Israel x Hezbollah: a guerra assimétrica
Enviado: 07 Ago 2006, 18:14
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É justamente o fato de dispensar-se das obrigações morais exigidas do inimigo que dá ao praticante da guerra assimétrica a vantagem estratégica da sua posição. É essencial para o sucesso desse ardil que o discurso de acusação seja feito sempre pelo culpado contra o inocente, pelo criminoso contra a vítima. O público e a totalidade dos colaboradores passivos usados como caixas de ressonância do moralismo indignado nem de longe se dão conta disso, mas o fato é que, quanto mais veemente a acusação, maior a malícia do acusador e mais irrefutável a prova de seus crimes. A assimetria consiste precisamente nisso.
Um exemplo didático, colhido da guerra entre Israel e o Hezbollah, aparece no contraste entre as atitudes dos dois lados no que diz respeito às vítimas civis. Enquanto na mídia ocidental os israelenses são condenados como monstros porque mataram acidentalmente trinta civis num bombardeio, em países islâmicos as matanças deliberadas de civis israelenses pelos mísseis do Hezbollah são comemoradas como atos meritórios. Se o leitor duvida, veja o documentário em http://pmw.org.il/bulletins_Aug2006.htm#b020806 . Os terroristas sabem que as nações ditas infiéis, pecadoras, têm sentimentos morais, enquanto eles próprios, os santos, os eleitos, não têm nenhum e não precisam ter nenhum. Sua moral consiste apenas na glorificação descarada dos próprios crimes – e é ela que lhes dá a vitória na guerra assimétrica.
Trechos seletos in http://www.olavodecarvalho.org/semana/060807dc.html
É justamente o fato de dispensar-se das obrigações morais exigidas do inimigo que dá ao praticante da guerra assimétrica a vantagem estratégica da sua posição. É essencial para o sucesso desse ardil que o discurso de acusação seja feito sempre pelo culpado contra o inocente, pelo criminoso contra a vítima. O público e a totalidade dos colaboradores passivos usados como caixas de ressonância do moralismo indignado nem de longe se dão conta disso, mas o fato é que, quanto mais veemente a acusação, maior a malícia do acusador e mais irrefutável a prova de seus crimes. A assimetria consiste precisamente nisso.
Um exemplo didático, colhido da guerra entre Israel e o Hezbollah, aparece no contraste entre as atitudes dos dois lados no que diz respeito às vítimas civis. Enquanto na mídia ocidental os israelenses são condenados como monstros porque mataram acidentalmente trinta civis num bombardeio, em países islâmicos as matanças deliberadas de civis israelenses pelos mísseis do Hezbollah são comemoradas como atos meritórios. Se o leitor duvida, veja o documentário em http://pmw.org.il/bulletins_Aug2006.htm#b020806 . Os terroristas sabem que as nações ditas infiéis, pecadoras, têm sentimentos morais, enquanto eles próprios, os santos, os eleitos, não têm nenhum e não precisam ter nenhum. Sua moral consiste apenas na glorificação descarada dos próprios crimes – e é ela que lhes dá a vitória na guerra assimétrica.
Trechos seletos in http://www.olavodecarvalho.org/semana/060807dc.html