Mahmoud Ahmadinejad forma aliança anti-EUA com Hugo Chávez
Enviado: 17 Set 2006, 19:34
Presidente do Irã firma aliança anti-EUA com Venezuela
Por Saul Hudson
CARACAS, Venezuela (Reuters) - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reforçou sua oposição à tentativa dos Estados Unidos de deter o programa nuclear de seu país durante uma visita à Venezuela em que firmou uma aliança anti-EUA com o presidente Hugo Chávez.
A primeira viagem de Ahmadinejad à Venezuela pôs em foco o apoio do Irã à pretensão dos venezuelanos de obter uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que Chávez usaria para desafiar a campanha de Washington por sanções internacionais contra Teerã.
Chávez, que os EUA qualificam como um desestabilizador e uma força anti-democrática, classificou a visita com um ato conjunto de dois países em desafio à agressão imperialista da única superpotência mundial.
"O Irã é um dos países emergentes da Ásia, do Oriente Médio. A Venezuela é um dos países emergentes da América Latina", disse ele a uma TV estatal. "É uma união que visa o equilíbrio no mundo e salvar o futuro das suas crianças, das minhas crianças, e dos nossos netos"
Com a popularidade escorada nos altos preços do petróleo, e se aproveitando de um sentimento anti-EUA ao redor do mundo, os dois presidentes são adversários desagradáveis dos Estados Unidos.
"Duas revoluções estão se dando as mãos", disse Chávez no aeroporto da capital Caracas, onde ele recebeu Ahmadinejad, conversando com ele e caminhando com o braço sobre os ombros do visitante.
O Irã estabeleceu uma república islâmica em 1979, após uma revolução que depôs um líder apoiado pelos EUA, enquanto Chávez diz estar criando sua própria revolução para destruir a influência dos norte-americanos no país.
Os laços entre Irã e Venezuela focavam anteriormente, e de modo quase exclusivo, a cooperação enquanto grandes exportadores de petróleo, mas os dois líderes enfatizaram o novo compromisso de se levantar contra os Estados Unidos.
"Hoje em dia, nós temos metas e interesses comuns", disse Ahmadinejad. "Nós temos que estar unidos... para obter a paz e a justiça. Eu saúdo os revolucionários que se opõem à hegemonia mundial", acrescentou, em uma aparente referência aos EUA.
Os presidentes não focaram na questão nuclear, preferindo enfatizar pactos econômicos, incluindo um projeto para quantificar as reservas petrolíferas venezuelanas.
A visita de dois dias de Ahmadinejad à Venezuela ocorre entre uma viagem a Cuba, para a cúpula dos países não-alinhados que conclamou as nações em desenvolvimento a desafiarem o domínio dos EUA, e uma visita às Nações Unidas, em Nova York.
Na assembléia geral da ONU, Ahmadinejad fará campanha pelo direito de seu país de desenvolver programas nucleares que diz ser para fins pacíficos, com objetivo de gerar energia, apesar da afirmação de Washington de que Teerã está tentando construir armas atômicas.
Chávez pressionará por uma cadeira no Conselho de Segurança contra uma campanha dos EUA de dar apoio à rival Guatemala. Chávez acusou os Estados Unidos de promoverem uma campanha suja contra Venezuela e Irã, dizendo que os norte-americanos espalham a mentira de que a visita de Ahmadinejad tinha como fim prover urânio para o programa nuclear venezuelano.
"Eles não se cansam de mentir", disse Chávez.
Original

Por Saul Hudson
CARACAS, Venezuela (Reuters) - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reforçou sua oposição à tentativa dos Estados Unidos de deter o programa nuclear de seu país durante uma visita à Venezuela em que firmou uma aliança anti-EUA com o presidente Hugo Chávez.
A primeira viagem de Ahmadinejad à Venezuela pôs em foco o apoio do Irã à pretensão dos venezuelanos de obter uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que Chávez usaria para desafiar a campanha de Washington por sanções internacionais contra Teerã.
Chávez, que os EUA qualificam como um desestabilizador e uma força anti-democrática, classificou a visita com um ato conjunto de dois países em desafio à agressão imperialista da única superpotência mundial.
"O Irã é um dos países emergentes da Ásia, do Oriente Médio. A Venezuela é um dos países emergentes da América Latina", disse ele a uma TV estatal. "É uma união que visa o equilíbrio no mundo e salvar o futuro das suas crianças, das minhas crianças, e dos nossos netos"
Com a popularidade escorada nos altos preços do petróleo, e se aproveitando de um sentimento anti-EUA ao redor do mundo, os dois presidentes são adversários desagradáveis dos Estados Unidos.
"Duas revoluções estão se dando as mãos", disse Chávez no aeroporto da capital Caracas, onde ele recebeu Ahmadinejad, conversando com ele e caminhando com o braço sobre os ombros do visitante.
O Irã estabeleceu uma república islâmica em 1979, após uma revolução que depôs um líder apoiado pelos EUA, enquanto Chávez diz estar criando sua própria revolução para destruir a influência dos norte-americanos no país.
Os laços entre Irã e Venezuela focavam anteriormente, e de modo quase exclusivo, a cooperação enquanto grandes exportadores de petróleo, mas os dois líderes enfatizaram o novo compromisso de se levantar contra os Estados Unidos.
"Hoje em dia, nós temos metas e interesses comuns", disse Ahmadinejad. "Nós temos que estar unidos... para obter a paz e a justiça. Eu saúdo os revolucionários que se opõem à hegemonia mundial", acrescentou, em uma aparente referência aos EUA.
Os presidentes não focaram na questão nuclear, preferindo enfatizar pactos econômicos, incluindo um projeto para quantificar as reservas petrolíferas venezuelanas.
A visita de dois dias de Ahmadinejad à Venezuela ocorre entre uma viagem a Cuba, para a cúpula dos países não-alinhados que conclamou as nações em desenvolvimento a desafiarem o domínio dos EUA, e uma visita às Nações Unidas, em Nova York.
Na assembléia geral da ONU, Ahmadinejad fará campanha pelo direito de seu país de desenvolver programas nucleares que diz ser para fins pacíficos, com objetivo de gerar energia, apesar da afirmação de Washington de que Teerã está tentando construir armas atômicas.
Chávez pressionará por uma cadeira no Conselho de Segurança contra uma campanha dos EUA de dar apoio à rival Guatemala. Chávez acusou os Estados Unidos de promoverem uma campanha suja contra Venezuela e Irã, dizendo que os norte-americanos espalham a mentira de que a visita de Ahmadinejad tinha como fim prover urânio para o programa nuclear venezuelano.
"Eles não se cansam de mentir", disse Chávez.
Original