Geada com zero grau no RS
Enviado: 01 Ago 2006, 08:33
Geada com zero grau na região
O atípico mês de julho, marcado por uma série de episódios protagonizados pelo calor fora de época, terminou ontem, com o registro do dia mais frio de 2006. No bairro rural hamburguense Lomba Grande, o cenário do amanhecer foi de gramados verdes cobertos pelo branco da forte geada da madrugada. O início da manhã, na baixada de Lomba de Grande, registrou a fria temperatura de zero grau. Na lista de temperaturas negativas verificadas na região, conforme a MetSul Meteorologia, o município São Francisco de Paula se destacou: 4,2 graus abaixo de zero constatados na madrugada.
Para a engenheira agrônoma da Secretaria de Agricultura (Semag) de Novo Hamburgo Geórgia Santana, a alteração climática tende a interferir diretamente nos cultivos. “As altas temperaturas fora de época resultaram numa aceleração do ciclo de muitas plantas, que floresceram antecipadamente”, explica a engenheira. Segundo ela, deverá ocorrer uma grande quebra de safra, principalmente na setor de fruticultura. “A volta do frio fará com que as flores caiam e com que os demais plantios sofram essa mudança. Haverá também uma pequena queda de safra das hortaliças, que deverão ser menos afetadas por se tratar de cultivo protegido”, acrescenta.
O trabalhador rural Érico Inácio Linck concorda com o prognóstico. Para ele, que ontem despertou às 5h45, contemplando a atuação da geada, a paisagem branca do campo é indicador de desânimo nas plantações. “Com o calor fora de época, nossa plantação estava começando a se animar. Agora, com essa alteração, a tendência é que o frio prejudique nosso plantio”, comenta Linck, que optou por levar a carreta de bois e vacas para o campo mais tarde do que o comum, em função da gelada sensação térmica.
O agricultor vizinho de Linck, Hélio Eri Bernardes, também madrugou para trabalhar na sua terra. Em meio ao campo coberto pela geada, Bernardes carregou o balde contendo leite, que costuma levar para consumo da família. “Essa temperatura não tem como passar despercebida para quem levanta cedo e precisa enfrentar um dia de trabalho”, observa. Felipe Plentz, 16 anos, estudante da 8.ª série da Escola Municipal Madre Benícia, no bairro Lomba Grande, enfrentou a rigidez do frio da zona rural para esperar o ônibus da escola. “Não é fácil”, sintetizou Felipe, antes de entrar na condução.
Jornal NH
O atípico mês de julho, marcado por uma série de episódios protagonizados pelo calor fora de época, terminou ontem, com o registro do dia mais frio de 2006. No bairro rural hamburguense Lomba Grande, o cenário do amanhecer foi de gramados verdes cobertos pelo branco da forte geada da madrugada. O início da manhã, na baixada de Lomba de Grande, registrou a fria temperatura de zero grau. Na lista de temperaturas negativas verificadas na região, conforme a MetSul Meteorologia, o município São Francisco de Paula se destacou: 4,2 graus abaixo de zero constatados na madrugada.
Para a engenheira agrônoma da Secretaria de Agricultura (Semag) de Novo Hamburgo Geórgia Santana, a alteração climática tende a interferir diretamente nos cultivos. “As altas temperaturas fora de época resultaram numa aceleração do ciclo de muitas plantas, que floresceram antecipadamente”, explica a engenheira. Segundo ela, deverá ocorrer uma grande quebra de safra, principalmente na setor de fruticultura. “A volta do frio fará com que as flores caiam e com que os demais plantios sofram essa mudança. Haverá também uma pequena queda de safra das hortaliças, que deverão ser menos afetadas por se tratar de cultivo protegido”, acrescenta.
O trabalhador rural Érico Inácio Linck concorda com o prognóstico. Para ele, que ontem despertou às 5h45, contemplando a atuação da geada, a paisagem branca do campo é indicador de desânimo nas plantações. “Com o calor fora de época, nossa plantação estava começando a se animar. Agora, com essa alteração, a tendência é que o frio prejudique nosso plantio”, comenta Linck, que optou por levar a carreta de bois e vacas para o campo mais tarde do que o comum, em função da gelada sensação térmica.
O agricultor vizinho de Linck, Hélio Eri Bernardes, também madrugou para trabalhar na sua terra. Em meio ao campo coberto pela geada, Bernardes carregou o balde contendo leite, que costuma levar para consumo da família. “Essa temperatura não tem como passar despercebida para quem levanta cedo e precisa enfrentar um dia de trabalho”, observa. Felipe Plentz, 16 anos, estudante da 8.ª série da Escola Municipal Madre Benícia, no bairro Lomba Grande, enfrentou a rigidez do frio da zona rural para esperar o ônibus da escola. “Não é fácil”, sintetizou Felipe, antes de entrar na condução.
Jornal NH