Minhas aventuras no ORKUT EVANGÉLICO
Enviado: 23 Jul 2006, 16:58
A procura de novidades, aportei na comunidade "CRER É TAMBÉM PENSAR".
Gente muito boa! ...Dá pra debater.
Por isso, com todo o respeito, de vez em quando, dou os meus pitacos, embora às vêzes me sinta um peixe fora d'agua.
Me interessei no tópico "COMO SER SANTO SEM SER RELIGIOSO, e lá pelas tantas páginas, entrei no debate com o Alex, um evangélico com quem tenho até certa afinidade, a partir dessa postágem:
Alex:
Avelar....... 17/07/2006 07:11
Gostei e entendi as suas colocações.
O nosso desejo aqui neste tópico não é criar uma "discussão teológica/léxica infrutífera", mas sim, entender como cada um pensa esta questão, segundo o entendimento bíblico de cada um.
O nobre Carlos, discorda do uso o termo SANTIFICAÇÂO para descrevermos o crescimento espiritual de cada cristão, porém, como a pergunta esta formulada desta forma (COMO SER SANTO SEM SER RELIGIOSO?), voltemos a ela, como vc porpõe.
Para mim, o santificar-se (renovar a mente, cresc. espiritual), não pode ser visto em nenhum momento sob o prisma cultural, pois do contrário, alguem que busque se santificar-se na Africa seria considerado "pecador" em um contexto europeu (por exemplo).
Todas essas questões de "usos e costumes", que já geraram tanta "morte", principalmente nas denominações pentecostais clássicas, tb em várias denominações exclusivistas, devem ser expostas e combatidas a luz da Bíblia, e do maturidade cristã que o próprio Espírito Santo promove nos corações dos que O buscam com sinceridade.
zencem:
É possível ser santo e cético?
Tenho um pensamento não crente sobre santidade, que, talvez, permita novos cenários nesse debate.
Eu acho que a santidade, que está sendo exposta apenas sob o olhar subjetivo, impede um enfoque mais real e um mergulho no âmago da consciência, onde, a meu ver, se originam nossos atos, santos ou não santos.
No aspecto subjetivo, flutuamos na superficialidade do ser, tentando controlar e monitorar a sua ação, o que, me parece, é uma luta insignificante e inútil.
Seria como combater os efeitos de doenças oportunistas que acontecem, quando se é aidético.
Não há cura, não há sanidade, ...não há santidade.
Além disso, gera, também, distorções no pensar de quem não consegue ver, que esta busca de santidade não passa de uma outra manifestação de nosso apetite de autovaloração, de enriquecimento “espiritual”, geralmente, sempre preocupado com o olhar periférico da opinião do próximo.
Desejando ser uma referência, inventamos mais uma maneira artificial de coçar o próprio ego, criando uma ambiência de hipocrisia e simulação.
A santidade, na realidade, é a sabedoria, aquele estado de ser que surge “espontaneamente”, no ser que pensa, reflete, observa.
Este ser não está movido pela preocupação com suas ações e os efeitos com que são notadas exteriormente.
O interesse real está em buscar as causas de nossa inferioridade, revelada pelo observar dos conflitos e confusões de que é feito o nosso dia a dia.
Observa, pensa, reflete, vê, nos outros e em si mesmo, descobre a verdade... e a luz vai surgindo em seu caminho, deixando tudo mais claro.
Eis o autoconhecimento, e que Sócrates, 400/500 anos antes de Cristo, colocava como o principal pilar da sabedoria.
Começa a emergir, então, “espontaneamente”, um novo homem, sábio... santo, mas nem por isso preocupado em sê-lo.
Chegar aí, então, já não concretiza mais um dos objetivos, criado pela sutilidade de nossa insaciável ambição; pelo contrário, é, às vezes até, enxergar nela, uma das causas da nossa escuridão.
O EU, tal qual um computador invadido por vírus, precisa ser visto tal como é, um poço de irracionalidade, desmascarado, para ter contacto com a liberdade que o devolverá à razão, ao verdadeiro, incapaz de se contaminar por suas próprias experiências.
Enfim, diferente de ter pensamentos, pensar me parece ser a verdadeira religião, a trilha da sabedoria, a luz da santidade, que pode dispensar, até, a instituição religiosa, a crença e o temor de Deus.
Quanto à ação humana, não nos enganemos:
- Da consciência de um estúpido, não esperemos que se manifeste a santidade.
Agora, se vai para o Céu ou para o Inferno, é apenas uma questão de fé... Um problemão para Deus.
Alex:
Caro pensador...
Não concordo com sua teorização pois creio que ela não está de acordo com a Escrituras (Bíblia), visto que Rm 3.10-12 declara: "como está escrito: Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só."
Na verdade, digo isto por que o seu pensamento é uma forma de "legalismo intelectualizado", onde a Graça de Deus foi excluída, e este "aperfeiçoamento" do homem pelas vias da razão, nunca saíram das páginas dos tratados filosóficos para o mundo real, pois o que vemos, é que a cada ida a espécie humana está se degradando cada vez mais.
Eu sou justo por que Deus me vê através do Sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, no mais, são apenas "construções" humanas no estilo "torre de Babel".
zencem:
Estimado Alex!
Interessante!
Se eu tivesse que buscar um texto bíblico, que estivesse de acordo e justificasse o pensamento que externei, eu escolheria este:
Rm 3.10-12: "como está escrito: Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só."
[color=#ff8040]Mais ainda, como seu pensamento é subjetivo, não percebeu que, de maneira alguma, eu neguei, embora também não tenha afirmado, a exclusão da Graça de Deus, já que ela não depende de mim, nem da possibilidade de minha capacidade de entender a sua existência.
Não me dou ao desfrute de afirmar que Ele existe ou não, e me coloco na posição de minha insignificante capacidade para ter esta resposta.
Por esta razão, não me arvoro do direito de propagar que Ele existe, para não cair no erro de disseminar mais um dos fantasmas, projetados por nossas idiossincrasias.
Existindo Ele, portanto, e pressupondo que é Justo, não vejo porque não deveria ser merecedor da Sua Graça.
Quanto ao termo, tratados filosóficos, se existem, me parecem contraditórios.
A filosofia, necessariamente, passa pela exaltação da individualidade e o que possa ter presumido indício de existência de um tratado é o fato de ela nunca conflitar com a realidade.
O ultimo parágrafo, (espero que você não considere um juizo de valor), externa apenas uma convicção pessoal, que pode não ultrapassar o terreno da presunção.
Não poderia estar nisso a causa que serve de matéria prima para a tão falada Torre de Babel?
Afinal, a verdade cristã, ainda, não se mostrou possível de representar uma verdade monolítica, não é mesmo?
Um abraço de amizade e admiração!
Taí... Aberto o debate para os crentes que visitam o RV, ou então, visitem:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm= ... a=2&nst=62
Abração!
Gente muito boa! ...Dá pra debater.
Por isso, com todo o respeito, de vez em quando, dou os meus pitacos, embora às vêzes me sinta um peixe fora d'agua.
Me interessei no tópico "COMO SER SANTO SEM SER RELIGIOSO, e lá pelas tantas páginas, entrei no debate com o Alex, um evangélico com quem tenho até certa afinidade, a partir dessa postágem:
Alex:
Avelar....... 17/07/2006 07:11
Gostei e entendi as suas colocações.
O nosso desejo aqui neste tópico não é criar uma "discussão teológica/léxica infrutífera", mas sim, entender como cada um pensa esta questão, segundo o entendimento bíblico de cada um.
O nobre Carlos, discorda do uso o termo SANTIFICAÇÂO para descrevermos o crescimento espiritual de cada cristão, porém, como a pergunta esta formulada desta forma (COMO SER SANTO SEM SER RELIGIOSO?), voltemos a ela, como vc porpõe.
Para mim, o santificar-se (renovar a mente, cresc. espiritual), não pode ser visto em nenhum momento sob o prisma cultural, pois do contrário, alguem que busque se santificar-se na Africa seria considerado "pecador" em um contexto europeu (por exemplo).
Todas essas questões de "usos e costumes", que já geraram tanta "morte", principalmente nas denominações pentecostais clássicas, tb em várias denominações exclusivistas, devem ser expostas e combatidas a luz da Bíblia, e do maturidade cristã que o próprio Espírito Santo promove nos corações dos que O buscam com sinceridade.
zencem:
É possível ser santo e cético?
Tenho um pensamento não crente sobre santidade, que, talvez, permita novos cenários nesse debate.
Eu acho que a santidade, que está sendo exposta apenas sob o olhar subjetivo, impede um enfoque mais real e um mergulho no âmago da consciência, onde, a meu ver, se originam nossos atos, santos ou não santos.
No aspecto subjetivo, flutuamos na superficialidade do ser, tentando controlar e monitorar a sua ação, o que, me parece, é uma luta insignificante e inútil.
Seria como combater os efeitos de doenças oportunistas que acontecem, quando se é aidético.
Não há cura, não há sanidade, ...não há santidade.
Além disso, gera, também, distorções no pensar de quem não consegue ver, que esta busca de santidade não passa de uma outra manifestação de nosso apetite de autovaloração, de enriquecimento “espiritual”, geralmente, sempre preocupado com o olhar periférico da opinião do próximo.
Desejando ser uma referência, inventamos mais uma maneira artificial de coçar o próprio ego, criando uma ambiência de hipocrisia e simulação.
A santidade, na realidade, é a sabedoria, aquele estado de ser que surge “espontaneamente”, no ser que pensa, reflete, observa.
Este ser não está movido pela preocupação com suas ações e os efeitos com que são notadas exteriormente.
O interesse real está em buscar as causas de nossa inferioridade, revelada pelo observar dos conflitos e confusões de que é feito o nosso dia a dia.
Observa, pensa, reflete, vê, nos outros e em si mesmo, descobre a verdade... e a luz vai surgindo em seu caminho, deixando tudo mais claro.
Eis o autoconhecimento, e que Sócrates, 400/500 anos antes de Cristo, colocava como o principal pilar da sabedoria.
Começa a emergir, então, “espontaneamente”, um novo homem, sábio... santo, mas nem por isso preocupado em sê-lo.
Chegar aí, então, já não concretiza mais um dos objetivos, criado pela sutilidade de nossa insaciável ambição; pelo contrário, é, às vezes até, enxergar nela, uma das causas da nossa escuridão.
O EU, tal qual um computador invadido por vírus, precisa ser visto tal como é, um poço de irracionalidade, desmascarado, para ter contacto com a liberdade que o devolverá à razão, ao verdadeiro, incapaz de se contaminar por suas próprias experiências.
Enfim, diferente de ter pensamentos, pensar me parece ser a verdadeira religião, a trilha da sabedoria, a luz da santidade, que pode dispensar, até, a instituição religiosa, a crença e o temor de Deus.
Quanto à ação humana, não nos enganemos:
- Da consciência de um estúpido, não esperemos que se manifeste a santidade.
Agora, se vai para o Céu ou para o Inferno, é apenas uma questão de fé... Um problemão para Deus.
Alex:
Caro pensador...
Não concordo com sua teorização pois creio que ela não está de acordo com a Escrituras (Bíblia), visto que Rm 3.10-12 declara: "como está escrito: Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só."
Na verdade, digo isto por que o seu pensamento é uma forma de "legalismo intelectualizado", onde a Graça de Deus foi excluída, e este "aperfeiçoamento" do homem pelas vias da razão, nunca saíram das páginas dos tratados filosóficos para o mundo real, pois o que vemos, é que a cada ida a espécie humana está se degradando cada vez mais.
Eu sou justo por que Deus me vê através do Sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, no mais, são apenas "construções" humanas no estilo "torre de Babel".
zencem:
Estimado Alex!
Interessante!
Se eu tivesse que buscar um texto bíblico, que estivesse de acordo e justificasse o pensamento que externei, eu escolheria este:
Rm 3.10-12: "como está escrito: Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só."
[color=#ff8040]Mais ainda, como seu pensamento é subjetivo, não percebeu que, de maneira alguma, eu neguei, embora também não tenha afirmado, a exclusão da Graça de Deus, já que ela não depende de mim, nem da possibilidade de minha capacidade de entender a sua existência.
Não me dou ao desfrute de afirmar que Ele existe ou não, e me coloco na posição de minha insignificante capacidade para ter esta resposta.
Por esta razão, não me arvoro do direito de propagar que Ele existe, para não cair no erro de disseminar mais um dos fantasmas, projetados por nossas idiossincrasias.
Existindo Ele, portanto, e pressupondo que é Justo, não vejo porque não deveria ser merecedor da Sua Graça.
Quanto ao termo, tratados filosóficos, se existem, me parecem contraditórios.
A filosofia, necessariamente, passa pela exaltação da individualidade e o que possa ter presumido indício de existência de um tratado é o fato de ela nunca conflitar com a realidade.
O ultimo parágrafo, (espero que você não considere um juizo de valor), externa apenas uma convicção pessoal, que pode não ultrapassar o terreno da presunção.
Não poderia estar nisso a causa que serve de matéria prima para a tão falada Torre de Babel?
Afinal, a verdade cristã, ainda, não se mostrou possível de representar uma verdade monolítica, não é mesmo?
Um abraço de amizade e admiração!
Taí... Aberto o debate para os crentes que visitam o RV, ou então, visitem:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm= ... a=2&nst=62
Abração!