Lula, o presidente que fundou o Brasil
Enviado: 16 Jul 2006, 10:49
E Lula fundou o Brasil
Augusto Antunes "Jornal do Brasil" 09/07/06 augusto@jb.com.br
Megalomaníaco, isso Lula sempre foi. Ainda vestia o macacão de metalúrgico e já se gabava de ter fundado o moderno sindicalismo. No comando do PT, alardeava ter criado o primeiro partido de verdade. Inebriado pelo favoritismo, na campanha de 2002 derrapou bonito na mania de grandeza, como demonstra o documentário Entreatos, dirigido por João Moreira Salles.
Alguns escorregões são apenas ridículos. Lula jura, por exemplo, que nos tempos de operário jogou futebol com muita competência. “Fui um excelente meia-direita”, fantasia. Outras cenas, mais preocupantes, confirmam que Luís Inácio Lula da Silva ama o Lula que Duda inventou. “Pensando bem, eu sou o único político de expressão nacional”, proclama na viagem de jatinho.
Vitorioso, não demorou a descobrir-se o melhor governante de todos os tempos. Então os sintomas de megalomania se misturaram a rompantes mitômanos. Lula começou a atribuir-se façanhas alheias. E o fez tão repetidamente que acabou por acreditar na falsa paternidade.
Em artigo publicado no Estadão de 2 de junho, o jornalista Rolf Kuntz demonstrou, amparado numa lista de patranhas, que “Lula está vendendo como suas, ao eleitorado, realizações alheias”. O Grande Pastor se acha responsável, por exemplo, pela internacionalização da Petrobras, pela expansão da empresa e pela auto-suficiência em petróleo.
Ou não sabe mesmo de nada ou não lê sequer sinopses. Em 1979, a Petrobras já estendera seus braços ao Iraque. Agia na Argentina, no Golfo do México e em Angola quando o novo presidente assumiu em janeiro de 2003. E a produção acusou crescimentos notáveis sobretudo nos anos 70, graças ao êxito obtido na exploração em águas profundas.
Kuntz recorda que a parcela de analfabetos com 15 anos ou mais caiu de 17,2% para 11,8% entre 1992 e 2002. No mesmo período, a mortalidade infantil desceu de 42,6 para 27,8 óbitos de menores de um ano por 1.000 nascidos vivos. São índices nada espetaculares, mas desautorizam o palavrório oportunista do candidato a outra temporada no poder.
Lula afirma que nada foi feito pela educação nos últimos 30 anos. Falso, como se vê. Repete que antes da aparição do salvador da pátria os meninos do Brasil morriam no berço. Falso, comprovam as estatísticas. Recentemente, o presidente anunciou que o sistema de atendimento à saúde está perto da perfeição. Falso.
Estaria mais distante se outros governos não tivessem agido com eficácia. E talvez mais próximo se o presidente trocasse discursos por ações.
Em paragens civilizadas, os números e informações reunidos por Rolf Kuntz abalariam qualquer projeto continuísta. Como estamos no Brasil, Lula seguirá agredindo impunemente a verdade. O título de maior presidente desde as caravelas já parece pouco para aquele que reinventou o país.
Em três anos e meio, fez a Petrobrás, exterminou a fome e a inflação, brilhou no estrangeiro, ressuscitou o progresso, eliminou o desemprego, remontou a Previdência. Fora o resto. Só não recriou a Floresta Amazônica e as Cataratas do Iguaçu. Ainda. Mas para isso há um segundo mandato.
Augusto Antunes "Jornal do Brasil" 09/07/06 augusto@jb.com.br
Megalomaníaco, isso Lula sempre foi. Ainda vestia o macacão de metalúrgico e já se gabava de ter fundado o moderno sindicalismo. No comando do PT, alardeava ter criado o primeiro partido de verdade. Inebriado pelo favoritismo, na campanha de 2002 derrapou bonito na mania de grandeza, como demonstra o documentário Entreatos, dirigido por João Moreira Salles.
Alguns escorregões são apenas ridículos. Lula jura, por exemplo, que nos tempos de operário jogou futebol com muita competência. “Fui um excelente meia-direita”, fantasia. Outras cenas, mais preocupantes, confirmam que Luís Inácio Lula da Silva ama o Lula que Duda inventou. “Pensando bem, eu sou o único político de expressão nacional”, proclama na viagem de jatinho.
Vitorioso, não demorou a descobrir-se o melhor governante de todos os tempos. Então os sintomas de megalomania se misturaram a rompantes mitômanos. Lula começou a atribuir-se façanhas alheias. E o fez tão repetidamente que acabou por acreditar na falsa paternidade.
Em artigo publicado no Estadão de 2 de junho, o jornalista Rolf Kuntz demonstrou, amparado numa lista de patranhas, que “Lula está vendendo como suas, ao eleitorado, realizações alheias”. O Grande Pastor se acha responsável, por exemplo, pela internacionalização da Petrobras, pela expansão da empresa e pela auto-suficiência em petróleo.
Ou não sabe mesmo de nada ou não lê sequer sinopses. Em 1979, a Petrobras já estendera seus braços ao Iraque. Agia na Argentina, no Golfo do México e em Angola quando o novo presidente assumiu em janeiro de 2003. E a produção acusou crescimentos notáveis sobretudo nos anos 70, graças ao êxito obtido na exploração em águas profundas.
Kuntz recorda que a parcela de analfabetos com 15 anos ou mais caiu de 17,2% para 11,8% entre 1992 e 2002. No mesmo período, a mortalidade infantil desceu de 42,6 para 27,8 óbitos de menores de um ano por 1.000 nascidos vivos. São índices nada espetaculares, mas desautorizam o palavrório oportunista do candidato a outra temporada no poder.
Lula afirma que nada foi feito pela educação nos últimos 30 anos. Falso, como se vê. Repete que antes da aparição do salvador da pátria os meninos do Brasil morriam no berço. Falso, comprovam as estatísticas. Recentemente, o presidente anunciou que o sistema de atendimento à saúde está perto da perfeição. Falso.
Estaria mais distante se outros governos não tivessem agido com eficácia. E talvez mais próximo se o presidente trocasse discursos por ações.
Em paragens civilizadas, os números e informações reunidos por Rolf Kuntz abalariam qualquer projeto continuísta. Como estamos no Brasil, Lula seguirá agredindo impunemente a verdade. O título de maior presidente desde as caravelas já parece pouco para aquele que reinventou o país.
Em três anos e meio, fez a Petrobrás, exterminou a fome e a inflação, brilhou no estrangeiro, ressuscitou o progresso, eliminou o desemprego, remontou a Previdência. Fora o resto. Só não recriou a Floresta Amazônica e as Cataratas do Iguaçu. Ainda. Mas para isso há um segundo mandato.