“Não queria matar minha filha", Disse presidiária Karde

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O ENCOSTO
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“Não queria matar minha filha", Disse presidiária Karde

Mensagem por O ENCOSTO »

“Passo o meu tempo na cadeia lendo livros kardecistas. Como sou espírita há 13 anos entendo que isso é uma coisa que eu tinha que passar.”



Acusada de jogar recém-nascida na
lagoa da Pampulha, Simone Cassiano
vive em depressão, quer a filha de volta
e será julgada por tentativa de homicídio

Por Alan Rodrigues – Belo Horizonte

A promotora de vendas Simone Cassiano da Silva, 29 anos, acorda diariamente às seis da manhã em uma cela do presídio feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, repetindo uma frase em que poucos acreditam: “Eu não sou um monstro, não queria matar minha filha.” Simone recebeu ISTOÉ e aceitou falar da manhã do sábado 28 de janeiro, um dia que chocou o País. Naquela manhã ensolarada, sua filha, com pouco mais de dois meses, foi milagrosamente resgatada com vida de dentro de uma saco plástico que boiava nas águas poluídas da lagoa da Pampulha. A pequena sobrevivente recebeu da mãe ao nascer o nome Yara, uma deusa indígena, metade peixe, metade mulher, também conhecida como “Mãe das Águas”.

“Hoje tomo fortes doses de antidepressivos para conseguir dormir. Não sou uma criminosa e quero minha filha de volta”, anuncia. “Suspeito que foi corrupção. Deram Yara para outra família, mudaram até o nome dela. Não levaram em consideração que ela tinha família” afirma. Simone, que é mãe de outra menina de 11 anos, não aceita a versão da polícia, que concluiu ser ela a autora do crime. Num choro contido, explica: “Eu sei que errei ao entregá-la a um casal na rua. Estava desesperada. Não tinha condições psicológicas para cuidar dela. Eu já vinha de uma depressão e a gravidez piorou tudo”, avalia. O maior problema de Simone, que será levada ao tribunal do júri por tentativa de homicídio, é provar sua versão. O casal que teria recebido a criança jamais foi encontrado.

“Meu remorso é muito grande. Na hora em que eu vi as cenas na tevê fiquei
louca. Yara não se mexia. Achei que ela estava morta”, relata, para em seguida completar: “Meu namorado, Gerson, assistia às cenas ao meu lado e dizia:
‘Que horror, não gosto de ver essas coisas!’ Foi o suficiente para me dopar de remédios e dormir”, relembra. “Em momento algum neguei que tenha dado
Yara. Mas eu jamais jogaria a menina na lagoa. Eu a teria deixado no hospital.” Simone deu entrada no Hospital Odete Valadares, sangrando muito no dia 3 de novembro às 21h45. “Eu já tinha passado por uma gravidez extra-uterina, por
isso acreditei estar vivendo a mesma coisa. Eu não sabia que estava grávida.” Mas Yara veio ao mundo 43 minutos depois. “Ela nasceu prematura. Não contei nada
ao Gerson porque ele não queria ter filhos. Visitei minha filha na UTI todos os dias
e ele não sabia de nada. Eu comprava o leite porque não queria que ela fosse amamentada por outra mãe”, confessa.

“Ela mentiu porque o filho não era de Gerson. Não tenho dúvidas de que foi ela a autora do crime”, diz Hélcio de Sá, o delegado do caso. Os exames de DNA, de fato, confirmaram que Yara não era filha do namorado. Simone não explica a contradição, prefere investir na recuperação da guarda da menina, apesar das acusações de ter cometido um crime. “Dois dias depois dessa tragédia, quando eu já estava presa, minha mãe pediu a guarda da criança. E seu pedido nunca foi apreciado.” Promotores do Ministério Público mineiro entendem que houve falhas no processo de guarda provisória da criança, mas eles preferem não torná-las públicas.

“Passo o meu tempo na cadeia lendo livros kardecistas. Como sou espírita há 13 anos entendo que isso é uma coisa que eu tinha que passar.” Carma ou não, é curioso que a pequena Yara tenha uma história igual à de Simone. “Quando nasci, fui dada pela minha mãe biológica a uma pessoa da rua. Fui fruto de um romance do meu pai com uma amante. Essa mãe de que falo tanto, que cuidou de mim, cuida da minha filha mais velha e quer cuidar de Yara, é a mulher de meu pai até hoje.” Simone busca trilhar o mesmo caminho de seu pai quando soube que ela tinha sido entregue a outra família. “Ele entrou na Justiça um ano e meio depois que nasci e conseguiu me ter de volta.”

São poucas as visitas que Simone recebe. O pai e o irmão são presenças constantes. “Eu não quero que minha mãe de criação e minha filha me vejam nessa situação. A situação a que se refere Simone é, para médicos e especialistas, conseqüência de tragédias provocadas por perturbações pós-parto. Estima-se que 15% das mães das 7.718 crianças que nascem vivas diariamente no País são vítimas desses transtornos psicológicos. Desse universo, 57 mães podem até matar seus filhos. “Para chegar ao extremo de se desfazer da criança é lógico que ela teve um transtorno mental”, diz o psiquiatra forense Guido Paloma. A palavra final, no entanto, caberá aos senhores jurados.

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Flavio Costa
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Re: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária K

Mensagem por Flavio Costa »

O ENCOSTO escreveu:“Passo o meu tempo na cadeia lendo livros kardecistas. Como sou espírita há 13 anos entendo que isso é uma coisa que eu tinha que passar.”

Parece certo que essa mulher é perturbada (e como diz o exame de DNA, mentirosa). Creio que o fato dela ser espírita não afeta em nada essa condição, exceto que temos que ler imbecilidades como "é uma coisa que eu tinha que passar".
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
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Luis Dantas
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Re: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária K

Mensagem por Luis Dantas »

Flavio Costa escreveu:
O ENCOSTO escreveu:“Passo o meu tempo na cadeia lendo livros kardecistas. Como sou espírita há 13 anos entendo que isso é uma coisa que eu tinha que passar.”

Parece certo que essa mulher é perturbada (e como diz o exame de DNA, mentirosa). Creio que o fato dela ser espírita não afeta em nada essa condição, exceto que temos que ler imbecilidades como "é uma coisa que eu tinha que passar".


E você ainda diz que eu exagero... :emoticon2:

Treze anos exposta a essa doutrina de encorajamento ao delírio irresponsável tem suas consequências. No mínimo não foi capaz de emprestar a ela lucidez ou serenidade suficientes para evitar essa desgraça.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism


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Flavio Costa
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Re: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária K

Mensagem por Flavio Costa »

Luis Dantas escreveu:E você ainda diz que eu exagero... :emoticon2:

Continua sendo fichinha perto do malefício causado pela IURD, mas essas "explicações" não deixam de ser, no mínimo, lamentáveis.

Luis Dantas escreveu:Treze anos exposta a essa doutrina de encorajamento ao delírio irresponsável tem suas consequências. No mínimo não foi capaz de emprestar a ela lucidez ou serenidade suficientes para evitar essa desgraça.

Maus elementos existem em todos os grupos. Acho que é esperar demais do Espiritismo que salve desequilibrados de suas loucuras. Mas de "não evitar" até "provocar" é um grande salto.
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Luis Dantas
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Re: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária K

Mensagem por Luis Dantas »

Flavio Costa escreveu:
Luis Dantas escreveu:E você ainda diz que eu exagero... :emoticon2:

Continua sendo fichinha perto do malefício causado pela IURD, mas essas "explicações" não deixam de ser, no mínimo, lamentáveis.


Quantitativamente a IURD é pior, concordo. Em outros aspectos, não creio que seja.


Luis Dantas escreveu:Treze anos exposta a essa doutrina de encorajamento ao delírio irresponsável tem suas consequências. No mínimo não foi capaz de emprestar a ela lucidez ou serenidade suficientes para evitar essa desgraça.

Maus elementos existem em todos os grupos. Acho que é esperar demais do Espiritismo que salve desequilibrados de suas loucuras. Mas de "não evitar" até "provocar" é um grande salto.


Mas não é supostamente essa uma das tarefas a que ele se propõe?

Além do mais... treze anos!
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Cris
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Mensagem por Cris »

A história está cheia de casos de mães que matam seus filhos, ou que em estado de depressão pós parto, rejeitam seus filhos ou ainda tem um ímpeto de matá-los.

Em algumas conversas recentes, de amigas que são enfermeiras e psicólogas, ouvi que não é incomum, mães ficarem depressivas durante a gravidez, e também não é incomum terem "surtos psicóticos" a ponto de quererem matar a criança. Nos Estados Unidos, se eu não estiver enganada, houve um caso bem específico de uma mãe, cristã, da Igreja Batista, que tinha um quadro de depressão forte, e o médico inclusive havia aconselhado ao casal, que não tivessem mais filhos. O Estado da mãe não melhorou, e ainda que ela estivesse sob tratamento, ela veio a matar os 4 filhos, que tinham entre meses e 8 anos, e isso na época repercutiu bastante na mídia.

Então, não vejo como sendo o fato da mãe em si, ter religião ou não, professa-la ou não, se na natureza, as fêmeas matam suas crias, quando estas são defeituosas ou quando não há espaço para que todos sejam amamentados e sim, elas rejeitam os filhotes não lhes permitindo que eles busquem o leite, quem dirá o ser humano, quando ele entra em desequilíbrio psíquico.

Então, o que aconteceu acima, no meu ponto de vista, nada tem a ver com o fato da mulher ser espírita, ela poderia ser evangélica, como o caso a mulher no Estados Unidos que matou os filhos.

Acho um pouco demais colocar a culpa no fato dela ser kardecista, sendo o que conta na verdade, são fatores orgânicos (mentais e emocionais).
Cris*
"Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo.” Jean-Paul Sartre

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Bird of Prey
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Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária

Mensagem por Bird of Prey »

Agora decidam. A culpa é de Kardec ou da depressao pós-parto? :emoticon1:

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Cris
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Re: Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiá

Mensagem por Cris »

Bird of Prey escreveu:Agora decidam. A culpa é de Kardec ou da depressao pós-parto? :emoticon1:


Fico com a depressão pós-parto. Se durante a gestação o que acontece no organismo feminino, são várias alterações hormonais, trazendo entre tantas coisas,variação no humor da mulher, e isso acontece com quase todas nós, felizes são aquelas que passam incólumes pelas sensações desagradáveis iniciais da gestação: irritabilidade/ sensibilidade exarcebada/enjôo, sono, insônia, fragilidade e tantos outros sintomas. Uma amiga que tem o pai que é ginecologista, diz que a maior queixa das gestantes no seu consultório, é que os maridos e parceiros não têm paciência para as mudanças que acontecem com suas esposas durante a gravidez e muitas se queixam da sensação de "Abandono" durante a gestação. É compreensível, grávidas choram com muita facilidade e ficam carentes com muita facilidade, dizer que se está feia então, é pra querer matar a grávida e fazê-la chorar o resto da gravidez. Enfim, as mudanças são muitas, e existem um série de fatores orgânicos que fazem sim, a mulher entrar em rota de colisão mental e emocional, podendo esta surtar, ter depressão pós-parto, enfim.. nada tem a ver com religião.
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Poindexter
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Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária

Mensagem por Poindexter »

P-E-N-A D-E M-O-R-T-E!
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

Ciertas cosas no tienen precio.

¿Dónde está el Hexa?

Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.

A child, not a choice.

Quem Henry por último Henry melhor.

O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.

Lamentável...

O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.

The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage

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Spitfire
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Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária

Mensagem por Spitfire »

A culpa é da polícia.... "Suspeito que foi corrupção" diz ela. Em suma, atira a responsabilidade para todos os lados ao invés de assumi-la. O que ela era e o que ela atualmente é relevante, trata-se de um ser humano que esta mais uma vez usando da religião para fugir da realidade, atitude típica. :emoticon8:

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Deyb
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Re: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária K

Mensagem por Deyb »

Flavio Costa escreveu:
O ENCOSTO escreveu:“Passo o meu tempo na cadeia lendo livros kardecistas. Como sou espírita há 13 anos entendo que isso é uma coisa que eu tinha que passar.”

Parece certo que essa mulher é perturbada (e como diz o exame de DNA, mentirosa). Creio que o fato dela ser espírita não afeta em nada essa condição, exceto que temos que ler imbecilidades como "é uma coisa que eu tinha que passar".


A condição de espírita não, mas a de médium sim. A maioria dos médiums é neuropata, são uns loucos travestidos de cordeirinhos, vide o xisto xatoé

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Bird of Prey
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Re: Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiá

Mensagem por Bird of Prey »

Cris escreveu:
Bird of Prey escreveu:Agora decidam. A culpa é de Kardec ou da depressao pós-parto? :emoticon1:


Fico com a depressão pós-parto. Se durante a gestação o que acontece no organismo feminino, são várias alterações hormonais, trazendo entre tantas coisas,variação no humor da mulher, e isso acontece com quase todas nós, felizes são aquelas que passam incólumes pelas sensações desagradáveis iniciais da gestação: irritabilidade/ sensibilidade exarcebada/enjôo, sono, insônia, fragilidade e tantos outros sintomas. Uma amiga que tem o pai que é ginecologista, diz que a maior queixa das gestantes no seu consultório, é que os maridos e parceiros não têm paciência para as mudanças que acontecem com suas esposas durante a gravidez e muitas se queixam da sensação de "Abandono" durante a gestação. É compreensível, grávidas choram com muita facilidade e ficam carentes com muita facilidade, dizer que se está feia então, é pra querer matar a grávida e fazê-la chorar o resto da gravidez. Enfim, as mudanças são muitas, e existem um série de fatores orgânicos que fazem sim, a mulher entrar em rota de colisão mental e emocional, podendo esta surtar, ter depressão pós-parto, enfim.. nada tem a ver com religião.


Ok. Mas isso nao implica que a pessoa nao deve ser punida pelos seus actos. A responsabilidade como fica se as açoes tivessem justificaçoes do tipo: "Foi a depressao, nao foi ela", ou "Foi o gene do crime"? É bom entender as causas, mas nao é bom desculpar açoes por causa dessas causas. Mas talvez entender as causas deva levar a algo mais do que simplesmente aprisionar a pessoa ou matá-la.

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Deyb
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Re: Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiá

Mensagem por Deyb »

Bird of Prey escreveu:
Cris escreveu:
Bird of Prey escreveu:Agora decidam. A culpa é de Kardec ou da depressao pós-parto? :emoticon1:


Fico com a depressão pós-parto. Se durante a gestação o que acontece no organismo feminino, são várias alterações hormonais, trazendo entre tantas coisas,variação no humor da mulher, e isso acontece com quase todas nós, felizes são aquelas que passam incólumes pelas sensações desagradáveis iniciais da gestação: irritabilidade/ sensibilidade exarcebada/enjôo, sono, insônia, fragilidade e tantos outros sintomas. Uma amiga que tem o pai que é ginecologista, diz que a maior queixa das gestantes no seu consultório, é que os maridos e parceiros não têm paciência para as mudanças que acontecem com suas esposas durante a gravidez e muitas se queixam da sensação de "Abandono" durante a gestação. É compreensível, grávidas choram com muita facilidade e ficam carentes com muita facilidade, dizer que se está feia então, é pra querer matar a grávida e fazê-la chorar o resto da gravidez. Enfim, as mudanças são muitas, e existem um série de fatores orgânicos que fazem sim, a mulher entrar em rota de colisão mental e emocional, podendo esta surtar, ter depressão pós-parto, enfim.. nada tem a ver com religião.


Ok. Mas isso nao implica que a pessoa nao deve ser punida pelos seus actos. A responsabilidade como fica se as açoes tivessem justificaçoes do tipo: "Foi a depressao, nao foi ela", ou "Foi o gene do crime"? É bom entender as causas, mas nao é bom desculpar açoes por causa dessas causas. Mas talvez entender as causas deva levar a algo mais do que simplesmente aprisionar a pessoa ou matá-la.


Claro q as pessoas devem ser punidas pelos seus atos. vivemos em sociedade e cada tem um certo grau de reponsabilidade sobre si e sobre os outros. As causas q levam as pessoas a praticarem seus atos não devem isentá-las de culpa.Somos seres pensantes, capazes de raciocinar e de barrar nossos instintos irracionais, principalmente quando estes ferem o princípio mais elementar : a vida. Se esta louca é incapaz de superar uma depressão pós parto, sinceramente, está incapacitada socialmente para viver. Ela deve ficar na cadeia até sua próxima reencarnação. E a culpa é do Kardec sim.

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Najma
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Mensagem por Najma »

Cris escreveu:A história está cheia de casos de mães que matam seus filhos, ou que em estado de depressão pós parto, rejeitam seus filhos ou ainda tem um ímpeto de matá-los.

Em algumas conversas recentes, de amigas que são enfermeiras e psicólogas, ouvi que não é incomum, mães ficarem depressivas durante a gravidez, e também não é incomum terem "surtos psicóticos" a ponto de quererem matar a criança. Nos Estados Unidos, se eu não estiver enganada, houve um caso bem específico de uma mãe, cristã, da Igreja Batista, que tinha um quadro de depressão forte, e o médico inclusive havia aconselhado ao casal, que não tivessem mais filhos. O Estado da mãe não melhorou, e ainda que ela estivesse sob tratamento, ela veio a matar os 4 filhos, que tinham entre meses e 8 anos, e isso na época repercutiu bastante na mídia.

Então, não vejo como sendo o fato da mãe em si, ter religião ou não, professa-la ou não, se na natureza, as fêmeas matam suas crias, quando estas são defeituosas ou quando não há espaço para que todos sejam amamentados e sim, elas rejeitam os filhotes não lhes permitindo que eles busquem o leite, quem dirá o ser humano, quando ele entra em desequilíbrio psíquico.

Então, o que aconteceu acima, no meu ponto de vista, nada tem a ver com o fato da mulher ser espírita, ela poderia ser evangélica, como o caso a mulher no Estados Unidos que matou os filhos.

Acho um pouco demais colocar a culpa no fato dela ser kardecista, sendo o que conta na verdade, são fatores orgânicos (mentais e emocionais).


Perfeito, Cris! :emoticon1:

Mas ao que parece, o que está em jogo é a forma como a mãe aceitou a "sina", o "karma" de ter cometido tal ato, talvez ditado por algum espírito obsessor ou movida pelo ódio atávico contra o "espírito reencarnante", esta distorção sim um problema grave.

Encontrar alívio para a dor ou atenuação de algum ato completamente desvairado e movido por desequilíbrio químico na DE é que é o absurdo dessa questão toda. :emoticon1:

Beijos
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Spitfire
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Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária

Mensagem por Spitfire »

Não se esta colocando a culpa no kardecismo pela tentativa de homicídio. Esta se culpando ela por tentar usar o kardecismo como "desculpa" e como uma tentativa de tirar o peso da responsabilidade de suas costas. :emoticon4:

Quando falei em típico era em relação a isto... e comentei até no sentido amplo, não restringindo somente ao karduquismo... crentes cristãos tambem adoram jogar o peso da responsabilidade sobre fatores externos sobrenaturais.

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Najma
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Re: Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiá

Mensagem por Najma »

Spitfire escreveu:Não se esta colocando a culpa no kardecismo pela tentativa de homicídio. Esta se culpando ela por tentar usar o kardecismo como "desculpa" e como uma tentativa de tirar o peso da responsabilidade de suas costas. :emoticon4:

Quando falei em típico era em relação a isto... e comentei até no sentido amplo, não restringindo somente ao karduquismo... crentes cristãos tambem adoram jogar o peso da responsabilidade sobre fatores externos sobrenaturais.


Sim... qualquer crente coloca a culpa no que quer que seja e não a admite sozinho. Desviar o foco faz parte...

Algo como "deus assim o quis", ou "vontade de deus", que é o mesmo que "foi o karma" nessa questão.
:emoticon1:
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Tranca
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Re.: “Não queria matar minha filha", Disse pr

Mensagem por Tranca »

Então, não vejo como sendo o fato da mãe em si, ter religião ou não, professa-la ou não, se na natureza, as fêmeas matam suas crias, quando estas são defeituosas ou quando não há espaço para que todos sejam amamentados e sim, elas rejeitam os filhotes não lhes permitindo que eles busquem o leite, quem dirá o ser humano, quando ele entra em desequilíbrio psíquico.

Então, o que aconteceu acima, no meu ponto de vista, nada tem a ver com o fato da mulher ser espírita, ela poderia ser evangélica, como o caso a mulher no Estados Unidos que matou os filhos.


Saudações Cris e Lígia!

Saiu na Revista Época desta semana um artigo sobre caso recente em que um pai matou os filhos e depois se suicidou (Violência: Elk Alves da Silva assassinou os três filhos e se suicidou. O que leva alguém a matar os próprios filhos?).

No bojo da reportagem, especialistas dizem que o filicídio praticado por humanos pouco tem a ver com as práticas de diversas outras espécies de animais. A morte de filhotes de outros animais teria a ver com estratégias de sobrevivênvia do restante da prole e dos genitores, enquanto a morte dos filhos de humanos pelos pais seria algo que possui motivações totalmente distintas (tendo em vista que o "amor dos pais pelos filhos" teria reforço sócio-cultural, além dos demais motivos naturais para a proteção e cuidado com a prole), mas geralmente aliadas à problemas de ordem psíquica.

A matéria é suscinta, mas vale dar uma lida.

Beijos
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

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Cris
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Re: Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiá

Mensagem por Cris »

Spitfire escreveu:Não se esta colocando a culpa no kardecismo pela tentativa de homicídio. Esta se culpando ela por tentar usar o kardecismo como "desculpa" e como uma tentativa de tirar o peso da responsabilidade de suas costas. :emoticon4:

Quando falei em típico era em relação a isto... e comentei até no sentido amplo, não restringindo somente ao karduquismo... crentes cristãos tambem adoram jogar o peso da responsabilidade sobre fatores externos sobrenaturais.



De acordo com o que citaram acima, usar a religião ou melhor dizendo, o fato de ter sido "sina" ou "carma", para não se resbonsabilizada por seus atos, é realmente constatar o fato de que a mãe não quer asssumir a sua culpa.

Para mim, não tem essa de sina, de carma, de que "eu tinha que passar por isso", tinha?! Claro que não, o que muitas vezes as pessoas não entendem é que somos responsáveis por aquilo que fazemos, sejam elas coisas boas ou ruins, os resultados sempre aparecem.

No caso desta mãe, existem várias hipóteses, entre elas: segundo o teste de DNA, a filha não era do namorado, ela escondeu (não sei nem como) toda a gravidez, que história é essa de não saber que estava grávida?! Sendo que já tinha uma filha de 11 anos. O que aconteceu na minha opinião, foi que ela entrou em desespero, por ter traído o namorado, (mas não vamos entrar no mérito), pode até ser que diante da culpa de ter ficado grávida de outro homem, o fato de não ter condições psicológicas de criar, o fato de segundo ela, já ter dito uma gravidez extra útero, fizeram com que ela entrasse em "surto psicótico" e com isso ter tentando matar a filha.
E agora, ela coloca a culpa no kardecismo, no tal casal para quem ela entregou, enfim, só quem sabe o que aconteceu realmente foi ela.
Só falta chegar no dia do julgamento e a cidadã dizer em juízo, que estava "possuída" por uma entidade maligna e por isso cometeu o desatino... a IURD iria adorar expulsar o coisa ruim desta mulher.

Agora, quanto ao fato de que ela merece ser punida, estou de pleno acordo, e se for constatado que ela agiu por desiquilíbrio mental, por ter quadro de depressão grave, então, que ela vá para um manicômio judiciário.
Cris*
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Cris
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Re: Re.: “Não queria matar minha filha", Diss

Mensagem por Cris »

Tranca-Ruas escreveu:
Então, não vejo como sendo o fato da mãe em si, ter religião ou não, professa-la ou não, se na natureza, as fêmeas matam suas crias, quando estas são defeituosas ou quando não há espaço para que todos sejam amamentados e sim, elas rejeitam os filhotes não lhes permitindo que eles busquem o leite, quem dirá o ser humano, quando ele entra em desequilíbrio psíquico.

Então, o que aconteceu acima, no meu ponto de vista, nada tem a ver com o fato da mulher ser espírita, ela poderia ser evangélica, como o caso a mulher no Estados Unidos que matou os filhos.


Saudações Cris e Lígia!

Saiu na Revista Época desta semana um artigo sobre caso recente em que um pai matou os filhos e depois se suicidou (Violência: Elk Alves da Silva assassinou os três filhos e se suicidou. O que leva alguém a matar os próprios filhos?).

No bojo da reportagem, especialistas dizem que o filicídio praticado por humanos pouco tem a ver com as práticas de diversas outras espécies de animais. A morte de filhotes de outros animais teria a ver com estratégias de sobrevivênvia do restante da prole e dos genitores, enquanto a morte dos filhos de humanos pelos pais seria algo que possui motivações totalmente distintas (tendo em vista que o "amor dos pais pelos filhos" teria reforço sócio-cultural, além dos demais motivos naturais para a proteção e cuidado com a prole), mas geralmente aliadas à problemas de ordem psíquica.

A matéria é suscinta, mas vale dar uma lida.

Beijos


Eu li a matéria tranca, e realmente, faz sentido o que você disse, mas tenho visto também um programa que passa se não estiver enganada, no Animal Planet e também no Discovery (nos raros momentos que eu não estou estudando) :emoticon16: em que há um estudo em que algumas fêmeas também sofrem de "depressão", como cadelas, e chimpanzés, que deixam de alimentar suas crias ou sentam em cima destes para que morram sufocados com o peso da mãe.
Quanto à esta matéria em específico, ele poderia ter dado cabo de sua vida sozinho, sem envolver os filhos, na situação aí descrita na época ele foi é um baita de um egoísta e covarde.
Cris*
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Luis Dantas
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Mensagem por Luis Dantas »

Nós somos aqui que ousamos ser, pessoal... para o bem e para o mal.

Não duvido que adeptos de outras crenças também transfiram a responsabilidade de seus atos para seus dogmas. Mas no caso do Kardecismo a coisa é meio descarada. E ainda com a cobertura daquele discurso pretensioso.

Ok, depressão pós-parto existe, é um problema sério, e pode ser preciso usar de mecanismos vários para lidar com seu impacto. Acontece, e merece um certo respeito.

Mas vocês parecem estar esquecendo que segundo ela própria _foi a crença espírita que preparou o terreno para que ela ficasse transferindo responsabilidades em vez de procurar cultivar coragem e soluções_.

Tá, é possível que ela tenha tentado cultivar essas qualidades e simplesmente não tenha dado conta. Perfeitamente factível e razoável. Mas puxa vida... olhem os fatos. Não é como se fosse um fato isolado ou atípico.

E não esqueçam também que ela _repete_ esse tipo de discurso e _ouve_ coisas similares nos centros que frequenta. Acham que isso não tem nenhum efeito nocivo digno de nota?
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism


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Jack Torrance
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Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiária

Mensagem por Jack Torrance »

Aposto que o vm não acharia problemas nisso. :emoticon12:
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Spitfire
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Re: Re.: “Não queria matar minha filha", Disse presidiá

Mensagem por Spitfire »

Jack Torrance escreveu:Aposto que o vm não acharia problemas nisso. :emoticon12:


As muletas sempre foram a desculpa do manco. :emoticon12:

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »



Por Zeus, Odin e Ísis !! :emoticon8:

Os ensinamentos da doutrina mostram de forma clara, que o único agente responsável pela sua vida é vc mesmo

Bjs


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Najma
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Mensagem por Najma »

Luis Dantas escreveu:Nós somos aqui que ousamos ser, pessoal... para o bem e para o mal.

Não duvido que adeptos de outras crenças também transfiram a responsabilidade de seus atos para seus dogmas. Mas no caso do Kardecismo a coisa é meio descarada. E ainda com a cobertura daquele discurso pretensioso.

Ok, depressão pós-parto existe, é um problema sério, e pode ser preciso usar de mecanismos vários para lidar com seu impacto. Acontece, e merece um certo respeito.

Mas vocês parecem estar esquecendo que segundo ela própria _foi a crença espírita que preparou o terreno para que ela ficasse transferindo responsabilidades em vez de procurar cultivar coragem e soluções_.

Tá, é possível que ela tenha tentado cultivar essas qualidades e simplesmente não tenha dado conta. Perfeitamente factível e razoável. Mas puxa vida... olhem os fatos. Não é como se fosse um fato isolado ou atípico.

E não esqueçam também que ela _repete_ esse tipo de discurso e _ouve_ coisas similares nos centros que frequenta. Acham que isso não tem nenhum efeito nocivo digno de nota?


Apenas no quesito "transferência".

Seria mais digno da parte dela dizer que resolveu afogar a filha recém nascida porque a criança não era filha do namorado dela naquele momento e ela não se sentia disposta a ter que enfrentar a dura realidade de ver seu sonho de vida em comum com ele colocado em risco por causa do nascimento de uma filha de outro pai. MAS... se é possível transferir a culpa a um terceiro, que seja ao karma, à sina, à tentação. Nunca à própria fraqueza.
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Luis Dantas
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Mensagem por Luis Dantas »

Sal querida! Espero que esteja bem. Eu sinto falta de interlocutores de bom senso como você.

salgueiro escreveu:Os ensinamentos da doutrina mostram de forma clara, que o único agente responsável pela sua vida é vc mesmo


Como isso funciona na prática, Sal?

Eu nunca entendi esse ponto das declarações de vocês espíritas.

Estou entendendo mal, ou a partir do momento em que ela teve um relacionamento passaram a haver consequências e responsabilidades em relação a outras pessoas?

Como é que no mundo real alguém, quem quer que seja, pode _realmente_ ser o único responsável pelo que lhe acontece?

Eu concordaria se você dissesse, por exemplo, que ela está colhendo os frutos do que plantou, mas uma declaração tão radical como essa de "único agente responsável", desculpe, não me convence mesmo.

Parte do motivo por que a dedicação para com outra pessoa é algo tão precioso é exatamente o preço a ser pago: renúncia de parte do controle sobre nossas próprias vidas.
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Trancado