Máfia dos sanguessugas cede 2 ambulâncias à Canção Nova
Enviado: 08 Ago 2006, 07:40
Zimbaldi é conhecido por sua militância em movimentos católicos, como as cruzadas contra o aborto, contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a clonagem e a eutanásia.
Ontem, o parlamentar negou envolvimento com a doação de ambulâncias à Canção Nova (leia texto nesta página).
Máfia dos sanguessugas cede 2 ambulâncias à Canção Nova
Fundação católica de Cachoeira Paulista admite ter recebido carros da Planam
Cachoeira Paulista
A Fundação João Paulo 2º, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, de Cachoeira Paulista, confirmou ontem o recebimento de dois veículos doados pela empresa Planam, apontada como principal beneficiária da 'Máfia das Sanguessugas'.
Segundo a entidade, os veículos --uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) móvel e um microônibus adaptado como consultório odontológico-- foram entregues em março de 2004 por intermédio do deputado federal Salvador Zimbaldi (PSB), acusado de envolvimento com o suposto esquema.
Dois meses depois da doação, o Ministério da Saúde teria enviado à Canção Nova um termo de convênio que exigia a realização de licitações das ambulâncias já recebidas pela entidade, o que teria levantado suspeitas sobre as doações.
Por orientação de sua assessoria jurídica, a fundação teria se recusado a assinar o contrato. Mesmo sem a assinatura, o Ministério da Saúde teria publicado o extrato do convênio em julho do mesmo ano, dando conta que o termo já teria sido oficializado.
Quase um ano depois, a Canção Nova teria recebido novo ofício do Ministério da Saúde, que solicitava mais uma vez a assinatura do contrato --avaliado em R$ 160 mil. Novamente, a fundação se recusaria a rubricar os documentos.
Em meio ao impasse, a Planam tentou reaver os veículos na Justiça, alegando que a Canção Nova havia contraído uma dívida correspondente aos valores somados das ambulâncias. A fundação, por sua vez, sustenta que recebeu os veículos como doação.
A UTI móvel, registrada em nome da Fundação João Paulo 2º, continua sendo utilizada até hoje no posto médico Padre Pio, na comunidade Canção Nova. Já o microônibus, que não chegou a ser transferido para a fundação, acabou sendo devolvido à Planam em janeiro deste ano.
A DOAÇÃO - A Canção Nova foi citada na "Máfia dos Sanguessugas" pelo empresário Darci Vedoim, sócio da Planam. Em depoimento à Justiça, ele afirmou que Zimbaldi teria pedido pessoalmente a doação dos veículos à Fundação João Paulo 2º --como contrapartida por sua atuação apresentando emendas favoráveis à empresa.
Zimbaldi é conhecido por sua militância em movimentos católicos, como as cruzadas contra o aborto, contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a clonagem e a eutanásia.
Ontem, o parlamentar negou envolvimento com a doação de ambulâncias à Canção Nova (leia texto nesta página). O site oficial da fundação, no entanto, mostrava até ontem uma série de fotos da entrega dos veículos, feita pessoalmente por Zimbaldi --citado como "doador" das ambulâncias.
DEFESA - Ontem, a Canção Nova informou que recebeu as doações "desconhecendo qualquer esquema de corrupção que pudesse desabonar o ato". "A fundação deixa claro que nunca participou de esquema irregular envolvendo recursos públicos e reforça seu compromisso de transparência com as doações recebidas", justificou a Canção Nova.
O ValeParaibano também entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas até a noite de ontem a assessoria de imprensa da pasta não havia respondido os questionamentos da reportagem.
http://www.valeparaibano.com.br/fv/nova1.html
Ontem, o parlamentar negou envolvimento com a doação de ambulâncias à Canção Nova (leia texto nesta página).
Máfia dos sanguessugas cede 2 ambulâncias à Canção Nova
Fundação católica de Cachoeira Paulista admite ter recebido carros da Planam
Cachoeira Paulista
A Fundação João Paulo 2º, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, de Cachoeira Paulista, confirmou ontem o recebimento de dois veículos doados pela empresa Planam, apontada como principal beneficiária da 'Máfia das Sanguessugas'.
Segundo a entidade, os veículos --uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) móvel e um microônibus adaptado como consultório odontológico-- foram entregues em março de 2004 por intermédio do deputado federal Salvador Zimbaldi (PSB), acusado de envolvimento com o suposto esquema.
Dois meses depois da doação, o Ministério da Saúde teria enviado à Canção Nova um termo de convênio que exigia a realização de licitações das ambulâncias já recebidas pela entidade, o que teria levantado suspeitas sobre as doações.
Por orientação de sua assessoria jurídica, a fundação teria se recusado a assinar o contrato. Mesmo sem a assinatura, o Ministério da Saúde teria publicado o extrato do convênio em julho do mesmo ano, dando conta que o termo já teria sido oficializado.
Quase um ano depois, a Canção Nova teria recebido novo ofício do Ministério da Saúde, que solicitava mais uma vez a assinatura do contrato --avaliado em R$ 160 mil. Novamente, a fundação se recusaria a rubricar os documentos.
Em meio ao impasse, a Planam tentou reaver os veículos na Justiça, alegando que a Canção Nova havia contraído uma dívida correspondente aos valores somados das ambulâncias. A fundação, por sua vez, sustenta que recebeu os veículos como doação.
A UTI móvel, registrada em nome da Fundação João Paulo 2º, continua sendo utilizada até hoje no posto médico Padre Pio, na comunidade Canção Nova. Já o microônibus, que não chegou a ser transferido para a fundação, acabou sendo devolvido à Planam em janeiro deste ano.
A DOAÇÃO - A Canção Nova foi citada na "Máfia dos Sanguessugas" pelo empresário Darci Vedoim, sócio da Planam. Em depoimento à Justiça, ele afirmou que Zimbaldi teria pedido pessoalmente a doação dos veículos à Fundação João Paulo 2º --como contrapartida por sua atuação apresentando emendas favoráveis à empresa.
Zimbaldi é conhecido por sua militância em movimentos católicos, como as cruzadas contra o aborto, contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a clonagem e a eutanásia.
Ontem, o parlamentar negou envolvimento com a doação de ambulâncias à Canção Nova (leia texto nesta página). O site oficial da fundação, no entanto, mostrava até ontem uma série de fotos da entrega dos veículos, feita pessoalmente por Zimbaldi --citado como "doador" das ambulâncias.
DEFESA - Ontem, a Canção Nova informou que recebeu as doações "desconhecendo qualquer esquema de corrupção que pudesse desabonar o ato". "A fundação deixa claro que nunca participou de esquema irregular envolvendo recursos públicos e reforça seu compromisso de transparência com as doações recebidas", justificou a Canção Nova.
O ValeParaibano também entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas até a noite de ontem a assessoria de imprensa da pasta não havia respondido os questionamentos da reportagem.
http://www.valeparaibano.com.br/fv/nova1.html