Austríaca que passou 8 anos em cativeiro dá 1a entrevista
Enviado: 07 Set 2006, 10:50
Austríaca que passou 8 anos em cativeiro dá 1a entrevista
Por Karin Strohecker
VIENA (Reuters) - A austríaca Natascha Kampusch, de 18 anos, que passou oito anos em cativeiro, vai aparecer pela primeira vez numa entrevista concedida a uma emissora de televisão na quarta-feira, afirmou à Reuters seu conselheiro.
Desde que ela fugiu do seu cativeiro, numa cidadezinha nos arredores de Viena, e que seu sequestrador se suicidou, nenhuma foto de Natascha foi publicada, provocando grande especulação por parte da imprensa.
"Discutimos a questão por muito tempo e, pessoalmente, acho que ela devia ficar mais protegida", disse o conselheiro da adolescente, Dietmar Ecker, numa entrevista.
"Mas depois conversei com a imprensa internacional e eles disseram com todas as letras: 'Se ela ficar escondida, os fotógrafos vão caçá-la até conseguir a primeira foto"', explicou.
Na entrevista, que já foi gravada e que deve ser transmitida pela TV estatal austríaca às 15h15, pelo horário de Brasília, a adolescente vai mostrar o rosto, mas vai esconder o cabelo para poder mudar de aparência depois, disse Ecker.
Os detalhes de um dos crimes mais chocantes da Áustria hipnotizaram o país desde que Natascha escapou de seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, enquanto ele atendia a um telefonema em sua casa em Strasshof, a cerca de 25 Km de Viena.
A polícia já disse que a menina manteve "contato sexual" como o técnico em comunicações de 44 anos, mas não deu mais detalhes. Psicólogos disseram que a jovem possui profundas cicatrizes emocionais.
Ecker disse que Natascha quer contar sua história pessoalmente a todos os austríacos que se preocuparam com ela quando ela foi sequestrada e que comemoraram sua fuga. Ela decidiu dar a entrevista à emissora estatal ORF, de longe a que tem maior audiência no país.
O jornalista que conversou com Natascha disse ter ficado surpreso com a confiança que ela demonstrou, mas também se disse chocado com o conteúdo da entrevista.
"Quem imaginaria que alguém que ficou trancafiada por oito anos teria tanta autoconfiança?", disse Christoph Feurstein à rádio ORF, na quarta-feira. "Quando ela (falou sobre quando) pisou naquela cela pela primeira vez -- dava para sentir o medo dela".
Natascha, que tinha apenas 10 anos de idade quando foi sequestrada e trancada num aposento sem janelas da casa de Priklopil, contou ao jornalista que tentou em vão chamar a atenção das pessoas uma vez, quando foi a uma loja junto com o sequestrador.
A menina saiu várias vezes com ele, e nos últimos meses, antes da fuga, ele diminuiu a vigilância. "Os olhos dela gritavam por ajuda, mas ninguém percebia", disse Feurstein.
Embora a ORF não tenha pago pela entrevista, a emissora vendeu direitos internacionais de transmissão, e toda a renda irá para um fundo no nome de Natascha, disse Ecker. Ele não quis revelar o montante.
A adolescente também concedeu entrevistas à revista News e ao jornal Kronen-Zeitung, em troca de um pacote que inclui uma oferta de emprego, colaboração com seus estudos e ajuda habitacional.
Desde sua fuga, Natascha vem sendo protegida do público e ajudada por vários especialistas, para que ela possa lidar com o incrível assédio da mídia. "Recebemos quase 400 pedidos de entrevista de todas as partes do mundo", disse Ecker. "Não há nenhum continente na Terra que não queira uma entrevista com Natascha".
(Reportagem adicional de Alexandra Zawadil)
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Por Karin Strohecker
VIENA (Reuters) - A austríaca Natascha Kampusch, de 18 anos, que passou oito anos em cativeiro, vai aparecer pela primeira vez numa entrevista concedida a uma emissora de televisão na quarta-feira, afirmou à Reuters seu conselheiro.
Desde que ela fugiu do seu cativeiro, numa cidadezinha nos arredores de Viena, e que seu sequestrador se suicidou, nenhuma foto de Natascha foi publicada, provocando grande especulação por parte da imprensa.
"Discutimos a questão por muito tempo e, pessoalmente, acho que ela devia ficar mais protegida", disse o conselheiro da adolescente, Dietmar Ecker, numa entrevista.
"Mas depois conversei com a imprensa internacional e eles disseram com todas as letras: 'Se ela ficar escondida, os fotógrafos vão caçá-la até conseguir a primeira foto"', explicou.
Na entrevista, que já foi gravada e que deve ser transmitida pela TV estatal austríaca às 15h15, pelo horário de Brasília, a adolescente vai mostrar o rosto, mas vai esconder o cabelo para poder mudar de aparência depois, disse Ecker.
Os detalhes de um dos crimes mais chocantes da Áustria hipnotizaram o país desde que Natascha escapou de seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, enquanto ele atendia a um telefonema em sua casa em Strasshof, a cerca de 25 Km de Viena.
A polícia já disse que a menina manteve "contato sexual" como o técnico em comunicações de 44 anos, mas não deu mais detalhes. Psicólogos disseram que a jovem possui profundas cicatrizes emocionais.
Ecker disse que Natascha quer contar sua história pessoalmente a todos os austríacos que se preocuparam com ela quando ela foi sequestrada e que comemoraram sua fuga. Ela decidiu dar a entrevista à emissora estatal ORF, de longe a que tem maior audiência no país.
O jornalista que conversou com Natascha disse ter ficado surpreso com a confiança que ela demonstrou, mas também se disse chocado com o conteúdo da entrevista.
"Quem imaginaria que alguém que ficou trancafiada por oito anos teria tanta autoconfiança?", disse Christoph Feurstein à rádio ORF, na quarta-feira. "Quando ela (falou sobre quando) pisou naquela cela pela primeira vez -- dava para sentir o medo dela".
Natascha, que tinha apenas 10 anos de idade quando foi sequestrada e trancada num aposento sem janelas da casa de Priklopil, contou ao jornalista que tentou em vão chamar a atenção das pessoas uma vez, quando foi a uma loja junto com o sequestrador.
A menina saiu várias vezes com ele, e nos últimos meses, antes da fuga, ele diminuiu a vigilância. "Os olhos dela gritavam por ajuda, mas ninguém percebia", disse Feurstein.
Embora a ORF não tenha pago pela entrevista, a emissora vendeu direitos internacionais de transmissão, e toda a renda irá para um fundo no nome de Natascha, disse Ecker. Ele não quis revelar o montante.
A adolescente também concedeu entrevistas à revista News e ao jornal Kronen-Zeitung, em troca de um pacote que inclui uma oferta de emprego, colaboração com seus estudos e ajuda habitacional.
Desde sua fuga, Natascha vem sendo protegida do público e ajudada por vários especialistas, para que ela possa lidar com o incrível assédio da mídia. "Recebemos quase 400 pedidos de entrevista de todas as partes do mundo", disse Ecker. "Não há nenhum continente na Terra que não queira uma entrevista com Natascha".
(Reportagem adicional de Alexandra Zawadil)

Por Karin Strohecker
VIENA (Reuters) - A austríaca Natascha Kampusch, de 18 anos, que passou oito anos em cativeiro, vai aparecer pela primeira vez numa entrevista concedida a uma emissora de televisão na quarta-feira, afirmou à Reuters seu conselheiro.
Desde que ela fugiu do seu cativeiro, numa cidadezinha nos arredores de Viena, e que seu sequestrador se suicidou, nenhuma foto de Natascha foi publicada, provocando grande especulação por parte da imprensa.
"Discutimos a questão por muito tempo e, pessoalmente, acho que ela devia ficar mais protegida", disse o conselheiro da adolescente, Dietmar Ecker, numa entrevista.
"Mas depois conversei com a imprensa internacional e eles disseram com todas as letras: 'Se ela ficar escondida, os fotógrafos vão caçá-la até conseguir a primeira foto"', explicou.
Na entrevista, que já foi gravada e que deve ser transmitida pela TV estatal austríaca às 15h15, pelo horário de Brasília, a adolescente vai mostrar o rosto, mas vai esconder o cabelo para poder mudar de aparência depois, disse Ecker.
Os detalhes de um dos crimes mais chocantes da Áustria hipnotizaram o país desde que Natascha escapou de seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, enquanto ele atendia a um telefonema em sua casa em Strasshof, a cerca de 25 Km de Viena.
A polícia já disse que a menina manteve "contato sexual" como o técnico em comunicações de 44 anos, mas não deu mais detalhes. Psicólogos disseram que a jovem possui profundas cicatrizes emocionais.
Ecker disse que Natascha quer contar sua história pessoalmente a todos os austríacos que se preocuparam com ela quando ela foi sequestrada e que comemoraram sua fuga. Ela decidiu dar a entrevista à emissora estatal ORF, de longe a que tem maior audiência no país.
O jornalista que conversou com Natascha disse ter ficado surpreso com a confiança que ela demonstrou, mas também se disse chocado com o conteúdo da entrevista.
"Quem imaginaria que alguém que ficou trancafiada por oito anos teria tanta autoconfiança?", disse Christoph Feurstein à rádio ORF, na quarta-feira. "Quando ela (falou sobre quando) pisou naquela cela pela primeira vez -- dava para sentir o medo dela".
Natascha, que tinha apenas 10 anos de idade quando foi sequestrada e trancada num aposento sem janelas da casa de Priklopil, contou ao jornalista que tentou em vão chamar a atenção das pessoas uma vez, quando foi a uma loja junto com o sequestrador.
A menina saiu várias vezes com ele, e nos últimos meses, antes da fuga, ele diminuiu a vigilância. "Os olhos dela gritavam por ajuda, mas ninguém percebia", disse Feurstein.
Embora a ORF não tenha pago pela entrevista, a emissora vendeu direitos internacionais de transmissão, e toda a renda irá para um fundo no nome de Natascha, disse Ecker. Ele não quis revelar o montante.
A adolescente também concedeu entrevistas à revista News e ao jornal Kronen-Zeitung, em troca de um pacote que inclui uma oferta de emprego, colaboração com seus estudos e ajuda habitacional.
Desde sua fuga, Natascha vem sendo protegida do público e ajudada por vários especialistas, para que ela possa lidar com o incrível assédio da mídia. "Recebemos quase 400 pedidos de entrevista de todas as partes do mundo", disse Ecker. "Não há nenhum continente na Terra que não queira uma entrevista com Natascha".
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VIENA (Reuters) - A austríaca Natascha Kampusch, de 18 anos, que passou oito anos em cativeiro, vai aparecer pela primeira vez numa entrevista concedida a uma emissora de televisão na quarta-feira, afirmou à Reuters seu conselheiro.
Desde que ela fugiu do seu cativeiro, numa cidadezinha nos arredores de Viena, e que seu sequestrador se suicidou, nenhuma foto de Natascha foi publicada, provocando grande especulação por parte da imprensa.
"Discutimos a questão por muito tempo e, pessoalmente, acho que ela devia ficar mais protegida", disse o conselheiro da adolescente, Dietmar Ecker, numa entrevista.
"Mas depois conversei com a imprensa internacional e eles disseram com todas as letras: 'Se ela ficar escondida, os fotógrafos vão caçá-la até conseguir a primeira foto"', explicou.
Na entrevista, que já foi gravada e que deve ser transmitida pela TV estatal austríaca às 15h15, pelo horário de Brasília, a adolescente vai mostrar o rosto, mas vai esconder o cabelo para poder mudar de aparência depois, disse Ecker.
Os detalhes de um dos crimes mais chocantes da Áustria hipnotizaram o país desde que Natascha escapou de seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, enquanto ele atendia a um telefonema em sua casa em Strasshof, a cerca de 25 Km de Viena.
A polícia já disse que a menina manteve "contato sexual" como o técnico em comunicações de 44 anos, mas não deu mais detalhes. Psicólogos disseram que a jovem possui profundas cicatrizes emocionais.
Ecker disse que Natascha quer contar sua história pessoalmente a todos os austríacos que se preocuparam com ela quando ela foi sequestrada e que comemoraram sua fuga. Ela decidiu dar a entrevista à emissora estatal ORF, de longe a que tem maior audiência no país.
O jornalista que conversou com Natascha disse ter ficado surpreso com a confiança que ela demonstrou, mas também se disse chocado com o conteúdo da entrevista.
"Quem imaginaria que alguém que ficou trancafiada por oito anos teria tanta autoconfiança?", disse Christoph Feurstein à rádio ORF, na quarta-feira. "Quando ela (falou sobre quando) pisou naquela cela pela primeira vez -- dava para sentir o medo dela".
Natascha, que tinha apenas 10 anos de idade quando foi sequestrada e trancada num aposento sem janelas da casa de Priklopil, contou ao jornalista que tentou em vão chamar a atenção das pessoas uma vez, quando foi a uma loja junto com o sequestrador.
A menina saiu várias vezes com ele, e nos últimos meses, antes da fuga, ele diminuiu a vigilância. "Os olhos dela gritavam por ajuda, mas ninguém percebia", disse Feurstein.
Embora a ORF não tenha pago pela entrevista, a emissora vendeu direitos internacionais de transmissão, e toda a renda irá para um fundo no nome de Natascha, disse Ecker. Ele não quis revelar o montante.
A adolescente também concedeu entrevistas à revista News e ao jornal Kronen-Zeitung, em troca de um pacote que inclui uma oferta de emprego, colaboração com seus estudos e ajuda habitacional.
Desde sua fuga, Natascha vem sendo protegida do público e ajudada por vários especialistas, para que ela possa lidar com o incrível assédio da mídia. "Recebemos quase 400 pedidos de entrevista de todas as partes do mundo", disse Ecker. "Não há nenhum continente na Terra que não queira uma entrevista com Natascha".
(Reportagem adicional de Alexandra Zawadil)