Um experimento interessante...

[Márcio]

Olá...
Um experimento interessante:
Suponhamos um barra rígida e bastante comprida, com uma extensão o suficiente para que se possa medir o tempo que um pulso bem curto de luz gastaria para percorrê-la.
Numa das pontas da barra (A), ao lado, montamos um canhão de luz coerente, um LASER, que controlado adequadamente poderia emitir um pulso curtíssimo em direção à outra ponta da barra (B), montamos também um artefato que daria uma pequeno empurrão na barra ao longo do eixo em direção ao lado B.
No lado B montamos dois detectores, um de movimento, sondando a própria ponta B, e um de luz ao lado, sem contato com a barra, pronto para sentir o pulso do LASER.
Na ponta ou lado A do experimento, um dispositivo de disparo faria com que o artefato movimentasse a barra, um movimento rápido e curto o suficiente para ser detectado do outro lado, ao mesmo tempo que dispararia o canhão LASER.
Tudo isso deveria ser montado em ambiente sem gravidade.( ou quase sem)
Então, o que ocorreria ao ser executado o experimento?
A luz com certeza levaria um certo tempo mensurável para percorrer o trajeto, não seria instantânea .
Mas um movimento ainda que muito curto da nossa barrinha, à partir da ponta A , ao longo do eixo em direção ao ponto B não seria instantâneo? Portanto mais rápido que a luz?
Lembrem-se, não estou falando de uma onda sonora de impacto, mas de um pequeno deslocamento mecânico mesmo.
Eu sei que muitos vão dizer que por mais rígida que fosse nossa barra, ainda assim haveria um retardo devido à essa não rigidez.
Então suponhamos apenas que haja a possibilidade de uma rigidez quase absoluta .
Ah! Mas isso não existe... Sim, talvez não, mas acho que não invalida a proposta do experimento o dos cálculos em torno dele. Uma vez vi em um site de física uma experimento mental semelhante , e olha que a barra cilíndrica era infinita quanto ao comprimento e rígida tanto quanto eu proponho, e ela girava axialmente com a velocidade da luz , não me lembro direito do que se tratava (perdi o link) , mas tinha haver com a possibilidade do experimento deles gerar cálculos que apontavam para uma possibilidade de se voltar no tempo, ou adiantar, infelizmente não me lembro .
A minha proposta é mais modesta.
Então:
Qual informação chegaria mais rápido?
A da barra cutucando o sensor de movimento?
Ou o pulso de luz chegando ao foto-sensor ?

[Tulio]

A relatividade restrita já mais do que demostrou que nenhum tipo de informação pode ser transmitido a uma velocidade maior que a das ondas eletromagnéticas (luz), portanto a resposta só pode ser que o empurrão na barra só será detectado, e isso na melhor das hipóteses, quando o pulso de luz também for detectado na extremidade B da barra.

[Márcio]

Olá!!!!
Sendo assim, isso significaria que o lado A da nossa barra hiper-rígida,
se moveria primeiro que o lado B, e não como um todo.
Isso se aplicaria à qualquer objeto elástico, claro.
Mas nossa barra imaginária teria que ser um macro objeto fundamental único,
inelástico, não sendo constituído de partes isoladas e agrupadas.
Assim, um deslocamento iniciado em um lado, seria transmitido instantaneamente
ao lado oposto, portanto mais rápido que a velocidade da luz.
Percebe o que há por trás disso?
Dois eventos distintos, um seria o movimento da barra em si, o deslocamento
mínimo o suficiente para acionar o detector do outro lado, esse teria uma velocidade
inferior à da luz; outro seria o fato de que o ponto B se movimentaria instantaneamente
junto com o ponto A do objeto ÚNICO, porque esses pontos estão NO MESMO OBJETO,longo
o bastante para dar ao pulso de luz uma extensão considerável para percorrer.
Eu quero dizer que, meu objeto é semelhante à um ponto que se move no espaço,
sempre com velocidade sub-luz, mas ele só é ''alongado'' como um enorme filamento
podendo ser ''marcado'' nele quaisquer pontos de referência.
Por ser alongado dessa forma, ele teria propriedades de ''levar'' informações instantâneas
de um extremo ao outro dele mesmo.
Vamos voar:
Imagine um filamento desses que tivesse um comprimento como daqui até o nosso sol.
Numa ponta, um mecanismo empurraria levemente a barra o suficiente para acionar um interruptor
do outro lado.
Então, enquanto a luz levaria uns 8 minutos (se não me engano) para percorrer essa distancia
o acionamento do interruptor seria quase instantâneo, retardado apenas pela pequena distancia
do movimento de acionamento.
Essa seria a propriedade mais importante para objetos fundamentais alongados.

[Márcio]

Poxa!!!!
Dêem uma forcinha aí...

[Dante, the Wicked]

Poxa!!!!
Dêem uma forcinha aí...

Quem manda não usar a descrição direito?
Se ao invés de "Entra e lê, uai...", você tivesse escrito algo como "UM PERPLEXIDADE DA FÍSICA", tinha um monte de gente entrado.

[Márcio]

Pois é...ato falho...da próxima vez eu faço direito...obrigado pela dica.

[Márcio]

Tentando de novo...