Pesquisa confirma vantagem de Lula e oposição entra em crise
Enviado: 16 Set 2006, 09:11
15/09/06 às 17:45
Pesquisa confirma vantagem de Lula e oposição entra em crise
Eduardo Davis Brasília, 15 set (EFE)-
Faltando hoje 15 dias para a realização das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue na condição de favorito na disputa por sua sucessão e a oposição começa a se dividir, diante do que muitos consideram uma derrota anunciada.
Uma nova pesquisa divulgada hoje pelo Ibope prevê que Lula ganhará o pleito no primeiro turno, com 50% dos votos e ratificando as estimativas de todas as pesquisas divulgadas nas últimas semanas.
Segundo o Ibope, as intenções de voto em Lula superam em nove pontos percentuais a soma dos índices dos outros sete candidatos, com o Governo do petista sendo aprovado por 49% dos entrevistados, a maior taxa registrada ao longo dos últimos três anos.
Geraldo Alckmin (PSDB) aparece na pesquisa estagnado em 29% e nada parece indicar que possa melhorar muito nos 15 dias de campanha que restam. Lula está em melhor situação agora que quando se elegeu, em 2002 - a 15 dias do pleito contava com 42% das intenções de voto.
Na ocasião, o candidato do PT ganhou o primeiro turno com 47% e o segundo com 61% sobre José Serra (PSDB). Com as recentes pesquisas, quem mais claramente evidenciou a desilusão da oposição foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O melhor candidato era o José Serra", assegurou esta semana, lamentando o resultado das prévias do PSDB que elegeram Alckmin candidato à Presidência. Serra concorre ao Governo de São Paulo.
Até março, todas as pesquisas davam conta de que Serra era o único capaz de derrotar Lula, mas Alckmin ganhou a preferência.
Nas últimas semanas, o candidato do PT à reeleição também deu alguns "golpes de efeito" em relação à opinião pública. Anunciou programas para a construção de moradias e planos de crédito a baixo custo para as classes mais populares, assim como melhorias e ampliações em programas sociais destinados aos mais carentes.
Também tem recebido apoio do setor privado, por meio da atuação do ministro da Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.
Nesta sexta-feira, um grupo de 70 empresários paulistas tornou público um documento de apoio a Lula, reconhecendo os esforços do Governo para promover "iniciativas de emprego, distribuição de renda e desenvolvimento econômico sustentável".
Os outros cinco candidatos que disputam a Presidência parecem também afetados pela síndrome da derrota antecipada. Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação de Lula e que concorre pelo PDT, até deixou de pedir votos para si mesmo em nome de um segundo turno.
"Se não votarem em meu projeto, que votem por outro, mas o Brasil precisa desesperadamente chegar a um segundo turno", declarou nesta quinta-feira em alusão a Alckmin, o único com alguma possibilidade de impedir a vitória definitiva de Lula em 1º de outubro.
Pesquisa confirma vantagem de Lula e oposição entra em crise
Eduardo Davis Brasília, 15 set (EFE)-
Faltando hoje 15 dias para a realização das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue na condição de favorito na disputa por sua sucessão e a oposição começa a se dividir, diante do que muitos consideram uma derrota anunciada.
Uma nova pesquisa divulgada hoje pelo Ibope prevê que Lula ganhará o pleito no primeiro turno, com 50% dos votos e ratificando as estimativas de todas as pesquisas divulgadas nas últimas semanas.
Segundo o Ibope, as intenções de voto em Lula superam em nove pontos percentuais a soma dos índices dos outros sete candidatos, com o Governo do petista sendo aprovado por 49% dos entrevistados, a maior taxa registrada ao longo dos últimos três anos.
Geraldo Alckmin (PSDB) aparece na pesquisa estagnado em 29% e nada parece indicar que possa melhorar muito nos 15 dias de campanha que restam. Lula está em melhor situação agora que quando se elegeu, em 2002 - a 15 dias do pleito contava com 42% das intenções de voto.
Na ocasião, o candidato do PT ganhou o primeiro turno com 47% e o segundo com 61% sobre José Serra (PSDB). Com as recentes pesquisas, quem mais claramente evidenciou a desilusão da oposição foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O melhor candidato era o José Serra", assegurou esta semana, lamentando o resultado das prévias do PSDB que elegeram Alckmin candidato à Presidência. Serra concorre ao Governo de São Paulo.
Até março, todas as pesquisas davam conta de que Serra era o único capaz de derrotar Lula, mas Alckmin ganhou a preferência.
Nas últimas semanas, o candidato do PT à reeleição também deu alguns "golpes de efeito" em relação à opinião pública. Anunciou programas para a construção de moradias e planos de crédito a baixo custo para as classes mais populares, assim como melhorias e ampliações em programas sociais destinados aos mais carentes.
Também tem recebido apoio do setor privado, por meio da atuação do ministro da Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.
Nesta sexta-feira, um grupo de 70 empresários paulistas tornou público um documento de apoio a Lula, reconhecendo os esforços do Governo para promover "iniciativas de emprego, distribuição de renda e desenvolvimento econômico sustentável".
Os outros cinco candidatos que disputam a Presidência parecem também afetados pela síndrome da derrota antecipada. Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação de Lula e que concorre pelo PDT, até deixou de pedir votos para si mesmo em nome de um segundo turno.
"Se não votarem em meu projeto, que votem por outro, mas o Brasil precisa desesperadamente chegar a um segundo turno", declarou nesta quinta-feira em alusão a Alckmin, o único com alguma possibilidade de impedir a vitória definitiva de Lula em 1º de outubro.