meias-concordâncias? Onde? Por quê?
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
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Re: Re.: Recomendações para a Copa de 2010
Poindexter escreveu:![]()
Tivestes uma discordância e uma meia-concordância ou três meias-concordâncias? Onde? Por quê?
Eu tive uma discordância e uma meia-concordância.
Acho que o ponto #8 da linguagem dentro do campo é relevante. Se for verdade o que o texto expressa, realmente deve prejudicar a comunicação entre os jogadores se existem três línguas diferentes em campo e o time não domina o vocabulário básico de todas. Isso deveria ser combinado com antecedência.
O ponto #3 me desagrada em partes. Julgo muito estranho após uma derrota de um campeonato mundial terem ocorrido comemorações tão vultosas como as descritas. Posso estar enganado, mas sinto como se os jogadores descritos não estivessem engajados o suficiente no campeonato, eu esperava um momento menos breve de "luto".
- user f.k.a. Cabeção
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Re.: Recomendações para a Copa de 2010
carlos escreveu:7. Devem ser cortados do elenco jogadores que digam se sentir ‘motivados’ para a Copa. Se precisam dizer isso, é porque não estão.

"E quem era inocente, hoje já virou bandido, só para comer um pedaço de pão fudido" Chico Science

