Ateu: Aquele que não acredita na existência de deus ou deuses.
Quando começamos a analisar mais profundamente a religião budista, percebemos que não são verdadeiros ateus na concepção exata da idéia que a palavra "ateu" quer transmitir, como alegam a principio.
Na verdade, o budismo, não acredita na existência de deus “criador” do universo.
Para eles, o universo é eterno, não tem começo e nem fim, mas transforma-se ciclicamente de tempos em tempos.
Então através, dessa explanação superficial, vc pode dizer: - Então os budistas são ateus.
Mais uma vez, insisto, não é verdade!
Para demonstrar isso, editei na integra, a passagem da sutra (texto sagrado) relativa ao “surgimento” de Buda, sim, surgimento e não “nascimento”, e o dia da iluminação de Buda, quando alegadamente pelos seus seguidores, ele teve a total percepção sobre todos os segredos do universo e da vida.
A Iluminação de Siddhartha Gautama Buda
Siddhartha Gautama nasceu no século VI A.C., aproximadamente a 2.500 anos (565 A.C.- 486A.C. ), na cidade de Kapilavastu, na região onde é agora o Nepal. Seu pai, Suddhodana e sua mãe Mahamaya ( pertencentes à casta Kshatriyas - de governantes e guerreiros) eram o rei e rainha do povo Sakya próximo à fronteira ao norte a Índia. Quando a rainha tinha dezesseis anos ela sonhou que um elefante de seis trombras havia entrado em seu útero; e a partir daquele instante, ela sentiu uma grande mudança, sentindo uma enorme paz. Ela quis ir para um retiro e o rei assim o permitiu. Ela foi se estabelecer em uma grande floresta lá permanecendo por nove mêses e dez dias quando ela sentiu algo muito estranho.
De repente, ela se agarrou a um galho de árvore e o Buda saiu de seu lado direito sem lhe causar qualquer tipo de dor. Assim que surgiu, o Buda deu sete passos em cada uma das quatro direções, e apontando para o céu, Ele disse: "Neste Universo, Eu vim para purificar as mentes confusas de todos os sêres". À medida que andava, flores de lotus brotavam de onde seus pés tocavam a terra. E ainda disse: "Não passarei por outros nascimentos pois este é o meu último corpo. Agora eu deverei destruir e cortar pela raíz o sofrimento causado pelo nascimento e morte". Estes eventos foram o bastante para fazer com que o rei e a rainha levassem a criança a um grande visionário que predisse que esta criança se tornaria um grande rei se Ele tomasse o caminho mundano, ou um Buda se Ele tomasse um caminho espirtual.
Sete dias depois de seu nascimento a rainha Maya faleceu. Mahaprajapati, a irmã de Maya cuidou de Siddhartha.
Siddhartha, que significa "aquele cujos objetivos são conquistados", cresceu vivendo uma vida opulenta e extravagante como um jovem príncipe pois seu pai determinado em perpetuar a sua decendência real, fêz tudo a seu alcance para preparar o jovem Siddhartha para a vida de um grande governante. Ele foi tutorado por mestres cuidadosamente escolhidos de todos os campos do conhecimento e das artes, tradicional à realeza Indiana da época, e Ele se excedeu tanto em Seus estudos que acabou se tornando um professor de seus próprios tutores.
De acordo com os costumes, ele se casou com a idade de 16 anos com a jovem Yasodhara. Seu pai num esforço de protegê-lo de toda infelicidade providenciara todo tipo de diversão, mas Siddhartha era introspectivo por natureza e freqüentemente se afastava da companhia de seus amigos e família para se sentar calmamente nos jardins que circundavam o palácio. Sentindo que seu filho crescia insatisfeito com uma vida luxuosa, e temendo que a profecia de Seu Budato poderia se realizar, o que conseqüentemente terminaria com a linhagem real, ordenara que ele vivesse uma vida em total isolamento sem poder jamais deixar as dependências do palácio.
Entretanto, os esforços de Seu pai foram em vão. E no florir de seus 29 anos, o Príncipe Gautama Siddhartha se torna inquieto e se aventura em quatro escapadas para fora dos limites do palácio onde vivia para se deparar com a cruel realidade de sofrimento inevitável da vida. Assim Ele se deparou com o que é conhecido no Budismo por "os quatro sinais". Saindo pelo Portão Leste no primeiro dia ele se depara com um velho decrépito. No segundo dia, passando pelo Portão Sul, ele encontra um homem sofrendo de uma doença terrível. No terceiro dia, saindo pelo Portão Oeste, ele vem a contemplar um defunto rodeado por parentes chorosos. E, profundamente afetado por tal visão da qual Ele havia sido, em toda sua vida, previamente polpado, Ele começou a questionar a natureza e causas do sofrimento. Em sua quarta escapada, saindo em direção ao Norte, Ele encontrou um monge que procurava por liberação. E assim, no dia seguinte, com a idade de 29 anos, ele parte a procura de uma solução deixando tudo para trás, sua vida opulenta de Príncipe, inclusive o seu recém nascido filho, que se chamava Rahula (que significa "impedimento") para levar uma vida de jejuns e meditação dos ascetas e determinar uma maneira de aliviar o sofrimento universal.
Acompanhado por seu vassalo, Chandaka, Siddhartha escapa do palácio uma noite enquanto todos dormiam. Depois de cavalgar por horas ele param só o tempo suficiente para Siddhartha trocar Suas roupas de príncipe e jóias pelas vestimentas simples de Chandaka. E pede Chandaka que retornasse à sua família real e os confortasse explicando que não havia razão para sentirem tristeza por Ele, uma vez que Ele estava se preparando para por um fim à velhice e à morte. Falando ainda que todos deviam se libertar de todo apêgo. E assim, com uma determinação inabalável, Siddhartha diz que não voltaria para casa até que tivesse encontrado a iluminação completa.
Por seis anos, Siddhartha levou uma vida espiritual e diligentemente estudou com vários mestres. Mas ele nunca estava verdadeiramente satisfeito. Num esforço para obter uma mente tranqüila, Ele seguiu os diferentes métodos de meditação iogues, que prevaleciam na Índia da época e se submeteu às práticas rigorosas dos ascetas, às margens do Rio Nairanjana, que culminaram num período de jejum radical que o deixou completamente debilitado. E mesmo tendo ficado à beira da morte durante o jejum, Sua mente era brilhante e clara. Lá lhe fizeram companhia, cinco homens santos que se juntaram à Ele na esperança de aprender com Seu exemplo.
Um belo dia, ao ouvir um barqueiro que passava no rio ensinando música à seu discípulo que dizia que as cordas de um instrumento se muito frouxas não emitiam um som adequado, e se muito esticadas elas arrebentavam. A partir daí, Ele encorajou o seu povo a seguir o caminho do equilíbrio e não do extremismo. A isto Ele chamou de o "Caminho do Meio". Naquele momento ele percebeu que as austeridades físicas não eram o caminho para se alcançar a liberação. Que privação excessiva não era o caminho para se alcançar iluminação. Ele concluiu que se o corpo fica debilitado por fome e sede, a calma interior não é possível. Assim, um dia, Ele aceita de uma jovem garota, uma tigela de arroz e um pouco de leite, quebrando o seu jejum. Os outros ascetas que tinham sido Seus companheiros durante os seis longos anos de austeridades decidiram que Ele deveria abandonar a vida religiosa e O expulsam de seu meio.
Siddhartha toma um banho ritualístico em um rio perto, e para confirmar sua percepção, ele coloca a tigela de arroz vazia sobre a água e pede que se ele estivesse certo, que a tigela subisse a correnteza. A tigela rodopiou e subiu. E assim, renovado, Ele ruma para Bodh Gaya. Lá, ao por do sol, Ele se senta na postura de lotus em uma almofada de grama sob uma gigantesca figueira (a árvore Bodh ou a árvore da Iluminação) para meditar, com os votos de só sair dalí quando tivesse alcançado a iluminação, mesmo que seus ossos e carne apodrecessem.
Enquanto Sakyamuni meditava sob uma árvore, uma luz começa a brilhar no meio de sua testa.
Mara, O Grande Mal, estremeceu: ele sabia que seu poder para desvirtuar a humanidade estava ameaçado. Durante a noite, muitas distrações surgiram, sêde, luxuria, descontentamento e distrações de prazer. E ao longo de Sua concentração meditativa, Ele foi tomado por visões de incontáveis exércitos atacando-O com as mais terríveis armas. Mara enviara um exército de demonios para destruí-lo. Mas por causa de Sua meditação indestrutivel Ele pode converter negatividade em harmonia e pureza, as flechas lançadas se transformaram em flôres. Algumas filhas de Mara apareceram, como belíssimas mulheres, para distraí-lo ou seduzí-lo. Outros assumiram formas de animais ferozes. Mas seus rosnados, ameaças e qualquer outra tentativa foram em vão para tirar Sakyamuni de sua meditação. e quando estas outras visões e distrações surgiram, com a estabilidade de Sua meditação, Ele permaneceu imóvel. Sentado em um estado de total absorção Ele alcança todos os graus de realização incluindo total onisciência, adquirindo o conhecimento de todo o Seu ciclo de mortes e renascimentos.Caíram flores do céu. Neste momento apareceu pessoalmente Mara, a personificação da ignorância humana: "Tu conseguiste o impossível e mereces adoração. Mas o que descobriste é tão difícil de compreender. Permanece na tua felicidade imensa e deixa de explicar tua descoberta a outros seres vivos".
OBS.:(Mara, o demônio da tentação, o rei dos prazeres. Este Mara, que reina na Terra, no Inferno e nos seis andares inferiores do Céu, tem sob as suas ordens um exército de demônios e serve-se das suas três filhas, Sede, Desejo e Prazer, como vanguarda do seu mundo de pecado)
Apareceu, então, Brahma e falou: "Oh, Perfeito. Existem seres humanos cujos olhos estão cobertos por uma camada apenas tênue de poeira; estas pessoas serão capazes de compreender tua doutrina. Por compaixão a estes seres, peço-te revelar tua descoberta".
OBS.:(Brahma, o deus criador)
(Considerado o deus supremo, Brahma surgiu, segundo os hinduístas, como encarnação do espírito universal Brahman. Praticamente não é cultuado hoje, por ser "uma força tão sutil que nem consegue ser imaginada por quem não tem elevação espiritual".
Os hindus atribuem o ritmo do cosmo a um eterno ciclo de criação, preservação e destruição. Simbolizando cada uma das etapas estão seus deuses supremos, Brahma, Vishnu e Shiva. Essa trindade, chamada Trimurti, representa duas forças antagônicas e uma harmonizadora. Enquanto dois deles figuram pólos opostos -- Vishnu, a luz e a vida, e Shiva, as trevas e a aniquilação --, Brahma aparece como o equilíbrio e a união desses contrários. “É um ciclo constante e infinito: Brahma cria o universo, Vishnu o conserva e Shiva o destrói”)
A terra tremeu e uma chuva caiu de um céu totalmente sem nuvens em resposta à Sua suprema conquista. Com o amanhecer Ele se levantou como Buda ou "O Iluminado", numa noite de lua cheia, com a idade de 35 anos. A partir deste dia, esta árovore ficou conhecida como a árvore Boddhi, a árvore da Iluminação. E, como ele estava sozinho com ninguem para testemunhar este momento glorioso, ele chama a própria terra como testemunha tocando o chão com a ponta dos dedos da mão direita num gesto chamado de Bhumisparsa.
Seus desejos e sofrimentos haviam terminado e como Buda Ele experienciou o Nirvana. e assim disse: "Existe uma esfera onde não é terra, nem água, nem fogo, nem ar... que não é nem este mundo e nem outro, nem sol e nem lua. Eu nego que esteja vindo ou indo, que permanece e que seja morte ou nascimento. É simplesmente o fim do sofrimento".
Nos quarenta e nove dias seguintes à sua iluminação, o Buda permaneceu em silêncio, evitando falar pois os outros jamais compreenderiam a natureza de Sua experiência. Eventualmente alguns sêres dos reinos dos deuses requisitavam o Buda para ensinar a todos que eram capazes de compreender em resposta à seus pedidos. Ele foi para Benares onde Seus antigos companheiros estavam, no Deer Park. Quando eles O viram à distância, eles fizeram piadas, determinados a desmerecê-lo, mas à medida que Ele se aproximava todos eles viram a Sua forma radiante, e aí naturalmente o trataram com respeito. Quando eles O inquiriram por ensinamentos Ele começou a expor o Dharma. Estes ensinamentos foram chamados de O Sermão do Deer Park ou "Acionando a Roda da Doutrina" onde revelou que Ele havia se tornado um Buda, e descreveu os prazeres que havia conhecido como um príncipe e a vida de austeridade que havia praticado como asceta. E que nenhum destes era o verdadeiro caminho para o Nirvana. O verdadeiro caminho era o Caminho do Meio que o mantém livre e distante dos extremos.
"Satisfazer as necessidades da vida não é mal...Manter o corpo com saúde é um dever, porque de outra forma não poderemos manter a chama da sabedoria e a nossa mente forte e clara".
Durante 49 anos, até a idade de 80 anos, ele ensinou o Dharma que consistia nas "Quatro Verdades Nobres" e o "Caminho de Oito Passos", num esforço para ajudar outros sêres a alcançar a iluminação. Numa de suas peregrinaçòes, ele caiu terrivelmente enfêrmo após ter comido uma refeição oferecida por um ferreiro chamado Cuanda.
Já debilitado, viajou para Kushinagara onde se deitou sobre seu lado direito para descansar. Buda diz a Ananda: "Eu estou velho e o fim de minha jornada está próximo. Meu corpo é como um carro velho mantido junto com a ajuda de tiras de couro."E finalmente disse:" Tudo que foi criado está sujeito a deteriorar e morrer. Tudo é transitório. Trabalhem suas próprias salvação com diligência". Depois de passar por vários estados de meditação, Buda morreu alcançando o Parinirvana (o cessar da percepção e da sensação.
Bem, vejamos...
Após ler essa sutra, percebemos uma série de elementos que de forma alguma, podem colocar a religião budista com atéia.
Apesar dos budistas não acreditarem na existência de um deus criador, os mesmos acreditam na existência de outros tipos de deuses, por exemplo: o deus Mara representante de todo o mal, líder dos demônios e possuidor de três filhas (três deusas do mal) , e o deus Brahma, que é parte de uma tríade que controla o universo e que pertence ao panteão da religião hindu.
Acreditam também que existam demônios, (deuses inferiores controlados por Mara).
Acreditam que esses mesmos deuses interferem na vida quotidiana dos seres humanos, e que falavam com Buda, como é o caso em que ele é influenciado por eles, para ir até a cidade de Benares, acreditam em eventos sobrenaturais, como por exemplo, que uma tigela possa subir a correnteza, ou no momento da sua iluminação quando cai uma chuva de flores e a terra treme, ou quando Buda transforma as flechas enviadas pelos demônios em flores, acreditam que demônios possam se transformar em animais, etc, etc, etc.
Acreditam, que uma criança nasça de forma sobrenatural, não através de parto, mas simplesmente “surgindo” do nada, já andando e falando e seus passos, fazendo nascer flores!
Depois de ler essas passagens, alguém em sã consciência poderia ainda afirmar ou mesmo defender que o budismo é uma religião atéia?
Aguardem futuras revelações sobre essa mentira descabida de que o budismo é ateu!
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Eu Sou Gilghamesh!
Versão 4.6