o papanazi e suas verborragias
Enviado: 10 Set 2006, 16:08
10/09/2006 - 09h57
Papa diz que Ocidente despreza Deus e pede respeito a religiões
da Efe, em Munique
O papa Bento 16 afirmou neste sábado em Munique que o Ocidente se acostumou a desprezar Deus e a considerar que fazer isto é um direito de liberdade, mas que este tipo de tolerância não é a que os povos desejam, "já que tolerância significa respeitar aquilo que é sagrado para os outros".
O papa afirmou também que os povos africanos e asiáticos não consideram o cristianismo uma ameaça a suas identidades. Segundo Bento 16, estes povos se sentem intimidados pelo pensamento ocidental ateu, que tenta se impor a estas culturas.
Joseph Ratzinger fez estas declarações diante de cerca de 200 mil pessoas que, em uma manhã ensolarada, assistiram nos arredores de Munique à sua primeira missa como papa na cidade onde foi arcebispo e cardeal de 1977 até 1981, quando foi chamado a Roma por João Paulo 2º para se encarregar do ex-Santo Ofício.
Em uma densa homilia, o papa assegurou que o mundo precisa de Deus, mas que o homem "se tornou surdo" para a voz de Deus, e que "tudo o que se diz a Seu respeito parece anterior à ciência e pouco adequado aos tempos atuais".
O papa afirmou, relatando a experiência de bispos do Terceiro Mundo, que o Ocidente --e especialmente a Alemanha-- se dispõe sempre a colaborar com projetos sociais, mas que "surgem reservas" quando se trata de um projeto de evangelização.
Bento 16 assegurou que, no entanto, o bem-estar social e o Evangelho são inseparáveis.
"Levar aos homens apenas conhecimentos, habilidades e técnica é muito pouco, já que imediatamente surge a violência e a capacidade de destruir e matar se transforma na principal maneira de alcançar o poder. Dessa forma, a reconciliação e o compromisso comum pela justiça e o amor ficam cada vez mais distantes", afirmou.
O sumo-pontífice acrescentou que as populações da Ásia e da África admiram as realizações técnicas e a ciência do Ocidente, mas, ao mesmo tempo, "se assustam com um tipo de raciocínio que exclui totalmente a idéia de Deus e considera que esta é a forma mais sublime da razão e que ela também deve ser imposta a estas culturas".
"Esses povos vêem uma ameaça a sua identidade não no cristianismo, mas no desprezo a Deus e no cinismo que considera o desrespeito do que é sagrado um direito de liberdade e eleva a utilidade a supremo critério moral para o futuro da ciência", afirmou.
Bento 16 ressaltou que esse "cinismo" não é o tipo de tolerância e de abertura cultural que todos os homens desejam.
Segundo o papa, a tolerância de que o homem precisa "urgentemente" inclui o temor a Deus, "que se deve aprender novamente", e o respeito do que é sagrado para os outros.
O sumo-pontífice afirmou que esse senso de respeito se regenerará no mundo ocidental "se a fé em Deus crescer de novo, se Deus estiver de novo presente para nós e em nós".
Bento 16 acrescentou que a fé não pode ser imposta a ninguém, que o proselitismo é contrário ao cristianismo e que só se pode desenvolver a fé em liberdade.
Depois de dizer que a justiça e o amor se transformaram em forças decisivas na ordem mundial, o papa reiterou que o mundo precisa de Deus e que "Sua vingança chegará".
"Sua 'vingança' é a cruz, a negação da violência, o amor até o fim. Este é o Deus de que temos necessidade", disse Bento 16.
O papa também falou sobre problemas sociais, como a aids, e disse que para combatê-la é preciso enfrentar "de verdade" suas causas profundas e curar os doentes com atenção e carinho.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9943.shtml
Papa diz que Ocidente despreza Deus e pede respeito a religiões
da Efe, em Munique
O papa Bento 16 afirmou neste sábado em Munique que o Ocidente se acostumou a desprezar Deus e a considerar que fazer isto é um direito de liberdade, mas que este tipo de tolerância não é a que os povos desejam, "já que tolerância significa respeitar aquilo que é sagrado para os outros".
O papa afirmou também que os povos africanos e asiáticos não consideram o cristianismo uma ameaça a suas identidades. Segundo Bento 16, estes povos se sentem intimidados pelo pensamento ocidental ateu, que tenta se impor a estas culturas.
Joseph Ratzinger fez estas declarações diante de cerca de 200 mil pessoas que, em uma manhã ensolarada, assistiram nos arredores de Munique à sua primeira missa como papa na cidade onde foi arcebispo e cardeal de 1977 até 1981, quando foi chamado a Roma por João Paulo 2º para se encarregar do ex-Santo Ofício.
Em uma densa homilia, o papa assegurou que o mundo precisa de Deus, mas que o homem "se tornou surdo" para a voz de Deus, e que "tudo o que se diz a Seu respeito parece anterior à ciência e pouco adequado aos tempos atuais".
O papa afirmou, relatando a experiência de bispos do Terceiro Mundo, que o Ocidente --e especialmente a Alemanha-- se dispõe sempre a colaborar com projetos sociais, mas que "surgem reservas" quando se trata de um projeto de evangelização.
Bento 16 assegurou que, no entanto, o bem-estar social e o Evangelho são inseparáveis.
"Levar aos homens apenas conhecimentos, habilidades e técnica é muito pouco, já que imediatamente surge a violência e a capacidade de destruir e matar se transforma na principal maneira de alcançar o poder. Dessa forma, a reconciliação e o compromisso comum pela justiça e o amor ficam cada vez mais distantes", afirmou.
O sumo-pontífice acrescentou que as populações da Ásia e da África admiram as realizações técnicas e a ciência do Ocidente, mas, ao mesmo tempo, "se assustam com um tipo de raciocínio que exclui totalmente a idéia de Deus e considera que esta é a forma mais sublime da razão e que ela também deve ser imposta a estas culturas".
"Esses povos vêem uma ameaça a sua identidade não no cristianismo, mas no desprezo a Deus e no cinismo que considera o desrespeito do que é sagrado um direito de liberdade e eleva a utilidade a supremo critério moral para o futuro da ciência", afirmou.
Bento 16 ressaltou que esse "cinismo" não é o tipo de tolerância e de abertura cultural que todos os homens desejam.
Segundo o papa, a tolerância de que o homem precisa "urgentemente" inclui o temor a Deus, "que se deve aprender novamente", e o respeito do que é sagrado para os outros.
O sumo-pontífice afirmou que esse senso de respeito se regenerará no mundo ocidental "se a fé em Deus crescer de novo, se Deus estiver de novo presente para nós e em nós".
Bento 16 acrescentou que a fé não pode ser imposta a ninguém, que o proselitismo é contrário ao cristianismo e que só se pode desenvolver a fé em liberdade.
Depois de dizer que a justiça e o amor se transformaram em forças decisivas na ordem mundial, o papa reiterou que o mundo precisa de Deus e que "Sua vingança chegará".
"Sua 'vingança' é a cruz, a negação da violência, o amor até o fim. Este é o Deus de que temos necessidade", disse Bento 16.
O papa também falou sobre problemas sociais, como a aids, e disse que para combatê-la é preciso enfrentar "de verdade" suas causas profundas e curar os doentes com atenção e carinho.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9943.shtml