Até quando, Israel?
Até quando, Israel?
Até quando, Israel? 1a. Parte
por Heitor De Paola em 03 de agosto de 2006
Resumo: O conflito entre Israel e o Hezbollah esconde interesses bem mais amplos, dentre os quais testar até onde vai o pacifismo do Ocidente diante da agressão, que hoje é contra Israel, mas que no futuro poderá ser ampliada.
“Well, now the Jews have a homeland again A place that is
theirs. And that's the point. It doesn't matter how many times the United States and European powers try to rein in Israel, if it comes down to survival of its nation, its people, they will fight like no lioness has ever fought to save her cubs. They will fight with ferocity, a determination, and a skill, that will astound us”.
JOE McCAIN
“The global condemnation of Israel is simply illustrative of the
low esteem attached to Jewish blood in this world where anti-Semitism
comes disguised as morality and a commitment to peace”.
DICK MORRIS
Já faz algum tempo desde que escrevi pela última vez sobre o assim chamado “conflito do Oriente Médio”. Não perdi o interesse em conhecer o que ocorria por lá, mas exatamente por isto verifiquei que tudo não passava de uma interminável repetição, uma espécie de ciclo do eterno retorno: Israel é bombardeado por homens-bomba assassinos (não suicidas, como costumam falar), foguetes, mísseis oriundos seja da Faixa de Gaza, seja da Cisjordânia. Quando Israel resolve dar um basta e contra-ataca, a nunca bem explicada “comunidade internacional” condena Israel, sua representante máxima, a ONU, convoca o Conselho de Segurança que aprova uma Resolução pró forma, decreta-se um cessar-fogo imediato que é rompido imediatamente por homens-bomba, terroristas de todos os tipos e... mais foguetes! E o ciclo recomeça. Os leitores já repararam que só se decreta cessar-fogo quando Israel reage? E que não é respeitado pelos terroristas porque não são nações mas “grupos militantes” e não têm responsabilidade legal perante a “comunidade internacional”?
Mas agora o cenário mudou, a ofensiva contra Israel é muito mais séria, o que nunca foi apenas um conflito regional, revela-se cada vez mais como parte de uma ofensiva global para destruir o mundo civilizado impondo um sistema opressivo que acabe com a liberdade individual gozada pela civilização – me escuso de não falar Civilização Ocidental porque não tenho notícias de nenhuma outra. Não é outra coisa que diz Hassan Abassi, Estrategista Chefe do Irã: “Nossa estratégia é destinada à destruição da civilização Anglo-Saxônica. Temos que utilizar tudo que nós temos à mão para atacar esse front, sejam nossas operações suicidas, seja por meio de nossos mísseis.. .quando derrotarmos os Anglo-Saxões o resto (do mundo) sairá correndo para se esconder”. (Citado por James Wolsey, ex-Diretor da CIA, na Mesa Redonda realizada em fevereiro deste ano, “Confronting a Nuclear Iran”, realizada no Jewish Institute for National Security Affairs, Washington, D.C.). No último dia 26 o segundo em comando da al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, divulgou um vídeo no qual deixa claro que o ataque não provocado do Hezbollah contra Israel foi apenas uma pequena parte da guerra travada pelo Islamismo Militante contra o Mundo Livre. Acrescentou “O mundo inteiro é um campo de batalha para nós, atacaremos onde decidirmos, até que o Islã reine da ‘Espanha ao Iraque’”.
Na ofensiva atual o Hezbollah está sendo usado como Hitler e Stalin usaram os combatentes na Guerra Civil Espanhola: testando novas técnicas militares e novo equipamento de batalha (a analogia é de Daniel Seaman). Na década de 30 ambos se preparavam para desencadear a II Guerra Mundial. O Irã prepara-se para a Terceira, juntamente com seus aliados Síria, Coréia do Norte, Venezuela e Cuba (e em breve a URSAL), tendo por trás a China e a Rússia. O jornal kuwaitiano al-Seyassa relatou no dia 27/07 que o líder máximo do Hezbollah, Sheikh Hassan Nasrallah, viajou para Damasco para um encontro secreto com o Presidente da Síria, Bashar al-Assad e com o Secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Larijani, que também pertence ao comando do programa nuclear iraniano.
Para quem já pensou que tudo isto se trata de uma delirante teoria de conspiração cito a Bahrein News Agency sobre a viagem de Chávez: em despacho de Moscou relata um encontro entre Chávez e Vladimir Putin onde serão discutidos tópicos relacionados ao comércio, cooperação econômica e militar, o desenvolvimento nuclear do Irã, a situação no Oriente Médio e os mercados petrolíferos. A Agência espanhola EFE anunciou, ao final da visita, que a Venezuela já comprou da Rússia 3 bilhões de dólares em armamentos, incluindo 24 caças-bombardeiros Sukhoi-30 e 24 helicópteros de combate, a construção na Venezuela de uma central para a fabricação de fuzis Kalashnikov e sua munição (a Venezuela comprou no ano passado 100 mil fuzis Kalashnikov AK-103, dos quais 30 mil foram expedidos em junho), sistema anti-aéreos TOR M1, lanchas de patrulha e submarinos da classe Amur. Logo depois Chávez partiu para uma visita de 3 dias ao Irã (confirmado pelo Iranian President's Media Office), para assinatura de acordos de cooperação e uma conferência de imprensa. Lá, chamou o Presidente Ahmed Ahmadinejad de “irmão e companheiro de trincheira” e acrescentou que “a Venezuela estará junto do Irã em qualquer momento e em quaisquer condições”. Por sua vez o Ministro do Petróleo iraniano, Kazem Vaziri-Hamaneh, revelou que seu país investirá 4 bilhões de dólares na infra-estrutura petrolífera da Venezuela. Ao fim do encontro Chávez recebeu a mais alta condecoração da República Islâmica do Irã concedida a líderes estrangeiros, por "seus esforços para estabelecer a justiça na Venezuela e por sua postura contra a opressão, que merece ser elogiada".
GUERRILHA OU EXÉRCITO TERRORISTA?
A FALSA IGNORÂNCIA DA ONU E DO GOVERNO LIBANÊS
Depois da retirada unilateral de Israel do sul do Líbano há seis anos, o Irã passou a suprir o Hezbollah com quantidades maciças de foguetes de artilharia de longo alcance de um tipo nunca antes usado contra território israelense. Antes que o Hezbollah começasse seus ataques, duas semanas atrás, seu arsenal era estimado entre 10.000 e 12.000 foguetes, a maioria dos quais Katyushas de 122 mm com alcance de 20 quilômetros, mas também de mísseis de longo alcance, incluindo 100 Fajr-3 (50 km e ogiva de 50 quilos) e dezenas de Zilzal (alcance de 200 km), Shahin-1 e 2 (alcance de 80 km) todos fabricados e exportados pelo Irã, além de foguetes sírios de 220 mm e bombas de fragmentação. Não estamos, portanto, frente a uma guerrilha de brinquedo mas um verdadeiro exército terrorista que desenvolve táticas militares complexas que incluem forças terrestres, mísseis, inteligência militar e, obviamente, o controle da mídia mundial, que ainda os apresenta como um grupelho de patriotas estropiados resistindo às “tropas de ocupação” de Israel. É óbvio que o governo libanês, que inclui representantes do Hezbollah, sabia de tudo e a tudo apoiava, pois não é minimamente crível que tal potência bélica se desenvolvesse dentro das fronteiras de um país sem vazar nada, sem que os serviços de inteligência percebessem coisa alguma. Seria necessária uma tão formidável capacidade de camuflagem de bunkers, túneis, arsenais e lançadores de mísseis que está acima da capacidade humana, a não ser numa região onde só existissem cegos, surdos e mudos.
A ONU também sabia e apoiava o armamentismo do Hezbollah e a infiltração em seus postos de “observação”. O General canadense reformado Lewis MacKensie relatou ao Canadian Broadcasting Company, confirmado posteriormente pelo The Ottawa Citizen, que recebeu poucos dias antes o relato de um dos observadores mortos. Este dizia que “os terroristas do Hezbollah estavam em todos os lugares em torno da posição da ONU e que esta era uma prática comum, a de usarem os postos da UNIFIL (United Nations Interim Force in Lebanon) como escudo para não serem atingidos e para atacar Israel impunemente”. Mas o capo dei tutti i capi, Kofi Annan, continua acusando Israel de ter atingido o posto deliberadamente.
O fato é que a ONU não estava lá só para “observar” passivamente. De acordo com a Resolução 1559 deveria desarmar o Hezbollah e ajudar o governo libanês a re-estabelecer o controle sobre os territórios infestados de terroristas. Esta foi a condição do cessar-fogo aceita por Israel, que honrou o seu compromisso. As duas outras partes nada mais fizeram do que supervisionar e proteger o crescimento do poderio bélico de quem deveriam vigiar.
Por outro lado, as atrocidades das “Forças da Paz” da ONU são bem conhecidas. Estupros, pilhagem, selvageria e corrupção são a norma. O que não é de estranhar, sabendo-se que nos países de onde provêm as tropas tais práticas fazem parte do cotidiano. Colocar um capacete azul moderno na cabeça de um selvagem, não o transforma num civilizado. E na cúpula é a mesma coisa: os bem talhados ternos de Kofi Annan não são capazes de transformá-lo num ser civilizado e de evitar o mar de lama do escândalo “Oil for Food”, uma das maiores corrupções da atualidade, contra a qual nada, absolutamente nada foi feito. O capo, tal como outros capi mais chegados a nós, provavelmente não sabia de nada.
Ser um exército terrorista e posar como guerrilha tem suas vantagens. Quando estudei guerra revolucionária na década de 60, baseado nos ensinamentos de Ho Chi Minh, Nguyen Von Giap e Maozedong, fui instruído de que há três níveis na luta revolucionária: reivindicatório, político e ideológico. A eles correspondem três níveis de organização popular: greves, terrorismo e guerrilhas difusas, estabelecimento de focos (foquismo, defendido por Che) ou guerrilha rural (defendido pelos maoístas) e constituição do exército de libertação. Este último, que correspondia na época ao do Vietnã, deveria evoluir para um pleno exército como força armada regular. O Hezbollah está neste último ponto, com a grande vantagem de não usar uniformes, não obedecer a nenhuma lei nacional, mas apesar disto esperam ser tratados como soldados regulares. Atacam somente civis, mas esperam estar protegidos pela Convenção de Genebra e são apoiados pela tal “comunidade internacional”!
por Heitor De Paola em 03 de agosto de 2006
Resumo: O conflito entre Israel e o Hezbollah esconde interesses bem mais amplos, dentre os quais testar até onde vai o pacifismo do Ocidente diante da agressão, que hoje é contra Israel, mas que no futuro poderá ser ampliada.
“Well, now the Jews have a homeland again A place that is
theirs. And that's the point. It doesn't matter how many times the United States and European powers try to rein in Israel, if it comes down to survival of its nation, its people, they will fight like no lioness has ever fought to save her cubs. They will fight with ferocity, a determination, and a skill, that will astound us”.
JOE McCAIN
“The global condemnation of Israel is simply illustrative of the
low esteem attached to Jewish blood in this world where anti-Semitism
comes disguised as morality and a commitment to peace”.
DICK MORRIS
Já faz algum tempo desde que escrevi pela última vez sobre o assim chamado “conflito do Oriente Médio”. Não perdi o interesse em conhecer o que ocorria por lá, mas exatamente por isto verifiquei que tudo não passava de uma interminável repetição, uma espécie de ciclo do eterno retorno: Israel é bombardeado por homens-bomba assassinos (não suicidas, como costumam falar), foguetes, mísseis oriundos seja da Faixa de Gaza, seja da Cisjordânia. Quando Israel resolve dar um basta e contra-ataca, a nunca bem explicada “comunidade internacional” condena Israel, sua representante máxima, a ONU, convoca o Conselho de Segurança que aprova uma Resolução pró forma, decreta-se um cessar-fogo imediato que é rompido imediatamente por homens-bomba, terroristas de todos os tipos e... mais foguetes! E o ciclo recomeça. Os leitores já repararam que só se decreta cessar-fogo quando Israel reage? E que não é respeitado pelos terroristas porque não são nações mas “grupos militantes” e não têm responsabilidade legal perante a “comunidade internacional”?
Mas agora o cenário mudou, a ofensiva contra Israel é muito mais séria, o que nunca foi apenas um conflito regional, revela-se cada vez mais como parte de uma ofensiva global para destruir o mundo civilizado impondo um sistema opressivo que acabe com a liberdade individual gozada pela civilização – me escuso de não falar Civilização Ocidental porque não tenho notícias de nenhuma outra. Não é outra coisa que diz Hassan Abassi, Estrategista Chefe do Irã: “Nossa estratégia é destinada à destruição da civilização Anglo-Saxônica. Temos que utilizar tudo que nós temos à mão para atacar esse front, sejam nossas operações suicidas, seja por meio de nossos mísseis.. .quando derrotarmos os Anglo-Saxões o resto (do mundo) sairá correndo para se esconder”. (Citado por James Wolsey, ex-Diretor da CIA, na Mesa Redonda realizada em fevereiro deste ano, “Confronting a Nuclear Iran”, realizada no Jewish Institute for National Security Affairs, Washington, D.C.). No último dia 26 o segundo em comando da al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, divulgou um vídeo no qual deixa claro que o ataque não provocado do Hezbollah contra Israel foi apenas uma pequena parte da guerra travada pelo Islamismo Militante contra o Mundo Livre. Acrescentou “O mundo inteiro é um campo de batalha para nós, atacaremos onde decidirmos, até que o Islã reine da ‘Espanha ao Iraque’”.
Na ofensiva atual o Hezbollah está sendo usado como Hitler e Stalin usaram os combatentes na Guerra Civil Espanhola: testando novas técnicas militares e novo equipamento de batalha (a analogia é de Daniel Seaman). Na década de 30 ambos se preparavam para desencadear a II Guerra Mundial. O Irã prepara-se para a Terceira, juntamente com seus aliados Síria, Coréia do Norte, Venezuela e Cuba (e em breve a URSAL), tendo por trás a China e a Rússia. O jornal kuwaitiano al-Seyassa relatou no dia 27/07 que o líder máximo do Hezbollah, Sheikh Hassan Nasrallah, viajou para Damasco para um encontro secreto com o Presidente da Síria, Bashar al-Assad e com o Secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Larijani, que também pertence ao comando do programa nuclear iraniano.
Para quem já pensou que tudo isto se trata de uma delirante teoria de conspiração cito a Bahrein News Agency sobre a viagem de Chávez: em despacho de Moscou relata um encontro entre Chávez e Vladimir Putin onde serão discutidos tópicos relacionados ao comércio, cooperação econômica e militar, o desenvolvimento nuclear do Irã, a situação no Oriente Médio e os mercados petrolíferos. A Agência espanhola EFE anunciou, ao final da visita, que a Venezuela já comprou da Rússia 3 bilhões de dólares em armamentos, incluindo 24 caças-bombardeiros Sukhoi-30 e 24 helicópteros de combate, a construção na Venezuela de uma central para a fabricação de fuzis Kalashnikov e sua munição (a Venezuela comprou no ano passado 100 mil fuzis Kalashnikov AK-103, dos quais 30 mil foram expedidos em junho), sistema anti-aéreos TOR M1, lanchas de patrulha e submarinos da classe Amur. Logo depois Chávez partiu para uma visita de 3 dias ao Irã (confirmado pelo Iranian President's Media Office), para assinatura de acordos de cooperação e uma conferência de imprensa. Lá, chamou o Presidente Ahmed Ahmadinejad de “irmão e companheiro de trincheira” e acrescentou que “a Venezuela estará junto do Irã em qualquer momento e em quaisquer condições”. Por sua vez o Ministro do Petróleo iraniano, Kazem Vaziri-Hamaneh, revelou que seu país investirá 4 bilhões de dólares na infra-estrutura petrolífera da Venezuela. Ao fim do encontro Chávez recebeu a mais alta condecoração da República Islâmica do Irã concedida a líderes estrangeiros, por "seus esforços para estabelecer a justiça na Venezuela e por sua postura contra a opressão, que merece ser elogiada".
GUERRILHA OU EXÉRCITO TERRORISTA?
A FALSA IGNORÂNCIA DA ONU E DO GOVERNO LIBANÊS
Depois da retirada unilateral de Israel do sul do Líbano há seis anos, o Irã passou a suprir o Hezbollah com quantidades maciças de foguetes de artilharia de longo alcance de um tipo nunca antes usado contra território israelense. Antes que o Hezbollah começasse seus ataques, duas semanas atrás, seu arsenal era estimado entre 10.000 e 12.000 foguetes, a maioria dos quais Katyushas de 122 mm com alcance de 20 quilômetros, mas também de mísseis de longo alcance, incluindo 100 Fajr-3 (50 km e ogiva de 50 quilos) e dezenas de Zilzal (alcance de 200 km), Shahin-1 e 2 (alcance de 80 km) todos fabricados e exportados pelo Irã, além de foguetes sírios de 220 mm e bombas de fragmentação. Não estamos, portanto, frente a uma guerrilha de brinquedo mas um verdadeiro exército terrorista que desenvolve táticas militares complexas que incluem forças terrestres, mísseis, inteligência militar e, obviamente, o controle da mídia mundial, que ainda os apresenta como um grupelho de patriotas estropiados resistindo às “tropas de ocupação” de Israel. É óbvio que o governo libanês, que inclui representantes do Hezbollah, sabia de tudo e a tudo apoiava, pois não é minimamente crível que tal potência bélica se desenvolvesse dentro das fronteiras de um país sem vazar nada, sem que os serviços de inteligência percebessem coisa alguma. Seria necessária uma tão formidável capacidade de camuflagem de bunkers, túneis, arsenais e lançadores de mísseis que está acima da capacidade humana, a não ser numa região onde só existissem cegos, surdos e mudos.
A ONU também sabia e apoiava o armamentismo do Hezbollah e a infiltração em seus postos de “observação”. O General canadense reformado Lewis MacKensie relatou ao Canadian Broadcasting Company, confirmado posteriormente pelo The Ottawa Citizen, que recebeu poucos dias antes o relato de um dos observadores mortos. Este dizia que “os terroristas do Hezbollah estavam em todos os lugares em torno da posição da ONU e que esta era uma prática comum, a de usarem os postos da UNIFIL (United Nations Interim Force in Lebanon) como escudo para não serem atingidos e para atacar Israel impunemente”. Mas o capo dei tutti i capi, Kofi Annan, continua acusando Israel de ter atingido o posto deliberadamente.
O fato é que a ONU não estava lá só para “observar” passivamente. De acordo com a Resolução 1559 deveria desarmar o Hezbollah e ajudar o governo libanês a re-estabelecer o controle sobre os territórios infestados de terroristas. Esta foi a condição do cessar-fogo aceita por Israel, que honrou o seu compromisso. As duas outras partes nada mais fizeram do que supervisionar e proteger o crescimento do poderio bélico de quem deveriam vigiar.
Por outro lado, as atrocidades das “Forças da Paz” da ONU são bem conhecidas. Estupros, pilhagem, selvageria e corrupção são a norma. O que não é de estranhar, sabendo-se que nos países de onde provêm as tropas tais práticas fazem parte do cotidiano. Colocar um capacete azul moderno na cabeça de um selvagem, não o transforma num civilizado. E na cúpula é a mesma coisa: os bem talhados ternos de Kofi Annan não são capazes de transformá-lo num ser civilizado e de evitar o mar de lama do escândalo “Oil for Food”, uma das maiores corrupções da atualidade, contra a qual nada, absolutamente nada foi feito. O capo, tal como outros capi mais chegados a nós, provavelmente não sabia de nada.
Ser um exército terrorista e posar como guerrilha tem suas vantagens. Quando estudei guerra revolucionária na década de 60, baseado nos ensinamentos de Ho Chi Minh, Nguyen Von Giap e Maozedong, fui instruído de que há três níveis na luta revolucionária: reivindicatório, político e ideológico. A eles correspondem três níveis de organização popular: greves, terrorismo e guerrilhas difusas, estabelecimento de focos (foquismo, defendido por Che) ou guerrilha rural (defendido pelos maoístas) e constituição do exército de libertação. Este último, que correspondia na época ao do Vietnã, deveria evoluir para um pleno exército como força armada regular. O Hezbollah está neste último ponto, com a grande vantagem de não usar uniformes, não obedecer a nenhuma lei nacional, mas apesar disto esperam ser tratados como soldados regulares. Atacam somente civis, mas esperam estar protegidos pela Convenção de Genebra e são apoiados pela tal “comunidade internacional”!
"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Até quando, Israel?
Até quando, Israel? Final
por Heitor De Paola em 04 de agosto de 2006
Resumo: O cessar-fogo no Líbano serviria apenas para o Hezbollah se armar mais fortemente ainda e o ciclo recomeçar.
A REAÇÃO “DESPROPORCIONAL” DE ISRAEL
O que significa, então, a tão propalada desproporção da reação israelense? O que faz com que as pessoas acreditem que exista esta desproporção? E que o governo do Líbano e a ONU não soubessem de nada do que se passava em seu território e hoje posem de vítimas coitadas de uma ação desmedida? Por que, enfim, Israel como primeira vítima da agressão à civilização?
Porque Israel é a pátria dos judeus, Eretz Israel, terra de um povo milenarmente execrado e perseguido, razão pela qual os inimigos da liberdade sabem muito bem que pouco farão os países ocidentais, as futuras vítimas burras e inconseqüentes. Nada ilustra melhor o anti-judaismo da “comunidade internacional” que esta obsessão com a “proporcionalidade da resposta israelense” ao sistemático ataque com mais de 2.500 mísseis contra suas cidades, ao norte, e o rapto de seus soldados e aos ataques do Hamas pelo sul. O Vaticano, a União Européia e a Rússia se calaram até que Israel respondeu. Aí, se desencadearam as fúrias contra a “desproporcionalidade da resposta” e começaram as exigências de cessar-fogo. Antes, enquanto morriam judeus, ninguém cogitou obrigar a ONU, o Líbano e o Hezbollah a aceitarem o acordo que firmaram. E lá virão as exigências de concessões por parte de Israel, garantindo fronteiras seguras para um país, o Líbano, que abrigou propositalmente o Hezbollah e permitiu seu suprimento de armas, e impedir ataques aos núcleos do terror, Síria e Irã. É só ouvir Hussein Massawi, líder terrorista, após o massacre das forças americanas e francesas 20 anos atrás: “O Hezbollah não combate para obter nada. Não estamos lutando para que vocês nos ofereçam coisa alguma. Estamos lutando para eliminar vocês!”.
Joe McCain, irmão do herói da guerra do Vietnã Senador John McCain (Arizona), autor da primeira epígrafe[*], converteu-se ao judaísmo após visitar o campo de concentração de Dachau. “Eu fiquei no centro de Dachau um dia inteiro há 15 anos, tentando compreender como aquilo podia ter acontecido. Eu tinha ido lá vagamente curioso sobre Dachau mas logo me senti envolvido pela enormidade do que havia ocorrido lá, num campo cercado de uma vizinhança de trabalhadores de classe média”. Esta experiência de McCain não me é estranha pois em 98 eu e minha mulher ao visitarmos o mesmo campo sentimos o mesmo, um misto de perplexidade, curiosidade, espanto, medo e outras emoções fortes. Saímos diferentes de quando entramos, certamente. Esta visita está descrita no meu artigo Recordações da Casa dos Mortos. Prossegue McCain: “Não se percebe a ironia – ao mesmo tempo em que vamos punir aqueles que trouxeram os horrores de 11 de setembro, tentamos impedir Israel de fazer o mesmo. Ora, não é a mesma coisa, evidentemente: Nós somos Nós e Eles são Eles. Enquanto choramos e fervemos de raiva por aquele dia sequer nos ocorre que Israel tem um 11 de setembro quase diariamente!”.
Freqüentemente me ponho a refletir porque as mesmas pessoas que se horrorizam com o Holocausto não percebem – como McCain, eu e poucos mais – que o mesmo está se repetindo dia-a-dia em Israel e poderia vir a ser o aniquilamento total do povo judeu. Antes pelos nazistas, agora pela vontade expressa do Presidente delirante do Irã. Mas hoje o povo judeu não está mais indefeso, conta com a força magnífica e com o heroísmo da TZAHAL (Forças de Defesa de Israel). Desconfio que muitos dos que se horrorizam com o Holocausto o fazem sem nenhuma sinceridade, apenas para estar na moda ou ainda outros, comunistas, para tentarem dissimular o Holocausto praticado por seus heróis Lenin, Stalin, Mao, Pol Pot, Castro et caterva. Estes últimos esperam que, ressaltando os crimes nazistas, os crimes comunistas caiam no esquecimento.
Mas é de uma burrice abissal não perceber que Israel é apenas o treino; o campeonato nem começou. E a guerra não é para exterminar apenas o povo judeu mas toda a civilização e colocar no seu lugar a barbárie islâmica.
O PACIFISMO JUDEU, A AMBIVALÊNCIA NORTE-AMERICANA E A HIPOCRISIA DA EUROPA E DA ONU
Como já escrevi antes sinto um profundo desprezo por pacifistas em geral, por todos que acreditam na utopia do “fim de todas as guerras” que só virá após o extermínio completo da raça humana. Até lá, temos que nos contentar com o mundo como ele é e vivermos o melhor possível nele. Isto inclui necessariamente estar preparado permanentemente para a necessidade de guerras. É uma falácia estimulada pela ONU e pelos poderosos grupos que a sustentam, de que as guerras começaram com os estados nacionais e, sendo estes eliminados e substituídos por um governo mundial a humanidade passaria a gozar de uma paz eterna. O sonho de Kant, assumido por Woodrow Wilson foi consubstanciado na melancólica Liga das Nações que levou o mundo a um conflito muito maior do que aquele que lhe dera origem. Mas entre os pacifistas de então havia alguns honestos cidadãos. As ações da Liga não chegavam aos pés da covardia e da corrupção de sua substituta atual, a ONU.
O cessar-fogo que, conta com a oposição unicamente do governo republicano dos EUA, serviria apenas para o Hezbollah se armar mais fortemente ainda e o ciclo recomeçar. É preciso ficar claro, até para os pacifistas judeus, que o outro lado, o Islã, não quer paz coisa nenhuma! Tudo o que precisa, de tempos em tempos, é de uma Hudna, uma trégua temporária não para encetar negociações mas necessária para se fortalecer e preparar novos ataques mais fortes ainda. Isto é da natureza perversa do Islã, foi pela primeira vez usada por Maomé e vem sendo seguida à risca por seus crentes. Quantos milhões ainda terão de morrer em nome da “pacificação”? Com a chegada triunfante de Chamberlain à Inglaterra, depois das negociações com o “razoável Herr Hitler”, Churchill lhe disse: “Você tinha a opção entre a vergonha e a guerra; escolhestes a vergonha e terás a guerra!”.
O mesmo se aplica hoje em dia e os docemente iludidos que perscrutam sinais de paz em todos os cantos mais uma vez sairão perdendo. É o caso de Amós Oz quando entrevê sinais de paz nas declarações da Arábia Saudita, Egito e Jordânia. Não sei se atribuo à burrice ou à uma cega inocência não perceber que desta vez um elemento novo se apresenta: o Irã, que pretende restabelecer a hegemonia do Império de Xerxes e Dario, da Índia ao Mediterrâneo, um Império agora xiita que ameaça exatamente estes países, árabes e sunitas. Embora o xiismo represente apenas uns 10% dos muçulmanos de todo o mundo, na região são quase 50% e unindo os do Irã aos do Iraque ameaçam terrivelmente levantar revoluções xiitas contra o poder dos milhares de príncipes sauditas e hachemitas e à nomenklatura egípcia. Só por isto as declarações aparentemente “a favor” de Israel e “contra” o Hezbollah. Querem não a paz, mas que Israel paralise o ataque sírio-iraniano para, logo depois, liquidarem Israel e tirar o Irã da jogada.
Como bem o diz Thomas Sowell “Houve um tempo em que era suicídio ameaçar, muito menos atacar, uma nação com muito poder militar, pois um dos perigos para o atacante era o prospecto de ser aniquilado. A “opinião mundial”, a ONU e os “movimentos pela paz” eliminaram esse meio de intimidação. Hoje, um agressor sabe que se sua agressão fracassar, ele será ainda mais protegido do poder retaliador e da fúria dos agredidos, pois haverá os resmungadores de sempre a demandar um cessar-fogo, negociações e concessões”.
É assim que se dá a guerra assimétrica. Embora não hajam dúvidas de que uma administração Republicana é menos covarde do que uma Democrata e até agora os EUA tenham sustentado a posição israelense contra o cessar-fogo, é bem possível que as ocorrências acidentais em Qana obriguem Bush e Condoleezza Rice a um recuo tático para apaziguar a oposição interna e a “comunidade internacional”. As ameaças que não são cumpridas só fortalecem o inimigo. Quando Bush diz que enfrentará diretamente o Irã e diz a bravata de que “todas as cartas estão na mesa”, mas não as usa, isto só aumenta a ameaça iraniana.
Há poucos dias o Ayatollah Ali Khamenei declarou: “Porque vocês não admitem que são fracos e que sua navalha está rombuda?” Um barco da Guarda Revolucionária desfraldou, há poucos dias, uma faixa voltada para cruzadores americanos com os dizeres: “Os EUA não podem fazer nada!”. Isto é o resultado das ameaças vãs que não são acompanhadas de ações efetivas, isto é, ataques maciços, inclusive nucleares, ao Irã. Imitando nosso preclaro Presidente que adora uma analogia futebolística, direi que na guerra como no futebol não adianta ser o mais forte pois quem não faz, leva!
Até quando Israel terá de agüentar sozinha a pressão dos bárbaros permanentemente às suas portas?
por Heitor De Paola em 04 de agosto de 2006
Resumo: O cessar-fogo no Líbano serviria apenas para o Hezbollah se armar mais fortemente ainda e o ciclo recomeçar.
A REAÇÃO “DESPROPORCIONAL” DE ISRAEL
O que significa, então, a tão propalada desproporção da reação israelense? O que faz com que as pessoas acreditem que exista esta desproporção? E que o governo do Líbano e a ONU não soubessem de nada do que se passava em seu território e hoje posem de vítimas coitadas de uma ação desmedida? Por que, enfim, Israel como primeira vítima da agressão à civilização?
Porque Israel é a pátria dos judeus, Eretz Israel, terra de um povo milenarmente execrado e perseguido, razão pela qual os inimigos da liberdade sabem muito bem que pouco farão os países ocidentais, as futuras vítimas burras e inconseqüentes. Nada ilustra melhor o anti-judaismo da “comunidade internacional” que esta obsessão com a “proporcionalidade da resposta israelense” ao sistemático ataque com mais de 2.500 mísseis contra suas cidades, ao norte, e o rapto de seus soldados e aos ataques do Hamas pelo sul. O Vaticano, a União Européia e a Rússia se calaram até que Israel respondeu. Aí, se desencadearam as fúrias contra a “desproporcionalidade da resposta” e começaram as exigências de cessar-fogo. Antes, enquanto morriam judeus, ninguém cogitou obrigar a ONU, o Líbano e o Hezbollah a aceitarem o acordo que firmaram. E lá virão as exigências de concessões por parte de Israel, garantindo fronteiras seguras para um país, o Líbano, que abrigou propositalmente o Hezbollah e permitiu seu suprimento de armas, e impedir ataques aos núcleos do terror, Síria e Irã. É só ouvir Hussein Massawi, líder terrorista, após o massacre das forças americanas e francesas 20 anos atrás: “O Hezbollah não combate para obter nada. Não estamos lutando para que vocês nos ofereçam coisa alguma. Estamos lutando para eliminar vocês!”.
Joe McCain, irmão do herói da guerra do Vietnã Senador John McCain (Arizona), autor da primeira epígrafe[*], converteu-se ao judaísmo após visitar o campo de concentração de Dachau. “Eu fiquei no centro de Dachau um dia inteiro há 15 anos, tentando compreender como aquilo podia ter acontecido. Eu tinha ido lá vagamente curioso sobre Dachau mas logo me senti envolvido pela enormidade do que havia ocorrido lá, num campo cercado de uma vizinhança de trabalhadores de classe média”. Esta experiência de McCain não me é estranha pois em 98 eu e minha mulher ao visitarmos o mesmo campo sentimos o mesmo, um misto de perplexidade, curiosidade, espanto, medo e outras emoções fortes. Saímos diferentes de quando entramos, certamente. Esta visita está descrita no meu artigo Recordações da Casa dos Mortos. Prossegue McCain: “Não se percebe a ironia – ao mesmo tempo em que vamos punir aqueles que trouxeram os horrores de 11 de setembro, tentamos impedir Israel de fazer o mesmo. Ora, não é a mesma coisa, evidentemente: Nós somos Nós e Eles são Eles. Enquanto choramos e fervemos de raiva por aquele dia sequer nos ocorre que Israel tem um 11 de setembro quase diariamente!”.
Freqüentemente me ponho a refletir porque as mesmas pessoas que se horrorizam com o Holocausto não percebem – como McCain, eu e poucos mais – que o mesmo está se repetindo dia-a-dia em Israel e poderia vir a ser o aniquilamento total do povo judeu. Antes pelos nazistas, agora pela vontade expressa do Presidente delirante do Irã. Mas hoje o povo judeu não está mais indefeso, conta com a força magnífica e com o heroísmo da TZAHAL (Forças de Defesa de Israel). Desconfio que muitos dos que se horrorizam com o Holocausto o fazem sem nenhuma sinceridade, apenas para estar na moda ou ainda outros, comunistas, para tentarem dissimular o Holocausto praticado por seus heróis Lenin, Stalin, Mao, Pol Pot, Castro et caterva. Estes últimos esperam que, ressaltando os crimes nazistas, os crimes comunistas caiam no esquecimento.
Mas é de uma burrice abissal não perceber que Israel é apenas o treino; o campeonato nem começou. E a guerra não é para exterminar apenas o povo judeu mas toda a civilização e colocar no seu lugar a barbárie islâmica.
O PACIFISMO JUDEU, A AMBIVALÊNCIA NORTE-AMERICANA E A HIPOCRISIA DA EUROPA E DA ONU
Como já escrevi antes sinto um profundo desprezo por pacifistas em geral, por todos que acreditam na utopia do “fim de todas as guerras” que só virá após o extermínio completo da raça humana. Até lá, temos que nos contentar com o mundo como ele é e vivermos o melhor possível nele. Isto inclui necessariamente estar preparado permanentemente para a necessidade de guerras. É uma falácia estimulada pela ONU e pelos poderosos grupos que a sustentam, de que as guerras começaram com os estados nacionais e, sendo estes eliminados e substituídos por um governo mundial a humanidade passaria a gozar de uma paz eterna. O sonho de Kant, assumido por Woodrow Wilson foi consubstanciado na melancólica Liga das Nações que levou o mundo a um conflito muito maior do que aquele que lhe dera origem. Mas entre os pacifistas de então havia alguns honestos cidadãos. As ações da Liga não chegavam aos pés da covardia e da corrupção de sua substituta atual, a ONU.
O cessar-fogo que, conta com a oposição unicamente do governo republicano dos EUA, serviria apenas para o Hezbollah se armar mais fortemente ainda e o ciclo recomeçar. É preciso ficar claro, até para os pacifistas judeus, que o outro lado, o Islã, não quer paz coisa nenhuma! Tudo o que precisa, de tempos em tempos, é de uma Hudna, uma trégua temporária não para encetar negociações mas necessária para se fortalecer e preparar novos ataques mais fortes ainda. Isto é da natureza perversa do Islã, foi pela primeira vez usada por Maomé e vem sendo seguida à risca por seus crentes. Quantos milhões ainda terão de morrer em nome da “pacificação”? Com a chegada triunfante de Chamberlain à Inglaterra, depois das negociações com o “razoável Herr Hitler”, Churchill lhe disse: “Você tinha a opção entre a vergonha e a guerra; escolhestes a vergonha e terás a guerra!”.
O mesmo se aplica hoje em dia e os docemente iludidos que perscrutam sinais de paz em todos os cantos mais uma vez sairão perdendo. É o caso de Amós Oz quando entrevê sinais de paz nas declarações da Arábia Saudita, Egito e Jordânia. Não sei se atribuo à burrice ou à uma cega inocência não perceber que desta vez um elemento novo se apresenta: o Irã, que pretende restabelecer a hegemonia do Império de Xerxes e Dario, da Índia ao Mediterrâneo, um Império agora xiita que ameaça exatamente estes países, árabes e sunitas. Embora o xiismo represente apenas uns 10% dos muçulmanos de todo o mundo, na região são quase 50% e unindo os do Irã aos do Iraque ameaçam terrivelmente levantar revoluções xiitas contra o poder dos milhares de príncipes sauditas e hachemitas e à nomenklatura egípcia. Só por isto as declarações aparentemente “a favor” de Israel e “contra” o Hezbollah. Querem não a paz, mas que Israel paralise o ataque sírio-iraniano para, logo depois, liquidarem Israel e tirar o Irã da jogada.
Como bem o diz Thomas Sowell “Houve um tempo em que era suicídio ameaçar, muito menos atacar, uma nação com muito poder militar, pois um dos perigos para o atacante era o prospecto de ser aniquilado. A “opinião mundial”, a ONU e os “movimentos pela paz” eliminaram esse meio de intimidação. Hoje, um agressor sabe que se sua agressão fracassar, ele será ainda mais protegido do poder retaliador e da fúria dos agredidos, pois haverá os resmungadores de sempre a demandar um cessar-fogo, negociações e concessões”.
É assim que se dá a guerra assimétrica. Embora não hajam dúvidas de que uma administração Republicana é menos covarde do que uma Democrata e até agora os EUA tenham sustentado a posição israelense contra o cessar-fogo, é bem possível que as ocorrências acidentais em Qana obriguem Bush e Condoleezza Rice a um recuo tático para apaziguar a oposição interna e a “comunidade internacional”. As ameaças que não são cumpridas só fortalecem o inimigo. Quando Bush diz que enfrentará diretamente o Irã e diz a bravata de que “todas as cartas estão na mesa”, mas não as usa, isto só aumenta a ameaça iraniana.
Há poucos dias o Ayatollah Ali Khamenei declarou: “Porque vocês não admitem que são fracos e que sua navalha está rombuda?” Um barco da Guarda Revolucionária desfraldou, há poucos dias, uma faixa voltada para cruzadores americanos com os dizeres: “Os EUA não podem fazer nada!”. Isto é o resultado das ameaças vãs que não são acompanhadas de ações efetivas, isto é, ataques maciços, inclusive nucleares, ao Irã. Imitando nosso preclaro Presidente que adora uma analogia futebolística, direi que na guerra como no futebol não adianta ser o mais forte pois quem não faz, leva!
Até quando Israel terá de agüentar sozinha a pressão dos bárbaros permanentemente às suas portas?
"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Até quando, Israel?
Freqüentemente me ponho a refletir porque as mesmas pessoas que se horrorizam com o Holocausto não percebem – como McCain, eu e poucos mais – que o mesmo está se repetindo dia-a-dia em Israel e poderia vir a ser o aniquilamento total do povo judeu. Antes pelos nazistas, agora pela vontade expressa do Presidente delirante do Irã. Mas hoje o povo judeu não está mais indefeso, conta com a força magnífica e com o heroísmo da TZAHAL (Forças de Defesa de Israel). Desconfio que muitos dos que se horrorizam com o Holocausto o fazem sem nenhuma sinceridade, apenas para estar na moda ou ainda outros, comunistas, para tentarem dissimular o Holocausto praticado por seus heróis Lenin, Stalin, Mao, Pol Pot, Castro et caterva. Estes últimos esperam que, ressaltando os crimes nazistas, os crimes comunistas caiam no esquecimento.
"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Até quando, Israel?
Poste as fontes, Igor, por favor.
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