O ódio dos fanáticos do islão contra a Índia de Abdul Kalam
Enviado: 16 Jul 2006, 07:20
DN
O ódio dos fanáticos do islão contra a Índia de Abdul Kalam
As sete explosões no sistema de comboios suburbanos de Mumbai, a antiga Bombaim, que causaram perto de 200 mortos, foram apenas o último de uma série de grandes atentados contra a Índia. Nos últimos cinco anos, e se tivermos como ponto de referência os ataques de 11 de Setembro de 2001 contra as Torres Gémeas, a Índia tem sido (com excepção do Iraque em guerra) o país mais atingido pelo terror de inspiração islamita, com sete atentados atribuíveis à Al-Qaeda e aos grupúsculos que nela encontram inspiração.
Mumbai, a capital financeira, tem sido um dos alvos preferenciais desse ódio islamita. A cidade sofreu na terça-feira o terceiro atentado em quatro anos. Na mira tem estado também Nova Deli, a capital política, que em Dezembro do ano passado assistiu no mesmo dia a explosões num autocarro e em dois mercados, que provocaram um total de 66 mortes. Antes, a 13 de Dezembro de 2001, a cidade tinha sido já palco de um ataque suicida ao Parlamento, que resultou em 12 mortes. Srinagar e Jammu, as capitais da disputada Caxemira, sofreram os outros dois grandes atentados recentes em território indiano, um dos quais, contra uma base militar em Maio de 2002, esteve prestes a provocar uma quarta guerra entre a Índia e o Paquistão, duas potências nucleares.
Caxemira, região de maioria muçulmana que Índia e Paquistão disputam desde a independência de ambos, em 1947, surge em regra relacionada com estes atentados. Grupos como o Laskhar-e-Toiba, que combate contra a soberania indiana sobre Caxemira, têm um historial de ataques a alvos civis e militares e ao longo dos anos desfrutaram de claro apoio das autoridades paquistanesas. O pós-11 de Setembro, e o envolvimento dos Estados Unidos numa cruzada antiterrorista, forçaram, porém, o Paquistão a demarcar-se dos aliados islamitas, ilegalizando várias organizações que usavam o seu território como base de treino. Nos últimos tempos, e sob pressão americana, o general Pervez Musharraf, homem forte do Paquistão, tem até dado sérios passos no sentido da normalização com a Índia. E após estes atentados de Mumbai, não tardou da parte do Paquistão uma condenação do ataque.
Contudo, aumentam os receios de que a vontade de Musharraf em cortar com os grupúsculos islamitas não seja sincera. Apesar do currículo moderado do general, muitas das madrassas paquistanesas continuam a ensinar um islão obscurantista, do género que os talibãs tentaram impor ao Afeganistão e que é o projecto também dos islamitas para a Caxemira. Aliás, entre o Afeganistão e a Caxemira, são muitas as pontes. Não foi por acaso que o início da rebelião na Caxemira, em 1989, coincidiu com a retirada dos soviéticos do Afeganistão. Milhares de combatentes islamitas, muitos treinados já pela Al-Qaeda de Ussama ben Laden, encontraram então, não muito longe, um novo terreno para a sua jihad.
Os indianos acreditam que o seu país é, depois dos Estados Unidos e de Israel, o principal alvo do ódio de Ben Laden. Os fanáticos do islão não toleram que 150 milhões de muçulmanos vivam numa Índia democrática e se sintam indianos. E que, apesar de os hindus serem mais de 80 por cento dos mil milhões de habitantes da Índia, o Presidente seja hoje o muçulmano Abdul Kalam, um cientista que é também um herói nacional.
O ódio dos fanáticos do islão contra a Índia de Abdul Kalam
As sete explosões no sistema de comboios suburbanos de Mumbai, a antiga Bombaim, que causaram perto de 200 mortos, foram apenas o último de uma série de grandes atentados contra a Índia. Nos últimos cinco anos, e se tivermos como ponto de referência os ataques de 11 de Setembro de 2001 contra as Torres Gémeas, a Índia tem sido (com excepção do Iraque em guerra) o país mais atingido pelo terror de inspiração islamita, com sete atentados atribuíveis à Al-Qaeda e aos grupúsculos que nela encontram inspiração.
Mumbai, a capital financeira, tem sido um dos alvos preferenciais desse ódio islamita. A cidade sofreu na terça-feira o terceiro atentado em quatro anos. Na mira tem estado também Nova Deli, a capital política, que em Dezembro do ano passado assistiu no mesmo dia a explosões num autocarro e em dois mercados, que provocaram um total de 66 mortes. Antes, a 13 de Dezembro de 2001, a cidade tinha sido já palco de um ataque suicida ao Parlamento, que resultou em 12 mortes. Srinagar e Jammu, as capitais da disputada Caxemira, sofreram os outros dois grandes atentados recentes em território indiano, um dos quais, contra uma base militar em Maio de 2002, esteve prestes a provocar uma quarta guerra entre a Índia e o Paquistão, duas potências nucleares.
Caxemira, região de maioria muçulmana que Índia e Paquistão disputam desde a independência de ambos, em 1947, surge em regra relacionada com estes atentados. Grupos como o Laskhar-e-Toiba, que combate contra a soberania indiana sobre Caxemira, têm um historial de ataques a alvos civis e militares e ao longo dos anos desfrutaram de claro apoio das autoridades paquistanesas. O pós-11 de Setembro, e o envolvimento dos Estados Unidos numa cruzada antiterrorista, forçaram, porém, o Paquistão a demarcar-se dos aliados islamitas, ilegalizando várias organizações que usavam o seu território como base de treino. Nos últimos tempos, e sob pressão americana, o general Pervez Musharraf, homem forte do Paquistão, tem até dado sérios passos no sentido da normalização com a Índia. E após estes atentados de Mumbai, não tardou da parte do Paquistão uma condenação do ataque.
Contudo, aumentam os receios de que a vontade de Musharraf em cortar com os grupúsculos islamitas não seja sincera. Apesar do currículo moderado do general, muitas das madrassas paquistanesas continuam a ensinar um islão obscurantista, do género que os talibãs tentaram impor ao Afeganistão e que é o projecto também dos islamitas para a Caxemira. Aliás, entre o Afeganistão e a Caxemira, são muitas as pontes. Não foi por acaso que o início da rebelião na Caxemira, em 1989, coincidiu com a retirada dos soviéticos do Afeganistão. Milhares de combatentes islamitas, muitos treinados já pela Al-Qaeda de Ussama ben Laden, encontraram então, não muito longe, um novo terreno para a sua jihad.
Os indianos acreditam que o seu país é, depois dos Estados Unidos e de Israel, o principal alvo do ódio de Ben Laden. Os fanáticos do islão não toleram que 150 milhões de muçulmanos vivam numa Índia democrática e se sintam indianos. E que, apesar de os hindus serem mais de 80 por cento dos mil milhões de habitantes da Índia, o Presidente seja hoje o muçulmano Abdul Kalam, um cientista que é também um herói nacional.