Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

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Res Cogitans
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Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por Res Cogitans »

Leiam o texto e entendam pq usei "videomakers"....


A Negação da Tragédia: A Tentação de Acusar

Robert Solomon (filósofo) em "Espiritualidade para Céticos"

“Merda acontece”, diz um dos mais perpétuos e conhecidos slogans estampados em camisetas e pára-choques entre a moçada da high school e dos primeiros anos de faculdade. Afora a vulgaridade, ele é chocante por ser tão óbvia, inegável, inevitavelmente verdadeiro. No entanto, essa compreensão desmorona quando a merda realmente acontece. A tragédia é negada – até por aqueles que têm (com relação a si mesmos) uma noção muito fraca ou até insignificante de responsabilidade pessoal- procurando-se alguém para acusar. A tragédia simplesmente não acontece, em outras palavras. Ela é ocasionada, é produto de ação, e alguém, ou alguma coisa, deve ser considerado responsável.

A negação da tragédia começa numa tese filosófica aparentemente inocente: Tudo que acontece, acontece por uma razão. Voltando a Aristóteles, essa noção de razão (ou causa) deve ser entendida em última análise em termos de intenções, propósitos, teleologia (de telos, finalidade). De maneira mais imediata, procuramos alguém, alguém responsável ou, como pode ser o caso, irresponsável: o motorista, o fabricante, o médico ou o hospital, os pais. Ou, um pouquinho menos diretamente, acusamos a instituição, a constituição, o país, a cultura. Personificamos a natureza, criando assim alguém que pode ser responsabilizado. (Os chineses ainda se referem a terremotos como “a ira da terra”. Evolucionistas de segunda categoria ou criacionistas transigentes ainda falam sobre a seleção natural como se fosse um processo funcional e inteligente.) E, é claro, personificamos máquinas – chutando nossos carros, esbofeteando nossos computadores. Em desespero, culpamos “o sistema”. Mas se nada mais tangível se apresenta como candidato mais plausível, há sempre Deus.

Desastres naturais são reveladoramente identificados como “atos de Deus”. Até pessoas que nunca pensam em agradecer a Deus ou dar-Lhe crédito por suas realizações parecem não hesitar em culpá-Lo por seus infortúnios. “É a vontade de Deus” é um resumo de múltiplas finalidades de uma filosofia que se recusa a aceitar a tragédia e insiste na racionalização. Mesmo sem esse apelo divino, procuramos o bem, a razão, em tudo. Aqui, poderíamos dizer, é a razão que é irracional. Editamos nossas narrativas em conformidade com nossa noção de como as coisas deveriam ser. E onde não conseguimos encontrar um propósito, inventamos o nosso. Perdas são “experiências de aprendizado” e uma morte na família “ensina uma lição a todos nós”.

Teóricos da conspiração, trabalhando no lado mais escuro do raciocínio, vão sempre insistir num réu: alguma cabala secreta, o comunismo, o Departamento de Defesa, a Máfia, os banqueiros internacionais, os judeus, os árabes, o capitalismo, o patriarcado masculino, a CIA, ou o favorito absoluto, visitantes extraterrestres vindo do espaço exterior. “Circunstancial” é algo que não existe nessa concepção. A acusação deve cair sobre qualquer alvo fácil de suspeita ou crítica que se apresente e que poderia simplesmente ter um motivo, se não os meios, para levar a coisa a cabo. Poderíamos dizer que os teóricos da conspiração são pessoas com imaginações hiperativas mas faculdades críticas limitadas. Tudo que acontece, eles acreditam também, acontece por uma razão. Por acaso se trata de uma razão malévola, algo para inspirar não nossa gratidão ou nossa adoração mas nosso medo, aversão e ódio. Não obstante, a lógica é a mesma.

Segundo a “responsabilidade estrita”, culpa e responsabilidade parecem andar separadas. Pode-se ser considerado responsável na ausência de qualquer tipo de culpa. A posição de praxe aqui é que não pode haver acidentes no sentido literal, isto é, acontecimentos sem uma causa, um agente e uma finalidade, sem que haja alguém a acusar. A dimensão prática dessa posição nos Estados unidos envolve, segundo estimativas, US$ 300 bilhões por ano. É a permanente crise dano-responsabilidade, que é, numa síntese filosófica, nossa insistência em culpar outrem por nossos infortúnios, por vezes sem ligação com qualquer noção razoável de transgressão, e exigir compensação (“justiça”) em troca. O que se perde, além de bilhões de dólares, milhões de horas nos tribunais e ansiedade, é toda a noção da vida trágica. Um prejuízo nunca é apenas um prejuízo. Transforma-se rapidamente em litígio. “Alguém vai pagar por isto!”.

O Problema do dano-responsabilidade revela um outro feio aspecto da negação da tragédia, que está ligada na insistência em culpar –isto é, culpar, outrem. É o fenômeno do direito. Há uma ironia aqui, para não mencionar uma espécie de incoerência radical. Acusamos outros prontamente por nossos infortúnios, mas com a mesma facilidade negamos nossa própria responsabilidade, tanto por nossos infortúnios quanto pelo que infligimos a outrem, direta ou indiretamente. Quando sofremos, nossos sofrimentos não são responsabilidade nossa, e por isso merecemos compensação. Quando se revela que a culpa cabe a nós, há sempre circunstâncias atenuantes, desculpas a serem dadas, e uma outra pessoa que é realmente responsável.

A suposição subjacente é que temos direito a uma vida boa, uma vida feliz, saudável, confortável. (Mesmo a Declaração de Independência afirma apenas que temos direito à busca da felicidade.) Se não conseguimos encontrar esta felicidade, então alguém mais deve ser o culpado. No caso de um acidente ou (nos dias de hoje) até uma doença, deve haver alguma pessoa ou alguma organização que possa ser apontada como nos tendo privado da boa vida que merecemos, e que ele, ela ou a organização nos deve. A lógica de tais reivindicações revela-se nos termos chave merecimento, direito, compensação e dívida. Essa pode ser a linguagem da justiça, mas não é a linguagem da tragédia.

No quadro gral, nenhum de nós tem direito a coisa alguma, muito menos à felicidade. Isso não significa o que é muito diferente, que não valha a pena ter e promover a felicidade. Mas significa que a linguagem da justiça perde seu lugar em face as questões mais amplas da tragédia, e a tragédia, não a justiça, é o desfecho final da vida.

Contudo a idéia de compensação custa a morrer conosco, mesmo – especialmente- nas circunstâncias de uma tragédia. Uma pessoa mutilada em um acidente de carro naturalmente processa o outro motorista, mesmo que tenha ocorrido, literalmente, um acidente, (Ninguém estava bêbado, foi imprudente ou notavelmente desatento.) como um caso de engenharia social- um instrumento para assegurar que os gravemente incapacitados tenham meios de ajuda financeira- a meta é indiscutível, ainda que o mecanismo seja ineficaz. Mas não é isso que acontece aqui. A idéia de que se poderia simplesmente ter má sorte não nos convém. Embora achemos melhor ter má sorte a ser responsáveis por nossos próprios infortúnios, ainda preferiríamos de longe acusar outrem. E se eles também simplesmente tiverem tido má sorte? Bem, nesse caso podem com certeza pagar por isso. Caso aconteça de “eles” ser uma empresa ou um profissional que tenha tido sorte o bastante para lucrar com o produto ou a prática envolvida, tanto melhor. Como dizia Platão, cada cidadão merece o que lhe é devido, ou pelo menos o seu dia de tribunal.

Algumas coisas estão sob nosso controle, e essa é a esfera própria da justiça. Vivemos com outras pessoas numa sociedade tal que elas podem ser responsabilizadas pelo que fazem. Nesse contexto social, temos o direito de nos sentir ofendidos, irados, ressentidos e até vingativos quando eles nos ludibriam. Mas também vivemos em um universo indiferente e por vezes somos confrontados por ele. Esse é um contexto muito diferente. Dizemos que a natureza nos engana, mas nos damos conta de que passamos para a terra da metáfora. A natureza não engana. Não há ninguém a quem acusar. Até os mais piedosos reconhecem que alguns atos de deus não são atos de Deus. Na pior das hipóteses, são omissões de Deus, ainda censuráveis ou teologicamente desconcertantes, mas não danos diretos pelos quais se esperam razões ou uma explicação próxima. Não é claro, portanto, a quem poderíamos culpar ou a que teríamos direito.

A tragédia é real e, por sua própria natureza, não pode ser explicada. Assim, espiritualmente, ela envolve o encontrar ou dar sentido ao que não pode ser explicado ou justificado. Apesar disso, recusamos obstinadamente essa sugestão e insistimos em explicações, quando não em justificações, em alguém em quem lançar a culpa. Mas aqui nossa tão acalentada racionalidade mostra um de seus aspectos mais embaraçosos: nossa capacidade de racionalizar e a propensão a fazê-lo. Como Nietzsche disse, um universo que é explicado mesmo com más razões é melhor que um sem explicação nenhuma. Em face da tragédia, porém, mesmo as explicações mais ambiciosas acabam se revelando não mais que negação, uma recusa a aceitar os duros fatos da vida.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Spitfire
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Re.: Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por Spitfire »

Shit happens, isto é fato... muitas vezes invonluntário e sem nenhuma resposabilidade de controle, nestes casos nada a comentar... mas já vi muitoooooooooo neguinho por aí jogando a "culpa" do insucesso no sobrenatural ao invés de assumir sua própria incompetência.

- Mas foi Deus que quis assim!
FOI DEUS UM CARALHO! COMO É QUE TU ME DEIXA O CARRO SEM PUXAR OS FREIOS EM UMA DESCIDA?

Deus, se existisse, seria o cara mais fodido do universo... tudo no cu dele, tudo no cu dele... Se existisse já teria enchido o saco desta porra toda e teria todo mundo se foder. :emoticon21: Imagem
Tai! mais uma "evidência" de que Deus não existe. :emoticon12:

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rapha...
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Re: Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por rapha... »

Leiam o texto e entendam pq usei "videomakers"....


A Negação da Tragédia: A Tentação de Acusar

Robert Solomon (filósofo) em "Espiritualidade para Céticos"

“Merda acontece”, diz um dos mais perpétuos e conhecidos slogans estampados em camisetas e pára-choques entre a moçada da high school e dos primeiros anos de faculdade. Afora a vulgaridade, ele é chocante por ser tão óbvia, inegável, inevitavelmente verdadeiro. No entanto, essa compreensão desmorona quando a merda realmente acontece. A tragédia é negada – até por aqueles que têm (com relação a si mesmos) uma noção muito fraca ou até insignificante de responsabilidade pessoal- procurando-se alguém para acusar. A tragédia simplesmente não acontece, em outras palavras. Ela é ocasionada, é produto de ação, e alguém, ou alguma coisa, deve ser considerado responsável.

A negação da tragédia começa numa tese filosófica aparentemente inocente: Tudo que acontece, acontece por uma razão. Voltando a Aristóteles, essa noção de razão (ou causa) deve ser entendida em última análise em termos de intenções, propósitos, teleologia (de telos, finalidade). De maneira mais imediata, procuramos alguém, alguém responsável ou, como pode ser o caso, irresponsável: o motorista, o fabricante, o médico ou o hospital, os pais. Ou, um pouquinho menos diretamente, acusamos a instituição, a constituição, o país, a cultura. Personificamos a natureza, criando assim alguém que pode ser responsabilizado. (Os chineses ainda se referem a terremotos como “a ira da terra”. Evolucionistas de segunda categoria ou criacionistas transigentes ainda falam sobre a seleção natural como se fosse um processo funcional e inteligente.) E, é claro, personificamos máquinas – chutando nossos carros, esbofeteando nossos computadores. Em desespero, culpamos “o sistema”. Mas se nada mais tangível se apresenta como candidato mais plausível, há sempre Deus.

Desastres naturais são reveladoramente identificados como “atos de Deus”. Até pessoas que nunca pensam em agradecer a Deus ou dar-Lhe crédito por suas realizações parecem não hesitar em culpá-Lo por seus infortúnios. “É a vontade de Deus” é um resumo de múltiplas finalidades de uma filosofia que se recusa a aceitar a tragédia e insiste na racionalização. Mesmo sem esse apelo divino, procuramos o bem, a razão, em tudo. Aqui, poderíamos dizer, é a razão que é irracional. Editamos nossas narrativas em conformidade com nossa noção de como as coisas deveriam ser. E onde não conseguimos encontrar um propósito, inventamos o nosso. Perdas são “experiências de aprendizado” e uma morte na família “ensina uma lição a todos nós”.

Teóricos da conspiração, trabalhando no lado mais escuro do raciocínio, vão sempre insistir num réu: alguma cabala secreta, o comunismo, o Departamento de Defesa, a Máfia, os banqueiros internacionais, os judeus, os árabes, o capitalismo, o patriarcado masculino, a CIA, ou o favorito absoluto, visitantes extraterrestres vindo do espaço exterior. “Circunstancial” é algo que não existe nessa concepção. A acusação deve cair sobre qualquer alvo fácil de suspeita ou crítica que se apresente e que poderia simplesmente ter um motivo, se não os meios, para levar a coisa a cabo. Poderíamos dizer que os teóricos da conspiração são pessoas com imaginações hiperativas mas faculdades críticas limitadas. Tudo que acontece, eles acreditam também, acontece por uma razão. Por acaso se trata de uma razão malévola, algo para inspirar não nossa gratidão ou nossa adoração mas nosso medo, aversão e ódio. Não obstante, a lógica é a mesma.

Segundo a “responsabilidade estrita”, culpa e responsabilidade parecem andar separadas. Pode-se ser considerado responsável na ausência de qualquer tipo de culpa. A posição de praxe aqui é que não pode haver acidentes no sentido literal, isto é, acontecimentos sem uma causa, um agente e uma finalidade, sem que haja alguém a acusar. A dimensão prática dessa posição nos Estados unidos envolve, segundo estimativas, US$ 300 bilhões por ano. É a permanente crise dano-responsabilidade, que é, numa síntese filosófica, nossa insistência em culpar outrem por nossos infortúnios, por vezes sem ligação com qualquer noção razoável de transgressão, e exigir compensação (“justiça”) em troca. O que se perde, além de bilhões de dólares, milhões de horas nos tribunais e ansiedade, é toda a noção da vida trágica. Um prejuízo nunca é apenas um prejuízo. Transforma-se rapidamente em litígio. “Alguém vai pagar por isto!”.

O Problema do dano-responsabilidade revela um outro feio aspecto da negação da tragédia, que está ligada na insistência em culpar –isto é, culpar, outrem. É o fenômeno do direito. Há uma ironia aqui, para não mencionar uma espécie de incoerência radical. Acusamos outros prontamente por nossos infortúnios, mas com a mesma facilidade negamos nossa própria responsabilidade, tanto por nossos infortúnios quanto pelo que infligimos a outrem, direta ou indiretamente. Quando sofremos, nossos sofrimentos não são responsabilidade nossa, e por isso merecemos compensação. Quando se revela que a culpa cabe a nós, há sempre circunstâncias atenuantes, desculpas a serem dadas, e uma outra pessoa que é realmente responsável.

A suposição subjacente é que temos direito a uma vida boa, uma vida feliz, saudável, confortável. (Mesmo a Declaração de Independência afirma apenas que temos direito à busca da felicidade.) Se não conseguimos encontrar esta felicidade, então alguém mais deve ser o culpado. No caso de um acidente ou (nos dias de hoje) até uma doença, deve haver alguma pessoa ou alguma organização que possa ser apontada como nos tendo privado da boa vida que merecemos, e que ele, ela ou a organização nos deve. A lógica de tais reivindicações revela-se nos termos chave merecimento, direito, compensação e dívida. Essa pode ser a linguagem da justiça, mas não é a linguagem da tragédia.

No quadro gral, nenhum de nós tem direito a coisa alguma, muito menos à felicidade. Isso não significa o que é muito diferente, que não valha a pena ter e promover a felicidade. Mas significa que a linguagem da justiça perde seu lugar em face as questões mais amplas da tragédia, e a tragédia, não a justiça, é o desfecho final da vida.

Contudo a idéia de compensação custa a morrer conosco, mesmo – especialmente- nas circunstâncias de uma tragédia. Uma pessoa mutilada em um acidente de carro naturalmente processa o outro motorista, mesmo que tenha ocorrido, literalmente, um acidente, (Ninguém estava bêbado, foi imprudente ou notavelmente desatento.) como um caso de engenharia social- um instrumento para assegurar que os gravemente incapacitados tenham meios de ajuda financeira- a meta é indiscutível, ainda que o mecanismo seja ineficaz. Mas não é isso que acontece aqui. A idéia de que se poderia simplesmente ter má sorte não nos convém. Embora achemos melhor ter má sorte a ser responsáveis por nossos próprios infortúnios, ainda preferiríamos de longe acusar outrem. E se eles também simplesmente tiverem tido má sorte? Bem, nesse caso podem com certeza pagar por isso. Caso aconteça de “eles” ser uma empresa ou um profissional que tenha tido sorte o bastante para lucrar com o produto ou a prática envolvida, tanto melhor. Como dizia Platão, cada cidadão merece o que lhe é devido, ou pelo menos o seu dia de tribunal.

Algumas coisas estão sob nosso controle, e essa é a esfera própria da justiça. Vivemos com outras pessoas numa sociedade tal que elas podem ser responsabilizadas pelo que fazem. Nesse contexto social, temos o direito de nos sentir ofendidos, irados, ressentidos e até vingativos quando eles nos ludibriam. Mas também vivemos em um universo indiferente e por vezes somos confrontados por ele. Esse é um contexto muito diferente. Dizemos que a natureza nos engana, mas nos damos conta de que passamos para a terra da metáfora. A natureza não engana. Não há ninguém a quem acusar. Até os mais piedosos reconhecem que alguns atos de deus não são atos de Deus. Na pior das hipóteses, são omissões de Deus, ainda censuráveis ou teologicamente desconcertantes, mas não danos diretos pelos quais se esperam razões ou uma explicação próxima. Não é claro, portanto, a quem poderíamos culpar ou a que teríamos direito.

A tragédia é real e, por sua própria natureza, não pode ser explicada. Assim, espiritualmente, ela envolve o encontrar ou dar sentido ao que não pode ser explicado ou justificado. Apesar disso, recusamos obstinadamente essa sugestão e insistimos em explicações, quando não em justificações, em alguém em quem lançar a culpa. Mas aqui nossa tão acalentada racionalidade mostra um de seus aspectos mais embaraçosos: nossa capacidade de racionalizar e a propensão a fazê-lo. Como Nietzsche disse, um universo que é explicado mesmo com más razões é melhor que um sem explicação nenhuma. Em face da tragédia, porém, mesmo as explicações mais ambiciosas acabam se revelando não mais que negação, uma recusa a aceitar os duros fatos da vida.[/quote]

TUDO tem que ter um proposito não é mesmo ? :emoticon17:

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »



Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros. Sejam eles, Deus, o demônio, os encostos, as coincidências, o acaso ....

Bjs


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videomaker
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Mensagem por videomaker »

salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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videomaker
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Re: Re.: Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por videomaker »

Spitfire escreveu:Shit happens, isto é fato... muitas vezes invonluntário e sem nenhuma resposabilidade de controle, nestes casos nada a comentar... mas já vi muitoooooooooo neguinho por aí jogando a "culpa" do insucesso no sobrenatural ao invés de assumir sua própria incompetência.

- Mas foi Deus que quis assim!
FOI DEUS UM CARALHO! COMO É QUE TU ME DEIXA O CARRO SEM PUXAR OS FREIOS EM UMA DESCIDA?

Deus, se existisse, seria o cara mais fodido do universo... tudo no cu dele, tudo no cu dele... Se existisse já teria enchido o saco desta porra toda e teria todo mundo se foder. :emoticon21: Imagem
Tai! mais uma "evidência" de que Deus não existe. :emoticon12:



Isso garoto revoltesse contra esse Deus que te ensinaram e te convenceram que ele existe !
Agora pense em outras possibilidades de Criador ! já pensou ?
:emoticon5:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Method
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Mensagem por Method »

Tudo acontece por uma razao, nao é? Mas "Shit happens" é uma boa descriçao do que acontece no mundo quantico...

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videomaker
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Re: Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por videomaker »



Sabe Res , confesso que começo a ter uma certa simpatia pela sua pessoa ...
:emoticon13:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Method
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Mensagem por Method »

videomaker escreveu:
salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .


Nao, isso só é verdade para o espirita. É uma crença numa responsabilidade que ultrapassa esta vida. Se um meteorito acontecer cair vem cima de mim a culpa nao é minha. Se eu me candidatar a um emprego e o canalha que manda preferir alguém menos qualificado só porque tem uma cunha, o culpado nao sou eu. Há muito que se eu posso fazer e o resultado final nao ser culpa minha porque a maior parte do que acontece no universo nao depende de mim. Eu só posso ser culpado daquilo que depende de mim... e é só.

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

Method escreveu:Tudo acontece por uma razao, nao é? Mas "Shit happens" é uma boa descriçao do que acontece no mundo quantico...


Infelizmente, Miguel, como meu conhecimento de física é quase nada, não posso avaliar.

Bjs


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Method
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Re.: Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por Method »

É simples Sal. No mundo quantico nao existe o conceito tradicional de causa e efeito. As coisas estao sujeitas a uma genuina incerteza. Isso é confirmado por experiencias muito precisas, com as de Aspect sobre a experiencia mental de Einstein Podolsky Rosen sobre a mediçao da posiçao e velocidade das particulas. A conclusao é que o mundo quantico é um limbo onde coisas concretas como posiçao, velocidade, spin só se definem após observaçao. E quando se faz a observaçao, o que aparece de concreto nao depende de uma causa mas é algo perfeitamente aleatório. Isso foi confirmadíssimo em laboratório.

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

Method escreveu:
videomaker escreveu:
salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .


Nao, isso só é verdade para o espirita. É uma crença numa responsabilidade que ultrapassa esta vida. Se um meteorito acontecer cair vem cima de mim a culpa nao é minha. Se eu me candidatar a um emprego e o canalha que manda preferir alguém menos qualificado só porque tem uma cunha, o culpado nao sou eu. Há muito que se eu posso fazer e o resultado final nao ser culpa minha porque a maior parte do que acontece no universo nao depende de mim. Eu só posso ser culpado daquilo que depende de mim... e é só.



Mas é por isso que entrei na discussão, Miguel, a associação feita pelo Res não é verdadeira. O que a DE mostra é que a responsabilidade pelos acontecimentos é sempre sua. Nada de culpar outrem, seja quem for

Bjs


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Method
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Re.: Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por Method »

É perfeitamente aleatório Videomaker. É o terrivel acaso, irmao do nada. Tenha medo... muito medo.

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salgueiro
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Re: Re.: Reflexões filosóficas sobre "videomakers"

Mensagem por salgueiro »

Method escreveu:É simples Sal. No mundo quantico nao existe o conceito tradicional de causa e efeito. As coisas estao sujeitas a uma genuina incerteza. Isso é confirmado por experiencias muito precisas, com as de Aspect sobre a experiencia mental de Einstein Podolsky Rosen sobre a mediçao da posiçao e velocidade das particulas. A conclusao é que o mundo quantico é um limbo onde coisas concretas como posiçao, velocidade, spin só se definem após observaçao. E quando se faz a observaçao, o que aparece de concreto nao depende de uma causa mas é algo perfeitamente aleatório. Isso foi confirmadíssimo em laboratório.



O problema, Miguel, é que aquilo que não conheço não posso avaliar. Então coloco minhas barbas de molho :emoticon4:

Bjs


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Method
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Mensagem por Method »

salgueiro escreveu:
Method escreveu:
videomaker escreveu:
salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .


Nao, isso só é verdade para o espirita. É uma crença numa responsabilidade que ultrapassa esta vida. Se um meteorito acontecer cair vem cima de mim a culpa nao é minha. Se eu me candidatar a um emprego e o canalha que manda preferir alguém menos qualificado só porque tem uma cunha, o culpado nao sou eu. Há muito que se eu posso fazer e o resultado final nao ser culpa minha porque a maior parte do que acontece no universo nao depende de mim. Eu só posso ser culpado daquilo que depende de mim... e é só.



Mas é por isso que entrei na discussão, Miguel, a associação feita pelo Res não é verdadeira. O que a DE mostra é que a responsabilidade pelos acontecimentos é sempre sua. Nada de culpar outrem, seja quem for

Bjs



Mas isso é crença. Um calvinista diria que tudo está predeterminado e ninguém tem culpa de nada. Isso seria crença também.

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videomaker
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Mensagem por videomaker »

Method escreveu:
videomaker escreveu:
salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .


Nao, isso só é verdade para o espirita. É uma crença numa responsabilidade que ultrapassa esta vida. Se um meteorito acontecer cair vem cima de mim a culpa nao é minha. Se eu me candidatar a um emprego e o canalha que manda preferir alguém menos qualificado só porque tem uma cunha, o culpado nao sou eu. Há muito que se eu posso fazer e o resultado final nao ser culpa minha porque a maior parte do que acontece no universo nao depende de mim. Eu só posso ser culpado daquilo que depende de mim... e é só.



Questões menores não podem ser consideradas , achar que vc perdeu um emprego , e isso , é culpa sua , exclusivamente , é equivoco ou erro de avaliação !
Somos responsaveis sempre quando o que nos acontece tem valor de aprendizagem ou nos melhora de alguma forma .
O que a DE faz e explicar o que acontece , preferir acreditar que não se precisa explicar não torna a explicação inviavel !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Mensagem por videomaker »

Method escreveu:
salgueiro escreveu:
Method escreveu:
videomaker escreveu:
salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .


Nao, isso só é verdade para o espirita. É uma crença numa responsabilidade que ultrapassa esta vida. Se um meteorito acontecer cair vem cima de mim a culpa nao é minha. Se eu me candidatar a um emprego e o canalha que manda preferir alguém menos qualificado só porque tem uma cunha, o culpado nao sou eu. Há muito que se eu posso fazer e o resultado final nao ser culpa minha porque a maior parte do que acontece no universo nao depende de mim. Eu só posso ser culpado daquilo que depende de mim... e é só.



Mas é por isso que entrei na discussão, Miguel, a associação feita pelo Res não é verdadeira. O que a DE mostra é que a responsabilidade pelos acontecimentos é sempre sua. Nada de culpar outrem, seja quem for

Bjs



Mas isso é crença. Um calvinista diria que tudo está predeterminado e ninguém tem culpa de nada. Isso seria crença também.



É observação ! sofremos , e se isso acontece , tentamos explicar .
A explicação pode ser baseada em uma fé logica ou em uma absurda teologia sem razão de ser !
Escolha uma .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Hugo
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Mensagem por Hugo »

videomaker escreveu:Questões menores não podem ser consideradas , achar que vc perdeu um emprego , e isso , é culpa sua , exclusivamente , é equivoco ou erro de avaliação !


Por quê? Que eu saiba a DE propõe um sistema de retribuição moral, essa historinha de aprendizagem é nova pra mim.

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

Miguel escreveu:Mas isso é crença. Um calvinista diria que tudo está predeterminado e ninguém tem culpa de nada. Isso seria crença também.


Meu único ponto, é somente mostrar que a analogia do Res não procede no caso

Bjs


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Hugo
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Mensagem por Hugo »

videomaker escreveu:É observação ! sofremos , e se isso acontece , tentamos explicar .
A explicação pode ser baseada em uma fé logica ou em uma absurda teologia sem razão de ser !
Escolha uma .


O espiritsmo é lógico desde quando? Me diga, de onde se possível abstrair a conclusão de que o natureza segue preceitos morais humanos?

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videomaker
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Mensagem por videomaker »

Dinobot escreveu:
videomaker escreveu:Questões menores não podem ser consideradas , achar que vc perdeu um emprego , e isso , é culpa sua , exclusivamente , é equivoco ou erro de avaliação !


Por quê? Que eu saiba a DE propõe um sistema de retribuição moral, essa historinha de aprendizagem é nova pra mim.



Não leu a respeito , do que pretende tratar ?
Aprendizagem é a base da DE ! por favor só me peça pra te ensinar ... :emoticon1:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Hugo
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Mensagem por Hugo »

videomaker escreveu:
Não leu a respeito , do que pretende tratar ?
Aprendizagem é a base da DE ! por favor só me peça pra te ensinar ... :emoticon1:


Na verdade, eu li sim:

Kardec argues that, assuming that we only live once, the apparent injustice of the world must be a reflection of God's injustice. On the other hand, considering that we live many times and that we carry from one life to the next the missions we left unfulfilled, the guilt for the wrongs we did against others, etc. the apparent injustice of the world reflects the compensation of the wrong done in previous lives. Kardec proposes the "Law of Cause and Effect" (an occidentalised version of the Hindu concept of Karma) and reinforces the monstruosity of homicide and suicide as the greatest sins against the law of God.


http://en.wikipedia.org/wiki/Spiritist_doctrine

Vai negar a lei de causa e efeito proposta por Karduco?

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Method
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Registrado em: 18 Ago 2006, 20:08

Mensagem por Method »

videomaker escreveu:
Method escreveu:
salgueiro escreveu:
Method escreveu:
videomaker escreveu:
salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .


Nao, isso só é verdade para o espirita. É uma crença numa responsabilidade que ultrapassa esta vida. Se um meteorito acontecer cair vem cima de mim a culpa nao é minha. Se eu me candidatar a um emprego e o canalha que manda preferir alguém menos qualificado só porque tem uma cunha, o culpado nao sou eu. Há muito que se eu posso fazer e o resultado final nao ser culpa minha porque a maior parte do que acontece no universo nao depende de mim. Eu só posso ser culpado daquilo que depende de mim... e é só.



Mas é por isso que entrei na discussão, Miguel, a associação feita pelo Res não é verdadeira. O que a DE mostra é que a responsabilidade pelos acontecimentos é sempre sua. Nada de culpar outrem, seja quem for

Bjs



Mas isso é crença. Um calvinista diria que tudo está predeterminado e ninguém tem culpa de nada. Isso seria crença também.



É observação ! sofremos , e se isso acontece , tentamos explicar .
A explicação pode ser baseada em uma fé logica ou em uma absurda teologia sem razão de ser !
Escolha uma .


Os calvinistas encontram conforto na ideia de que Deus já decidiu tudo. A psicologia humana é muito variada. Para ti tem de ser o espiritismo, para outros o espiritismo é uma merda desconfortável e o melhor é ser calvinista. Nao adianta uma discuçao entre pessoas que obtem conforto psicologico de modos tao diferentes. E nao adianta dizer que uma perspectiva é mais confortavel do que outra, porque o consolo é relativo.

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Method
Mensagens: 101
Registrado em: 18 Ago 2006, 20:08

Mensagem por Method »

videomaker escreveu:
Method escreveu:
salgueiro escreveu:
Method escreveu:
videomaker escreveu:
salgueiro escreveu:

Ué ... mas .... o que se cansa de dizer é exatamente isso ... que ninguém quer assumir a responsabilidade própria sempre jogando-a a terceiros

Bjs



É EXATAMENTE isso Sal , agora me diz , o que falta para esses genios entenderem isso ?
Qual a dificuldade em entender que só somos nós os unicos responsaveis pelo que nos acontece ?
Quem disse que a culpa é de Deus ou do sobrenatural ?
O que falta pra essa rapaziada entender isso ?
Se eles escolhem a absoluta falta de sorte de alguns e a benevolente e acidental sorte de outros , que fiquem com essa certeza tragica das consequencias sem intenção !

um cheiro .


Nao, isso só é verdade para o espirita. É uma crença numa responsabilidade que ultrapassa esta vida. Se um meteorito acontecer cair vem cima de mim a culpa nao é minha. Se eu me candidatar a um emprego e o canalha que manda preferir alguém menos qualificado só porque tem uma cunha, o culpado nao sou eu. Há muito que se eu posso fazer e o resultado final nao ser culpa minha porque a maior parte do que acontece no universo nao depende de mim. Eu só posso ser culpado daquilo que depende de mim... e é só.



Mas é por isso que entrei na discussão, Miguel, a associação feita pelo Res não é verdadeira. O que a DE mostra é que a responsabilidade pelos acontecimentos é sempre sua. Nada de culpar outrem, seja quem for

Bjs



Mas isso é crença. Um calvinista diria que tudo está predeterminado e ninguém tem culpa de nada. Isso seria crença também.



É observação ! sofremos , e se isso acontece , tentamos explicar .
A explicação pode ser baseada em uma fé logica ou em uma absurda teologia sem razão de ser !
Escolha uma .


Os calvinistas encontram conforto na ideia de que Deus já decidiu tudo. A psicologia humana é muito variada. Para ti tem de ser o espiritismo, para outros o espiritismo é uma merda desconfortável e o melhor é ser calvinista. Nao adianta uma discuçao entre pessoas que obtem conforto psicologico de modos tao diferentes. E nao adianta dizer que uma perspectiva é mais confortavel do que outra, porque o consolo é relativo.

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videomaker
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Registrado em: 25 Out 2005, 23:34

Mensagem por videomaker »

Dinobot escreveu:
videomaker escreveu:
Não leu a respeito , do que pretende tratar ?
Aprendizagem é a base da DE ! por favor só me peça pra te ensinar ... :emoticon1:


Na verdade, eu li sim:

Kardec argues that, assuming that we only live once, the apparent injustice of the world must be a reflection of God's injustice. On the other hand, considering that we live many times and that we carry from one life to the next the missions we left unfulfilled, the guilt for the wrongs we did against others, etc. the apparent injustice of the world reflects the compensation of the wrong done in previous lives. Kardec proposes the "Law of Cause and Effect" (an occidentalised version of the Hindu concept of Karma) and reinforces the monstruosity of homicide and suicide as the greatest sins against the law of God.


http://en.wikipedia.org/wiki/Spiritist_doctrine

Vai negar a lei de causa e efeito proposta por Karduco?



Então a coisa é pior do que eu imaginava !
A lei de causa e efeito não é para punir , é sim um mecanismo de colocar o sujeito na direção certa , alem de coloca-lo em situações de aprendizagem para melhoramento de seu carater ...
E eu que disse que não iria ensinar ...
:emoticon13:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

Trancado