Total de Empregos Gerados por Todos os Governos da História: Zero
Dos males que acometem os brasileiros, o desemprego é um dos mais agudos. Muitas pessoas gostariam de trabalhar, de ter a oportunidade de melhorar, pelo próprio esforço, sua condição de vida, mas não a encontram. Programas de assistência social vêm como paliativos ao sofrimento causado pela pobreza, mas mesmo seus defensores reconhecem que não resolvem o problema pela raiz: o trabalho e sua justa remuneração são essenciais para uma vida digna.
É natural, então, que todos os candidatos a cargos executivos prometam, se eleitos, gerar mais empregos, e ainda ofereçam suas obras e projetos passados, de quando ocuparam cargos públicos, como exemplos. Ilude-se quem neles acredita. Projetos e obras públicas não geram emprego algum.
Tomemos o exemplo da construção de uma ponte. Sem dúvida, muitas pessoas lá trabalham, e recebem um salário; ou seja, estão de fato empregadas. Mas de onde saem os recursos para pagar os salários dos trabalhadores dessa obra? Da cobrança de impostos. O governo só pode gastar para construir essa ponte porque confiscou parte da sua renda de diversos indivíduos. Cada centavo que o governo gasta para construir a ponte foi um centavo que uma pessoa não pôde gastar. Na obra pública esse dinheiro remunera vários trabalhadores; da mesma forma, se os donos originais dele tivessem podido gastá-lo, ele remuneraria vários trabalhadores. Em termos líquidos a criação de empregos da obra pública é nula.
O mesmo vale para projetos privados que o governo subsidia. A empresa subsidiada recebe um empréstimo cuja fonte são os impostos, que teriam sido usados de outra forma e mantido empregos em outras áreas caso não tivessem sido cobrados. E qual é a diferença entre essas duas diferentes alocações dos recursos? Ora, aquela que é o resultado das escolhas individuais voluntárias revela as necessidades e desejos mais urgentes que as pessoas têm, os quais procuram saciar; já aquela que é o resultado da ação governamental revela a prioridade de algum funcionário público cuja função é decidir como gastar um dinheiro que não é dele.
Por fim, lembremo-nos que a cobrança de impostos incide sobre quem produz, sobre quem tem como pagá-los. Logo, ela é uma punição à produção, e portanto constitui um desestímulo à produção, o que significa que produzir-se-á menos, diminuindo assim o total arrecadado de impostos. Em conseqüência, o governo poderá pagar menos salários do que seriam pagos nas transações voluntárias, e assim gerará menos empregos do que seriam gerados se não houvesse imposto e obra pública (ou projeto privado subsidiado).
A falta de emprego é um sério problema social de nosso país. Mas isso de forma alguma justifica a defesa de meios que não têm a menor possibilidade de corrigir ou sequer atenuar o problema, e que de fato agravam-no. O governo não tem como gerar empregos, apesar de a propaganda política afirmar o contrário, por ignorância ou má fé. O que um governante pode fazer para gerar empregos é tirar o governo definitivamente do mercado de trabalho (é a legislação trabalhista a real culpada pelo desemprego), e diminuir radicalmente o volume de gastos públicos.
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Total de Empregos Gerados por Todos os Governos da História
- RicardoVitor
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