Do mestre com carinho. Para o alter-ego.
Enviado: 11 Ago 2006, 12:52
"Bem que eu gostaria de ouvir os judeus aceitarem a sua culpa"
AOL - Por que a morte de Cristo ainda provoca tantas discussões como a que o filme de Mel Gibson levanta no mundo inteiro?
Orlando Fedeli - A polêmica existe há dois mil anos, e sempre existirá. Os judeus tentam jogar a culpa da morte de Jesus Cristo nos romanos, enquanto nós católicos apenas demonstramos por A + B quem foram os verdadeiros vilões da história. Até que todos os homens na Terra se convertam ao catolicismo, sempre haverá discussões.
AOL - Mas então existe um culpado direto pela morte de Cristo?
Mas é claro, os culpados são os judeus. É o que afirmam os apóstolos. Santo Estevão diz: “Vós que recebeste a lei do Sinai, vós mataste o justo.” Os judeus condenaram Cristo, então eles são comprovadamente os culpados pela sua morte. Os judeus mataram Cristo porque ele afirmou ser Deus.
AOL - Quais são as evidências históricas?
São os quatro evangelhos, os livros da Sagrada Escritura. A culpa dos judeus é provada historicamente, ele não morreu de frio ou de fome.
AOL - Mas os quatro evangelhos não batem um com o outro...
É verdade. Cada um tem a sua versão da história. O Evangelho de São Matheus foi escrito por um judeu e procura mostrar que Cristo é homem. Já São João procura mostrar que Cristo é Deus. São Marcos, por sua vez, escreveu para os romanos e mostra os milagres de Jesus. São Lucas tenta mostrar Cristo como um grande sacerdote. Cada um tinha uma finalidade diferente. Em detalhes eles divergem, é verdade, mas a idéia central é sempre a mesma.
AOL - E os romanos não tiveram culpa alguma?
É muito fácil colocar a culpa nos romanos, já que eles não existem mais. Se os romanos ainda tivessem as trinta legiões daquele tempo, eles não teriam tanta culpa... (risos)... Assumo que Pôncio Pilatos foi culpado por ter sido omisso, mas foram os judeus que exigiram dele a condenação. Não tem discussão. Pilatos foi apenas a causa mais próxima, quase uma causa instrumental.
AOL - Essa afirmação não soa anti-semita?
Claro que não. Anti-semitismo é pecado, porque condena uma raça inteira. O nazismo sim era anti-semita, anti-judaico. Quando se diz que os judeus mataram Cristo, isso é apenas uma constatação histórica - não um ato de racismo.
AOL - Ainda assim, a afirmação de que os judeus são os culpados pela morte de Cristo contraria flagrantemente a doutrina da Igreja Católica Romana.
Mais ou menos. A Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou o que falo agora, mas, atualmente, existe um ecumenismo hipócrita que está acabando com o catolicismo. Por que você acha que o Papa não condenou ou mesmo comentou o filme ‘A Paixão de Cristo’? Justamente porque, no fundo, ele concorda com a visão de Mel Gibson. João Paulo II sabe que os judeus mataram Cristo. O problema é que as reformas modernistas adotadas depois do Concílio em 1962 destruíram a tradição católica, uma vez que elas vão contra todos os preceitos tradicionais da Santa Igreja. É justamente por isso que estamos vivendo uma crise mundial, todo mundo louco sem saber o que pensar. Tanto que as Igrejas católicas estão se esvaziando e todo mundo está migrando para os templos pentecostais. É tão triste que chega a ser engraçado – tem igrejas evangélicas chamadas “Sopa, Sabor e Salvação” ou “Última Chamada para Cristo”. O Vaticano precisa urgentemente voltar a ser dogmático, ter uma única palavra.
AOL - Os judeus deveriam então pedir desculpas pela morte de Cristo, da mesma forma com que o Vaticano fez em relação ao Holocausto?
Primeiramente, a Igreja não precisaria pedir desculpas de nada. Ela não criou o Holocausto. João Paulo II chegou a pedir desculpas por erros passados, mas foi uma ação errada. A Igreja é santa, está acima de tudo. Sinceramente, bem que eu gostaria de ouvir os judeus aceitarem a sua culpa. Seria muito bom ouvi-los assumirem que mataram Cristo. Mas a minha maior vontade seria vê-los aceitarem Cristo como o verdadeiro Messias. Esse é o único caminho para eles, a conversão.
AOL - O sr. acha que a polêmica levantada pelo filme pode enterrar qualquer tentativa de reconciliação entre judeus e católicos?
A reconciliação nunca existiu, era apenas uma fachada. O ecumenismo da Igreja Católica não reconciliou coisa alguma, só colocou panos quentes na história. Tanto que muitos católicos deixaram de acreditar no Vaticano e passaram para religiões falsas.
AOL - Críticos dizem que no filme de Gibson os judeus da época de Jesus são retratados como sanguinários e vingativos, enquanto as virtudes do amor e da compaixão são atribuídos exclusivamente aos romanos. Até Pôncio Pilatos foi retratado como uma pessoa ingênua. ‘A Paixão de Cristo’ pode alimentar ódio e o preconceito em mentes predispostas ao anti-semitismo?
Não é porque eu digo que os judeus são os culpados pela morte de Cristo que eu tenha simpatia por esta produção de Hollywood. Ele é claramente romântico e explora tiranicamente os sentimentos. Isso pode ser perigoso, é óbvio que as paixões despertadas pelo filme podem ser danosas. Do mesmo que jeito que vai fomentar o amor, o respeito, a compaixão, também vai produzir raiva, ignorância. Mel Gibson não foi atrás da verdade, e sim da sensação. E lembre-se sempre de uma coisa, quem se move por sentimentos não se move por idéias. É justamente por isso que o filme não vai converter ninguém – é como as missas do Padre Marcelo Rossi, produzem apenas emoção e choro. A fé está no cérebro, não no coração. Um cretino pode muito bem fazer uma loucura depois de assistir ao filme. Tem muito racista por aí só esperando uma brecha para aparecer.
AOL – O sr. chegou a ler uma recente declaração do pai de Mel Gibson, seguidor da mesma corrente filosófica tradicionalista, na qual ele questiona o Holocausto?
Este é outro assunto espinhoso. O pai do Mel Gibson disse que não tinha gasolina suficiente para matar seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. De um jeito ou de outro, é inaceitável matar um único judeu. Não importa quantos foram, é uma discussão totalmente fora do propósito. O genocídio é condenável. Mas também concordo em até certo ponto com o pai de Mel Gibson, o Holocausto serviu como uma luva para a causa judaica. Com certeza esse número de mortos em Auschwitz é exagerado. Para você ter uma noção histórica, os executores dos campos de concentração eram judeus! Irônico isso, né! E por que será que o Estado de Israel foi criado logo depois da Segunda Guerra Mundial? Não precisa ser muito esperto para perceber que os judeus se fizeram e ainda se fazem de vítimas. Tome como exemplo esse filme – quem está ganhando com toda essa polêmica são os próprios judeus. Eles se beneficiam da polêmica e atraem gente para sua causa. É realmente genial.
http://noticias.aol.com.br/brasil/forne ... 3/0001.adp
AOL - Por que a morte de Cristo ainda provoca tantas discussões como a que o filme de Mel Gibson levanta no mundo inteiro?
Orlando Fedeli - A polêmica existe há dois mil anos, e sempre existirá. Os judeus tentam jogar a culpa da morte de Jesus Cristo nos romanos, enquanto nós católicos apenas demonstramos por A + B quem foram os verdadeiros vilões da história. Até que todos os homens na Terra se convertam ao catolicismo, sempre haverá discussões.
AOL - Mas então existe um culpado direto pela morte de Cristo?
Mas é claro, os culpados são os judeus. É o que afirmam os apóstolos. Santo Estevão diz: “Vós que recebeste a lei do Sinai, vós mataste o justo.” Os judeus condenaram Cristo, então eles são comprovadamente os culpados pela sua morte. Os judeus mataram Cristo porque ele afirmou ser Deus.
AOL - Quais são as evidências históricas?
São os quatro evangelhos, os livros da Sagrada Escritura. A culpa dos judeus é provada historicamente, ele não morreu de frio ou de fome.
AOL - Mas os quatro evangelhos não batem um com o outro...
É verdade. Cada um tem a sua versão da história. O Evangelho de São Matheus foi escrito por um judeu e procura mostrar que Cristo é homem. Já São João procura mostrar que Cristo é Deus. São Marcos, por sua vez, escreveu para os romanos e mostra os milagres de Jesus. São Lucas tenta mostrar Cristo como um grande sacerdote. Cada um tinha uma finalidade diferente. Em detalhes eles divergem, é verdade, mas a idéia central é sempre a mesma.
AOL - E os romanos não tiveram culpa alguma?
É muito fácil colocar a culpa nos romanos, já que eles não existem mais. Se os romanos ainda tivessem as trinta legiões daquele tempo, eles não teriam tanta culpa... (risos)... Assumo que Pôncio Pilatos foi culpado por ter sido omisso, mas foram os judeus que exigiram dele a condenação. Não tem discussão. Pilatos foi apenas a causa mais próxima, quase uma causa instrumental.
AOL - Essa afirmação não soa anti-semita?
Claro que não. Anti-semitismo é pecado, porque condena uma raça inteira. O nazismo sim era anti-semita, anti-judaico. Quando se diz que os judeus mataram Cristo, isso é apenas uma constatação histórica - não um ato de racismo.
AOL - Ainda assim, a afirmação de que os judeus são os culpados pela morte de Cristo contraria flagrantemente a doutrina da Igreja Católica Romana.
Mais ou menos. A Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou o que falo agora, mas, atualmente, existe um ecumenismo hipócrita que está acabando com o catolicismo. Por que você acha que o Papa não condenou ou mesmo comentou o filme ‘A Paixão de Cristo’? Justamente porque, no fundo, ele concorda com a visão de Mel Gibson. João Paulo II sabe que os judeus mataram Cristo. O problema é que as reformas modernistas adotadas depois do Concílio em 1962 destruíram a tradição católica, uma vez que elas vão contra todos os preceitos tradicionais da Santa Igreja. É justamente por isso que estamos vivendo uma crise mundial, todo mundo louco sem saber o que pensar. Tanto que as Igrejas católicas estão se esvaziando e todo mundo está migrando para os templos pentecostais. É tão triste que chega a ser engraçado – tem igrejas evangélicas chamadas “Sopa, Sabor e Salvação” ou “Última Chamada para Cristo”. O Vaticano precisa urgentemente voltar a ser dogmático, ter uma única palavra.
AOL - Os judeus deveriam então pedir desculpas pela morte de Cristo, da mesma forma com que o Vaticano fez em relação ao Holocausto?
Primeiramente, a Igreja não precisaria pedir desculpas de nada. Ela não criou o Holocausto. João Paulo II chegou a pedir desculpas por erros passados, mas foi uma ação errada. A Igreja é santa, está acima de tudo. Sinceramente, bem que eu gostaria de ouvir os judeus aceitarem a sua culpa. Seria muito bom ouvi-los assumirem que mataram Cristo. Mas a minha maior vontade seria vê-los aceitarem Cristo como o verdadeiro Messias. Esse é o único caminho para eles, a conversão.
AOL - O sr. acha que a polêmica levantada pelo filme pode enterrar qualquer tentativa de reconciliação entre judeus e católicos?
A reconciliação nunca existiu, era apenas uma fachada. O ecumenismo da Igreja Católica não reconciliou coisa alguma, só colocou panos quentes na história. Tanto que muitos católicos deixaram de acreditar no Vaticano e passaram para religiões falsas.
AOL - Críticos dizem que no filme de Gibson os judeus da época de Jesus são retratados como sanguinários e vingativos, enquanto as virtudes do amor e da compaixão são atribuídos exclusivamente aos romanos. Até Pôncio Pilatos foi retratado como uma pessoa ingênua. ‘A Paixão de Cristo’ pode alimentar ódio e o preconceito em mentes predispostas ao anti-semitismo?
Não é porque eu digo que os judeus são os culpados pela morte de Cristo que eu tenha simpatia por esta produção de Hollywood. Ele é claramente romântico e explora tiranicamente os sentimentos. Isso pode ser perigoso, é óbvio que as paixões despertadas pelo filme podem ser danosas. Do mesmo que jeito que vai fomentar o amor, o respeito, a compaixão, também vai produzir raiva, ignorância. Mel Gibson não foi atrás da verdade, e sim da sensação. E lembre-se sempre de uma coisa, quem se move por sentimentos não se move por idéias. É justamente por isso que o filme não vai converter ninguém – é como as missas do Padre Marcelo Rossi, produzem apenas emoção e choro. A fé está no cérebro, não no coração. Um cretino pode muito bem fazer uma loucura depois de assistir ao filme. Tem muito racista por aí só esperando uma brecha para aparecer.
AOL – O sr. chegou a ler uma recente declaração do pai de Mel Gibson, seguidor da mesma corrente filosófica tradicionalista, na qual ele questiona o Holocausto?
Este é outro assunto espinhoso. O pai do Mel Gibson disse que não tinha gasolina suficiente para matar seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. De um jeito ou de outro, é inaceitável matar um único judeu. Não importa quantos foram, é uma discussão totalmente fora do propósito. O genocídio é condenável. Mas também concordo em até certo ponto com o pai de Mel Gibson, o Holocausto serviu como uma luva para a causa judaica. Com certeza esse número de mortos em Auschwitz é exagerado. Para você ter uma noção histórica, os executores dos campos de concentração eram judeus! Irônico isso, né! E por que será que o Estado de Israel foi criado logo depois da Segunda Guerra Mundial? Não precisa ser muito esperto para perceber que os judeus se fizeram e ainda se fazem de vítimas. Tome como exemplo esse filme – quem está ganhando com toda essa polêmica são os próprios judeus. Eles se beneficiam da polêmica e atraem gente para sua causa. É realmente genial.
http://noticias.aol.com.br/brasil/forne ... 3/0001.adp